David Cloud
(1
Coríntios 15:33: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”)
“Para que eu não
pudesse anular o meu testemunho, desliguei-me dos que erram contra a fé e até
dos que a eles se associam. Causamos grande prejuízo à causa de Cristo,
quando parecemos concordar a com a desobediência dos que indevidamente se
associam com os incrédulos” (Charles Spurgeon, durante a Controvérsia de
Abaixamento dos Padrões).
Muitas igrejas batistas
independentes (IBI) {*}, que ainda nutriam um tipo de convicção
contra a MCC, estão “adaptando-a”, usando as letras, ao mesmo tempo em que
amortecem e suavizam o ritmo [e estilo]. Elas estão tentando transformar o
“rock & roll” em rock cristão. Imaginam que podem domar a fera e
transformar a carismática música de louvor em música fundamentalista de louvor.
O resultado desta gradual aceitação do aumento da MCC tem sido a gradual
permissão dos ritmos sensuais, que atravessam as fronteiras [da decência
cristã].
Muitos homens com discernimento têm feito admoestações sobre este desvio e as
resultantes consequências, inclusive as seguintes:
“Quando o estilo da música é BAIXADO, então o
estilo das vestes também é baixado. Quando o estilo das vestes é baixado, então
o valor da verdade de Deus é baixado” (Evangelista Gordon Sears, “Songfest Newsletter”, Abril,
2001). [N.T. - Por isso é que estamos vendo tantas primeiras damas
pastorais usando saias curtas, decotes abissais e costas nuas].
O Irmão Sears, que eu não tive o privilégio de conhecer pessoalmente, foi um
cavalheiro cristão cheio da graça [de Deus], que amava o Senhor e as igrejas do
Senhor e que estava profundamente preocupado com o que está acontecendo entre
os fundamentalistas batistas. Ele e os seus talentosos filhos costumavam viajar
juntos, como a Família Sears. Primeiro ouvi falar deles na Highland Park
Baptist Church, em Chinatoga, 1970. Mas, nos anos 1990, o número desses
encontros diminuiu significativamente, porque muitas igrejas haviam mudado os
seus estilos de música e já não queriam o evangelista, que viria sacudir o
bote. Observem que este piedoso evangelista, o qual possuía décadas de
experiência no exercício dos sentidos, podendo discernir entre o bem e o mal
(Hebreus 5:12), disse que o [padrão do] estilo de música não precisa ser
radicalmente mudado, mas [apenas] BAIXADO, conduzindo a uma progressão
regressiva, da qual resulta o rebaixamento no sentido do valor da própria
verdade. Uma igreja não pode manter a verdade, quando diminui o seu compromisso
com a sanidade doutrinária, deixando de valorizar e de se preocupar
profundamente com a mesma; e isto acontece quando ela adere à filosofia da MCC
de que o “amor”, a “unidade” e o “coração” (sempre erroneamente definidos) são
mais importantes do que a pureza doutrinária, uma filosofia que vai, paulatinamente,
permeando a igreja.
O exemplo seguinte é do Dr. Frank Garlock:
“Na 1 Coríntios 14:7-8, Paulo compara a
música com a língua. A música, como a língua, deve ser distinta em sua
mensagem. Quando Deus usa algo como ilustração, sabemos que isto é bom. A música
tem poder e gera dependência. O mundo tanto o reconhece que a usa para
influenciar as pessoas. Milhares de jovens têm dito que é mais fácil abandonar
as drogas do que a música rock. O estilo de música que você aprecia demonstra
aquilo com que você se identifica e quais são os seus valores. Mostra qual o
tipo de pessoa que você é.”
A música deve ser testada pela Palavra de Deus. Não interessa o que você
gosta ou desgosta, mas o que é aceitável a Deus. O movimento da MCC afirma que
a música é amoral, significando que Deus não se importa de modo algum com a
mesma. Mas Deus se importa, conforme Isaías 5:20, “Ai dos que ao mal
chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do
amargo doce, e do doce amargo!” Deus
quer que tenhamos discernimento em cada área de nossa vida e uma destas áreas é
a música.
QUANDO UMA IGREJA
COMEÇA A USAR A MCC, ELA VAI COMEÇAR A DECAIR NOS DEMAIS PADRÕES. É preciso
levar em conta a sua música” (Garlock, Bob Jones University Chapel,
12/03/2001).
O Dr. Garlock tem instruído as
igrejas sobre o perigo da música mundana, durante quase duas décadas. Ele
possui um doutorado da BJU e fez o curso de graduação em música pela Eastman
School of Music, em Rochester, Nova York, subordinado a Howard Hanson). Seu
primeiro livro foi “The Big Beat”, em 1971, admoestando sobre o perigo
do rock & roll, no tempo em que ainda vivia nesse completo estilo de vida.
Em 1993, o Dr. Garlock publicou o Seminário “Simphony of Life”, em
vídeo, com ampla e piedosa influência. Ele diz que “foi aquele o ano em que Deus, em Sua grande
misericórdia, me salvou e mudou o meu gosto, tanto no estilo de vida como no
estilo da música. Completei 24 anos [de idade] naquele ano e alguns meses
depois publiquei o primeiro dos meus livros, admoestando sobre os perigos do
rock. O título foi “Mom and Dad
Sleep, While The Children Rock in Satan`s Cradle.” [Mamãe e Papai
Dormem, Enquanto Os Filhos Balançam no Berço de Satanás]
Observem
na citação anterior que o Dr. Garlock é dogmático, ao afirmar que, quando uma
igreja começa a usar a MCC, ela, eventualmente, vai perder os demais padrões, e
ele não permite exceção alguma. Ele não afirma que existe um modo de “adaptar”
a MCC para evitar esse declínio. Não sei o que ele acha da música de West Coast
Baptist College (sei que ele falou ali em anos recentes). Mas, “adaptar” a MCC
é o mesmo que usar a MCC.
A citação seguinte é do Dr. Ernest Pickering:
“Talvez nada precipite mais uma queda em
favor do neoevangelicalismo do que a introdução da Música Cristã Contemporânea.
Esta conduz, inegavelmente, a uma queda gradual nas outras áreas, até que a
igreja seja infiltrada de ideias e programas estranhos à sua posição original”
(Dr.Ernest Pickering - “The Tragedy of Compromise: The Origin and Impact
of The New Evangelicalism”, Bob Jones University Press, 1994).
O Dr. Pickering, falecido em 2000, foi Secretário Nacional das Igrejas
Independentes Fundamentalistas da América;Deão do Seminário Central Batista
Teológico e do Colégio Batista Bíblico Clarks Summit, Pennsylvania;
Fundador da Baptista World Mission e pastor da Emmanuel Baptist
Church, Toledo, Ohio, e da Fourth Baptist Church of Minneapolis,
Minnesota.
Certamente, não iríamos concordar com ele em tudo; porém, ele foi um valoroso
soldado de muitas guerras, que sempre manteve suas convicções. Ele se
posicionou publicamente contra o mito popular Billy Graham, desde 1957.
Renunciou ao Northwest Baptist Seminary, porque o grupo de trustees
considerava “estreita demais” a sua posição pró separação eclesiástica.
Pickering não tratava amistosamente o neoevangelicalismo, por causa do grande
perigo que este representava, rotulando-o como um comprometimento de amplas
proporções. E foi no seu livro sobre este assunto que ele admoestou que a
introdução da MCC, mais do que todas as outras coisas, iria precipitar uma
queda em direção ao neoevangelicalismo. Isso acontece porque a “introdução”
da MCC em qualquer nível e de qualquer modo, conduz a igreja a uma íntima
associação com o mundo da MCC, o qual é, no mínimo, total e apaixonadamente
compromissado com a filosofia do neoevangelicalismo e com as “ideias e
programas estranhos” à posição do modelo antigo das igrejas batistas
fundamentalistas.
A citação final é de Victor Sears:
“Os bons batistas fundamentalistas
independentes {*} e os outros que repudiam os ensinos da
multidão carismática, no que se refere às línguas, sinais, milagres, etc.,
estão AGORA CANTANDO AS MÚSICAS DESSE GRUPO EM NOSSAS IGREJAS e preparando o
nosso povo para o mundo, para a carne e para o Diabo. É o movimento do novo
Cavalo de Tróia... para amortecer nossas igrejas quanto a verdade espiritual”.
(Sears, Baptist Bible Tribune, 1981).
Victor Sears foi um pregador batista à moda antiga, pés no chão. Jamais
encontrei este homem nem o escutei pregando, pessoalmente, que eu possa
recordar; mas agradeço a Deus pelas poucas coisas que li de sua autoria.
Uma delas foi uma peça que ele escreveu para o Atlantic Beacon, em
Novembro de 1983:
“Hoje, existem pensamentos e práticas frouxos
e não bíblicos se esgueirando para atacar sorrateiramente, e muitos cristãos
estão caindo nesse engodo. A mania de resistir o mínimo possível tem se tornado
a filosofia de muitos que seguem o caminho da transigência e da desobediência,
nesta apóstata era laodiceiana. Observo essas coisas acontecendo num movimento
crescente em direção às trevas do Anticristo. Fico tomado de espanto e temor,
quando vejo homens que, alguns anos atrás, posicionavam-se a favor do fundamentalismo,
mas estão caindo agora nas insidiosas armadilhas da desobediência a Deus e da
transigência com o erro. O que aconteceu com certa escritura de Amós 3:3, que
diz: “Porventura andarão dois
juntos, se não estiverem de acordo?” Não
tenho dúvida alguma de que muitos dos nossos líderes estão vivendo sonhos de
grandeza pessoal e, infectados por este vírus, eles têm apostatado no rumo dos
canais não bíblicos da transigência com aquilo que não devíamos apoiar.
Levantemos-nos para a necessidade desta hora, pagando o preço que nos for
exigido, ficando ‘na brecha perante mim por
esta terra’ (Ezequiel 22:30). Pode custar caro, pode machucar, podemos
perder amigos! Posso perder encontros sobre o assunto, mas passei 45 anos
ministrando o evangelho e não desejo perder os anos do ocaso de minha vida,
andando de braços com a transigência ecumênica e com associações desonrosas.
Não se pode andar com a maioria; devemos ser uma minoria fundamentalista. Isto
era verdade no tempo de Cristo, bem como no tempo de Paulo, e deve continuar
sendo a verdade, se formos fieis” (The Way of Least Resistance, Atlantic
Beacon, Nov. 1983).
O Irmão Sears acreditava na
separação bíblica e em se pagar qualquer que fosse o preço necessário para
manter a verdade. Ele preferia ser minoria. Ele entendia que “o vírus da
grandeza”, com o seu sempre presente potencial, iria conduzir à
transigência.
Outra citação de Victor Sears, que
permaneceu comigo, desde que eu a li, é a que se refere ao Cavalo de Tróia
da MCC.
Sears publicou esta admoestação há
30 anos. Definitivamente, ele foi um profeta porque disse isto, antes da CCM
começar a varrer as igrejas batistas. O corajoso e velho Victor Sears viu, com
antecedência, o movimento do novo Cavalo de Tróia minar a verdade espiritual,
em nossas igrejas. Ele reconheceu que a MCC provém predominantemente do
Movimento Carismático, cujo engodo inspirou, demoniacamente, as [falsas]
línguas, os [falsos] sinais, e os [falsos] milagres. Ele admoestou contra as
igrejas fundamentalistas que CANTAM ESTA MÚSICA. Observem que ele não afirmou
que uma igreja precisa cantar a música carismática, do mesmo modo como os
carismáticos cantam [Aos gritos e com requebros no corpo]. Eles podem cantá-la,
no tom que bem desejarem, amortecendo e suavizando [o ritmo e estilo] como bem
quiserem, mas, mesmo assim, a MCC continuará sendo o Cavalo de Tróia,
para minar a verdade na igreja.
Sears sabia que a MCC traz uma
filosofia estranha; por isso ele se preocupava com o que já estava acontecendo
nas igrejas batistas independentes {*}. Ele era um líder na Baptist
Bible Fellowship International, tendo sido este o primeiro grupo dos
batistas independentes {*} a aceitar o Cavalo de Tróia. Este
entrou, principalmente, através das fitas de canções especiais de fundo
contemporâneo. Lembro-me de quando frequentei a conferência dos pregadores da
IBIF {*}, em 1980. Desde aquele tempo, a música adotada passou a ser
a MCC. O canto congregacional ainda era o tradicional e sacro; mas, quando os
cantores especiais se levantavam, usando as gravações em fitas, a atmosfera logo
mudava de igreja para boate. O Cavalo de Tróia logo entrava,
através da adaptação da MCC ao uso dos cânticos, amortecendo e suavizando o
ritmo e estilo [da música POP].
À luz destas admoestações, não é
surpresa que a IBIF {*} já tenha capitulado à nova
filosofia neoevangélica. Os homens de verdadeira convicção e
coragem moral ficaram no passado, há muito tempo.
Considerem a conferência anual da
IBIF {*}, em 2002. Ela aconteceu na Bethlem Baptist Church,
em Fairfax, Virginia. Durante um tempo, essa igreja foi uma igreja batista nos
moldes antigos, que acreditava na separação; porém, desde muitos anos, ela tem
caminhado gradualmente e cada vez mais depressa, na direção contemporânea. Em
2002, o “time de adoração” [“equipe de louvor”, no Brasil] desta igreja era
conduzido por quatro mulheres. Naquele ano, a igreja também nomeou um novo
pastor, Rob Hoerr, o qual foi mostrado no jornal da igreja usando um cavanhaque,
brinco e uma camiseta com a propaganda de um tenebroso grupo de rock chamado
P.O.D. [Nota da Tradutora: P.O.D. significa
"Payable On Death", porque eles sabem que receberão o devido
julgamento (pagamento) depois de morrerem. É rock em escala total. A banda POD
faz sucesso como uma banda gospel, mas os seus integrantes fumam, bebem,
participam de orgias e falam palavrões, tocam gospel só por dinheiro, e não são
convertidos, se amanhã ou depois eles começarem a tocar sem falar em Jesus nem
na Bíblia e isso fizer sucesso é prá lá que eles vão.]. No ano seguinte, o Pr.
David Stokes disse, em uma carta dirigida à congregação: “Com referência aos
itens de roupas modestas, não forçamos regras ao nosso pessoal... Itens
relativos à aparência, realmente não nos interessam”. [Nota da Tradutora:
este homem pensa igual ao pastor da ...., cuja esposa costuma dirigir o coral,
usando saia curta, blusa decotada e costas nuas].
Eles deixaram de usar a Bíblia
King James e passaram a usar a New Living Translation e outras
versões [corrompidas] do seu agrado. A Noite do Skate da igreja,
patrocinada por companhias seculares de skate, é descrita como um evento, no
qual “os cristãos botam pra quebrar!” E, é claro, tendo se tornado muito
apreciada e emergente, eles desistiram de sua “marca” [Bethlem Baptist
Church] e mudaram o nome para “Fair Oaks Church”.
Victor Sears foi um profeta. A MCC, realmente, foi o Cavalo de Tróia que
ajudou a destruir o caráter das Igrejas Batistas Independentes Fundamentalistas
{*}. Ela também destruiu o caráter da South Baptist Fellowship
e está destruindo o caráter de incontáveis igrejas batistas independentes {*},
as quais estão por demais ocupadas com “as coisas importantes do mundo”,
para se preocuparem com itens de “somenos” importância como a música da linha
marginal [quanto lucros financeiros].
Igrejas como a Lancaster Baptist e escolas como a West Coast
Baptist College, acham que podem flertar com a MCC, e usar o rock transformado
em “rock cristão”, para que ele se torne “domado” e “aceitável’. Mas, estão
enganando a si mesmas e conduzindo outras igrejas à apostasia. Isto vai se
tornar óbvio a qualquer pessoa com olhos espirituais, dentro de dez anos,
quando já será tarde demais para se fazer alguma coisa.
{* Nota de Hélio: Na minha avaliação, a justa crítica a parte das igrejas
batistas independentes dos Estados Unidos, no tocante à má música, também se
aplica igualmente a parte das igrejas dos vários grupos batistas
fundamentalistas no Brasil: parte das Igrejas Batistas Regulares, das Igrejas
Batistas Bíblicas, e das Igrejas Batistas Independentes Fundamentalistas. Amorosamente,
como parte delas, estendo a todas elas o amoroso alerta do autor}
David Cloud - “Four Men of God Warn About Adapting CCM.
Traduzido e comentado por Mary Schultze, em 06-03-2011.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.