CAPÍTULO V
Não é fácil traçar um lugar exato para o movimento dos anabatistas, pois os mesmos
mudavam-se durante os períodos de graves perseguições. Outro problema é o apelido
que eles levavam. Houve tempo em que mais de um apelido foi usado para designar
o mesmo grupo de pessoas, é o caso dos montanistas na Ásia, Paulicianos na Armênia
e Donatistas na África do Norte, todos viveram na mesma época entre os séculos IV
ao VIII. No período que vai desde o ano 160 até 1100, houve pelo menos quatro grandes
e influentes grupos de anabatistas. São eles: Os Montanistas - principalmente na
Ásia Menor; Os Novacianos - Na Ásia Menor e na Europa; Os Donatistas - por toda
a África do Norte; e os Paulicianos - primeiramente no oriente médio, indo para
o centro europeu e de lá para os Alpes no sul e regiões campestres no norte da Europa.
Os apelidos que receberam derivavam-se ou de um nome pessoal (exemplo: Donatistas
de Donato) ou podia ser derivado de um lugar (exemplo: Albingenses da cidade de
Albi no sul da Franca). Porém, o que mais importava nestes quatro grupos, não era
o nome que recebiam, mas se realmente eram fiéis às doutrinas da Bíblia.
Oficialmente
os "montanistas" foram os primeiros cristãos a serem chamados de anabatistas
pelos cristãos infiéis ou hereges. O apelido montanista vem do nome próprio MONTANO,
que foi um pastor frígio que viveu aí por volta de 156 A .D.
Foi um movimento que varreu toda Ásia Menor num momento em que as igrejas estavam
sendo destruídas pelas heresias da Salvação pelo batismo e a idéia de um bispo monárquico.
Os montanistas insistiam em que os que tivessem decaído da primeira fé deveriam
ser batizados de novo.
O historiador contemporâneo Earle E. Cairns diz
que o movimento "foi uma tentativa de resolver os problemas de formalismo na
igreja e a dependência da igreja da liderança humana quando deveria depender totalmente
do Espírito Santo." E também acrescentou que o "montanismo representou
o protesto perene suscitado dentro da igreja quando se aumenta a força da instituição
e se diminui a dependência do Espírito Santo." (O Cristianismo através dos
Séculos, pg 82 e 83).
Como sua mensagem era uma necessidade para as igrejas o movimento espalhou-se rápido
pela Ásia Menor, África do Norte, Roma e no Oriente. Algumas igrejas grandes chegaram
mesmas a serem chamadas de Montanistas. Foi o caso da igreja de Éfeso. Tertuliano, considerado um dos maiores Pais da Igreja,
por ser bom estudante da Bíblia, atendeu aos apelos do grupo e tornou-se montanista.
Apesar de serem radicais quanto as regras de fé de uma igreja era povo humilde e
manso.
As igrejas erradas logo reagiram contra esse movimento. No concílio de Constantinopla,
em 381 (portanto nesta época a igreja e o Estado já estavam casados um com o outro),
os pastores das igrejas heréticas ou católicas declararam
que os montanistas deviam ser olhados como pagãos, serem julgados e mortos.
As igrejas erradas tinham verdadeiro ódio aos montanistas. O próprio Montano é visto
como um arqui-herege da Igreja. Os livros inventam e condenam o movimento chamando-o de
pagão e anti-cristão. Na verdade pagãos e anti-cristãos eram os membros das igrejas
erradas. Assim que as igrejas erradas se casaram com o Estado veio a perseguição
das mesmas contra os montanistas.
O segundo grupo de anabatistas oficialmente conhecidos são os "novacianos".
Assim como os montanistas este apelido é proveniente do nome próprio "Novácio".
Novácio foi um pastor da Ásia Menor que viveu cerca de 251 A .D. Pouco sabemos sobre
sua pessoa, mas a julgar pelos membros de sua igreja foi um homem fiel a Deus. Os
novacianos foi o primeiro grupo a ser chamado de catharis, ou seja, os puros. Isso
devido a pureza de vida que levavam. Temos algumas informações a respeito destes
anabatistas pelos maiores historiadores da historia da Igreja:
Mosheim, Vol. I, pag 203
"Rebatizavam a todos que vinham do Catolicismo".
Orchard em Alix?s Piedmont C 17, pg.. 176
"As igrejas assim formadas sobre o plano de comunhão restrita e rígida disciplina
obtiveram a alcunha de puritanos. Foram a corporação mais antiga de igrejas cristãs
das quais temos qualquer notícia, e uma sucessão delas, provaremos, continuou até
hoje. Tão cedo como em 254 esses dissidentes (cristãos verdadeiros) são acusados
de terem infeccionado a França com as suas doutrinas, o que nos ajudará no estudo
dos albingenses...
Estas igrejas existiram por sessenta anos sob um governo pagão, durante cujo tempo
os velhos interesses corruptos em Roma, Cartago e outros lugares não possuíam meios
senão os da persuasão e da censura para pararem o progresso dos dissidentes. Durante
este período as igrejas novacianas foram muito prósperas e foram plantadas por todo
o império romano. É impossível calcular o benefício do seu serviço a comunidade.
Conquanto rígidos na disciplina, cismáticos no caráter, foram achados extensivos
e numa condição florescente quando Constantino subiu ao trono em 306 A .D."
W. N. Nevins, comenta que:
"Na conclusão do quarto século tinham os novacianos três ou quatro igrejas
em Constantinopla, assim como em Nice, Nicomédia, Cocíveto e Frigia, todas elas
grandes e extensivas corporações, além de serem muito numerosas no Império Ocidental.
Havia diversas igrejas em Alexandria no século quinto. Aqui Cirilo, ordenado bispo
dos Católicos Romanos, trancou as igrejas dos novacianos. O motivo foi o rebatismo
dos católicos. Foi lavrado um édito em 413 pelos imperadores Teodósio e Honório
declarando que todas as pessoas rebatizadas e os rebatizadores seriam punidos com
a morte. Conformemente, Albano, zeloso ministro com outros foi assim punidos por
batizar. Como resultado da perseguição nesse tempo muitos abandonaram as cidades
e buscaram retiro no país e nos Vales do Piemonte, onde mais tarde foram chamados
de valdenses.".
O Dr. Robinson em Eclesiastical Reserches , 126 traça a sua continuação até a reforma
e a aparição do movimento anabatistas do século. XVI. E acrescenta: "Depois
quando as leis penais os obrigaram a se esconder em lugares retirados e a adorarem
a Deus secretamente, foram designados por vários nomes".
Parece que o movimento dos novacianos, apesar de iniciar um século depois do movimento
montanista, cresceu mais que o primeiro, pelo menos no ocidente. Enquanto o Montanismo
crescia na Ásia Menor e no Oriente, os novacianos cresciam mais no ocidente. Um
terceiro grupo, os donatistas, cresciam mais na África do Norte.
Os donatistas foram o terceiro grupo a serem oficialmente chamados de anabatistas.
Foram assim chamados devido serem da mesma opinião que Donato, pastor na cidade
de Cartago por volta do ano 311 A .D.
A Origem dos Donatistas
Este movimento apareceu em Cartago durante a perseguição de Diocleciano. O motivo
foi simples: Recusaram comunhão comum com os pastores apóstatas como foi o caso
de Felix, pastor da maior igreja em Cartago. Felix sacrificou aos ídolos e ao imperador
na perseguição de Diocleciano. Muitos fiéis morreram na mesma época por recusar
agir da mesma forma. Findada a perseguição Felix ordenou ao ministério Ciciliano,
acusado de ser um traidor. Donato solicitou a sua deposição, pois, sustentava que
o fato de não ter sido fiel no tempo da perseguição invalidava a possibilidade de
Felix ordenar. Esta solicitação é justa e bíblica. Se um pastor é deposto de seu
cargo por cair na apostasia que direito ele terá de ordenar alguém? Apoiado pelos
pastores das grandes igrejas do ocidente, Felix permaneceu no cargo. Desapontados
em ver as escrituras sendo atropeladas os cristãos fiéis do norte da África fizeram
o mesmo que os do Oriente, Ásia Menor e do Ocidente, excluíram da comunhão os pastores
e igrejas infiéis. Os que assim agiram foram conhecidos como Donatistas.
A Identificação dos Donatistas com os outros grupos de anabatistas
Donatistas e Novacianos eram idênticos em sua doutrina e disciplina. Crispim, historiador
francês, diz deles que concordavam:
"Primeiro, pela pureza dos membros da igreja, por afirmarem que ninguém devera
ser admitido na igreja senão tais como verdadeiros crentes santos e reais. Depois
pela pureza da disciplina da igreja. Terceiramente, pela independência de cada igreja.
Quartamente, eles batizavam outra vez aqueles cujo primeiro batismo tinham razão
de por em duvida".
Não há dúvida de que a maior identificação que liga os quatro grupos de anabatistas
primitivos - montanistas, novacianos, donatistas e paulicianos - foi a recusa em
aceitar as heresias pós-apostólicas das igrejas erradas. Isso levou-os a rebatizar
os membros vindos dessas igrejas e consequentemente recusar a comunhão com as mesmas.
O certo é que todas, por defender as verdades bíblicas, receberam o apelido de anabatistas.
Os Donatistas perseguidos verbalmente por Agostinho;
Um fato interessante da história dos donatistas é a disposição de Agostinho, o tão
famoso pai da igreja, em debater esses fiéis, mais precisamente ao bispo donatista
Petiliano. Agostinho tentou censurá-los em palavras, mas diante da Bíblia não houve
como vencê-los, pois a Bíblia dava-lhes razão. Perdendo o combate em palavras, Agostinho
passou a persegui-los com a espada imperial. Condenou os donatistas nas seguintes
questões:
- Eram separatistas. Negavam-se a unirem com as igrejas oficiais;
- Insistiam no rebatismo dos que passavam da igreja oficial para a deles;
- Eram irredutíveis em questão de fé;
O bispo donatista Petiliano, contra quem Agostinho debateu, assim respondeu ao bispo
católico: - "Pensai vós em servir a Deus matando-nos com as vossas mãos? Enganais
a vós mesmos. Deus não tem assassinos por sacerdotes. Cristo nos ensina a suportar
a perseguição, não vingá-la". E o bispo donatista Gaudencio diz: - "Deus
não nomeou príncipes e soldados para propagarem a fé. Nomeou profetas e pescadores".
Os bispos católicos (alguns na África) começaram uma nova moda a partir de 370 A
.D. Foi a de batizar criancinhas recém-nascidas. Uma idéia prontamente defendida
por Agostinho, que fez o seguinte comentário: " Quem não quer que as criancinhas
recém-nascidas do ventre das suas mães sejam batizadas para tirarem o pecado original...
seja anátema". Essa idéia tão anti-bíblica foi totalmente recusada pelos donatistas.
Aumentou assim as divergências entre católicos e donatistas.
O Crescimento dos Donatistas;
O crescimento desse grupo de anabatistas foi espantoso. No concílio feito por Teodósio
II em 441 na cidade de Cartago, compareceram 286 bispos da igreja oficial e 279
bispos donatistas. Robinsom declara que: "tornaram-se tão poderosos que a corporação
católica invocou o interesse do imperador Constantino contra eles, pelo que os donatistas
inqueriram: - que tem o imperador a ver com a igreja? Que tem os cristãos a ver
com o rei? Que tem os bispos a ver no tribunal?". O historiador Orchard, relatou
que: "tornaram-se quase tão numerosos como os católicos romanos". E o
historiador Jones diz na sua Conferencia Eclesiastica, Vol. I, pg 474: "Rara
era a cidade ou vila na África em que não houvesse uma igreja donatista".
A Perseguição contra os Donatistas;
O crescimento foi tanto que espantou Constantino.. Este imperador, que dizia-se
cristão, encheu as igrejas oficiais de favores. Na História da Igreja Católica,
página 20, temos o seguinte relato: "O clero foi colocado no mesmo pé de igualdade
dos sacerdotes pagãos em matéria de isenção e obrigação civis. Eram permitidos os
testamentos em favor da igreja". No mesmo livro na página vinte diz: "Constantino
fez doações, saídas do tesouro público a igreja que começava a acumular bens e grandes
rendimentos".
Estes favores porém, só eram concedidos as igrejas oficiais, justamente aquelas
que venderam a fé por privilégios humanos, aquelas que desde o princípio precisaram
ser excluídas por mudarem até o plano de salvação. Na página 24 do livro já mencionado,
segue-se o seguinte relato: "Aboliram a lei da crucificação, porém, não estendeu
nenhum desses favores aos cristãos dissidentes, os montanistas por exemplo. No seu
entusiasmo de preservar a unidade de fé e disciplina, o imperador mostrou-se tão
ativamente hostil para com os dissidentes, tais como os donatistas, que qualquer
um que novamente estivesse preocupado com a futura liberdade da igreja teria passado
um mal bocado". No livro O Papado na Idade Média, pagina 24, esse relato é
confirmado: "Constantino não podia tolerar, especialmente a diversidade das
crenças e dos cultos que caracterizava a igreja enquanto ainda vaga a confederação.
Manifestou essa resolução imediatamente, quando, após os sínodos pouco categórico
de Roma, Cartago, e Arles, condenou pessoalmente os donatistas no ano de 316 A .D.
O movimento foi praticamente exterminado com a chegada dos muçulmanos. Em 722 A
.D. o islamismo tomou conta do norte da África. As igrejas cristãs na África, tanto
donatistas, como as católicas - tanto as de rito ocidentais como as orientais -
foram destruídas. O movimento sobreviveu com outros nomes em outros lugares. Os
que conseguiram sobreviver foram para o sul da França, em Albi, para os Alpes no
sul da Europa, como o Piemonte. Devido aos decretos de punição com a morte de quem
não batizasse as criancinhas, ficaram os donatistas praticamente impedidos de entrar
nas cidades ocidentais e orientais da Europa.
Os Paulicianos podem ter sido o mais antigo grupo de anabatistas que se conhece.
A falta de dados sobre o seu princípio, e o falso relato das igrejas orientais sobre
eles dificultam uma data exata para o inicio desse movimento.
A Origem dos Paulicianos;
As tradições narradas pelos monges da igreja grega, dizem que os paulicianos surgiram
na segunda metade do século sétimo, tendo como fundador um tal Constantino. Realmente
Constantino , um pastor pauliciano, existiu. Mas era simplesmente uma pastor, que,
em 690 A .D., foi morto por lapidação por ordem dos bispos gregos.
Na História de Gibbon, VI, pg 543, Gibbon classifica o paulicianismo como a forma
primitiva do cristianismo:
"De Antioquia e Palmira deve ter sido espalhada a Mesopotâmia e a Pérsia; e
foi nestas regiões que se formou a base da fé, que se espalhou desde as cordilheiras
do Tauro até o monte Arará. Foi estas a forma primitiva do Cristianismo.
Noutro lugar, V, pg 386, diz ele:
"O nome pauliciano, dizem os seus inimigos que se deriva de algum líder desconhecido;
mas tenho certeza de que os paulicianos se gloriaram da sua afinidade com o apóstolo
aos gentios".
No livro A Chave da Verdade, escrito pelos próprios paulicianos, citado por Gregório
Magistos no décimo primeiro século, e descoberto pelo Sr. Fred C. Conybeare, de
Oxford, em 1891, na Biblioteca do Santo Sínodo, em Edjmiatzin da Armênia, afirma
nas páginas 76-77 que são de origem apostólica:
"Submetamo-nos então humildemente à Santa igreja universal, e sigamos o seu
exemplo, que, agindo com uma só orientação e uma só fé, NOS ENSINOU. Pois ainda
recebemos no tempo oportuno o santo e precioso mistério do nosso Senhor Jesus Cristo
e do pai celestial: a saber, que no tempo de arrependimento e fé. Assim COMO APRENDEMOS
DO SENHOR DO UNIVERSO E DA IGREJA APOSTÓLICA, prossigamos; e firmemos em fé verdadeira
aqueles que não receberam o santo batismo (na margem: a saber, os latinos, os gregos
e armênios que nunca foram batizados); como assim nunca provaram do corpo nem beberam
do santo sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, de acordo com a Palavra
do Senhor, devemos traze-los a fé, induzi-los ao arrependimento, e dar-lhes o batismo
- rebatiza-los."
Fica claro que eles não se denominavam paulicianos, porém, "a igreja Santa,
Universal e Apostólica". As igrejas romanas, gregas e armênias, eram duramente
condenadas por eles. Condenavam principalmente o batismo por imposição (praticado
pelos imperadores) e o batismo infantil.
Outro relato interessante é o do professor Wellhausen, na biografia que escreveu
sobre Maomé, na Enciclopédia Britânica, XVI, pg 571, pois ali os paulicianos são
chamados de "sabian", que é uma palavra árabe que significa "batista".
Crescimento e Perseguição dos Paulicianos
Na enciclopédia acima mencionada diz que os sabianos - ou batistas - encheram com
seus adeptos, a Siria, a Palestina, e a Babilônia. O maior grupo estava fixado nas
regiões montanhosas do Arara e do Tauros. O motivo de escolherem este lugar de tão
difícil acesso é a perseguição movida contra eles pelas igrejas gregas. Enquanto
Montanistas, Novacianos e Donatistas eram perseguidos mais pelas igrejas romanas,
as igrejas gregas perseguiam os paulicianos no oriente.
O crescimento não podia deixar de despertar os inimigos. No ano de 690, o já mencionado
pastor Constantino, foi apedrejado por ordem do imperador, e seu sucessor queimado
vivo. A imperatriz Teodora instigou uma perseguição na qual, dizem, foram mortos
na Armênia cem mil paulicianos.
Por incrível que pareça foram tolerados por muito tempo pelos maometanos. Isso deixou-os
a vontade e foram eles os grandes missionários da idade das trevas entre os anabatistas.
Espalharam-se pela Trácia em 970, pela Bulgária, Bosnia e Servia após o ano 1100.
Em todos estes lugares foram como missionários enviados pelas igrejas paulicianas.
O historiador Orchard revela que "um número considerável de paulicianos esteve
estabelecido na Lombardia, na Insubria, mas principalmente em Milão, aí pelo meado
do século onze e que muitos deles levaram vida errante na Franca, na Alemanha e
outros países, onde ganharam a estima e admiração da multidão pela sua santidade.
Na Itália foram chamados de Paterinos e Cátaros. Na França foram denominados búlgaros,
do reino de sua emigração, também publicanos e boni homines, bons homens; mas foram
principalmente conhecidos pelo termo albigenses, da cidade de Albi, no Languedoc
superior".
Em 1154 um grupo de paulicianos emigrou para a Inglaterra, tangidos ao exílio pela
perseguição. Uma porção deles estabeleceram-se em Oxford. Willyan Newberry conta
do terrível castigo aplicado ao pastor Gerhard e o povo. Seis anos mais tarde outra
companhia de paulicianos entrou em Oxford. Henrique II ordenou que fossem ferreteados
na testa com ferros quentes, chicoteados pelas ruas da cidade, suas roupas cortadas
até a cintura e enxotados pelo campo aberto. As vilas não lhes deviam proporcionar
abrigo ou alimento e eles sofreram lenta agonia de frio e fome." É interessante
lembrar ao leitor, que João Wycliff (1320-1384), considerado a "estrela d?alva"
da Reforma, iniciou justamente em Oxford sua luta para reformar a podridão do catolicismo.
Sem dúvida ele teve algum contato com algum sobrevivente dos paulicianos.
A partir do século XII o nome pauliciano foi caindo em desuso. Conforme suas emigrações
e campos missionários, foram recebendo novos nomes ou se fundindo com os outros
grupos de anabatistas da Europa. No sul o nome perdeu-se entre os albingenses e
valdenses. No centro e norte da Europa foi aos poucos prevalecendo o nome de "anabatistas".
Se você deseja saber mais sobre a origem das igrejas cristãs escreva para:
Autor: Pastor Gilberto Stefano
Igreja Batista da Fé,
Rua Jamil Dib Lufti, nr. 165
Jardim Santa Clara
17500-000 Marília, São Paulo
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
http://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/historiaigreja/cap05.html
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.