CUIDADO COM O “EVANGELISMO RAPIDINHO PARA ORAÇÃO”
(Friday Church News Notes, 28 de outubro de 2011, www.wayoflife.org , fbns@wayoflife.org, 866-295-4143 )
David Cloud
- O Evangelismo Rapidinho para Oração é uma metodologia evangelística que
enfatisa sermos extremamente rápidos para levar as pessoas a fazerem a “oração
do pecador” [imediatamente] depois de uma apresentação [superficial] de um
evangelho raso, um evangelho que normalmente não inclui nenhum indício da
necessidade de arrependimento. É rápido para declarar às pessoas que elas estão
salvas, e dar-lhes "garantia"[de que, com toda certeza, já estão
eternamente salvas], e tentar batizá-las, mesmo que as pessoas mal demonstraram
o mínimo interesse na apresentação do evangelho e até mesmo se elas não dão
nenhuma evidência bíblica de ter nascido de novo. Freqüentemente, o Evangelismo Rapidinho para Oração
incorpora técnicas de vendedores e de manipulação psicológica. No Evangelismo Rapidinho para Oração, [a mecânica
repetição de] uma vazia "oração do pecador" tem muitas vezes
substituído a convicção pelo Espírito Santo e a regeneração milagrosa. O
Evangelismo Rapidinho para Oração caracteriza-se
por relatórios de ganhar almas que são muito exagerados, já que [todos os
frutos e evidências indicam que] o número de conversões reais são ínfimos em
comparação com as estatísticas gerais. Chamamos-lhe [também] de
"Oracionismo" porque focaliza em [levar as pessoas a fazerem] uma
oração. [E] chamamos-lhe de
"Evangelismo Rapidinho para Oração" porque se especializa em
apresentações rapidinhas e decisões rapidinhas, e em uma superficialidade geral
em todos os aspectos de profundidade espiritual e bíblica. Um exemplo disso foi-me comunicado há algum tempo por
um amigo que teve a seguinte experiência de uma igreja batista independente de
destaque que opera uma escola bíblica de grande porte. O ganhador de almas em questão é um veterano
missionário batista independente para o Japão, um homem com grande influência
no movimento batista independente.
"Nós saímos com
sua equipe na manhã de sábado para ganhar almas. Imediatamente, cada um de nós
[os “novatos”] foi colocado como parceiro de alguns dos veteranos. Na primeira porta a que fomos, conversamos com um cara
simpático, católico, e, para minha surpresa, o cara foi "salvo"
diante dos meus olhos do seguinte modo: O missionário ------- lhe conduziu
desde umas poucas passagens das escrituras até uma “oração do pecador”, tudo isto
tão [rápida e] suavemente que eu foi pego
de surpresa. Eu rearrumei a mim mesmo e,
enquanto o missionário estava pedindo os dados de contato do cara e os
escrevendo [num formulário], perguntei ao homem se (1) acreditava que ele era
uma pessoa boa e (2) se é possível se ir para céu por ser uma boa pessoa. Este homem que tinha acabado de "salvo" me
disse 'SIM' [às duas perguntas]. Olhei ao redor e os outros dois homens
[veteranos evangelistas] ao meu lado não disseram nada e não fizeram nada [,
quanto a essas respostas]. Fomos a
alguns lugares mais e, finalmente, chegamos a uma casa com uma jovem senhora
católica romana que veio à porta. Ela
disse que era uma cristã professante [ela disse isso em oposição a ser uma
cristã praticante]. Mesmo que ela tenha
dito que todas as igrejas eram a mesma coisa, o missionário ------- lhe
deu a certeza da salvação citando 1 João 5:13."
As igrejas que adotaram este método não bíblico de evangelismo têm produzido
milhões de falsas profissões [de fé] em todo o mundo, e têm dado uma falsa
esperança para esta multidão. Há muitas igrejas que podem mostrar apenas um punhado
[muitas vezes nenhuma] de novas criaturas em Cristo, para cada centena de
pessoas que eles alegam ter levado à conversão. Arrependimento e metodologia de
ganhar almas não são questões menores que podem ser tratadas como "não
essenciais". “Evangelismo Rapidinho para Oração” é morte [isto é. Veneno]
na panela para qualquer igreja que o pratica.
Traduzido por Valdenira N.M. Silva
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“Easy Believism” (“Crença fácil”)
é o mesmo que “Quick Prayerism” (“Oramento rápido”), e prevalece tanto
no meio de [alguns] Batistas fundamentalistas como em muitos outros grupos.
Prefiro chamá-lo de Quick Prayerism ao invés de Easy Believism, porque o fato é
que a salvação vem pela fé (Jo. 3:16) e a esta [fé salvadora] não é difícil.
Aqueles que praticam o Quick Prayerism podem ser caracterizados como abaixo
explicado:
(1)
Eles são ávidos & rapidíssimos para levarem pessoas a pronunciarem uma
oração [pré-fabricada, curtinha, mecânica] até mesmo quando não têm prova de
convicção ou de regeneração,
ao oposto do Apóstolo Paulo o qual, como João Batista, exigia prova de
arrependimento. “Antes anunciei primeiramente aos que estão
em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se
emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.” (Atos 26:20).
(2) Eles são ávidos & rapidíssimos para ignorarem [o assunto]
arrependimento, ou para redefinirem arrependimento de modo a não ter nada a ver
com afastamento do pecado ou mudança de vida. Eles tipicamente rejeitam as
definições básicas [e bíblicas] do arrependimento como sendo “uma mudança da
mente que resulta numa mudança de vida”, e redefinem o arrependimento, em lugar
disso, como uma simples “mudança do estado de falta de crer para o estado de
crer.” Eles não têm medo de contabilizar grandes números de confissões falsas,
porque não acreditam que o arrependimento sempre traz uma mudança de vida.
(3) Eles são ávidos & rapidíssimos para dar uma segurança para as
pessoas mesmo quando não houver prova de salvação. A segurança bíblica vale
somente para aqueles que realmente nasceram de novo, e os tais darão provas
claras disso (2 Cor. 5:17). Dar uma segurança para alguém somente porque essa
pessoa orou uma [pré-fabricada, curta, mecânica] oração de pecador, ou foi à
frente através de um corredor entre os bancos da igreja, e confessou Cristo
para um oficial daquela igreja, é muito perigoso, porque dá uma falsa esperança
para grandes números de pessoas não regeneradas.
(4) Eles são ávidos & rapidíssimos para contar números, não
importa quão enganadores eles sejam. Aqueles que praticam o Quick Prayerism
tipicamente relatam que têm grandes números de “salvações”, apesar de uma
porcentagem significante das suas confissões não dão prova de salvação. Na
minha experiência, não é caso raro que 90% das confissões produzidas em tais
ministérios ficam sem fruto. É desonesto dar tais relatórios [dessa maneira].
Falar que “20 homens oraram para receber a Cristo na prisão ontem à noite” ou
“500 pessoas oraram a oração do pecador através do ministério da nossa igreja o
ano passado” é uma coisa. Mas é uma coisa totalmente diferente falar que “20
homens foram salvos na prisão ontem à noite” ou “500 pessoas foram salvas
através do ministério da nossa igreja o ano passado.” Isso é mais verdadeiro
ainda quando aquele que traz a notícia sabe por experiência que a maioria dos
seus “convertidos” não ficam na bateia do garimpeiro [isto é, não são
verdadeiros, não depositam no fundo como ouro, mas saem pelas bordas, como
areia amarela] e que a grande parte das confissões produzidas no seu ministério
são tão vazias quanto a geladeira de um homem sem um lar.
Todas as citações bíblicas são
da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até
1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias
impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma
(Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus
infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus
Receptus).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo
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Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.