PRÁTICA ECLESIÁSTICA - 14º DISTINTIVO [dos Batistas Regulares]
(Nota de Hélio: Extraído da obra "Os Distintivos dos Batistas Regulares" elaborada pelos pastores Jonas Xavier Pessoa (relator) e Joanilson Azevedo Pinto em Jan 1999, Manaus, AM, páginas 25, 26 e 27. Infelizmente, o texto aprovado foi mais fraco, no global, quase sempre evitando ser específico...)
· Conceito Teológico
Universal e tecnicamente, a música compõe-se de Melodia, Harmonia e Ritmo. O que a Melodia é para o espírito, a Harmonia o é para a alma e o Ritmo o é para o corpo. A música sacra litúrgica que agrada a Deus é eminentemente melódica, secundariamente harmônica e o ritmo nela só existe, exclusivamente o necessário, para
ordená-la e dar-lhe seqüência e pausa. Sendo o louvor a Deus de natureza e expressão espirituais, é necessário que lhe mantenha e conserve o elemento vital que é a melodia, em menos importância a harmonia e somente o exclusivamente necessário do ritmo.
O louvor bíblico, além de reverente é música espiritual, que deve conter uma letra que exalte e dignifique ao Deus Triúno, sendo portanto
[tal letra] também espiritual, e nos seus conceitos e declarações doutrinárias deve ser primorosamente coerente com as Escrituras Sagradas. O uso de instrumentos de percussão ou de movimentos corporais para acompanhar a música sacra é desaconselhável quando não proibida pela sua própria natureza carnal (corpo). Condenamos qualquer outro tipo de estilo musical (mundanos ou secular) que realce o ritmo em lugar da mensagem bíblica e da melodia
harmônica, inconvenientes e impróprias à música sacra. O louvor bíblico vem de um coração submisso ao Senhor porque dEle depende, e reconhece Sua Soberania (Maria em Lucas
1:46-55)
Consideramos que o louvor bíblico litúrgico não é um entretenimento, mas sim o exercício de uma ação espiritual que por sua vez requer uma preparação espiritual. Ele também prepara o crente espiritualmente para a mensagem da Palavra de Deus.
· Textos-Chaves
I Cr. 15:22 (competência); Sl. 33ss; 47:7; 69:30; 104:33,34 (suavidade introspectiva); Is. 25:1 ("...teus conselhos antigos fiéis e verdadeiros..."); 12:9b; ICo. 14:15,26,33 (ordem); IICo. 11:3 (sedução da apostasia na música); Ef. 5:18-20; Fp 4:8 (toda a letra musical deve estar enquadrada neste molde); Cl. 3:16; ITs. 5:22 (Aparência do mal); Hb. 5:14; 13:15; Tg. 1:27; IPe. 2:5
· História
Já em 364 d.C. no concílio de Laodicéia, houve formal proibição do uso de certos hinos "Não autorizados" por sua irreverência e associação com a música mundana. Aristóteles dizia que "a música é a mais moral de todas as artes". É por isso que no Velho Testamento o povo de Israel evitou a pintura e a escultura dedicando-se mormente à música que louva ao Senhor.
Os apologistas do ritmo sincopado na música litúrgica invocam em especial partes dos Salmos como o 150. Mas cremos que o ritmo ali não tinha nada de carnal e mundano como conhecemos hoje no Brasil, especialmente porque estes ritmos
advêem da influência sincretista, espírito-animista da África pagã. Prof. João W. Faustino diz que "O ritmo apela aos músculos e ao nosso físico alijando o espiritual". O Dr. Russel Norman Champlain chega a afirmar que "... o jazz, rock, samba, etc., penetrando em nossas reuniões e cultos, é um dos aspectos da apostasia da Igreja Evangélica Moderna".
A música mundana, com ou sem dança, excita as paixões animais e sensuais e está sempre ligada aos entorpecentes, ao deboche, à libertinagem, promiscuidade e rebelião juvenil, portanto associada ao pecado e ao mundo. Agostinho lá no século IV, nos fala: "... nem devemos ficar atrás do significado místico do tamborim e do saltério. No tamborim o couro é esticado; no saltério a tripa é esticada; nem
em um nem em noutro a carne é crucificada... Quando sou tocado pela voz do cantor mais do que pelo conteúdo das palavras cantadas, confesso que pequei..." (Cit. Sheldd, Damy).
· Divergência Denominacional / Herética
Rejeitamos a "música gospel" e assemelhadas (música cristã popular) pela vulgaridade, estilos mundanos, e a irreverência que manifesta em afronta a Deus,
Rejeitamos as músicas e letras nascidas dentro dos ministérios chamados "comunidades", pelo conteúdo respectivamente pobre, superficial, ritmo sincopado intenso, associado com a lentidão do
pronunciamento de frases.
Rejeitamos as manifestações de ostentação de louvor como o lançamento de discos/cd's, shows de cantores, festivais de música cristã (com ênfase em caça talentos), e cultos no estilo "louvorzão", porque são umas das
manifestações carnais e mundanas da música sacra contextualizada ao mundo.
Da Nova Era discordamos do uso da Música Sacra como uma espécie de musicoterapia (para combater males físicos e dores de cabeça,
por exemplo) ligada à superstição.
Rejeitamos utilizar peças da hinódia católica tipo "Segura na Mão de Deus", e outras, em virtude
do seu intrínseco humanismo e associação dúbia.
Pentecostais e neopentecostais - rejeitamos expressão corporal, palmas, guitarras, baterias, baixos, volume excessivo, cânticos intermináveis e o seu triunfalismo caracteríscos.
· Bibliografia
FERREIRA, Damy. Louvor a Deus, Será? São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1997.
MARTIN, Ralph. Adoração na Igreja Primitiva. São Paulo: Edições Vida Nova,
PICKERING, Ernest. O Tipo de Música que Honra a Deus. São Paulo: Imprensa Batista Regular,
SANTOS, J. F. O Culto no Antigo Testamento. São Paulo: Edições Vida Nova,
SHEDD, Russell. Adoração Bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova. 1997.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.