Calvino Ferrenhamente Defendeu Literalismo.


Muitos Calvinistas Lamentam Muito Que Ele Tenha Sido Incoerente E Alegorizou Milênio E Israel, Portanto Eles Não O Seguem, Sendo Futuristas E Pre-Milenaristas.



(adaptado por Hélio de Menezes Silva, modificando (às vezes substancialmente) um extrato de talvez 1/20 do cap 7 do livro Os Planos Proféticos de Cristo, de John MacArthur Jr., páginas 137-150, http://jppadilhabiblia.blogspot.com.br/2017/12/capitulo-7-o-calvinismo-leva-ao.html )



1. Calvino Defendeu Ferrenhamente O Mais Estrito Literalismo


Calvino
: "reconheçamos que o verdadeiro significado da Escritura é simples e genuíno, abracemos e defendamos este significado com toda a nossa força. Que nós... confiantemente deixemos de lado como corrupções mortais aquelas exposições fictícias que nos levam para longe do sentido LITERAL da Palavra" (citado por John MacArthur Jr, em Os Planos Proféticos de Cristo: Um guia básico sobre o Premilenismo Futurista – Cap. 7, Cap. 7, "O Calvinismo Leva Ao Premilenismo Futurista", Pág. 137-150,  http://jppadilhabiblia.blogspot.com.br/2017/12/capitulo-7-o-calvinismo-leva-ao.html)

Calvino, no seu Comentário Aos Romanos:
- "
Sendo que é quase a única tarefa [do intérprete] desvendar a mente do escritor a quem ele deseja expor, ele erra o alvo ou, pelo menos, se desgarra de seus limites [quando chega] ao ponto de levar seus ouvintes para longe do significado do autor [da Escritura]
- "Este erro [da alegoria] tem sido a fonte de muitos males. Ele não somente abriu o caminho para a adulteração do significado natural da Escritura, como também fortaleceu a alegorização como a principal virtude exegética. Assim, muitos dos antigos sem quaisquer restrições jogaram toda a espécie de jogos com a sagrada Palavra de Deus, como se chutassem uma bola pra lá e pra cá. A alegorização também concedeu aos hereges uma oportunidade de lançar a Igreja numa tormenta, pois quando é aceito que qualquer um possa interpretar qualquer passagem como bem entende, qualquer idéia louca, absurda ou monstruosa, pode ser introduzida sob o pretexto de alegoria. Mesmo os bons homens foram levados pelo erro da alegoria, formulando um grande número de opiniões perversas.
- [Os estudantes da Palavra de Deus devem] "rejeitar completamente as alegorias de Orígenes e de outros como ele, que Satanás, com a mais profunda sutileza, tem introduzido na Igreja, com o propósito de tornar a doutrina da Escritura ambígua e destituída de toda a firmeza e certeza" (J. Calvin, citado por John MacArthur Jr.


2. Muitos Calvinistas Lamentam Muito Que Calvino Foi Incoerente Consigo Mesmo E Alegorizou Milênio E Israel. Portanto, Não O Seguem, Sendo Futuristas E Pre-Milenaristas.


Ao falar sobre o Milênio, sobre a nação de Israel e sobre o reino de Cristo sobre a terra, lamentavelmente Calvino se contradiz completamente a si mesmo, se violenta, e nada aceita literalmente, mas segue o catolicismo romano, segue o maior pai das heresias do romanismo, segue o Padre Agostinho, que seguiu o maior herege Orígenes, então, muito lamentavelmente, Calvino alegoriza todas as coisas sobre Israel e o Milênio.

"Se Calvino tivesse interpretado Amós 9 e outras passagens apocalípticas da mesma maneira que interpretou o resto da Bíblia, usando a hermenêutica literal que ele defendia, teria inevitavelmente chegado a conclusões premilenistas futuristas. Ademais, uma hermenêutica literal, consistentemente aplicada, leva ao Premilenismo Futurista – ponto em que os eruditos amilenistas abertamente concordam ao longo dos anos." (J.MacArthur Jr, ibid)

Herman Bavink:
"Todos os profetas, com igual vigor e força, anunciam não somente a conversão de Israel e das nações, como também o retorno à Palestina, a reedificação de Jerusalém, a restauração do tempo, do sacerdócio, da oração sacrificial, e assim por diante."

" Premilenismo Futurista é o resultado da aplicação consistente da hermenêutica literal. Embora Calvino fortemente tenha advogado a abordagem literal, ele foi inconsistente na aplicação dessa hermenêutica. Gerações de teólogos reformados têm seguido [lamentavelmente] seu exemplo, adotando uma abordagem alegórica para lidar com os textos proféticos."
(J. MacArthur Jr., ibid)


"Os que seguem a tradição reformada, que abraçam a abordagem literal à interpretação bíblica, poderiam ser os primeiros a advogarem o Premilenismo Futurista. Do ponto de vista da hermenêutica, é inconsistente que não o façam."
(J. MacArthur Jr., ibid)


3. Muitos Calvinistas Argumentam Que A Doutrina Calvinista da Eleição Exige Que A ELEIÇÃO Da NAÇÃO De Israel Não Pode Ter Sido Anulada, E Haverá Um Milênio Literal, Com Uma Nação (Etnia) De Israel Literal

"Mas como pode ser isto? A eleição pode ser cancelada? As promessas de Deus podem ser anuladas, mesmo por meio da desobediência dos homens? A apostasia de Israel não era parte do plano eterno de Deus?
"É aqui, mais uma vez, onde a doutrina reformada – consistentemente aplicada – leva às conclusões Premilenistas Futuristas. Nada há mais coerente com a afirmação da eleição soberana e das doutrinas da graça do que a posição Premilenista Futurista. Tanto o Amilenismo como o Posmilenismo melhor se adéquam à uma abordagem arminiana, na qual a eleição pode ser perdida com base em escolhas e comportamento humanos. Ensinar que os israelitas podem anular a escolha de Deus por meio de suas ações deliberadas é consistente com o arminianismo [e jamais com o Calvinismo], pois não é consistente com a teologia reformada. Para os que entendem que Deus é Soberano, que Ele é o único que pode determinar quem será salvo e que somente Ele pode salvá-los, nem o Amilenismo nem o Posmilenismo fazem qualquer sentido. Ambas as visões essencialmente ensinam que a nação de Israel, por sua própria escolha, anulou as promessas de Deus.
"Quando observamos a grande realidade da eleição na Bíblia, há somente quatro entidades específicas mencionadas como eleitas: Cristo (Is 42; 1Pe 2.6), os santos anjos (1Tm 5.21), Israel (Is 45.4; 65.9,22) e a Igreja (2Ts 1.1; 2.13). A eleição de Cristo e dos anjos é eterna, assim como também é eterna a eleição da Igreja. Logo, por que deveríamos concluir que a eleição de Israel é temporária ou que poderia ser anulada? Isto vai de encontro com a essência do caráter fiel de Deus e Sua obra de eleição soberana.
"Mais uma vez, podemos apelar aos escritos de João Calvino. Em seu comentário de 1Coríntios, Calvino explica que “tudo o que Deus começa Ele leva ao bom termo... Deus é imutável em Seu propósito. Sendo assim, Ele não brinca conosco a nos chamar, sem que possa manter Sua obra até o fim”.
As observações de Calvino em Romanos 11.28,29 acrescentam à este ponto: Deus não está alheio à aliança que fez com seus pais, pela qual testificou que, segundo o Seu propósito eterno, Ele amou aquela nação [de Israel]: e isto ele [Paulo] confirma por esta notável declaração, - de que a graça da vocação divina não pode ser anulada... [ou] o conselho de Deus, pelo qual Ele uma vez condescendeu para escolhê-los para si como nação peculiar, permanece firme e imutável. Se, portanto, é completamente impossível ao Senhor demover-se da aliança que fez com Abraão nas palavras “EU serei o Deus da... tua semente” (Gn 17.7), então Deus não retirou Sua misericórdia da nação judaica.
"Assim, até mesmo Calvino reconheceu que a eleição de Deus à nação de Israel jamais poderia ser desfeita nem mesmo por causa de sua descrença.
(J.MacArthur, ibid.)

" É inaceitável [isto é, a possibilidade] de Deus ter rejeitado finalmente o povo de Sua escolha – Ele, então, teria que rejeitar a Sua própria eleição (Rm 11.29) – e então, ter supostamente escolhido outro povo em seu lugar, a Igreja. Ao contrário, elas não foram [de forma alguma] transferidas para a Igreja. Nem a Igreja jamais empurrou Israel para fora de seu lugar na história divina. (J.MacArthur, ibid.)


Quem desejar mais detalhes, veja o cap 7 (20 vezes maior) do livro, em http://jppadilhabiblia.blogspot.com.br/2017/12/capitulo-7-o-calvinismo-leva-ao.html. Ou leia todo o livro Os Planos Proféticos de Cristo, de John MacArthur Jr.