Richard Mayhue
Cada
ponto de vista do arrebatamento tem seus defensores ultra-zelosos que têm empregado
raciocínios e metodologias inaceitáveis para provar sua posição. O
Pré-tribulacionismo não é uma exceção. Algumas das falhas menos do que
satisfatórias que têm sido observadas em todos os lados do debate do
arrebatamento incluem:
● Colocar argumentos históricos não-bíblicos no mesmo patamar das
Escrituras, a fim de obter um senso maior de autoridade para uma conclusão
pessoal ou mesmo a fim de refutar uma apresentação bíblica;
● Enxergar os eventos atuais na Escritura a fim de provar seu ponto de
vista;
● Inserir a posição predeterminada sem antes prová-la na Escritura com o
objetivo de obter um aparente apoio bíblico;
● Atacar o caráter de alguém que sustenta uma visão particular, com a
intenção de desacreditar a posição;
● Acusar um defensor de uma posição oposta de sustentar certas crenças e
interpretações inaceitáveis (quando, na verdade, eles não defendem essas
posições) a fim de falsamente demonstrar sua suposta pobre erudição;
● Empregar informação seletiva para formar seu ponto de vista, quando a
plena exposição iria de fato enfraquecer a conclusão;
● Traçar implicações errôneas e injustificáveis do grego do Novo
Testamento, que são usados para demolir as conclusões mais óbvias e
determinativas que são derivadas do contexto da passagem.
Esta apresentação busca evitar tais erros muito comuns. As seguintes perguntas
serão levantadas e respondidas nesta tentativa de apresentar uma resposta
convincente à querela em tela: “Por que um arrebatamento Pré-tribulacional?”
● O que significa arrebatamento?
● Haverá um arrebatamento escatológico?
● O arrebatamento será parcial ou pleno?
● O arrebatamento será pré, mid ou pós em relação à septuagésima semana
de Daniel?
O escopo deste capítulo não permite discutir as principais deficiências de
outras posições. Todavia, essa parte do livro descreve a superioridade
exegética do Pré-tribulacionismo como ensinado nos principais textos
escatológicos, tais como Mateus 24-25, 1Coríntios 15, 1Tessalonicenses 4 e
Apocalipse 3.6-18. Não existe um único motivo isolado que torna o
Pré-tribulacionismo convincente, mas sim a força combinada de todas as linhas
de raciocínio a ser apresentado.
O QUE
SIGNIFICA “ARREBATAMENTO”?
O substantivo e verbo português “arrebatar” deriva da palavra do latim
“raptura”, que, nas Bíblias em latim, traduz o grego harpazo, que é
usado quatorze vezes no Novo Testamento. A idéia básica da palavra é “remover
repentinamente”. O Novo Testamento a usa com freqüência para definir os termos
“roubar” ou “saquear” (Mt 11.12; 12;29; 13.19; Jo 10.12,28,29) e “remover” (Jo
6.15; At 8.39; 23.10; Jd 1.23).
O terceiro uso enfatiza o “ser arrebatado ao céu”. É usado no relato da
experiência de Paulo ao terceiro céu (2Co 12.2,4) e na Ascensão de Cristo ao
céu (Ap 12.2,4). Obviamente, harpazo é a palavra perfeita para
descrever Deus repentinamente tirando a igreja da terra para o céu como na
primeira parte da segunda vinda de Cristo. Não obstante, o texto em si não
contém nenhuma sugestão da cronometragem do arrebatamento com relação à
septuagésima semana de Daniel.
HAVERÁ
UM ARREBATAMENTO FUTURO?
1Tessalonicenses 4.16-17 refere-se, inquestionavelmente, a um
arrebatamento que é escatológico em sua natureza. Aqui, harpazo é
traduzido como “arrebatado”.
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e
com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Tessalonicenses
4:16,17).
Sem empregar harpazo, mas usando uma linguagem contextual semelhante, 1Coríntios 15.51-52
refere-se ao mesmo evento escatológico de 1Tessalonicenses 4.16-17.
“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos
seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e
nós seremos transformados” (1Coríntios 15:51,52).
Assim, pode ser seguramente concluído que a Escritura aponta para o fato de um
arrebatamento escatológico, embora nenhum destes textos fundamentais contenham
quaisquer indicadores de tempo explícitos.
O
ARREBATAMENTO SERÁ TOTAL OU PARCIAL?
Alguns têm sugerido que o arrebatamento falado em 1Tessalonicenses 4.16-17
e 1Coríntios 15.51-52 será apenas um arrebatamento parcial e não um
arrebatamento de todos os que crêem. Eles raciocinam que a participação no
arrebatamento não é baseada na verdadeira salvação de uma pessoa, mas sim
condicional, com base na conduta merecedora da pessoa.
Esta teoria baseia-se em passagens do “Novo Testamento” que enfatizam um
obediente ‘vigiar e esperar’, tendo como exemplos os textos de Mateus 25.1-13,
1Tessalonicenses 5.4-8 e Hebreus 9.28. O resultado, no entanto, seria que
apenas uma parte da igreja seria arrebatada e os que não forem arrebatados
iriam suportar uma parte ou toda da septuagésima semana de Daniel. Contudo,
estes textos bíblicos que supostamente ensinam um arrebatamento parcial são
melhor entendidos no sentido de diferenciar os verdadeiros crentes que são
arrebatados dos que meramente professam uma falsa fé e ficam para trás. Textos
que se referem ao aspecto final da “segunda vinda” de Cristo são muitas vezes
confundidos com o arrebatamento da igreja e erroneamente utilizados para apoiar
a teoria do arrebatamento parcial.
A teoria do arrebatamento parcial não consegue ser convincente porque as
alegadas passagens de apoio não suportam a sua conclusão. Várias outras
considerações também enfraquecem essa posição. Primeiro, 1Coríntios 15.51 diz
que “todos serão transformados”, não apenas alguns. Em segundo lugar, um
arrebatamento parcial logicamente exigiria uma ressurreição parcial paralela, o
que não é ensinado em nenhum lugar das Escrituras. Em terceiro lugar, um
arrebatamento parcial minimizaria e, possivelmente, eliminaria a necessidade do
Tribunal de Cristo, visto que o grupo dos verdadeiros crentes, levados no
arrebatamento, receberia uma recompensa maior do que o grupo de verdade (mas
carecendo de ainda mais refino espiritual) deixados na terra. Em quarto lugar,
tal teoria cria uma espécie de purgatório na terra para aqueles “crentes”
deixados para trás. Em quinto lugar, um arrebatamento parcial não é ensinado em
nenhum lugar claro ou explícito das Escrituras. Portanto, concluímos que o
arrebatamento será TOTAL e COMPLETO, e não apenas parcial.
O
ARREBATAMENTO SERÁ PRÉ, MID OU PÓS COM RELAÇÃO À SEPTUAGÉSIMA SEMANA DE DANIEL?
As sete evidências seguintes
apontarão para um arrebatamento Pré-tribulacionista. Na opinião deste escritor,
elas criam uma tese muito mais atraente do que as fundamentações fornecidas
para qualquer outro tempo possível para o arrebatamento.
1. A
Igreja não é mencionada como estando na terra em Apocalipse 6-19.
O termo comum do Novo Testamento
para “igreja” (ekklesia) é usado dezenove vezes em Apocalipse 1-3 e trata
primariamente com a igreja histórica do primeiro século até o fim da vida do
apóstolo João (aproximadamente 95 d.C.). Todavia, depois de 1-3, “igreja”
(ekklesia) só aparece novamente no capítulo 22 do livro, e isto bem no final
(22.16), quando João novamente se dirige à igreja do primeiro século. Por
incrível que pareça, em nenhum lugar durante o período da septuagésima semana
de Daniel o termo “igreja” é usado acerca dos crentes na terra (cf. Ap 6-19).
É impressionante e totalmente inesperado que João mudasse de instruções
detalhadas para a igreja e ficasse em silêncio absoluto sobre ela durante
quatorze capítulos descrevendo a septuagésima semana de Daniel (Ap 6-19) se, de
fato, a igreja estivesse inserida na tribulação. Se a igreja irá experimentar a
tribulação da septuagésima semana de Daniel, então, certamente, um estudo mais
detalhado dos eventos da tribulação incluiria um relato do papel da igreja
nessas circunstâncias. Mas não inclui! A única cronologia do arrebatamento que
justifica essa freqüente menção da “igreja” em Apocalipse 1-3 e a total
ausência da “igreja” até Apocalipse 22.16 é um arrebatamento Pré-tribulacional,
que deslocaria a igreja da terra para o céu antes da septuagésima semana de
Daniel.
Atualmente, a igreja universal é o canal humano de Deus da verdade redentiva. O
Apocalipse fornece seguras indicações de que o remanescente judaico será o
instrumento de Deus durante a septuagésima semana de Daniel. O leitor imparcial
certamente ficará impressionado pela abruta mudança de “igreja”, em Apocalipse
1-3, para os 144.000 judeus das doze tribos em Apocalipse 7 e 14. O leitor
imparcial no mínimo perguntaria: “Por que?”
Além disso, o fato de Apocalipse 12 ser uma mini-sinopse do período inteiro da
tribulação, juntamente com o fato da mulher que deu a luz a um menino (Ap
12.13) ser Israel, logicamente e topicamente o período da tribulação foca na
nação de Israel e não na igreja. Desta forma, parece ser altamente
inconsistente afirmar que a igreja está ausente nas primeiras sessenta e nove
semanas de Daniel e, ao mesmo tempo, presente na septuagésima. A melhor (óbvia)
explicação para a ausência da igreja na septuagésima semana de Daniel é que um
arrebatamento Pré-tribulacional removeu a igreja da terra antes da tribulação.
2. O
Arrebatamento se torna inconseqüente se for Pós-tribulacional.
Se Deus miraculosamente
preserva a igreja “durante” a tribulação (como é postulado pelo
Pós-tribulacionismo), por que existir um arrebatamento? Se é para evitar a ira
de Deus no Armagedon, então por que Deus não continuaria a proteger os santos
na terra exatamente como Ele protegeu Israel (cf. Êx 8.22; 9.4,26; 10.23; 11.7)
de Sua ira derramada sobre Faraó e o Egito? Além do mais, se o propósito do
arrebatamento é que os santos vivos evitem o Armagedon (novamente, como é
sugerido pelo Pós-tribulacionismo), por que ressuscitar os santos que ao mesmo
tempo já estão imunes?
Além disso, se o arrebatamento ocorreu em conexão com a vinda Pós-tribulacional
de nosso Senhor, a subseqüente separação das ovelhas dos bodes (cf. Mt 25.31)
seria [estupidamente] redundante. Separação teria ocorrido no próprio ato do
translado (arrebatamento) da igreja.
E mais, se todos os crentes da tribulação são arrebatados e glorificados antes
da inauguração do reino milenar, quem, então, preencherá e propagará o reino?
As Escrituras indicam que os incrédulos vivos serão julgados no final da
tribulação e removidos da terra (ver Mt 13.41-42; 25.41). No entanto, elas
também ensinam que crianças vão nascer dos crentes durante o milênio e que
essas crianças serão capazes de pecar (veja Is 65.20; Ap 20.7-10). Isto não
seria possível se todos os crentes na terra tivessem sido glorificados por meio
de um arrebatamento Pós-tribulacional.
Finalmente, o paradigma Pós-tribulacionista da Igreja sendo arrebatada e logo
em seguida trazida de volta à terra não permite tempo para o “Bema” (Tribunal)
de Cristo acontecer (1Co 3.10-15; 2Co 5.10), nem a Ceia das Bodas (Ap 19.6-10).
Assim, pode ser concluído que uma ocorrência Pós-tribulacional do arrebatamento
não tem sentido lógico, é incongruente com o julgamento de ovelhas e bodes e,
de fato, elimina dois eventos críticos do fim dos tempos. No entanto, um
arrebatamento Pré-tribulacional evita todas essas intransponíveis dificuldades.
3. As
epístolas não contêm nenhum alerta preparatório de uma iminente tribulação para
os crentes da era da igreja.
As instruções de Deus para a
igreja através das epístolas contêm uma variedade de alertas, mas nunca os
crentes são avisados para se prepararem para entrar e suportar a tribulação da
septuagésima semana de Daniel.
Elas avisam vigorosamente sobre o erro vindouro e os falsos profetas (veja At
20.29-30; 2Pe 2.1; 1Jo 4.1-3; Jd 1.4). Elas avisam contra um viver ímpio (veja
Ef 4.25; 5-7; 1Ts 4.3-8; Hb 12.1). Elas até mesmo admoestam os crentes a
perseverarem no meio da presente tribulação (veja 1Ts 2.13-14; 2Ts 1.4; 1Pe).
No entanto, há um absoluto silêncio acerca de preparar a igreja para qualquer
espécie de tribulação como a encontrada em Apocalipse 6-18.
Seria inconsistente as Escrituras permanecerem em silêncio sobre tal mudança
traumática para a igreja. Se qualquer outro tempo do arrebatamento além do
Pré-tribulacionismo fosse verdade, alguém poderia esperar que as epístolas
ensinassem a presença da igreja na tribulação e a conduta da igreja na
tribulação. No entanto, não há ensino nenhum como este. Somente um
arrebatamento Pré-tribulacional explica satisfatoriamente tal silêncio óbvio.
4.
1Tessalonicenses 4.13-18 demanda um arrebatamento Pré-tribulacional.
Com vistas a uma discussão, vamos supor, hipoteticamente, que alguma outro
cronologia diferente da Pré-tribulacional fosse verdade. O que então
esperaríamos encontrar em 1Tessalonicenses 4? Como isto se compara ao que nós
observamos?
Primeiro, esperaríamos os tessalonicenses alegres pelo fato de que seus entes
queridos estão em casa com o Senhor e não teriam de suportar os horrores da
tribulação. Mas, nós descobrimos que os tessalonicenses estão de fato sofrendo
pelo temor de que eles perderão o arrebatamento (1Ts 4.12-15). Somente um
arrebatamento Pré-tribulacional possui respostas para esse sofrimento deles.
Em segundo lugar, esperaríamos que os tessalonicenses estivessem sofrendo por
sua própria tribulação iminente em vez de sofrer por seus entes queridos que
haviam morrido. Além disso, seria de se esperar que eles estivessem curiosos
sobre a sua própria futura perseguição. Porém, os tessalonicenses não tinham
medo nem dúvidas sobre a vindoura tribulação.
Em terceiro lugar, seria de se esperar que Paulo, mesmo na ausência de
interesse ou de perguntas por parte dos tessalonicenses, teria fornecido
instruções e exortações para tal teste supremo, o que tornaria a presente
tribulação deles parecer microscópica em comparação à “ira vindoura”. Mas, não
há sequer uma indicação de qualquer tribulação iminente deste tipo envolvendo a
igreja.
Portanto, 1Tessalonicenses 4 só se encaixa no modelo de um arrebatamento
Pré-tribulacional. O texto sagrado é incompatível com qualquer outra cronologia
para o arrebatamento.
5.
João 14.1-3 paralelo à 1Tessalonicenses 4.13-18.
João 14.1-3 refere-se à vinda de Cristo mais uma vez. Não é uma promessa a
todos os crentes que irão para Ele na morte, mas refere-se ao arrebatamento da
igreja. Observe o paralelismo aproximado entre as promessas de João 14.1-3 e
1Tessalonicenses 4.13-18. Primeiro, a promessa de uma presença com Cristo: “...
para que onde Eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). “... estaremos para
sempre com o Senhor” (1Ts 4.17). Segundo, a promessa de consolo: “Não se turbe
o vosso coração;...” (Jo 14.1). “Consolai-vos uns aos outros com estas
palavras” (1Ts 4.18).
Jesus instruiu seus discípulos que Ele estava indo para a casa de Seu Pai (céu)
preparar um lugar para eles. Ele lhes prometeu que voltaria e os receberia,
para que eles estivessem onde quer que Ele estivesse.
A frase “onde Eu estou”, ao mesmo tempo que implica presença contínua em geral,
aqui significa presença no céu em particular. Nosso Senhor disse aos fariseus
em João 7.34: “Onde Eu estou, vós não podeis ir”. Ele não estava falando sobre
sua atual habitação na terra, mas sim de sua presença ressurreta à destra do
Pai. Em João 14.3, “onde Eu estou” tem que significar “no céu” conforme o
contexto de João 14.1-3.
Um arrebatamento Pós-tribulacional exige que os santos encontrem Cristo nos
ares e imediatamente desça de volta à terra, sem experimentar o que nosso
Senhor prometeu em João 14. Uma vez que João 14 refere-se ao arrebatamento,
somente um arrebatamento Pré-tribulacional satisfaz a linguagem de João 14.1-3
e permite que os santos arrebatados permaneçam por um tempo significativo com
Cristo na casa de Seu Pai.
6. A
natureza dos eventos na vinda Pós-tribulacional de Cristo difere radicalmente
daquela do arrebatamento.
Se compararmos o que acontece no arrebatamento em 1Tessalonicenses 4.13-18
e 1Coríntios 15.50-58 com o que ocorre nos eventos finais da segunda vinda de
Cristo [para reinar] em Mateus 24-25, no mínimo oito contrastes
ou diferenças significantes podem ser observados. Essas diferenças exigem que o
arrebatamento ocorra em um tempo significativamente diferente do evento final
da segunda vinda propriamente dita de Cristo. Veja as claras distinções entre
arrebatamento e segunda vinda:
● No arrebatamento, Cristo vem nos ares e retorna ao céu (1 Ts. 4:17), porém
no evento final da segunda vinda, Cristo vem à terra para habitar e reinar (Mt.
25:31-32).
● No arrebatamento, Cristo reúne os seus (1 Ts 4:17), porém na segunda
vinda, os anjos reúnem os eleitos (Mt. 24:31).
● No arrebatamento, Cristo vem para recompensar (1 Ts. 4:17), porém na
segunda vinda, Cristo vem para julgar (Mt. 25:31-46).
● No arrebatamento, a ressurreição é proeminente na vinda de Jesus (1 Ts.
4:15-16), porém na segunda vinda, nenhuma ressurreição é mencionada com a
descida de Cristo.
● No arrebatamento, os crentes são removidos da terra (1 Ts. 4:15-17), porém
na segunda vinda, os descrentes são removidos da terra [para o inferno, até que
venha o Juízo Final e sejam lançados no lago de fogo] (Mt. 24:37-41).
● No arrebatamento, os descrentes permanecem na terra (implícito), porém na
segunda vinda, os crentes permanecem na terra (Mt. 25:34).
● No arrebatamento, não existe menção do reino de Cristo na terra, porém na
segunda vinda, o reino de Cristo na terra é estabelecido (Mt. 25:34).
● No arrebatamento, os crentes receberão corpos glorificados (cf. 1 Co.
15:51-57), porém na segunda vinda, ninguém que está vivo recebe corpo
glorificado.
Adicionalmente, várias parábolas de Cristo em Mateus 13 confirmam as diferenças
entre o arrebatamento e o evento final da segunda vinda:
● Na parábola do trigo e do joio, o joio (descrentes) são tirados
dentre o trigo (crentes) no ápice da segunda vinda (Mt 13.30,40), enquanto os
crentes são removidos do meio dos descrentes no arrebatamento (1Ts 4.15-17).
● Na parábola da rede, os peixes ruins (descrentes) são removidos do meio
dos peixes bons (crentes) no ápice da segunda vinda (Mt 13.48-50), enquanto que
os crentes são removidos do meio dos descrentes no arrebatamento (1Ts 4.15-17).
Finalmente, não há menção do arrebatamento em ambos os textos mais detalhados
da segunda vinda – Mateus 24 e Apocalipse 19. Isso deve ser esperado à luz das
observações acima que, compulsoriamente, apontam para um arrebatamento
Pré-tribulacional.
7.
Apocalipse 3.10 promete que a igreja será removida antes da septuagésima semana
de Daniel.
A igreja de Filadélfia (Ap 3.7-13), em nossa visão, refere-se tanto à
igreja do primeiro século, em termos locais, quanto à futura igreja que
experimentará o arrebatamento. Este é o exemplo de cumprimento profético
paralelo e faz muito sentido com o alerta sobre a tribulação que virá sobre o
mundo todo (Ap 3.10), que não ocorreu no primeiro século. A questão aqui é se a
frase “guardar da hora da (tereo ek) tribulação”
significa um “contínuo estado de segurança fora da” ou “segurança
de emergênciadentro de”.
A preposição grega ek (“da”) contém a idéia básica de
emergência. Mas isso não é válido para todos os casos. Duas exceções notáveis
são encontradas em 2Co 1.10 e 1Ts 1.10. Na passagem de Coríntios, Paulo ensina
seu resgate dos mortos por Deus. Agora, Paulo não emerge de um estado de morte,
mas é resgatado de um perigo em potencial.
Mais convincente ainda é 1Tessalonicenses 1.10. Aqui Paulo declara que Jesus
está resgatando os crentes da ira vindoura. A idéia não é “imersão da”, mas,
antes, proteção da entrada “na”.
Por isso, ek pode ser entendido como significando um estado
contínuo “fora de” ou “imersão de dentro”. Então, nenhuma posição do
arrebatamento pode ser dogmática nesse ponto; todas as posições, neste aspecto,
permanecem possíveis.
Tem sido questionado que se João tivesse tido a intenção de usar “guardar da”,
ele teria usado tereo apo (cf. Tg1.27: “manter a si mesmo
incontaminado do mundo”). Porém, é igualmente verdade que se João tivesse tido
a intenção de “proteção dentro”, ele teria usado tereo com en,
eis ou dia. Alega-se que o maior ônus da prova recai
sobre outras posições, desde sua solução de imunidade “dentro de”, mas que de
modo algum explica o uso de ek.
Primeiro, ek é muito mais perto de apo no
significado do que ele é de en, eis ou dia.Os dois
frequentemente se sobrepõem, e apo, no grego moderno, está
absorvendoek. Quando combinado com tereo ek, se
aproxima muito mais de apo do que de em, eis ou dia. Por
esta razão, “guardar da” é o significado mais provável.
Segundo, a frase tereo en é usada três vezes no Novo
Testamento (veja At 12.5; 1Pe 1.4; Jd 1.21). Em cada caso, implica existência
prévia interior com uma visão de continuar dentro. Agora, se tereo en significa
“continuada existência dentro”, então tereo ek[muito logicamente e
obviamente] significa manter uma existência EXTERIOR.
João 17.15 (“eu não peço que os tires do mundo, mas que os guardes (tereo ek)
do mal”) é a única outra passagem no Novo Testamento onde tereo ek ocorre.
Esta combinação de palavra não ocorre na Septuaginta. Nós podemos concluir que,
o que quer que seja que a frase signifique aqui, terá também o mesmo
significado em Ap 3.10.
Mas se tereo ek foi designado para significar “existência
anterior interna” em João 17.15, então ele entraria em contradição com 1João
5.19, onde é dito que os crentes são de Deus e os descrentes estão sob o poder
do maligno, isto é, tereo ek implicaria no entendimento de que
os discípulos tinham “contínua existência” dentro do maligno. No entanto, com
muita clareza, 1João 5.19 diz exatamente o oposto. Em vez disso, João 17.15
registra a petição do Senhor para mantê-los fora do maligno.
Sendo que João 17.15 significa “manter fora” do maligno, então o pensamento
paralelo em Ap 3.10 é manter a igreja fora da hora da
provação. Por isso, somente um arrebatamento Pré-tribulacional cumpriria a
promessa.
Se Apocalipse 3.10 significa “imunidade” ou “proteção interior”, como outras
posições insistem, então teríamos um resultado cheio de contradições: Primeiro,
se a proteção em Apocalipse 3.10 é limitada somente da ira de Deus durante a
tribulação e não de Satanás, então Apocalipse 3.10 nega o pedido do nosso
Senhor em João 17.15. Segundo, se é questionado que Apocalipse 3.10 significa
total imunidade de provações, como isso pode ser conciliado com Apocalipse
6.9-11 e 7.14 onde abundam os mártires? O indiscriminado massacre dos santos
durante a tribulação exige que a promessa à igreja de Filadélfia seja
interpretada como “guardando da” hora da provação, e não
“guardando na” hora da provação. Os santos martirizados durante a tribulação
são aqueles que vêm a Cristo depois do arrebatamento; depois que a igreja é
levada embora.
RESPOSTAS
A PERGUNTAS DIFÍCEIS
Ao longo das últimas três décadas, eu coletei e interagi com algumas das
mais importantes objeções ao Pré-tribulacionismo. Segue abaixo uma lista de
desafios que foram levantados e, em seguida, respondidos:
OBJEÇÃO: Uma vez que a frase “ao encontro do Senhor”, em 1Ts 4.17
(apantao e apantasis) pode se referir a uma cidade amigável indo ao encontro do
rei visitante e o escoltando de volta à cidade, essa frase não aponta para
decididamente um arrebatamento Pós-tribulacional?
RESPOSTA: Em primeiro
lugar, este verbo/substantivo grego pode se referir tanto à reunião dentro de
uma cidade (Mc 14.13; Lc 17.12) ou sair da cidade para um encontro e voltar (Mt
25.6; At 28.15). Assim, a utilização desta palavra não é de forma alguma
decisiva. Em segundo lugar, lembre-se que Cristo está vindo para um povo hostil
que irá, eventualmente, lutar contra Ele no Armagedom. Assim, o arrebatamento
Pré-tribulacional retrata melhor o Rei resgatando , através de um
arrebatamento, seus fiéis seguidores que estão presos em um mundo hostil e que
mais tarde irá acompanhá-lo quando Ele retornar para conquistar Seus inimigos e
estabelecer o Seu reino (cf. Ap 19.11-16).
OBJEÇÃO: Por que Paulo escreve em 1Ts 5.6 para os crentes estarem
alertas para o “Dia do Senhor” se eles não estariam nele de acordo com o
Pré-tribulacionismo?
RESPOSTA: Paulo exorta os
crentes em 1Ts 5.6 a estarem alerta e viverem uma vida piedosa no contexto do
Dia do Senhor, assim como Pedro faz em 2Pe 3.14-15, onde o Dia do Senhor é
claramente uma experiência no final do milênio, uma vez que os velhos céus e
terra serão destruídos e substituídos pelos novos. Em ambos os casos, são
exortações para apresentar um viver piedoso para os verdadeiros crentes à luz
do juízo futuro de Deus sobre os incrédulos. Sendo assim, estes textos não são
relevantes para determinar o momento do arrebatamento.
OBJEÇÃO: Mateus 24.37-42, onde pessoas são tiradas do mundo, não
ensina um arrebatamento Pós-tribulacionista?
RESPOSTA: Mateus 24.37-42
não se refere ao arrebatamento, mas sim ao julgamento dos incrédulos na segunda
vinda de Cristo. Primeiro a alusão histórica de Noé (Mt 24.37-39) mostra que
Noé e sua família foram deixados vivos e o mundo inteiro foi levado à morte e
julgamento. Essa é exatamente a sequência esperada na segunda vinda de Cristo
[após a tribulação], como ensinada na parábola do joio e do trigo (Mt
13.24-43), na parábola da rede (Mt 13.47-50) e no julgamento nacional dos bodes
e ovelhas (Mt 25.31-46). Em todos esses casos, no evento final da segunda vinda
de Cristo, os descrentes são levados ao julgamento e os crentes justos
permanecem. Portanto, esta passagem não lida com o arrebatamento [em nenhum
nível e em nenhum grau].
OBJEÇÃO: Um arrebatamento Pré-tribulacional resulta em duas vindas de
Cristo enquanto a Escritura ensina apenas uma?
RESPOSTA: De maneira
alguma. Independente da posição do arrebatamento que alguém sustenta, a segunda
vinda de Cristo é um só evento que ocorre em duas partes – Cristo vindo nos
ares para arrebatar a igreja (1Ts 4.13-18) e Cristo vindo à terra para
conquistar, julgar e estabelecer Seu Reino milenar (Mt 24-25).
OBJEÇÃO: Quando Jeremias escreve (30.7): “Ah! Que grande é aquele dia,
e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será
livre dela”, não é a mesma categoria de linguagem usada em Ap 3.10 (guardar de)
e, assim, não aponta para um arrebatamento Pós-tribulacional?
RESPOSTA: A Septuaginta
(LXX) traduz o texto hebraico de Jeremias com a frase sozo apo. No
caso de Israel, eles serão salvos através do julgamento e surgem dele como o
povo de Deus sobre o qual Crito vai reinar como prometido a Davi (2Sm 7.8-17) e
profetizado por Ezequiel (37.11-18). O fato de sozo apo significar
“protegido no meio de” não interfere em nada no significado de um verbo e
preposição diferentes usados em Apocalipse 3.10 (tereo ek). (Veja a
explanação anterior sobre Apocalipse 3.10). Finalmente, não há nenhuma equação
do resultado de Israel e o plano de Deus para a igreja.
OBJEÇÃO: Se o Pré-tribulacionismo é verdadeiro, por que não há menção
de “igreja” em Apocalipse 4-19?
RESPOSTA: É verdade que a
palavra “igreja” (ekklesia) não é usada acerca da igreja no céu em Ap 4-19. No
entanto, isso não significa que a igreja não está presente. Há pelo menos duas
ocorrências distintas da igreja no céu. Primeiro, os vinte e quatro anciçãos em
Ap 4-5 simbolizam a igreja. Segundo, a frase “vós santos, apóstolos e
profetas”, em Ap 18.20, claramente se refere à igreja no céu. O cenário de
arrebatamento que melhor se adéqua com a igreja estar no céu nesses textos é um
cenário de arrebatamento.
OBJEÇÃO: Por que Apocalipse é dirigido à igreja se a igreja não irá
experimentar a tribulação de Apocalipse 6-19 devido ao arrebatamento
Pré-tribulacional?
RESPOSTA: Deus
frequentemente advertiu Israel no Velho Testamento do juízo iminente, mesmo que
a geração que recebeu a profecia não iria experimentá-lo. Como mencionado na
segunda pergunta acima, tanto Paulo (1Ts 5.6) quanto Pedro (2Pe 3.14-15) usaram
um julgamento futuro que as pessoas a quem eles escreveram não experimentariam
para exortar o povo de Deus a apresentar uma vida piedosa. O mesmo padrão foi
seguido por João em Apocalipse. A igreja foi alertada quanto ao futuro
julgamento de Deus sobre o pecado na terra como base para a igreja ensinar uma
doutrina pura e viver uma vida santa (Ap 2-3). [Pois estas são ordens de Deus].
OBJEÇÃO: Se o Dia do Senhor ocorre no final da septuagésima semana de
Daniel, a sequência cronológica de 1Tessalonicenses 4 e 1Tessalonicenses 5 não
ensinam um arrebatamento Pós-tribulacional?
RESPOSTA: Primeiro,
independentemente do Dia do Senhor (segunda vinda para reinar) começar no
início ou no fim da septuagésima semana de Daniel, este ponto não determina
necessariamente o tempo do arrebatamento. Segundo, a gramática de 1Ts 5.1 dá razão
contra uma cronologia aproximada com 1Ts 4 pelo uso de Peri de(“agora
quanto a” ocorrendo dezoito vezes no Novo Testamento). Em todas, com exceção de
quatro casos, uma mudança óbvia no tempo ou no tema está implícita (Veja, por
exemplo, Mt 22.31; 24.36; Mc 12.26; 13.32). Essa frase preposicional é usada
por Paulo oito vezes. Cada outro uso paulino indica uma mudança de tema. Por
isso, é esperado que o uso de Peri de por Paulo em 1Ts 5.1
também indique uma mudança de tempo e tema de 1Ts 4. Isto é consistente com seu
uso anterior de Peri de nesta epístola (cf. 4.9).
Em 1Ts 4.13-18, Paulo descreveu as circunstâncias dos entes queridos mortos no
tempo do arrebatamento. Mas em 5.1 e nos versos seguintes Paulo muda para o Dia
do Senhor e do julgamento subseqüente sobre os descrentes. Este é um tema
totalmente diferente do arrebatamento e, igualmente, trata-se de um evento que
ocorrerá em um tempo diferente do arrebatamento.[1] Se 1Ts 4.13 e 5.1 devem ser
tomados como uma unidade de pensamento, como alguns tem sugerido, então o uso
de Paulo de Peri de não significa nada. No entanto, por causa
de Peri de aparecer aqui, é melhor interpretado como uma
grande mudança no pensamento dentro do amplo tema da escatologia. Apenas um
arrebatamento Pré-tribulacional seria responsável por isso.
OBJEÇÃO: Existe alguma relação entre a trombeta do arrebatamento de
1Ts 4.17; 1Co 15.52 e a trombeta de Jl 2.1, ou a trombeta de Mt 24.31, ou a
trombeta de Ap 11.15? Se existe, isso não contradiz um arrebatamento
Pré-tribulacional?
RESPOSTA: Um cuidadoso
estudo dos quase cem usos de “trombeta/trombetas” no Antigo Testamento vai
rapidamente instruir o estudante das Escrituras a não equiparar às pressas as
trombetas em quaisquer dos textos sem uma grande quantidade de indícios
contextuais corroborantes. Por exemplo, existe a trombeta usada para alerta (Jr
6.1); a trombeta usada para a adoração/louvor (2Cr 20.28; Sl 81.3; 150.3); as
trombetas usadas para a vitória (1Sm 13.3); a trombeta utilizada para
reconvocação (2Sm 2.28; 18.16); a trombeta usada para regozijo (2Sm 6.15); para
anúncios (2Sm 20.1; 1Re 1.34; 2Re 9.13); para dispersamento (2Sm 20.22) e etc.
Aqui foram citadas apenas algumas.
Depois de olhar para os textos em questão, parece que cada trombeta é usada
para um propósito distinto que é único e diferente dos outros três.
A trombeta de Joel 2.1 é uma trombeta de alarme (cf. Jr 6.1) de que o Dia
do Senhor está próximo. A trombeta de 1Tessalonicenses 4.16 e 1Coríntios 15.52
é uma trombeta que anuncia o Rei se aproximando (cf. Sl 47.5) para que as
pessoas possam sair para saudá-lO. A trombeta de Mateus 24.31 é uma trombeta
para reunir-se (cf. Ex 19.16; Ne 4.20. Jl 2.15). A trombeta de Apocalipse 11.15
é a sétima de uma série de sete trombetas e anuncia vitória (cf. 1Sm 13.3). Não
há razão convincente para equiparar a trombeta do arrebatamento com qualquer
uma das outras três trombetas.
OBJEÇÃO: A promessa de libertação para os santos da igreja em 2Ts
1.6-10, no tempo em que Jesus voltar com seus anjos para julgar o mundo, aponta
para um arrebatamento Pós-tribulacional?
RESPOSTA: Paulo não está
aqui escrevendo um tratado profético detalhado, cronológico ou mesmo preciso,
mas antes está escrevendo para dar esperança aos tessalonicenses de que, no
fim, a justiça de Deus prevalecerá. Como os profetas do Velho Testamento (cf.
Is 61.1-2; 2Pe 1.10-11), Paulo compactou tanto os detalhes, que a extensão de
tempo não é aparente, nem todos os detalhes são claros à primeira vista. No
entanto, o apóstolo está claramente assegurando aos tessalonicenses que
certamente virá um dia de retribuição para seus perseguidores. Como resultado,
esse texto não tem nenhuma influência no sentido de determinar o tempo do
arrebatamento.
OBJEÇÃO: Apocalipse 14.14 ensina um arrebatamento Mid-tribulacional?
RESPOSTA: Enquanto a
linguagem certamente refere-se a Cristo, o contexto é de julgamento, semelhante
a Apocalipse 19.11-16. Contudo, o contexto do arrebatamento é de bênçãos para
os santos (veja as oito maiores diferenças/contrastes entre o arrebatamento e o
último evento da segunda vinda de Cristo, discutida acima). Consquentemente,
Apocalipse 14.14 não se refere a um arrebatamento Mid-tribulacional.
OBJEÇÃO: A posição do arrebatamento Mid-tribulacional não é na
realidade uma posição Pré-tribulacional, uma vez que a “grande tribulação” (Mt
24.21; Ap 7.14) não inicia até o meio da septuagésima semana de Daniel?
RESPOSTA: Dizer que a tribulação real
não começa até o ponto do meio da Septuagésima semana de Daniel é fazer uma
delimitação arbitrária e também contradizer o testemunho de, no mínimo, quatro
dos primeiros selos de Apocalipse 6.1-8, que retratam a tribulação desencadeada
por Cristo dos céus. Estes selos são descritos como “dores de parto” e “tribulação” em
Mateus 24.8-9. Enquanto a intensidade final da tribulação (“grande
tribulação”) está na metade final da septuagésima semana de Daniel,
todo o período é marcado por uma tribulação em geral. Assim, a
única posição Pré-tribulacional genuína é aquela que coloca o arrebatamento
antes da septuagésima semana de Daniel.
OBJEÇÃO: Se a igreja participa da primeira ressurreição, e se a
primeira ressurreição é descrita em Apocalipse 20.4-5, isso não aponta para uma
ressurreição/arrebatamento Pós-tribulacional?
RESPOSTA: O uso da frase
“primeira ressurreição” em Apocalipse 20.5-6 se refere especificamente à
ressurreição Pós-tribulacional daqueles que creram em Cristo durante a
septuagésima semana de Daniel, como é explicitado pela linguagem pela linguagem
de Apocalipse 20.4. Nada na frase limita a “primeira ressurreição” somente a
este grupo de pessoas ou a esse tempo. A “primeira ressurreição” cujo é
contrastada com a “segunda morte” (Ap 20.6,14; 21.28) – que é a ressurreição de
todos os descrentes – é composta de várias categorias adicionais de pessoas que
foram ressuscitadas em vários tempos. Estas incluem: (1) Cristo, as primícias
(1Co15.23); (2) Santos da igreja no arrebatamento (1Co 15.23,50-58.); e (3)
Santos do VT no final da Septuagésima semana de Daniel (Ez 37.12-14; Dn 12.2).
Este texto, então, não aponta para uma ressurreição/arrebatamento
Pós-tribulacional.
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Nota
[1]. O arrebatamento ocorre logo antes do início da septuagésima semana de
Daniel, enquanto que o Dia do Senhor começa no fim da septuagésima semana de
Daniel.Veja Richard L. Mayhue, “The Bible’s Watchwood: Day of the Lorde”, The
Master’s Seminary Journal 22.1 (spring 2011): 65-68.
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Richard Mayhue / Os Planos Proféticos de Cristo: Um guia básico sobre o
premilenismo futurista – John MacArthur & Richard Mayhue – Cap. 4, Pág. 83-99
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JP Padilha Blog: https://jppadilhabiblia.blogspot.com.br/
SÉRIE: Os Planos Proféticos de Cristo
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em http://BibliaLTT.org, com ou sem notas.
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