Por
Arthur Pink
(1927)
"Pois
vós, irmãos, vos tornastes imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus
que estão na Judéia" (1 Tes. 2:14)
A
ignorância que prevalece no Cristianismo agora em relação às Igrejas de
Deus é profunda e mais geral que qualquer outro erro sobre qualquer outro
tema das Escrituras. Muitos que são fortes em relação ao Evangelho e são
corretamente ensinados sobre os grandes fundamentos da fé, estão equivocados
em relação à Igreja. Há de se notar que a confusão que abunda diz mais
respeito a palavra "Igreja". Há poucas palavras com tamanha
variedade de sentidos. O homem comum entende por "igreja" um edifício
no qual as pessoas se congregam para a adoração pública. Porém os que
compreendem melhor, sabem que o termo se refere as pessoas que
se congregam neste edifício.
Outros
usam o termo em um sentido denominacional e chamam de a "Igreja
Metodista" ou a "Igreja Presbiteriana". Também se emprega para
chamar de instituições do Estado como a "Igreja da Inglaterra" ou
a "Igreja da Escócia".
Para
os papistas, a palavra "igreja" é quase sinônimo da palavra
"salvação", porque eles ensinam que todos os que estão fora da
"Santa Igreja Mãe" estão eternamente perdidos.
Para
muitos que são até mesmo povo de Deus, parece não interessar-lhes o que
Deus pensa sobre o tema. É triste notar que homens devotos no Evangelho, que
proclamam a Palavra de Deus, nos comentam que não se molestam em relação à
doutrina da Igreja; que a salvação é um tema mais importante; e o
estabelecimento dos Cristão nos fundamentos é tudo o que é necessário.
Vemos
que eles dão capítulo e versículo para cada declaração que fazem e
enfatizam a autoridade da Palavra de Deus, porém cerram os olhos à seus
ensinamentos sobre a Igreja.
Que
haja multidões de supostos Cristãos que desdenham a importância desta questão
em manifesto. Suas ações os demonstram. Não se molestam em contestar a
pergunta. Alguns estão contentes em ficar fora de qualquer Igreja terrenal.
Outros se unem a alguma igreja por considerações sentimentais, porque seus
pais ou seus parentes pertencem à ela. Todavia outros se unem a uma igreja
por motivos mais baixos, por razões políticas ou de negócios. Porém isto não
deve ser assim.
Se
o leitor é um Anglicano, deve sê-lo porque está convencido de que sua
igreja é a mais bíblica. Se é presbiteriano, deve sê-lo pela convicção
de que sua igreja está mais de acordo com a Palavra de Deus. E assim também
se és Batista, ou Metodista, etc.
Há
muitos outros que não guardam nenhuma esperança de poder contestar
satisfatoriamente a pergunta: O que é uma Igreja Neotestamentária ? A
confusão que causam no Cristianismo, as numerosas seitas e denominações,
que diferem amplamente na doutrina e na constituição da igreja e na sua idéia
sobre o governo, tem desanimado a muitos. Não dispõe de tempo necessário
para examinar as declarações de muitas denominações. Muitos Cristãos são
pessoas muito ocupadas, que trabalham muito para ganhar a vida, e não tem o
tempo necessário para investigar adequadamente os méritos escriturísticos
dos diferentes sistemas eclesiásticos. Conseqüentemente deixam de um lado a
questão, porque a vem demasiadamente difícil e complexa para poder chegar a
uma conclusão satisfatória e conclusiva. Porém não, a solução não deve
ser assim. Em vez de que estas diferenças de opiniões nos deixem perplexos,
devem estimular-nos a chegar a compreender a mente de Deus em relação ao
assunto. Se Ele nos diz que devemos "comprar a verdade", o que
implica que o esforço e o sacrifício são necessários, somos convidados a
"provar todas as coisas".
Agora,
é óbvio a todos que deve haver uma maneira mais excelente do que examinar os
credos e os artigos de fé de todas as demais denominações. O único método
satisfatório para descobrir a resposta divina à pergunta é voltarmos para o
próprio Novo Testamento e estudar seus ensinamentos relacionados à
"Igreja"; não os pontos de vista de algum homem piedoso; não
aceitando o credo de uma Igreja a qual pertencem os meus pais; mas sim
provando todas as coisas por si mesma. O povo de Deus não tem nenhum direito
de organizar uma igreja sobre fundamentos que não são os que governaram as
Igrejas no tempo do Novo Testamento. Uma instituição cujos ensinamentos ou
governo são contrários aos Novo Testamento sem dúvida não é uma igreja
neotestamentária.
Agora,
se Deus tem considerado de suma importância colocar entre as páginas de
inspiração, o que é uma igreja neotestamentária, então deve ser
importante para cada homem ou mulher estudar o que está escrito, e
submetermos a sua autoridade e conformarmos à sua conduta. Assim que apelo ao
Novo Testamento unicamente e busco a resposta a nossa pergunta.
Muita confusão tem
sido o resultado de se utilizar adjetivos que não se encontram no Novo
Testamento. Se fossemos perguntar a alguns Cristãos: a que igreja você
pertence ? Contestariam: a grande igreja invisível de Cristo –
uma igreja que é intangível e invisível. Quantos repetem o Credo dos Apóstolos,
"Creio na santa igreja católica ?, que certamente não era parte
alguma no credo que os apóstolos mantiveram. Outros falam de uma "igreja
militante" e de uma "igreja triunfante", porém
nenhum destes termos se encontram nas Escrituras, e os empregarmos somente
cria dificuldade e confusão. No momento que deixamos de reter "o modelo
das sãs palavras" (2 Timóteo 2:13) e usamos termos não-escriturísticos,
somente nos confundimos ainda mais. Não podemos melhorar as Sagradas
Escrituras. Não há necessidade de inventar mais temos, fazê-lo é criticar
o vocabulário do Espírito Santo. Quando alguns falam de uma igreja universal
de Cristo, empregam um termo anti-escriturístico. O que querem dizer é
"a família de Deus". Esta última expressão inclui toda a
companhia dos eleitos, porém a palavra "Igreja" não tem o mesmo
sentido.
O
tipo de Igreja que é enfatizado no Novo Testamento, não é nem invisível
nem universal, mas visível e local. A palavra para "igreja" é ekklesia
e os que conhecem a língua grega estão de acordo que significa uma assembleia.
Uma assembleia é uma companhia de gente que realmente se reúne. Se nunca
se reúnem, então isso seria um mal uso da linguagem dizer que são uma
assembleia. Por isso, como todo o povo de Deus nunca tem estado em uma
assembleia, juntos, não há uma Igreja ou assembleia universal. Essa igreja
é todavia futura porque ainda não tem uma existência corporal.
Para
provar o que se disse acima, vamos examinar as passagens onde o termo foi
usado pelo nosso próprio Senhor durante os dias de sua carne. Somente duas
vezes nos quatro Evangelhos encontramos a Cristo falando de sua
"Igreja". A primeira está em Mateus 16:18, onde disse Jesus a Pedro
"Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela". A que tipo de Igreja se referia o Salvador ? A
grande maioria dos Cristãos pensam que foi a grande Igreja invisível, mística
e universal, que inclui todos os redimidos. Porém certamente estão
equivocados. Se isto houvesse sido o sentido da palavras, necessariamente
haveria dito "Sobre esta pedra estou construindo minha Igreja". Porém
disse "construirei", tempo futuro. O que demonstra que quando falou
estas palavras, a Igreja não tinha existência, salvo no propósito de Deus.
A igreja à qual Cristo se refere em Mateus 16:18 não podia ser universal,
isto é, uma igreja que inclui todos os santos de Deus, porque o tempo do
verbo que emprega manifestamente exclui os santos do Antigo Testamento. Além
disso, nosso Senhor não se referia à Igreja na glória, porque essa Igreja já
não estará sob o perigo das portas do inferno. Sua declaração que "as
portas do inferno não prevalecerão contra ela" sem dúvida esclarece
que se refere a Sua Igreja sobre a terra, uma Igreja visível e universal.
O
único outro exemplo de nosso Senhor falando da Igreja quando esteve na terra,
se encontra em Mateus 18:17 : "Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e,
se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano".
Agora, o único tipo de Igreja a qual um irmão pode falar de seus problemas
é um Igreja visível e local. Isto é tão óbvio que não há necessidade de
falar mais deste ponto.
No
último livro do Novo Testamento, encontramos o nosso Senhor usando o termo
outra vez. Primeiro em 1:11 disse a João "Escreve em um livro o que vês,
e enviá-lo às sete igrejas que estão na Ásia". Outra vez, é claro
que o Senhor fala de igrejas locais. Depois disto, o Senhor usa a palavra 19
vezes no Apocalipse e em cada passagem a referência foi à Igrejas locais.
Sete vezes repete "O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas", não disse "ouça o que o Espírito diz à Igreja" -
o que haveria dito se a opinião popular fosse a correta.
A
última referência no Apocalipse está em Apocalipse 22:16: "Eu, Jesus,
enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou
a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã". A razão
disto é que a Igreja de Cristo ainda não tem nenhuma existência tangível e
incorporada, seja na glória ou sobre a terra; tudo o que tem agora são suas
Igrejas locais.
Uma
prova adicional de que o tipo de Igreja que é enfatizado no Novo Testamento
é local e visível, está em outros passagens da Escritura. Lemos da
"igreja que estava em Jerusalém" (Atos 8:1), "a igreja que
estava em Antioquia" (Atos 13:1); "a igreja de Deus que está em
Corinto" (1 Coríntios 1:2) – tomem nota de que ainda que esta Igreja
tinha vínculos com as demais Igrejas, se distingue de "todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Coríntios
1:2). Outra vez lemos de Igrejas, plural no número. "Assim as igrejas em
toda a Judéia, Galiléia e Samária, tinham paz..." (Atos 9:31);
"...As igrejas de Cristo vos saúdam" (Romanos 16:16); "...as
igrejas da Galácia" (Gálatas 1:2). Assim que se pode ver que a idéia
proeminente e dominante no Novo Testamento, foi de Igrejas locais e visíveis.
Por
"crentes batizados" quero dizer Cristão que tenha sido submergido
em água. Em todo o Novo Testamento, não há nem um só caso de alguém
que chegara a ser membro de uma igreja de Jesus Cristo sem ser primeiro
batizado; há muitos casos, muitas indicações e provas de que todos os que
pertenciam às igrejas nos dias dos apóstolos eram Cristãos batizados.
Vamos
ver primeiro a última parte de Atos 2:47: "E cada dia acrescentava-lhes
o Senhor os que iam sendo salvos". Notem que o versículo não diz que
"Deus" ou "o Espírito Santo" ou "Cristo" mas
"o Senhor" acrescentava. A razão é esta: "o Senhor" leva
a idéia de autoridade e os que Ele acrescentava à igreja haviam se
submetido ao Seu senhorio. E a maneira pela qual haviam submetido a Ele
está nos versículos 41-42: "De sorte que foram batizados os que
receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e
nas orações". Assim que durante os dias mais primitivos desta dispensação,
o Senhor acrescentava à Sua igreja pessoas que estavam batizadas.
Vejam
a primeira das epístolas. Romanos 12:4-5 demonstra que os santos em Roma
formavam uma igreja local. Agora regressemos a Romanos 6:4-5 onde encontramos
o apóstolo dizendo aos membros de Roma (e deles): "Fomos, pois,
sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também
em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua
morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição".
Assim que os membros da igreja local em Roma eram cristãos batizados.
Agora
considerem a igreja em Corinto. Em Atos 18:8 lemos: "e muitos dos coríntios,
ouvindo, criam e eram batizados". Outra prova de que os santos de Corinto
foram batizados se acha em 1 Coríntios 1:13-14; 10:2,6. E 1 Coríntios 12:13
traduzido corretamente (espero comentar sobre esta passagem em outro artigo
mais adiante) expressamente afirma que a entrada à assembleia local é pelo
batismo nas águas.
E
antes de passar a outro ponto, permita-me dizer que um igreja composta de
crentes batizados é óbvia e necessariamente uma igreja batista – de
que mais a vamos chamar ? Este é o nome que Deus deu ao primeiro homem que
chamou e comissionou para batizar. O nomeou "João Batista". E por
isso os verdadeiros batistas não devem ter vergonha do nome que levam.
Se alguém perguntar: por que não chamou o Espírito Santo de a "igreja
batista em Corinto"? ou, "das igrejas batistas na Galácia"?
Contestamos, por esta razão: não havia, nesse tempo, necessidade de
assinalar distinções utilizando este adjetivo. Não havia outros tipos de
igrejas nos dias dos apóstolos, além de igrejas batistas. Todas
eram Igrejas Batistas; isto é, todas estavam compostas de crentes batizados
de acordo com as Escrituras. São os homens que tem inventado outras
"igrejas" e nomes para as igrejas agora em existência.
Uma
assembleia é uma companhia de pessoas que se reúnem juntos em uma organização,
de outro modo não haveria nada para distinguir-lhes de uma multidão
qualquer. Prova clara disto se acha em Atos 19:39: "E se demandais alguma
outra coisa, averiguar-se-á em legítima assembleia". Estas palavras
foram pronunciadas pelo escrivão do povo à multidão que quebrantava a paz.
E havendo "apaziguado a multidão" e havendo afirmado que os apóstolos
não eram nem ladrões de igrejas ou blasfemadores da deusa do povo, lhes
recordou a Demétrio e seus seguidores que "os tribunais estão abertos e
há procônsules"; e lhes convida a acusar-se uns aos outros. A palavra
grega para "assembleia" nesta passagem é ekklesia e a referência
foi à corte jurídica Romana, isto é, uma organização governada por leis.
Também
as figuras usadas pelo Espírito Santo em relação com a
"igreja" são pertinentes unicamente a uma organização local. Em
Romanos 12 e em 1 Coríntios 12 Ele emprega o "corpo" humano
como uma analogia ou ilustração. Este exemplo não é próprio para
representar uma igreja "invisível" ou "universal" cujos
membros estão esparzidos por toda a terra. Não é necessário recordar ao
leitor que não há organização mais perfeita na terra que o corpo humano,
cada membro em seu lugar apropriado, cada um cumprindo seu dever e função.
Em 1 Timóteo 3:15 a igreja é chamada "a casa de Deus". Esta
"casa" fala de organização, cada habitante tendo sua própria
recâmara, os móveis em seu lugar, etc.
Outra
prova de que uma "igreja" neotestamentária é uma companhia local
de crentes batizados, em uma relação organizada, se acha em Atos 7:38, onde
o Espírito Santo aplica o termo ekklesia aos filhos de Israel –
"na congregação (igreja) no deserto". Agora bem, os filhos de
Israel no deserto eram uma assembleia organizada, redimida e batizada. Será
que alguém se surpreenda que foram batizados ? Porém a Palavra de
Deus é mui explícita neste ponto: "Pois não quero, irmãos, que
ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram
pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés" (1 Coríntios
10:1-2). Também estavam organizados; tinham seus "príncipes"
(Números 7:2) e seus "sacerdotes", "anciões" (Êxodo
24:1) e seus "oficiais" (Deuteronômio). Assim pois podemos ver que
foi correto aplicar o termo ekklesia a Israel no deserto. E podemos
descobrir como sua aplicação a Israel nos ajudar a definir seu sentido
exato. Vemos que uma igreja neotestamentária tem seus "oficiais",
seus "anciões" (que é o mesmo que "bispos"), "diáconos"
(Timóteo 3:11,12), "tesoureiro" (João 12:6; 2 Coríntios 8:19), e
"escrivão" – a enumeração dos membros (Atos 1:15) claramente
implica um registro.
Seria
necessário citar uma boa parte do Novo Testamento, para amplificarmos sobre
este tema. Melhor é que o leitor leia com cuidado o livro dos Atos e as epístolas,
com uma mente aberta, e encontrará abundante confirmação do tema. Porém
somente permita-me dizer em resumo: Primeiro, para manter "a doutrina dos
apóstolos" e o companheirismo (Atos 2:42). Segundo, para preservar e
perpetuar o batismo escriturístico e a ceia do Senhor: "as instruções
tal como" Paulo as entregou à Igreja (1 Coríntios 11:2). Terceiro, para
manter a disciplina santa: Atos 13:17; 1 Timóteo 5:20-21, etc. Quarto, para
ir a todo o mundo e pregar o Evangelho a toda criatura (Marcos 16:15).
Cada igreja local é
completamente independente de todas as demais. Uma igreja em uma cidade não
tem autoridade sobre outra igreja em outra cidade. Nem tampouco pode um grupo
de igrejas locais eleger um "comitê", "presbitério" ou
"papa" para assenhorar-se sobre os membros daquelas igrejas. Cada
igreja tem seu próprio governo, conforme 1 Coríntios 16:3; 2 Coríntios
8:19. Por "governo" quero dizer que sua obra é administrativa e não
legislativa.
Uma
igreja neotestamentária deve fazer todas as coisas decentemente e em ordem (1
Coríntios 14:40), e sua única regra para ordenar as coisas, é a Sagrada
Escritura. Seu único modelo, sua corte de apelação, é a Bíblia e nada
mais que a Bíblia, pela qual todas as questões de fé, doutrina, e a vida
Cristã são determinadas. Sua única cabeça é Cristo: Ele é seu
Legislador, Fonte e Senhor.
A
Igreja local deve ser governada pelo que o Espírito disse às igrejas. Por
isso logicamente está separada do Estado e deve recusar o sustento econômico
do Estado. Ainda que seus membros são instruídos a submeterem-se "às
autoridades superiores" (Romanos 13:1), não devem permitir que o Estado
lhes dite nos assuntos da fé ou da prática.
A
administração do governo de uma igreja neotestamentária reside em sua própria
membresia e não em um corpo especial de homens, seja dentro ou fora da
igreja. Uma maioria de seus membros decidem as ações da igreja. Isto
se vê claramente em 2 Coríntios 2:6: "Basta a esse tal (a pessoa
disciplinada) esta repreensão feita por muitos". As últimas duas
palavras "por muitos" é tradução de hupo ton pleionon. Pleionon
é um adjetivo e literalmente significa pela maioria e é traduzido
assim pelo Dr. Charles Hodge, um dos melhores e competentes conhecedores do
Grego.
a menos que haja uma companhia de pessoas regeneradas, batizadas de acordo com as Escrituras, organizadas segundo o Novo Testamento, adorando a Deus segundo suas instruções, tendo companheirismo com a doutrina dos apóstolos, mantendo as ordenanças, preservando a disciplina estrita, ativa na evangelização, então não há uma igreja neotestamentária, chame o que se chame. Porém se uma igreja possui estas características, é então a única instituição em toda terra ordenada, construída e aprovada pelo Senhor Jesus Cristo. Assim que o escritor considera seu maior privilégio, depois de ser salvo, pertencer a uma de Suas igrejas. Que a graça divina me ajude a andar dignamente como membro de Sua Igreja!
Enviado por email de Marcelo L. Dornelles para Hélio de M. Silva, em 20.7.04
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.