BUSCANDO UMA AUTÊNTICA CONTEXTUALIZAÇÃO
COMO EVITAR QUE A IGREJA SE TORNE COMO O MUNDO
USANDO A SUFICIÊNCIA E PODER DO EVANGELHO DE CRISTO PARA TRANSFORMAR
O MUNDO EM QUE VIVEMOS, EM VEZ DE SER CONFORMADO A ELE
"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional.
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus."
Romanos 12:1,2
TESE:
OBJETIVOS BÁSICOS DESTE ESTUDO
Provar que o evangelho de Cristo é suficiente e sempre relevante em
qualquer contexto e qualquer época, mesmo que seja rejeitado por grande parte
do que é chamado de "modernidade", esta rejeição preconceituosa [já
esperada] não diminui sua relevância e importância vital, pois esta rejeição
é no final das contas baseada não na sua ineficiência mas na recusa do homem
natural e carnal de pagar o alto preço exigido pelo evangelho;
Mostrar que não precisamos contextualizar pragmaticamente o evangelho para
torná-lo relevante ao homem moderno;
- Contextualizar pragmaticamente o evangelho, como temos historicamente
observado, significa diluir e por a perder a formula original e vital de um
remédio que só trará cura, se for tomado na sua fórmula original, sem acréscimos,
decréscimos, açucaramentos ou diluições. O evangelho pragmático é "outro
evangelho", ineficaz para salvar o perdido.
Mostrar que a contextualização pragmática moderna, em vez de tonar o evangelho
relevante, torna-o enganoso, atrativo por um tempo mas depois terrivelmente
decepcionante para muitos, além de torná-lo ridículo para mentes pensantes que
percebem as metodologias antropológicas e humanísticas enganosamente camufladas
no meio das técnicas e do palavrório neo-religioso-evangélico dos pastores e
mestres modernos;
Que a contextualização pragmática, é tanto mundana como sincretista,
de modo, que a medida que progressivamente afasta do centro da fé bíblica, vai
aproximando do mundo e das religiões pagãs, onde os envolvidos neste engodo
cativante, sem perceber são arrastados para os abismos espirituais da apostasia.
Provar que a ameaça e terríveis estragos causados ao Cristianismo pelo
movimento modernista de quase um século atras, é a mesma ameaça a causar
terríveis estragados no Cristianismo pela contextualização do evangelicalismo
pragmático.
OUTROS IMPORTANTES OBJETIVOS DESTES ESTUDO
Encorajar e desafiar os crentes fundamentalistas bíblicos, a manterem
a simplicidade e pureza da pregação e ministério conformados a Bíblia e não
a este século mau;
Encorajar e desafiar os crentes neo-evangélicos a repensarem a sua posição em
relação ao evangelismo pragmático. Não deve haver medo e nem vergonha, de voltar
a simplicidade do evangelho. Alguém já disse: "Errar é humano, continuar
no erro é insensatez". Por isto, queridos irmãos, ainda há tempo, voltem,
o Senhor aguarda com o coração aberto o filho pródigo, que volta realmente arrependido.
Porque temos bases diferentes de evangelismo e ministério, não podemos trabalhar
juntos com os neo-evangélicos, mas isto não é razão para lhes desejar o mal.
Antes desejamos, com este estudo, ajudar muitos a voltarem a fidelidade bíblica.
INTRODUÇÃO:
1
CONCEITOS BÁSICOS RELATIVOS A CONTEXTUALIZAÇÃO
q
CONTEXTO: Encadeamento
das idéias dum escrito; Contextura: "Todo o contexto enfim da vida,
/ por diversos pedaços repartida"...; Aquilo que constitui o texto no seu
todo; composição; Conjunto; todo, totalidade: "A incorporação do romantismo
no contexto nacional haveria de processar-se em termo de um conciliação";
Argumento, assunto. {Dicionário Aurélio]
à No sentido teológico-religioso - contexto é tem os seguintes
sentidos:
Contexto Bíblico é o texto completo, do qual alguns versículos ou capítulos
fazem parte;
Contexto Cultural é o ambiente caracterizado por uma certa cultura ou é influenciado
por vários fatores culturais. Neste sentido, o contexto cultural exerce grande
pressão sobre os cristãos.
q CONTEXTURA: Ligação entre as partes de um todo; encadeamento, o mesmo
que contexto.
q CONTEXTUALIZAÇÃO:
Ato de conformar, adaptar, ou encaixar, uma idéia, conceito, atividade, procedimento,
a um contexto cultural imediato ou remoto. Contextualização tem sido vista também,
como uma atualização de coisas e procedimento obsoletos a uma realidade mais
dinâmica e relevante.
q CULTURA
HUMANA à “é sempre um processo dinâmico para o enredo da vida. Reúne
as tradições do passado, corresponde e se acomoda à modernidade de uma sociedade
tecnológica e cada vez mais urbana, e está em interação constante com os principados
e potestades supraculturais. ...Cada geração aprende de novo e formula sua própria
cultura. Há, portanto , um grau considerável de flexibilidade
e relatividade no centro focal da cultura humana”[Bruce J. Nicholls em “Contextualização:
uma Teologia do Evangelho e Cultura” Pg.42,43]
q CULTURAL à Relativo a Cultura humana,
ou algo ligado a Cultura deste lado de cá do mundo natural em contraste com
o mundo sobrenatural.
q SUPRA-CULTURAL à Relativo a coisas, seres e fatos do mundo sobrenatural,
ou seja, que influenciam a cultural, mas estão acima e além dela, e de uma percepção
e explicação cultural. Por exemplo a influência dos demônios.
q TRANS-CULTURALà> Termo missionário relativo a comunicação entre
duas culturas diferentes.
q TEOLOGIA BÍBLICA DOGMÁTICA
à Teologia baseada nos fundamentos bíblicos,
tendo-os como verdades absolutas e eternas. De modo, que vence as pressões culturais
que tentam mudá-la.
q TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA
à No julgamento de Bruce J.
Nicholls: “A teologia contextualizada de modo distinto da teologia bíblica dogmática,
é sempre relativa”. Bruce acrescenta um aspecto importante da contextualização. Qual deve ser
o ponto de partida da contextualização ? Parte-se o evangelho para a cultura,
ou da cultura para o evangelho? Examinemos esta questão mais adiante.
q EVANGELHO CONTEXTUALIZADO
à É o evangelho que sofreu adaptações
e mudanças para se tornar mais aceitável e poder se encaixar a um determinado
contexto formado por culturas, filosofias, teologias, e conceitos religiosos,
sociológicos e antropológico que de alguma maneira conflitam ou não valorizam
muito a Bíblia.
q EVANGELHO PRAGMÁTICO à Nos tempos atuais, é quase sinônimo
de evangelho contextualizado, porque, especialmente no meio neo-evangélico e
liberal, a contextualização é quase sempre baseada no pragmatismo filosófico
e antropológico, ou seja, o evangelismo é feito de modo que agrade ao homem,
lhe proporcionando conforto, entretenimento, sucesso, mesmo que tenha de se
valer de metodologias mundanas de psicologia popular e entretenimento , além
das técnicas comerciais de marketing enganoso, para fisgar o candidato.
2
OS CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS COM PRAGMATISMO
EXISTENCIALISMO FILOSÓFICO E TEOLÓGICO:
é o sistema filosófico que abandonou a maneira bíblica de verdades absolutas,
e conceitos de certo e errado, bom e ruim, verdadeiro e falso, como verdades
que não mudam nunca, por um conceito, de verdades relativas que mudam alheiatoriamente,
porque são estabelecidas pelo mutável e mutante contexto imediato, ou seja,
a verdade, é algo que muda conforme o contexto, a situação, a onda da moda,
e o humor das pessoas.
RELATIVISMO PRAGMÁTICO - Foi a conseqüência lógica da filosofia
e teologia existencialista, tudo passa a ser bom ou ruim, verdadeiro ou falso,
conforme o resultado prático que produz. Mesmo que seja algo classicamente tido
por errado e ruim, mais se em certas circunstâncias traz algum resultado bom,
deve ser encarado como normal e decente.
"PRAGMATISMO: é a noção de que o significado ou o valor é determinado
pelas conseqüências práticas. É muito similar ao UTILITARISMO, a crença
de que a utilidade estabelece o padrão para aquilo que é bom." [J.F.
MACARTHUR Jr. - Do livro: "Com Vergonha do Evangelho - pg. 7]
PRAGMATISTAS/UTILITARISTAS: "Para um pragmatista/utilitarista, se uma determinada
técnica ou um curso de ação resulta no efeito desejado, a utilização de tal
recurso é válida. Se parece não produzir resultados, então tem valor."
[J.F. MACARTHUR Jr. - Do livro: "Com
Vergonha do Evangelho - pg. 7]
Breve Resumo à Para o pragmatismo o importante não
é o conceito, a doutrina, ou meio utilizado para atingir um objetivo, um importante,
é que o objetivo seja atingido de modo eficaz, produtivo, e que possa ser encarado
como um sucesso. A ÊNFASE RECAI SOBRE PRÁTICAS QUE PRODUZEM RESULTADOS,
A QUESTÃO DOUTRINÁRIA TORNA-SE IRRELEVANTE.
Por isso, Francis Schaeffer no livro "O Deus que intervém"
afirmou que o problema maior da igreja moderna recai sobre RELATIVISMO
PRAGMÁTICO, e isto fatalmente prioriza PRÁTICAS acima de DOUTRINAS,
mas a METODOLOGIA do que a TEOLOGIA. O perigo jaz no fato do
ataque não ser frontal e nem direto, é um terrível ataque do pragmatismo a Teologia
e a Doutrina, só que de forma sutil e dissimulada como previram os apóstolos
Pedro e Judas em suas epístolas (II Pe 2:1; Judas 1:4).
3
Exemplos atuais da Contextualização Perigosa do Relativismo Pragmático
à [baseados na tese de
que os fins justificam ou santificam os meios]
à ou seja, um meio [método, maneira de fazer],
não importa qual seja, mesmo que normalmente seja tido por ruim, mal e imoral,
se for possível contextualizá-lo [envernizá-lo com
tinta gospel] de modo que pessoas se decidam a ser "evangélica", ou
faça a igreja crescer", por causa deste resultado ou fim será tido como
bom, justo e santificado.
Uma tarefa espiritualmente impossível - Justificar o
mundo e santificar a carne.
à Os que tentam justificar e santificar o mundanismo
e a carne, empreendem um tarefa espiritualmente impossível, pois a carne
[as coisas produto da natureza pecaminosa, caída, adâmica, que tem se crucificada,
arrancada pela raiz, enfim morta] e o mundo [o sistema ímpio inspirado
por Satanás, a quem somos ordenados a não nos conformar nem amar], jamais poderão
ser justificados ou mesmo santificados sob qualquer pretexto religioso ou "gospel".
Usar bloco de carnaval
para evangelizar. [Carnaval = Clímax de carnalidade e mundanismo]
meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, pecaminoso, associado
a imoralidade e ao pecado;
conseqüências práticas ou resultados ou fins usados como pretexto ou desculpa:
de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto carnavalesco, assim conseguindo
"alcançar" muitos para Cristo.
Usar shows
de rock in roll
e ritmos mundanos como Jazz,
Samba, Forró, Timbalada, etc... para evangelizar. [Este ritmos quentes, sensuais,
psicodélicos, exploram e alimentam ao máximo o que a carne e o mundo têm para
oferecer]
meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, pecaminoso, associado
a imoralidade e ao pecado;
conseqüências práticas ou resultados ou fins usados com o pretexto ou
desculpa de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto musical, assim
conseguindo "alcançar" muitos para Cristo.
Usar shows com danças para evangelizar. [Esta contextualização dançante,
pagã, carnal, mundana, psicodélica, erotizante e nova-erina é o cúmulo
do absurdo.]
No meio da cristandade [não me refiro a cristianismo e sim a cristandade, que
envolve tudo que se diz ligado ao cristianismo] as danças é de um passado recente,
para ser exato, foi somente em 1912 que a católica romana Ruth St. Denis introduziu
a dança como forma de louvor e adoração em algumas igrejas católicas.
Os evangélicos carismáticos foram o seguinte seguimento da cristandade
a abraçar a dança, e aqui no Brasil, só nesta última década que estamos vendo
moças e rapazes se exibindo em coreografias dançantes nas plataformas de igrejas
e palcos de "shows evangelísticos". Esta é a chamada "dança
ritual", que sempre foi usada e serviu de característica das religiões
pagãs, e modernamente para o movimento Nova Era.
Como o Movimento Nova Era tem afetado sensivelmente o contexto cultural
deste final de século XX, tornando-se modelo para quem anda atrás de novidade
pragmáticas, e tendo em vista que este o movimento tem ressuscitado o paganismo
com suas danças rituais, os "neo-evangélicos e carismáticos" passaram
a infeliz tarefa de contextualizar as danças rituais para o já caótico ambiente
"evangélico" deste final de milênio.
É absurdo pensar em dança como instrumento de evangelização. Os
gestos da dança podem significar muitas coisas, inclusive são de um caráter
tão relativista que pode significar qualquer coisa para qualquer um, como já
ocorre com as artes modernas.
Portanto, as danças rituais [com conotação religiosa, ou de louvor e adoração
são:
meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, pecaminoso, associado
ao paganismo e ao pecado;
conseqüências práticas ou resultados ou fins usados como pretexto ou desculpa:
de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto "dançante", assim
conseguindo "alcançar" muitos para Cristo que gostam e são adeptos
das danças.
Usar Misticismos Pagão, Católico Romano,
Nova-erino através da contextualização Pentecostal-Carismática para
"evangelizar" e fazer a igreja "crescer".
O misticismo no chamado meio "evangélico" é uma praga que se alastra
devorando igrejas e até denominações inteiras, fazendo-as conformar-se a práticas
pagãs, católicas romanas, e práticas tanto do "baixo" como do "alto
espiritismo", de modo que, podia-se quase chamar muito do que ocorre nos
cultos "evangélicos " de "esoterismo gospel [evangélico]"
ou ainda, de "macumba gospel".
Na realidade é uma mistura diabólica entre o santo e o profano,
entre as coisas de Jeová e as coisas de Baal, cabe, repetir o que disse o Missionário
Reinold Federof : "Deus não gosta de mistura". E não
adianta vir com a saída astuciosa de que falar estas coisas é blasfemar contra
o Espírito Santo, por que são exatamente estas "práticas" que
são uma verdadeira blasfêmia contra o Espírito Santo. Exemplos desta contextualização
ao misticismo deste século XX:
A "água benta" milagrosa oferecida pelo padre e pelo espiritismo
ecumênico da LBV , agora é oferecida através do "copo d'água" milagroso
orado pelos pastores evangélicos.
Os retratos levados ao
macumbeiro para desfazer despachos agora são levados aos milagreiros evangélicos
orarem sobre os retratados para desfazerem "olho gordo", e maldições;
Os "banhos para descarrego" receitados pelos pais de santos
[macumbeiros] e casas de umbanda, hoje são substituídos pelos "Sabonete
consagrados" por pastores "evangélicos".
Os "Dentes de Ouro" - é outro exemplo de contextualizar
o misticismo da macumba dentro das igrejas evangélicas é visto no livro "Evangélicos
em Cristo" [Paulo Romero, pg.67]: "As comentadas obturações em ouro
parecem ser um fenômeno tipicamente brasileiro. ... Há informações de que tais
fatos também ocorram em centros de macumba, mesmo antes de aparecem
em muitas igrejas evangélicas".
Admiro Paulo Romero, pela sua coragem em denunciar alguns erros no meio evangélico,
mas igualmente me decepciono com ele, por causa de sua relutância em tomar uma
posição firme e séria coerente com a Bíblia em relação aos erros que ele próprio
denuncia. Eu sei que essa é uma das características do meio neo-evangélico
e pentecostal, alguns poucos podem até ter coragem para denunciar o
erro, porém na da tomada de decisão, ficam neutros. E para Cristo este é um
pecado abominável, é como tentar dizer "sim" e "não"
sobre a mesma questão, e isto "vem do maligno" (Mt 5:37).
Exemplo de relativismo pragmático moderno: O interessante na citação
de Paulo Romero, é a dificuldade que ele tem como pentecostal
carismático e neo-evangélico, de não tomar uma posição clara contra tal procedimento
anti-bíblico, sua atitude é peculiar ao relativismo pragmático
em que caíram os "evangélicos", que mesmo depois de ver claramente
uma ligação entre os "dentes de ouro da macumba" e os "dentes
de ouro evangélicos", toma uma posição de neutralidade. Mais na frente
Romero deixa em dúvidas se os "dentes de ouro" milagrosos, são ou
não algo genuíno: "Pode até ser que alguém tenha de fato recebido algo
sobrenatural de Deus ou que tenha havido alguma intervenção angelical
nesse aspecto", ou seja, o que ele condenou com um canto da boca, favoreceu
com o outro canto, e isto confunde muito.
ANJOS - Os desvio da fé simples e bíblica que focaliza sua atenção
em Deus, para a fé mística focalizada nos anjos já existia no paganismo, catolicismo
e mais recentemente no Movimento Nova Era, agora este é o desvio peculiar de
grande parte do "meio evangélico". Anjos são vistos e ouvidos a toda
ora, e são usados como explicação para um monte de coisas esquisitas que acontecem
no meio carismático e neo-evangélico, tais como "dente de ouro" como
sugeriu Paulo Romero.
à Curiosa ausência de intervenções angélicas
na história eclesiástica antes do século XX. O interessante é que parece
que os anjos durante quase toda a história da igreja estavam dormindo ou de
férias, e que de repente acordaram, com a missão especifica de se revelaram
ao meio pentecostal carismático e neo-evangélico. O absurdo disto tudo, é que,
com exceção da igreja Católica, e religiões pagãs, os evangélicos através da
história pouca ênfase deram ao ministério dos anjos, eles não apareciam nem
eram ouvidos, embora todos acreditavam na sua existência e atuação como a invisível
providência Divina. Grandiosos homens de Deus da história da igreja, nunca
deram testemunho de que tinham esta faculdade de ver, falar e perceber os anjos.
Por exemplo: Spurgeon, Moody, William Carey,. Etc...
O controvertido "Dom de
Línguas", que existiu no início da igreja apostólica, e que
logo desapareceu do cristianismo antes de terminar o primeiro século, como registra
a história eclesiástica, e estava previsto em I Coríntios 13:8, só reapareceu
agora no início de 1900, com o surgimento do pentecostalismo, é manifestado
de uma maneira diferente da igreja apostólica, porém, muitíssimo semelhantes
a que vinha sendo praticado através dos séculos por bruxos, feiticeiros e por
espiritas dos final do século passado para este.
à A irmã Maria, uma crente que veio do espiritismo,
disse-me que ficou surpresa quando assistiu um culto pentecostal no qual as
pessoas falaram, o que eles chamam de "línguas estranhas". A sua
surpresa foi com grande semelhança com o dom de línguas do espiritismo,
que não é imitação do pentecostalismo, pois, já existia antes de surgir o movimento
pentecostal, que é o responsável por trazer esta grande confusão para o meio
" evangélico".
à De fato, o moderno "dom de línguas",
não passa de uma contextualização mau feita ao misticismo pagão tão em moda
e exigido pelo homem deste final de século XX. O moderno "dom de línguas",
tem se provado um fenômeno anti-bíblico, pois está sendo reproduzido por todo
tipo de seitas, e promovendo a maior onda ecumênica que já existiu, pois, é
baseado na "experiência religiosa", e embora, os vários grupos tenham
doutrina diferente, se eles tem a mesma experiência religiosa eles tem um ponto
em comum para se unir. Alguém disse com propriedade: "O dom de línguas
é a goma lacta que vai fundir a maioria das religiões que formaram a igreja
do Anticristo".
A metodologia de exorcismo
usada na macumba e no espiritismo é a mesma que está sendo usada hoje, em
muitos "terreiros evangélicos" [como chama o irmão Hélio, um aluno
do seminário em que ensino] , ou dizendo de modo mais suave, "igrejas
evangélicas pseudo exorcistas".
meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, anti-bíblico, associado
ao paganismo e a feitiçaria;
conseqüências práticas ou resultados ou fins usados como pretexto ou desculpa:
de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto místico-religioso baseado em
experiências extáticas como "falar línguas estranhas", assim conseguindo
"alcançar" muitos para Cristo que gostam e são adeptos das experiências
extáticas.
O CAIR NO CHÃO EM ÊXTASE ou DERRUBADO POR UMA IMPOSIÇÃO DE MÃOS.
É também uma contextualização consciente ou inconsciente do que acontece
a muito tempo nos rituais de espiritismo e macumba. Os grandes popularizadores
desta esquisitice são os ídolos da teologia da prosperidade: Benny Hinn e Kenneth
hagim entre outros.
O CULTO DO RISO ou da GARGALHADA e o MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DA IGREJA
cuja base e força motriz são o que eles chamam de SINAIS, PRODÍGIOS E MARAVILHAS.
Segundo Paulo Romero, este culto absurdo e anti-bíblico teve origem na igrejas
fundadas por John Wimber, que ficou famoso, em um curso que deu sobre "Sinais,
prodígios e maravilhas", juntamente com um dos pais [idealizadores]
do movimento de crescimento de Igreja, Peter Wagner, no seminário
Fuller , na Califórnia.
Este fato é interessante pois Peter Wagner
já veio ao Brasil ministrar suas palestras sobre crescimento da igreja, tem
vários livros traduzidos para o português, e é grandemente seguido por uma grande
maioria de seminários e pastores brasileiros. Sua tese é que a chave do sucesso
para fazer a igreja crescer é sinais e maravilhas, ou seja, a exploração do
misticismo milagreiro. Essa é uma das explicações, porque os pastores atuais
exploram tanto o misticismo em suas igrejas, seu alvo é crescimento
e para isto, fazem qualquer coisas, ou a qualquer custo, por todos os meios
e formas.
Só que o culto da gargalha é uma contextualização barata da terapia do
riso usada por psicólogos e promotores do Movimento Nova Era.
A CAUSA DESTA CONTEXTUALIZAÇÃO PRAGMÁTICA E MÍSTICA:
AVIDEZ POR NOVIDADES
INCAPACIDADE DE SE CONTENTAR APENAS COM A BÍBLIA (Abandono da suficiência
Bíblica)
BUSCA INCESSANTE PELO SENSACIONALISMO e por PODERES SOBRENATURAIS
"Com o arrefecimento da onda dos dentes de ouro, só Deus sabe o que
parecer ainda em alguns segmentos evangélicos, ávidos por novidades
e incapazes de contentar apenas com a Palavra de Deus. Que Deus nos
guarde".
"No afã de demonstrar o poder de Deus e produzir milagres, muitos pregadores
partiram para o sensacionalismo, empregando métodos suspeitos
e nada ortodoxos em suas atuações...
Aparentemente funciona muito bem, pois nada atraia mais uma parcela dos evangélicos
hoje em dia do que as aberrações
produzidas em nome do evangelho e interpretadas como manifestações
do poder de Deus" ". ["Evangélicos
em Crise"- Pg. 69 - Paulo Romero]
QUANDO O ALVO É CRESCIMENTO E FAZER COISAS NOVAS E EXTRAORDINÁRIAS ACONTECEREM
A QUALQUER CUSTO - O LIMITE DE USO DE METODOLOGIAS PRAGMÁTICAS E MÍSTICAS TOCAM
AS RAIAS DO ABSURDO E DA APOSTASIA.
- Para provar isto, usarei algumas citações de Paulo Romeiro:
"Há informações de que muitas vezes um preletor está ministrando a Palavra
de Deus e todos estão ouvindo com atenção, mas de repente alguém explode
numa gargalhada, outro faz o mesmo, e depois outro, até que o auditório
todo passa a rir histericamente. Em seguida, as pessoas começam a rolar
pelo chão, uns chorando, outros urrando
e outros ainda latindo. Se alguém questiona, recebe a seguinte
explicação: "É que a pessoa acabou de receber o espírito do Leão
da Tribo de Judá, por isso está urrando assim. Entretanto, ninguém explica
a que se refere o latir como cachorro" ["Evangélicos em Crise"-
Pg. 82 - Paulo Romero].
Para Justificar as METODOLOGIAS Pragmáticas, MISTIFICAS e Absurdas
que usava, Rodney Browne, um pastor pentecostal-carimático famoso nos E.U.A,
que fez grande sucesso, com os cultos da gargalhada, da cola do Espírito, do
cair no chão, etc... disse:
"Enquanto alguma coisa estiver acontecendo, na verdade não importa
se é de Deus, do homem ou do diabo. Eu prefiro estar numa igreja
onde o diabo e a carne se manifestam do que estar numa igreja onde nada acontece,
pois as pessoas são amedrontadas demais para manifestar qualquer cisa,. Toda
vez que há um mover de Deus, algumas pessoas ficam entusiasmadas, exageram e
ficam na carne. Outras não gostam, dizendo não pode ser de Deus. Não se preocupe
com isso também. Alegre-se de que pelo menos alguma coisa esteja acontecendo."
[Pg. 83]
4
O QUE HÁ DE ERRADO COM O PRAGMATISMO?
[Esta pergunta foi feita e respondida por J.F.
MacArthur - no livro supra citado - Pg 7]
A) PONTOS A FAVOR DO PRAGMATISMO
1. "...o BOM SENSO requer uma dose de pragmatismo
legítimo em coisas simples e corriqueiras da vida.
a) Uma torneira que vasa, a solução esta num bom "reparo";
b) Um remédio receitado que não ajuda na curo, não é bom.
2. Fazer de coisas de modo prático, eficiente e funcional, por si mesmo não
tem nada de errado.
B) O QUE HÁ DE ERRADO COM O PRAGMATISMO?
Quando se torna a FILOSOFIA que define o certo e o errado - para a vida,
a teologia, o ministério e a conduta ética - acaba conflitando com a Bíblia;
Conflita com a Bíblia, porque a verdade espiritual e bíblica não é determinada
pelo que "funciona" ou "não funciona".
C) CARATERÍSTICAS
BÁSICAS DO PRAGMATISMO
[J. F. MacArthur Jr - RESUME BEM AS CARACTERÍSTICAS
DO PRAGMATISMO em seu livro: "Com Vergonha do Evangelho pg. 7]
Tem suas raízes no DARVINISMO (que mudou o conceito
de criação) e no HUMANISMO SECULAR (que centraliza o homem
e suas necessidades acima de tudo);
É inerentemente RELATIVISTA (onde nenhuma verdade é verdade
sempre, em todos os lugares e em todas os contextos) rejeitando assim
a noção dos ABSOLUTOS - certo e errado, bem e mal, verdade e erro. (onde a verdade
não é mutável, por que o Deus que é a verdade jamais muda);
É similar a ÉTICA UTILITARISTA - "...define a verdade
como aquilo que é útil, significativo e benéfico. As idéias que não
parecem úteis ou relevantes (ao contexto mundano) são rejeitadas como sendo
falsas (ou irrelevantes).
5
OS IDEALIZADORES e ou POPULARIZADORES DO PRAGMATISMO RELIGIOSO
O Pragmatismo Como Filosofia da Religião:
Soren Kieregaard (filósofo e teólogo, tido como pai das filosofia e teologia
existencialista) [1813-1855],
q SOREN KIEREGAARD deu as BASES PARA O RELATIVISMO
PRAGMÁTICO que relativisou a verdade, e lançou o homem moderno no pântano do
desespero existencial.
É importante entender como e quando isto aconteceu, pois a filosofia
existencialista, ao abandonar o conceito de verdades absolutas com
resultados certos de causa e efeito e adotar um conceito de verdades relativas
[Relativismo Pragmático], destruiu os próprios fundamentos da verdade, inclusive
os fundamentos do cristianismo, para os que adotam esta filosofia. Esta tragédia
[a última grande cartada de Satanás] afetou todas as áreas do conhecimento
humano, não só na filosofia, mais inclusive e principalmente a teologia, pois
não tardou muito e alguns teólogos tentaram o casamento entre a teologia e a
filosofia existencialista, o resultado é a teologia existencialista, não mais
baseada nos fundamentos de verdades absolutas do cristianismo, mas numa contextualização
filosofica-cultural-existêncialista onde tudo é relativo.
Francis Schaeffer
[um dos teólogos fundamentalistas que muito tem influenciado o movimento fundamentalista
] tem alertado aos cristão para esta terrível mudança de metodologia
e conceituação da verdade. Ele fala que houve um hiato entre
o tempo em que até os descrentes agiam como se existissem verdades absolutas,
e o tempo em que o homem perdeu totalmente essa crença, e mergulhou num
desespero profundo, pois já não havia certeza de nada, apenas o que sobrou foi
a sua própria existência, daí, o nome “existencialismo”. A única
coisa que lhe sobrou era o fato que, ele próprio, estava ali, existia, e tinha
de encontrar uma maneira de autenticar aquela existência. Como não podia fazer
isto racionalmente, porque abandonou o processo racional de verdades absolutas
e de causa e efeito, tenta através do que Kierkegaard chamou de “um salto de
fé”, ou seja, experimentar através de uma experiência religiosa mística
não racional algo lhe dê motivos para continuar existindo.
à Escutemos o Schaeffer tem a dizer sobre
o ataque fundamental que sofrido pelo verdade:
“ ...Quais eram estas pressuposições? A básica era que na realidade existem
coisas tais como absolutos. Aceitavam a possibilidade de um absoluto
na área do Ser (ou conhecimento) e na área da Moral. Por isso, porque aceitavam
a possibilidades de absolutos, ainda que pudessem discordar no que estes fossem,
poderiam contudo argumentar entre si na base clássica da antítese . Assim,
se algo era verdade, o contrário era falso. Na moralidade,
se algo era verdade, o contrário era errado. Este é o primeiro passo na lógica
clássica: Se A é certo, então não-A é falso. Se você entende até que
ponto isso não tem mais influência, você entenderá a nossa situação atual...
A mudança foi tremenda. Há trinta ou mais anos atrás, você poderia
dizer coisas como Isto é verdade ou Isto é certo e estaria
sintonizado com todos.”
Não que todos concordassem com o que você achava ser a verdade, mais
que era possível se chegar a verdade, e o que você dizia, tinha chance
de ser verdade. Porém, depois da criação da filosofia existencialista,
a sociedade moderna, perdeu a esperança na existência
de uma verdade que é sempre verdade em todas as circunstâncias [caiu
no relativismo pragmático]. Se tentar dizer que você tem a verdade, ela entende
que você conhece algo que funciona naquele momento para você somente, e isso
autentica sua existência, mas que não serve para todo mundo.
Analisando a situação trágica de um mundo sem verdades
absolutas Schaeffer
diz a seguir:
“ A tragédia da nossa situação hoje
é que homens e mulheres estão sendo fundamentalmente afetados por esta
nova maneira de encarar a verdade e, contudo, nunca sequer analisaram
o desvio ocorrido. Os jovens nos lares cristãos são educados dentro
da velha estrutura da verdade e depois são submetidos à estrutura moderna. Com
o tempo ficam confusos porque não conseguem compreender as alternativas
que lhe estão sendo apresentadas. A confusão se transforma em perplexidade
e em pouco tempo estão completamente subjugados [pelo relativismo
pragmático]. Isto infelizmente é a verdade não só para os
jovens, mas também para muitos pastores, educadores cristãos e mesmo missionários.
Assim, esta mudança no conceito de como chegamos ao conhecimento da verdade
é o problema mais crucial,
conforme entendo, que o Cristianismo enfrenta atualmente”. (Do
livro: “O Deus que Intervém”, Pg. 13,14).
Francis Schaeffer tinha razão ao dizer que o Relativismo Pragmático causado pela filosofia e teologia
existencialista é a
questão [problema,
perigo, ameaça] mais importante que o Cristianismo
enfrenta atualmente, pois sem esta filosofia existencialista,
os teólogos liberais modernos não teriam como implantar suas teologias,
práticas e metodologias contextualizadas
de modo pragmático, liberal, hedonista e mundano, que destroem
sutilmente os fundamentos do Cristianismo sem serem imediatamente identificados
como hereges. Isso porque o conceito de verdade ficou relativizado,
tudo depende do contexto socil-cultural-humanístico, eles podem
deformar e descaracterizar o cristianismo impunemente sem serem identificados
como verdadeiros destruidores da sã doutrina e do verdadeiro Evangelho.
O Pragmatismo Como Psicologia da Religião:
Wiliam James (Tido como pai da psicologia, também filósofo) [1842-1910],
mais dois intelectuais Jonh Dewey e George Santayana.
WILLIAN JAMES deu as BASES PARA O MODERNO MOVIMENTO DE CONTEXTUALIZAÇÃO
FILOSÓFICA E TEOLÓGICA, quando "em 1907 ele publicou uma série de preleções
intituladas: "UMA NOVA NOMENCLATURA PARA ALGUMAS VELHAS FORMAS DE PENSAR".
[J.F. MACARTHUR Jr. - Do livro: "Com Vergonha do Evangelho, pg. 7]
- Esta nova nomenclatura proposta por James, que requer dar novos nomes
a velhas idéias ou tentar atualizar velhos conceitos e definições, pode dar
certo quando se trata de ciências humanas, porém, quando está contextualização lingüística e conceptual
é usada para tentar atualizar a teologia bíblica ou em outras
palavras, tentar torná-la relevante, como se faz atualmente mas, na maioria
das vezes o resultado é desastroso para a sã doutrina e para a saúde espiritual
da igreja.
O caráter pragmático da religião
de William James que prioriza a EXPERIÊNCIA RELIGIOSA acima da TEOLOGIA
BÍBLICA é descrito por Paul E. Johnson, no livro "Psicologia
da Religião" [Pg. 27]. "James procurou descobrir o que é único na
experiência religiosa das pessoas, individualmente, por mais instável ou anormais
que fossem. Esperava encontrar o que é mais pessoal e autêntico, na experiência
religiosa, sem se incomodar com o fato de parecer extremado, de acordo com
os padrões convencionais [aquelas verdades absolutas determinadas
pela Bíblia. Comentário do autor desta apostila]".
- Paul E. Johnson falando do pragmatismo religioso de James diz:
"O empirismo radical de James reduz-se a afirmar que nada é tão importante
como a EXPERIÊNCIA CONCRETA. No fenômeno religioso, os interesses vitais são
ultra-racionais e devem ser determinados, não pelo raciocínio abstrato das
filosofias e DOUTRINAS, mas pelos MOMENTOS DA EXPERIÊNCIA VIVIDA". , [Do
livro "Psicologia da Religião" [Pg. 27]
Pelas citações acima, podemos perceber que no pragmatismo idealizado
por James, e larga e desavisadamente praticado pelo evangelicalismo hodierno,
a experiência religiosa ganha
mais destaque e importância do que o que ele chamou de "padrões
convencionais", ou doutrinas da teologia
bíblica dogmática.
De fato, William James, e grande do evangelicalismo moderno, avaliam a experiência
religiosa, basicamente pelo CRITÉRIO EMPÍRICO (prático ou pragmático)
- não importando se a tal experiência religiosa foi ilusória, demoníaca ou genuína,
o importante é são os frutos ou resultado práticos na vida do religioso.
6
OS MALES E AS BASES DA CONTEXTUALIZAÇÃO DO EVANGELHO PRAGMÁTICO
A PARTIR DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA.
- O teólogo CARL S.H. HENRY chamou a atenção para O PERIGO da CONTEXTUALIZAÇÃO
DO EVANGELHO A PARTIR DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA.
- Denuncia RUDOLF BULTMANN, um dos teólogos liberais que grandes prejuízos
e apostasia causou e ainda causa ao meio cristão com sua contextualização
filosófica do evangelho, que para tornar o Evangelho "mais relevante"
ao homem moderno, chamou de mito [mentira] tudo que o homem moderno com
sua mente racionalista não pudesse aceitar, inclusive o Jesus Histórico, como
está nos Evangelhos, para era uma figura mítica [irreal, criada pela
fantasia dos evangelistas]. Vejamos:
- "Bultmann definiu como sendo tarefa da EXEGESE [parte da teologia
que estuda o contexto original do texto bíblico] a promoção do entendimento
EXISTENCIAL do Novo Testamento e, em conseqüência, ele realçou
muito o papel da ANTROPOLOGIA: 'O Evangelho me proporciona uma nova
compreensão de mim mesmo.' Mas, 'os Evangelhos estão eivados de teologia
e nos proporcionam nova compreensão de Deus", objeta JEREMIAS, um dos mais
ardorosos defensores das posições esposadas pela tradição conservadora.
- JEREMIAS, comenta que "a história da Igreja tem demonstrado que é
sempre perigoso quando a EXEGESE do Novo Testamento adota métodos da filosofia contemporânea, seja
esta a filosofia idealista do século dezenove, seja a filosofia existencialista
do século vinte" - [CARL S.H. HENRY no livro "Fronteiras da Teologia
moderna" - Pg. 27]
à Rufolfo Bultmann [1884-1976], tido como um dos teólogos
liberais mais influentes do século XX, inspirou milhares de teólogos e igrejas
e denominações liberais com sua contextualização filosófica existencialista,
que com seu relativismo pragmático e antropológico [baseado no que agrada o
homem] deu as bases para o evangelismo pragmático que está tão em moda na atualidade.
- O engano da contextualização "moderna" é que ela é apresentada
como se fosse algo novo e contraste com o que chamam de "tradição",
porém, a verdade é que a contextualização pragmática e filosófica é uma velharia
milenar, que vem sendo envernizada e reeditada com fachada de nova por Satanás
desde o começo da revelação divina. Portanto, a contextualização apostata
da revelação de Deus é tão antiga quando o próprio Diabo.
- Quais as implicações das palavras de Bultmann quando diz
que a tarefa da exegese ou do estudo da Bíblia é a
promoção do entendimento EXISTENCIAL do Novo Testamento
com realce ou ênfase para o papel ou metodologias ANTROPOLÓGICAS
:
Um entendimento EXISTENCIAL do Novo Testamento - Significa várias
coisas:
Relativizar a verdade procurando conciliar conceitos e idéias conflitantes;
É abandonar verdades absolutas [que são sempre verdade e não mudam nunca] e
trocá-las por verdades, conceitos e práticas que mudam conforme o mutante contexto
imediato;
É trocar a compreensão de que algo não pode ser certo e errado ao mesmo tempo,
pelo desnorteante entendimento de que uma coisa não é certa e nem errada por
si mesmo, mas sempre depende da situação, do contexto, dos fatores humanos e
psicológicos envolvidos.
Interpretação da Bíblia com
grande realce ao papel da antropologia - Significa:
ANTROPOLOGIZAR A BÍBLIA é Fazer o que Pr.
Caio Fábio propôs em seu livro “Novos Ministros para uma Nova Realidade”,
à onde ele se enche de admiração por Dietrich Bonhoeffer [1906-1945
- O teólogo alemão do “Cristianismo sem Religião” ou da interpretação não religiosa
do Cristianismo, que serviu de base, para os teólogos que criaram a “Teologia
da Morte de Deus”, propondo a completa retirada do nome e da pessoa de Deus
e da religião. Caio Fábio usa um homem deste como modelo para os novos ministros
brasileiros. Ouçamos o que ele diz:
“...tenho uma profunda admiração por Dietrich Bonhoeffer... Ele vê tudo ao longe,
percebe que a maneira mais própria de comunicar Cristo nos seus dias era a
forma irreligiosa; era transformar a linguagem religiosa em códigos de
assimilação seculares, para o homem do seu tempo o percebesse. Mas ele faz
isso tudo sem perder o vínculo profundo com a comunidade” (Pg. 38).
- Absorvendo esta cosmovisão secularizante
de Bonhoeffer, Caio Fábio propõe um rebaixamento da Teologia claramente e exclusivamente
fundamentadas nas Escrituras Sagradas por uma cosmovisão, ou maneira de ver
a vida fundamentadas nas ciências humanistas seculares. Vejamos
o 17º desafio que ele lança “Aos Novos Ministros Para uma Nova Realidade”: “Discernir
que, num tempo como este nosso, o que menos interessa á Teologia é ela mesma.
... É importante olhar a vida em perspectivas antropológicas, sociológicas,
psicológicas; é importante olhar a vida em óticas políticas; é fundamental
ver a vida por óticas distintas. E a Teologia serve apenas para amarrar as pontas”
(Pg.68).
*Na citação acima ocorre uma destrutiva contextualização do evangelho,
pois Caio Fabio propõe olhar a vida, partindo não da teologia bíblica, mas do
contexto cultural. Há uma terrível inversão metodológica, em vez de transformar
a cultura humana partindo da teologia Bíblica, faz exatamente o contrário,
quer transformar a teologia bíblica partindo do contexto cultural-filosofico-cientifico
e religioso do momento. Vemos aqui uma mal disfarçada rejeição a Verdade claramente
derivada da Bíblia, a sã doutrina ou Palavra de Deus. É o cumprimento de 2 Tm.
4:1-2. Propõe trocar a ótica TEOLÓGICA pela ANTROPOLÓGICA (A partir do homem
e ciências que centralizam o homem: SOCIOLOGIA, PSICOLOGIA, POLÍTICA, etc..).
Para os ouvintes atentos, dá para perceber que os sermões de Caio Fabio, embora
aparentemente se baseiem num texto bíblico, estão recheados de filosofias e
ciências humanistas. Ele, ainda tem a ousadia de propor, o uso da Teologia,
apenas para amarrar as pontas do “saco de gatos” humanístico proposto por ele.
OS MALES DA CONTEXTUALIZAÇÃO MUNDANA SÃO UM
PROBLEMA ANTIGO, DE FATO SIGNIFICAM A MORTE DA IGREJA
- Em "A MORTE DE UMA IGREJA" - livro do Dr. Carl McIntire -
[1968] - Capítulo 12 - "O CONTEXTO IMEDIATO".
- Dr. Carl McIntire escreveu este livro para mostrar a morte da igreja,
quando se adapta ao seu contexto imediato [político, social, filosófico, cientifico
e religioso]. Todo o livro foi escrito para mostrar que a confissão
de fé de 1967 da Igreja Presbiteriana unida [formada por ecumênicos e liberais]
era anti-bíblica e apostata. Sobre a questão da contextualização ele
cita da tal confissão de fé liberal o trecho seguinte:
"A igreja deve agora falar a LINGUAGEM DO MUNDO de um modo
geral, para que sua MENSAGEM possa ser RELEVANTE e EFETIVA. Deve até
usar NOVA TERMINOLOGIA para que a mente científica e educacional do século vinte
possa ser afetada" [Pg. 69]
- Isto nos mostra que a 30 anos atras a destruidora onda de contextualização
já era um problema sério denunciado pelos fundamentalistas.
A CONTEXTUALIZAÇÃO CONFLITA COM O LITERALISMO BÍBLICO
Dr. McIntire cita o teologo liberal Dr. Robert W. Spike, que via na interpretação
literal da Bíblia, um impecilho a uma compreensão contextualizada de Cristo
e seu evangelho, ele diz:
" "Desacorrentar" Cristo é separá-lo da idéia
que a Bíblia é literalmente verdadeira. " - Dr. McIntire comenta:
"Ele tirou Cristo de qualquer conexão que o ligue ou vincule com a Bíblia
verbalmente ou plenariamente inspirada".
à Pelo que temos visto os liberais, os neo-evangélicos
ou qualquer um que queira contextualizar a Bíblia ao CONTEXTO IMEDIATO
em que está vivendo vai ter que abandonar a interpretação literal das Escrituras,
que tem princípios claros e literais, mandando não se conformar ao contexto
deste mundo (Rm 12:2)
à Daí podemos tirar SÉRIAS CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO 1: Não podemos contextualizar a mensagem bíblica pelos
padrões do mundo, sem tirá-la de seu próprio contexto histórico-gramático-literal-sacro.
CONCLUSÃO 2: Tirar a Bíblia de seu contexto histórico-gramático-literal-sacro
equivale a ADULTERAR sua mensagem ou em outras palavras a iniciar um PROCESSO
DE APOSTASIA que é difícil prever aonde vai parar.
EXEMPLO DO MAL FEITO PELA ADAPTAÇÃO DA MENSAGEM AO CONTEXTO IMEDIATO
- No caso o contexto político de ideologia marxista
"A MORTE DE UMA IGREJA"- [Título de um livro do Dr. McIntire em que
mostra a tentativa falida dos adeptos da confissão de fé de 1967 de contextualizar
o evangelho a doutrina do comunismo marxista. Porém, todos nós sabemos
hoje, que tudo o que eles conseguiram foi secularizar o politizar o evangelho,
além de atrelar este evangelho contextualizado a uma barca furada
(o comunismo) que estava prestes em breves anos a afundar, arrastando junto
tudo que estava atrelado a ele.
- É interessante notar que os contextualizadores do evangelho marxista, justificaram
sua metodologia dizendo está tornando o evangelho mais relevante ao mundo comunista,
porém estavam, seguindo o contexto imediato da época, em que o comunismo ainda
era uma esperança, e muitos intelectuais, especialmente nas universidades mostravam
simpatia pelo socialismo, de modo que para agradá-los, tentaram colorir o evangelho
de marxismo, chegando mesmo a dizer: "Marx e Linin não estavam totalmente
errados".
- Em 1966 o "The Marxiste Quartely" no Canadá, é dedicado ao "Cristianismo
e Marxismo em diálogo". O Dr. McIntire cita algo deste diálogo apostata:
"Sob a iniciativa da Conferência da Igreja Unida da Colombia Britânica
no Canadá, ministros e trabalhadores... Dirigidos sem partidarismos e
com TODO RESPEITO PELAS DIVERSAS OPINIÕES EXPRESSAS no DIÁLOGO, este
comitê, conjunto de líderes da igreja e do comunismo deu muita ênfase à procura
de AREAS DE CONCORDÂNCIAS, ao invés de enfatizar DIFERENÇAS TEOLÓGICAS e MATERIAIS.
à Todos sabemos o resultado deste diálogo
dos cristãos liberais com a onda marxista. A onda passou e grandioso estrago
deixou nas igrejas que foram nesta onda contextualizadora.
A QUESTÃO DA CONTEXTUALIZAÇÃO DA LINGUAGEM PARA TORNAR O EVANGELHO MAIS
RELEVANTES OU ACEITÁVEL AO HOMEM MODERNO
É PERIGOSA E PODE RESULTAR NO OPOSTO DO QUE SE PRETENDE
- Caio Fábio tenta fazer
uma contextualização pragmática
da salvação, usando a ótica e a linguagem da psicologia
moderna como base. Como sempre usa termos confusos como "salvação
da psiquê" [Psiquê para Freud era mente ou o
conjunto de faculdades psicológicas vistas como produto da evolução, já para
o crente, significa alma ou parte espiritual do homem, para Caio
Fábio ora é no sentido de mente ora é no sentido de alma, ora confunde tudo],
ainda, como seu estilo literário é cheio de termos pomposos e sofisticados que
ou não dizem nada, ou confundem, mas mesmo assim dão a impressão de dizerem
algo importante, por exemplo quando, fala de "está à margem dos processos
da fé", "que a salvação em Cristo também cura a psiquê", "transformando
a teologia cristã num dado psicológico existencial", "O processo de
cura da esquizofrenia primal", "A adoção como cura para orfandade
psíquica".
- Menciono este fato sobre a linguagem supostamente contextualizada
de Caio Fábio, para chamar atenção ao fato, de que ele com sua
contextualização pragmática e humanista, e com seus termos estapafúrdios o
mínimo que consegue é impressionar os que não procuram refletir direito
nos disparates teológicos bíblicos que ele diz, e o resto que consegue
é deixar as pessoas mais confusas. O interessante, além disso, é que
ele sutilmente culpa a igreja do ateísmo de Freud e Lacan. Veja o que ele diz:
"Freud, Lancan, todos quantos se dedicaram à pesquisa da psiquê humana
poderiam não ter estado à margem dos processos históricos da fé se nós, como
Igreja, houvéssemos entendido desde o princípio que a salvação em Cristo também
cura a psiquê." [pg. 37]
- Diz que Paulo ao se converter "...deixou de atemorizar-se com a lei e
passou a olhar a Deus como Pai, transformando a teologia cristã também
num dado psicológico existencial. [Pg. 37]
à É bom neste ponto perguntar, em que a teologia cristã se torna mais relevante
ou de mais valor para o homem do século XX, ou mais compreensiva em associá-la
a filosofia e psicologia existencial, mãe do relativismo pragmático
e do desespero existencial em que vive o homem do século XX?
à Outra pergunta é: Em que sentido a salvação na teologia cristã
[que é toda a sã doutrina ou ensino cristão Bíblico sobre a salvação] pode
ser vista como um dado psicológico existencial? - a resposta dado por ele
próprio é tão relativista, pragmática e vaga quanto a terminologia para explicar
o que era este dado psicológico existencial, a resposta pode ser sintetizada
nos títulos de parágrafos que ele usou para descrever essa "salvação psicológica
existencial", que ele também chamou de "salvação integral" e
de "salvação em processo". Vejamos. "Os níveis de salvação: "A
salvação Psicológica", "O processo de cura da esquizofrenia primal",
"A adoção como cura para orfandade psíquica", "A cura das doenças
Psicossomáticas", "A salvação física", "A dimensão carismática"
[que ele definiu como "o ministério de cura"]. à Vale a pena nota, que nesta descrição salvação, ele não diretamente,
nenhuma de salvação do pecado e do juízo [inferno].
à Esta salvação contextualizada pela filosofia, pelas ciências
humanas [psicologia, sociologia, etc..] e pelo misticismo carismático,
é a salvação pregada por Caio Fábio, e pregadores contextualizados pragmaticamente
de um modo geral. De fato, o evangelho, produto desta contextualização, é "outro
evangelho", portanto, anátema [Gl 1:8,9]. [Livro: "Igreja:
Evangelização, serviço e transformação histórica" - Cap II - Evangelizando
a salvação integral - Pg. 33-42]
EXEMPLOS BÍBLICOS de que nem sempre
a Bíblia produz ou mesmo espera resultados pragmáticos, ou funcionais
em termos de aceitação ou compreensão da Palavra de Deus.
Os exemplos a seguir mostram que não precisamos enfeitar, travestir, ou tentar
ajudar a Palavra de Deus a ser forte, ou a cumprir o seu propósito, pois o evangelho
é por si mesmo, o poder de Deus para a Salvação, temos apenas de ser fiéis na
sua transmissão, e Deus mesmo fará o resto.
8
EXEMPLOS NO VELHO TESTAMENTO
à Do confronto
entre a PALAVRA DE DEUS e o PRAGMATISMO
* Nestes exemplos a Palavra de Deus é a Sua vontade relevada que deve
ser aceita com é, mesmo que os efeitos do que está sendo dito ou mandado fazer
sejam pouco práticos, ou pareçam antiquados em relação a práticas mais modernas
que oferecem melhores resultados. O pragmatismo, é aquele de prática que tem
por finalidade produzir os melhores resultados por quaisquer meios disponíveis.
Deus manda NOÉ pregar uma mensagem que para o povo da época era
piada e coisa de excêntrico ou irracional, e cujo resultado do ponto de vista
de aceitação foi um total fracasso, Noé mal conseguiu convencer sua família
(I Pe 3:20; II Pe 2:5)
Deus manda JOSUÉ dizer ao povo para destruir uma muralha com
recursos completamente anti-pragmáticos: dar voltas em torno da muralha e tocar
trombetas ( Js 6:2-5;)
GIDEÃO recebe a ordem de Deus que parecia absurda, de fato, nada
pragmática, ou seja, Gideão deveria lutar contra milhares de midianitas com
apenas 300 homens, usando trombetas, cântaros vazios, e tochas (Jz 7:7,8,16)
JOSAFÁ recebeu de Deus a ordem para enfrentar um exército grandemente
armado, sem fazer nada, o que sem dúvida como estratégia militar não é nada
prático (II Cr 20:21,22)
OBJEÇÃO: Alguém pode objetar que esses casos foram /exceções,
onde Deus interviu sobrenaturalmente para salvar Israel, e que em outras
ocasiões Israel teve de usar armar e estratégias militares comuns.
REPOSTA:
Concordamos que estes casos foram exceções, mas há um detalhe aqui que não é
exceção, ou seja, a obrigatoriedade de cumprir o que Deus manda, mesmo
que isto pareça ridículo, irrelevante, ou anti-cultural, segundo a perspectiva
do mundo ou da cultura filosófico-teológica-psicológia-sociológica da moda.
Este tipo de ordem anti-pragmática de Deus, não se Deus apenas em situações
militares, ou de exceção, o exemplo a seguir, enfoca diretamente a questão da
pregação, e do dever dos pregadores serem fiéis, independentemente dos resultados,
ou até mesmo, já sendo avisado que o resultado vai ser um fracasso do ponto
de vista da aceitação dos ouvintes.
Deus manda SEUS PROFETAS pregarem, mesmo já lhes
avisando do grande fracasso que enfrentariam. (Is 6:8-10; Ez 2:3-5) - Disto,
podemos tirar várias lições:
Mostra que, não temos direito de tornar "mais relevante a Palavra de Deus"
pelo fato de sabermos de antemão que ela vai ser rejeitada, pelo contrário devemos
continuar pregando-a fielmente, quer ouçam quer deixem de ouvir (I Tm 4:2-5);
Mostra, também que o valor de um servo de Deus não deve ser medido pelo seu
"sucesso" ministerial aos olhos do homem, mas sim por sua fidelidade
na transmissão da Palavra de Deus.
A FIDELIDADE DA PREGAÇÃO DO PROFETA JEREMIAS EM UM CONTEXTO HOSTIL
[C. C. Ryrie em "A BÍBLIA ANOTADA". ]
"O Profeta [JEREMIAS]: Freqüentemente chamado de "o
profeta chorão (9:1; 13:17) ou o "profeta solitário" (por ter recebido
a ordem de não se casar, 16:2), Jeremias foi chamado também o "profeta
relutante"(1:6). No entanto, por mais de 40 anos ele proclamou [pregou]
fielmente o julgamento divino contra o reino apóstata de Judá, suportando
durante todo esse tempo oposição, espancamento e aprisionamento (11:18-23; 12:6;
18:18; 20:1-3; 26:1-14; 37:11-38-28". (A BÍBLIA ANOTADA - Pg. 919)
Apesar de saber que sua mensagem era impopular, descontextualizada e
irrelevante para a casa rebelde de Israel, Jeremias foi fiel na sua proclamação da
Palavra de Deus, em nenhum momento o vemos tentando imitar os falsos
profetas de sua época, que contextualizavam a sua mensagem para agradar o povo,
e lhes enchia o coração de esperanças vãs e mundanais.
Todavia, o castigo de Deus
é terrível sobre os profetas falsos (toda espécie de pregadores de vãs
esperanças) e sobre os que se desviam para seguir o pregadores contextualizados
segundo o mundo e cheios de misticismo carismático-pentecostais, com
revelações, visões que fazem da Bíblia uma revelação insuficiente e obsoleta,
desviando o povo do fato, de que "a LEI DO SENHOR é PERFEITA [completa]
e [só ela] restaura a alma] . (Jr 5:12,13,31; 14:12-16; 23:9,14-22,25,26,31;
Lm 2:14)
O profeta falso age baseado na GANÂNCIA, como vemos em Miquéias
3:5: "Assim diz o SENHOR acerca dos profetas que fazem errar o meu povo
e que clamam: Paz, quando têm o que mastigar, mas apregoam guerra santa contra
aqueles que nada lhes metem na boca.:
O falso profeta (pregador anti-bíblico ou que contextualiza sua
mensagem segundo o mundo) se desviou ou apostatou seguindo o ERRO DA DOUTRINA
DE BALAÃO, que por interesses gananciosos mudou a sua mensagem e com
levou muita gente ao pecado e a ruína inclusive a si próprio (Judas 1:11; Ap
2:14)
9
EXEMPLOS NO NOVO TESTAMENTO
à Do confronto entre a PALAVRA DE DEUS
e o PRAGMATISMO
O evangelho nem sempre produz
uma resposta positiva, nem diz que devemos esperar isto. O próprio Cristo
e também Paulo, pela ótica pragmática do evangelicalismo moderno foram um completo
fracasso em termos de resultados aparentes.
Cristo não se preocupou em pragmatizar nem em contextualizar a
sua mensagem.
- Confrontava seus seguidores de modo radical e direto. Após
importante pregação de CRISTO, confrontou seus seguidores com a decisão de
se decidirem por uma real e total identificação com Ele ("comer minha
carne" e "beber do meu sangue" - (Jo 6.53-56, 60-68)
- O resultado desta mensagem nada pragmática nem contextualizada foi
negativo: "À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram
e já não andavam com ele." - Como se isto não bastasse, provocou seus discípulos,
a tomarem uma decisão radical, de se identificarem totalmente como Ele, ou então
irem embora. Vejamos o que Nosso Senhor disse: "...Porventura, quereis
também vós outros retirar-vos?" (Mt 6:66,67);
A mensagem de Cristo, se desvinculava de preocupações
sociológicas, antropológicas e políticas [portanto, não
contextualizada nem pragmática].
à Jesus Cristo seus rodeios disse: "Dizia a
TODOS: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua
cruz e siga-me (Lc 9:23); 26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai,
e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não
pode ser meu discípulo. ...Assim, pois, TODO aquele que dentre vós não renuncia
a TUDO quanto tem não pode ser meu discípulo. "; Lc 14:26,33).
A realidade do compromisso radical exigido por
Cristo, tornava a sua pregação a mais impopular, não pragmática
e descontextualizada, que podia existir. Especialmente, tendo em vista,
que aquele povo, já era oprimido e submetido a renuncia e exclusão social de
todas a formas que se possa imaginar, e agora Cristo, dizia, que eles deveriam
abrir mão até de sua família, talvez a única coisa que poderia dizer que era
sua, e pior, renunciar tudo, até a própria vida.
Vejamos o contexto socio-cultural-político-religioso
do povo a quem Jesus pregou esta mensagem que para os pregadores
de hoje seria não pragmática, insensível a necessidades e circunstancias do
contexto injusto e excludente em que aquele povo sofrido estava inserido, e
com certeza eles dariam zero a Cristo como pregador: Os ouvintes de Jesus
eram oprimidos POLÍTICA e RELIGIOSAMENTE por dois lados:
Pelo MILITARES e COBRADORES DE IMPOSTOS ROMANOS, que arbitrariamente
entravam em suas casas e cobravam o injusto imposta a força aos que oferecessem
resistência (Mt 22:15-22), e
Por outro lado, pelas AUTORIDADES RELIGIOSAS DE ISRAEL que lhes oprimia
com pesados impostos-dízimos e outras arbitrariedades (Mt 23:4).
Cristo conhecia muito bem o contexto
do povo a quem pregava. Sabia muito bem, que aquele povo era espoliado
e oprimido de todas as formas, inclusive pelo seu próprio espírito errante e
rebelde, e o Senhor conhecia muito bem este contexto e o descreve para nós em
Mateus 9:35,36, --> "Vendo a multidão, teve grande compaixão deles,
porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor."
Mesmo conhecendo bem o contexto onde
pregava, o Senhor Jesus Cristo, não contextualizou o seu evangelho,
- antes o pregou de modo puro e simples, com a confiança de que o
evangelho era em si mesmo o poder de Deus para a Salvação, de qualquer
homem, em qualquer contexto socio-cultural-político-religioso, em qualquer tempo
(Rm 1:16).
10
QUANDO O QUE PARECE UM FRACASSO É A MATÉRIA-PRIMA DE DEUS PARA O SUCESSO
DO PONTO DE VISTA DE DEUS
O ministério de Paulo, pelos métodos
de avaliação pragmático foi um grande fracasso.
- PAULO, próximo ao final de seu ministério disse: "Estás ciente de
que TODOS os da Ásia ME ABANDONARAM ...". "Na minha primeira defesa,
ninguém foi a meu favor; antes, TODOS ME ABANDONARAM..." - (II Tm 1:15;
4:16) - Aos olhos dos pastores pragmáticos este seria o resultado de um ministério
fracassado, isto, porém, quando visto por olhos antropológicos, porém, quando
visto por olhos teológicos, podemos gloriosamente escutar o que Paulo ouviu
do próprio Senhor: " A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa
na fraqueza" (II Co 12:9).
Deus nos manda pregar fielmente o
evangelho, e nos preveni de que os resultado serão em grande parte negativos.
- A parábola da semeadura dos 4 solos (corações) temos um resultado
não é nada pragmático, conforme as técnicas modernas em apenas um a
semente da palavra frutificou, ou seja,. (I Co 1:22,23; 2:14)
Não é nosso o dever produzir os resultado,
mas sim, Deus. A nós, nos cabe a missão de sermos fiéis na semeadura (I Co 3:6)
Nosso dever é pregar de modo fiel
a sã doutrina, é Deus é que produz os frutos de salvação
(I Co 3:7, 15:10; Mt 8:11; Lc 13:29; Fp 1:6;)
Não é nossa responsabilidade final
convencer ou não o pecador, esta é tarefa do Espírito Santo. Nossa
parte é provar por meio da Bíblia a verdade de Deus, sem precisar enfeitá-la
ou travestí-la como se tivéssemos vergonha de apresentá-la tal qual ela é na
sua pureza e simplicidade (Jo 16:8; At 18:28);
A REAÇÃO DA MAIORIA não é um parâmetro
para determinar o que é válido ou certo, inclusive a Bíblia condena
aqueles que seguem a maioria desviada (Ex 23:2; Mt 7:13,14)
MacArthur assim denuncia esse erro
de priorizar QUANTIDADE com prejuízo da QUALIDADE:
"... Para muitos, a quantidade de pessoas nos cultos tornou-se o principal
critério para se avaliar o sucesso de uma igreja, aquilo que mais atrair público
é aceito como bom, sem uma análise crítica. Isso é pragmatismo". ["Com
Vergonha do Evangelho". Pg. 6]
O SUCESSO e a PROSPERIDADE
são inadequados como critérios para deterninar se algo é verdadeiro ou falso.
Estes são os guias inseguros usados pelo evangelismo pragmático. (Jó 12:6;
Ap 3:14,17)
Em RESUMO, a Bíblia não é um livro cujo valor é validado ou tornado
relevante mediante o que pode ser tido como pragmático pela perspectiva do mundo.
Neste sentido a Bíblia não é um livro pragmático, mas sim, um livro cuja aceitação
depende de fé sobrenatural, ou seja, do novo nascimento.
A nossa metodologia pragmática, por
mais eficaz que ela seja no mundo, ela é incapaz de fazer um homem natural entender
as coisas de Deus (I Co 2:14)
Sem o Novo Nascimento, ninguém pode
contemplar as glórias do Reino de Deus, nem as glórias
do evangelho puro e simples como está na Bíblia, até porque, o homem natural
está espiritualmente cego, e com certeza não será uma metodologia pragmática
que o fará enxergar, isto é obra milagrosa do espirito santo, ou seja, é uma
obra sobrenatural [impossível por meios, técnicas e metodologias naturais].
(Jo 3:3; Jo 16:7-11; I Co 2:9-13,14).
O EVANGELHO DE SATANÁS SEMPRE SE MOSTROU MUITO PRAGMÁTICO
As mentiras e falsos ensinos de satanás
parecem ser mais eficientes em termos de resultados imediatos do
que o evangelho de Cristo. (Mt 24:23,24; II Co 4:3,4)
Por isto o evangelho pragmático,
por causa de seus resultados imediatos, bem a gosto do homem caído
é um grande atrativo para as multidões (Gl 1:6; II Ts 2:10-12; Ap 13:7-8,14)
MACARTHUR diz: - "O PRAGMATISMO
como uma filosofia norteadora do ministério é inerentemente DEFEITUOSO
e como uma prova para a veracidade é SATÂNICO".
11
METODOLOGIA TRADICIONAL X METODOLOGIA PRAGMÁTICA
A METODOLOGIA TRADICIONAL [Norteada por fidelidade a sã doutrina]
Caracteriza-se por:
1. Centralizar-se na Pregação [fé que só o evangelho é o poder
de salvar]
2. A teologia Bíblica é a matéria-prima do pregador [A Bíblia
é suficiente]
3. Prioriza qualidade: Verdadeira Conversão vista em arrependimento verdadeiro
que reflete uma fé totalmente submissa ao Senhorio de Cristo.
4. Considera o Mundanismo como pecado. [Que não meio
5. Fica satisfeita com as quatro prioridades da igreja vistas em Atos 4:42 -
"a doutrina dos apóstolos", "a comunhão", "o partir
do pão", e as "orações"
* A METODOLOGIA PRAGMÁTICA [Baseada nas ciências humanas
como antropologia, sociologia e psicologia,
e teologia liberal centraliza no homem e tendo como objetivo
o sucesso rápido e eficaz] - tem as seguintes características:
1. Centralizada na Liturgia [forma do culto - especialmente a
que agrada]
2. A Metodologia pragmática é a matéria-prima do pregador [por isso precisa
usar a muleta das ciências humanísticas como:
a) Psicologia popular [que
ensina auto-ajuda, como ser bem sucedido e a amar a si mesmo],
b) Psiquiatria freudiana
[que suaviza o conceito de pecado e de culpa], c) Sociologia [que transforma
em tabus e preconceitos, vários valores cristão, tais como mundanismo, posicionamento
sério sobre comportamento profissional incompatível com a fé, vestuário, música,
etc...],
d) Técnicas de Marketing
[que ensina como fazer para que alguém compre a sua idéia ou mercadoria, usando
a isca do egocentrismo e do hedonismo para conquistá-la, ou seja, tentar agradá-la
primeiro, para depois fisgá-la]
3. Prioriza quantidade: Muitas adesões e pessoas no culto
4. Considera o Mundanismo como um meio lícito de contextualização
5. Substitui o culto tradicional cristão conforme as prioridades de Atos 4:42,
por um culto hedonista-religioso de entretenimento e recreação onde o destaque
recai sobre as coisas que divertem, emociocional, o provocam misticismo, tais
como: dramatização, música de boite, danças sensuais, testemunhos mirabolante
12
"O
evangelho de hoje: Autêntico ou sintético?"
[Pergunta Título do livro de
Walter Chantry]
Perguntas cruciais levantadas sobre a autenticidade do evangelho:
O que está errado em nosso evangelismo?
O que é preciso para ganhar almas para Cristo?
Onde está o poder dos primeiros missionários, dos evangelistas de outrora?"
[Pg 9],
"O que é na realidade o Evangelho de Cristo? [Pg.11]
Crescimento numérico e ativismo religioso é sinal de que o Espírito de Deus
está operando e que Deus está Aprovando ?
fraquezas mortais da igreja evangélica
de hoje
ENFRAQUECIDA POR UM EVANGELHO SINTÉTICO
algumas apontadas por Walter Chantry
As
igrejas estão sendo avivadas ou "renovadas" apenas artificialmente.
"As igrejas continuam a crescer numericamente e as denominações
a se multiplicarem. É difícil chegarmos a uma localidade aonde não exista uma
igreja evangélica...apesar disto, a igreja permanece espiritualmente estéril
e é renovada apenas artificialmente".
Estão sendo usadas as mesmas soluções
fracassados do LIBERALISMO
"... as mesmas soluções superficiais que o liberalismo tem adotado. Importância,
respeitabilidade (quer intelectual, quer social), e especialmente
unidade [união de forças e recursos pelo ecumenismo] ,
tornaram-se as metas do povo de Deus, com a esperança". [Pg. 10]
- APÓS citar Walter Chantry aproveito para fazer a seguinte comparação.
COMPARAÇÃO ENTRE O MODERNISMO [DO PASSADO] E O PRAGMATISMO [ATUAL]
A Perigosa Repetição Disfarçada Do Passado
MODERNISMO |
PRAGMATISMO |
A partir de meados do século XIX |
A partir de meados do século XX |
Ataque discimulado a doutrina ortodoxa [reta, sã, histórica e fundamentalista Bíblica] |
Ataque discimulado a doutrina ortodoxa [reta, sã, histórica e fundamentalista Bíblica] |
Seu alvo era tornar o evangelho mais relevante, ou mais aceitável e gostoso ao homem moderno.. |
Seu alvo é tornar o evangelho mais relevante, |
Preocupação Básica: Unidade inter-denominacional [meio: ecumenismo] |
Preocupação Básica: Unidade inter-denominacional [meio: ecumenismo] |
Abandona ênfase sobre doutrina para facilitar a unidade ecumênica inter-denominacional-religiosa |
Abandona ênfase sobre doutrina para facilitar a unidade ecumênica inter-denominacional-religiosa |
Preconceito de que a doutrina era divisiva - daí a enfase, sem colocada sobre "o amor" e não na verdade. |
Preconceito de que a doutrina é divisiva daí a enfase, é colocada sobre "o amor" e cumplicidade com os que vivem no erro e apostasia. |
Fez separação entre doutrina e prática |
Faz separação entre doutrina e prática |
Bases do MODERNISMO: |
Bases do PRAGMATISMO: |
A CONTEXTUALIZAÇÃO MUNDANA FAVORECE O ECUMENISMO
- A CONTEXTUALIZAÇÃO vista dento de uma perspectiva ecumênica
pode ser definida como uma FORÇA[onda] que pega conceitos, tendências e posições
opostos, criando daí uma SÍNTESE PRAGMÁTICA que possibilite um largo PLURALISMO
FILOSÓFICO-RELIGIOSO-INCLUSIVISTA norteado pela ondas filosóficas, políticas
e/ou teológicas que atuam com mais força na época, ou seja, a onda mais forte
mistura e arrasta as outras com menos potencial.
EXEMPLO DESTA CONTEXTUALIZAÇÃO QUE CRIA UMA SÍNTESE PRAGMÁTICA GERADORA DE
ECUMENISMO:
- A CONTEXTUALIZAÇÃO MODERNA no meio chamado "evangélico", é basicamente
feita no forte impulso da onda do MISTICISMO pentecostal-carismático-novaerino-espiritista
por um lado, e pelo outro lado, pela forte onda do EVANGELISMO DA PROSPERIDADE
[riqueza aqui e agora], e do HEDONISMO RELIGIOSO-SECULARIZANTE [tentativa de
conciliar o que é mundano e o que espiritual onde o prazer aqui agora da religião
de entretenimento e marketing junto com a promessa do céu são prometidos].
- O ECUMENISMO passa a ser um resultado ou subproduto deste DIALÉTICA
em que conceitos opostos são desenfatizados, e conceitos ou mais propriamente
METODOLOGIAS SINTÉTICAS [onde os pontos comuns são enfatizados e os contrários
são descartados ou desenfatizados] tornam-se os elementos que geram esta união
conveniente [pragmática], mas, quando se trata de Desenfatizar os fundamentos
da fé bíblica, se caracteriza a apostasia da sã doutrina [que é todo o conselho
de Deus, ou todos os ensinamento de Deus na Bíblia].
* SÉRIAS CONCLUSÕES tiradas do exposto
acima:
1. A contextualização moderna é baseada numa sutil e mal disfarçada rejeição
dos absolutos bíblicos;
2. Ao Desenfatizar doutrinas conflitantes para facilitar o ecumenismo, caem
na DIALÉTICA DE HEGEL, onde não há lugar para verdades absolutas, que são sempre
verdade e que não mudam nunca, independe do contexto onde sejam colocadas, isto
leva a ilusão de que tudo pode ser conciliado por meio de uma SINTESE [uma concordância
no que tem de bom e útil nos dois lados];
3. De fato, tudo cai na fatal areia movediça do RELATIVISMO PRAGMÁTICO,
onde qualquer conceito passa ser tido como bom e verdadeiro, na medida exata
em que se torna útil e/ou aceitável pela contexto social-politico-filosófico-religioso
imediato.
4. A BÍBLIA deixa de ser interpretada no seu aspecto literal-gramatical-histórico[dispensacional]
[baseado no fato de que a Bíblia é plenária e totalmente inspirada por Deus],
e passa a ser usada de modo figurado, ilustrativo, como pretexto ou para respaldar
praticas e conceitos mundanos.
5. A APOSTASIA é a conclusão necessária e lógica desta constextualização dialético-relativista-pragmática,
onde a Bíblia passa a ser vista como irrelevante e obsoleta [atrasada, insuficiente
e inadequada para os tempos modernos];
6. A BASE DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA PASSA A SER A CIÊNCIAS HUMANISTICAS E A BÍBLIA
ENTRA APENAS PARA SACRAMENTAR O DISCURSO SECULARIZANTE, ANTROPOLÓGICO E ANTROPOCÊNTICO.
A coisa passa a funcionar como o Pr. Caio Fábio propos em um de seus livros.
Vejamos o que ele disse:
O
ecumenismo inclusivista é por natureza pragmático relativista
e isto é fatal para o evangelismo.
è A unidade
conseguida pelo ecumenismo
é fruto do relativismo pragmático contextualizante, que em nome
de um fim rebaixa a verdade e desenfatiza a doutrina a
fim de que por meio de metodologias pragmáticas aceitáveis por todos os seguimentos
colados ecumenicamente se consiga os objetivos "evangelísticos" desejados.
"Tendo aceito a teoria
de que a unidade é uma máxima para o evangelismo em larga escala,
tanto a igreja quando o indivíduo são forçados
a rebaixar o seu conceito do valor da verdade" [Walter
Chantry - Pg. 10]
O EVANGELISMO ECUMÊNICO
PRAGMÁTICO ENFATIZA
A UNIÃO ECLESIÁSTICA A CUSTA DE PRECISÃO DOUTRINÁRIA
"Não podendo insistir em
verdades bíblicas que possam vir a ofender outro irmão evangélico,
temos que procurar o menor denominador comum a todos os crentes.
Rotula-se então o resto da Bíblia como "não essencial"
a evangelização, pois, no fim das contas, estima-se que a unidade entre
os crentes seja mais i9mportante do que precisão doutrinária. "[ Walter
Chantry - Pgs. 10-11]
Daí o grande preconceito contra
que se firme e decidir defender a sã doutrina.
13
QUAL O CONTEÚDO DA
GENUÍNA PREGAÇÃO DO EVANGELHO?
- Hoje em dia qualquer um que abre a Bíblia e começa a fala algo
sobre um texto bíblico, diz-se que ele está pregando o evangelho. Cabe aqui
a pergunta de Walter Chantry, "o que é na realidade pregar o evangelho?"
questionando o evangelho relativista e contextualizado com metodologias pragmáticas
aceito pelas sociedades bíblicas interdenominacionais.
"As sociedades interdenominacionais nunca podem parar para perguntar "o
que na realidade o Evangelho de Cristo?, pois isto poderia trazer respostas
incômodas, que iriam ferir a outros, condenar
a maior parte de suas próprias mensagens e metodologia..."
[Pg. 11]
O PROBLEMA DO EVANGELISMO MODERNO É DE CONTEÚDO OU DE METODOLOGIA
APENAS ?
à Após ter escrito uma apostila sobre o evento "Evangelístico"
chamado de "Operação Janela Fortaleza" [completamente baseado no evangelismo
pragmático], onde procuro mostrar a apostasia da Bíblia ocorrido no tal evento.
Um cidadão me ligou perguntando, se eu estava condenando o conteúdo
da mensagem ou apenas a metodologia empregada. à
Deixo que Walter Chantry responda por mim logo abaixo, onde ele denuncia o conteúdo e as metodologias usadas no evangelismo moderno, como inovações
não procedentes da Escritura, baseados em exegese superficial da Bíblia
e em contextualização descuidada.
"Com relação ao ponto crucial do caminho da salvação, grandes
segmentos do protestantismo... temos herdado um sistema de evangelização
que não é bíblico. A mensagem e métodos
de pregação empregados hoje em dia,... inovações bastante recentes.
Mais pior ainda, elas não procedem das Escrituras, mas sim de
uma exegese superficial e de uma mistura [contextualização]
descuidada de raciocínio do século XX com a revelação de Deus."
[Pg. 12].
UM DOS MAIS TERRÍVEIS RESULTADOS DO
EVANGELISMO PRAGMÁTICO MODERNO
ILUDIR SATANICAMENTE AS ALMAS DOS PECADORES.
Isto é denunciado e descrito por Walter Chantry, como uma ilusão satânica,
e que a única coisa que pode produzir é "crentes professos"
ou usando seus termos, "almas iludidas".
"O produto resultante [do evangelho produzido por exegese superficial da
Bíblia e de mistura descuidada de raciocínio do século XX com a revelação de
Deus], é um conglomerado perigoso do tipo utilizado por Satanás para iludir
a alma dos pecadores". [pg. 12].
- O EVANGELHO MISTURADO É O EVANGELHO DO DIABO. O que Chantry disse é coerente
com a teologia bíblica, pois o Diabo é que gosta de mistura e confusão,
de modo, que para ele é muito mais produtivo, se disfarçar como "anjo de
luz" e usar seus ministros ou até ministros de Deus, que escorregam para
o erro ganancioso de Balaão, para pregar um evangelho contextualizado ao pensamento
ou filosofia do dia, que parece relevante, atual, mas não passa de uma mistura
satânica ilusória a manter pessoas prisioneiras do erro. Esta ilusão
faz a infeliz vítima deste evangelho pragmático e massificante relaxar quanto
a sua verdadeira situação espiritual, pensando ilusoriamente que está salva,
porque um destes "ministros balaônicos" lhes garantiu uma justificação
da alma, onde não se ver regeneração, arrependimento e santificação autênticos.
A PREGAÇÃO DO EVANGELHO MODERNO ESCONDE A VERDADE
SUBSTITUINDO-A POR INVENÇÕES MODERNAS [contextualizações pervertedoras].
Recentemente vendo a fita que relata a conversão de um artista de forró aqui
de Fortaleza, que diz ter se diz convertido, porém não abandonou o forró, nem
seu swing [movimentos erotizantes] e ambiente de barulho, fumaça colorida
por luzes de várias cores, igual ao de qualquer casa show noturna do mundo,
me surpreendeu quando anunciou, as dançarinas que o auxiliam no
show.
Ele disse: Agora apresento "as meninas da Igreja Batista...
que evangelizam dançando", em seguida elas se apresentam
acompanhando o cantor, com a mesma coreografia erotizante, frenética, psicodélica
[que não tem nenhuma mensagem objetiva para o intelecto, apenas sensações sensuais]
das dançarinas dos shows de forrós mundanos. Parece inacreditável, um verdadeiro
absurdo, é ver para crer, inclusive teve gente que chorou quando viu parte desta
fita, com um misto de tristeza e revolta pelo que estão fazendo com o Evangelho
de Cristo. Na fita sobre a Janela Fortaleza, foi colocado uma parte deste show.
à Walter Chantry equaciona bem o que foi dito acima:
"Tudo isto está relacionado com a utilização de uma mensagem em evangelização
que não é bíblica. A verdade necessária á vida tem sido escondida numa
cortina de fumaça de invenções humanas. No espaço vazio da lógica
humana, grandes quantidades de pessoas têm sido levadas a acreditar que
possuem direito a vida eterna e têm sido presenteadas com uma segurança que
não lhes pertence. Os evangélicos aumentam as fileiras dos desiludidos
com um evangelho pervertido. [Pg. 13]
AS DECISÕES BASEADAS NO EVANGELHO PRAGMÁTICO MODERNO
TEM TANTO VALOR QUANTO AS INDULGÊNCIAS DE TETZEL.
"Muitos que "tomaram uma decisão" em igrejas modernas e que receberam
proclamação de que seus pecados haviam sido perdoados, se surpreenderão como
os fregueses de Tetzel quando ouvirem, "Nunca vos conheci, apartai-vos
de vim"(Mt 7:23)" [ Valter Chantry - Pg 13].
- Tetzel garantia o perdão dos pecados a quem comprasse o documento papal, chamado
indulgência. Os evangelistas de hoje, também movidos pela mesma ganância de
Tetzel e de seu chefe o papa, com seu evangelho diluído, recortado, travestido
e pervertido, são verdadeiros vendedores de indulgências que iludem e enganam
as pobres almas perdidas confirmando a sua ida para o inferno.
ATITUDE PREDOMINANTE EM GRANDE PARTE DO MEIO CHAMADO CRISTÃO
QUANTO A PREGAÇÃO É DE INTOLERÂNCIA:
"Tolera-se a má doutrina; porém, um sermão mais longo,
esse não... prolixidade se tornou um pecado maior do que heresia."
[Macarthur - pg 6]
CARACTERÍSTICA MODERNA - FALTA DE DISCERNIMENTO E DESCUIDO COM A SÃ DOUTRINA:
"A apatia está em toda parte. Ninguém se preocupa
em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um
sermão é um sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto,
melhor" - CHARLES HADDON SPURGEON
QUANTO A FALTA DE TOLERÂNCIA A PREGAÇÃO E A BUSCA DE ALTERNATIVAS [A
velha coceira nos ouvidos II Tm 4:2-4]
- "Ele (Spurgeon) acreditava que a tolerância da igreja para com a pregação
começava a declinar, enquanto alguns ministros já experimentavam ABORDAGENS
ALTERNATIVAS ou MENSAGENS ABREVIADAS." [Com Vergonha do Evangelho
- Pg 6]
- A MODERNA TENDÊNCIA DE ENCURTAR OU SUBSTITUIR OS SERMÕES:
ENCURTAR A PREGAÇÃO PARA AGRADAR SEU REBANHO, foi a resolução de
um pregador moderno que assim se posicionava: "Isso significa perder menos
tempo com sermões longos e investir mais tempo na preparação de sermões mais
curtos", esse mesmo pregador moderno escreveu: "Descobri que
as pessoas perdoam até uma teologia fraca, desde que saiam do culto antes do
meio-dia"- [Macarthur - Pg 6]
14
SOBRE A PREFERÊNCIA DO POVO de
buscar EMOCIONALISMO a medida que foge da PELA PREGAÇÃO
- O Pr. Russell Shed respondendo uma pergunta
em entrevista a Revista VINDE afirma:
"Nas próprias igrejas, não há muita pressão para forçar os pastores
a procurar mais conhecimentos. Ninguém se importa muito se o pastor é
mais ou menos intelectual. Ficam impressionados se ele
pode emocionar os auditórios.
- Ou seja, a preferência recai
sobre a liturgia psicodélica, que baseada no emocionalismo, e que não afeta
a razão
OS NEO-EVANGÉLICOS
E CARISMÁTICOS QUEREM UMA "RELIGIÃO PRONTA"
Isto só é possível através do EVANGELHO PRAGMÁTICO RELATIVISTA E MÍSTICO
- Russel Shedd fala de que no Brasil, as pessoas querem uma religião já
pronta:
"As pessoas querem uma religião já pronta, na qual não
seja preciso gastar tempo, nem estudar. Crescer no conhecimento das coisas
de Deus é menos interessante do que ganhar dinheiro, prosperar, ter uma vida
melhor. As coisas ficam muito superficiais".
à Só que esta "religião já pronta"
mencionada por Shedd, e que por ser pragmática [produz crescimento nas igrejas,
porque é deste tipo de espiritualidade que o povo gosta] está sendo oferecida
às grandes massas, de fato, é a religião que produz ou cria o que Walter Chantry
chamou de "espiritualidade sintética" [ou artificial,
superficial e não genuína]. [livro de Walter Chantry : "O evangelho de
hoje: Autêntico ou sintético?]
EXEMPLO DA LITURGIA
PSICODÉLICA PREFERIDA
POR LARGO SEGUIMENTO DE EVANGÉLICOS MODERNOS
- A Religião Pronta e Emocionalista mencionada por Russell Shedd -
[Pentecostais, Neo-pentecostais, Neo-evangelícos e igrejas em geral neo-liberais]
ESTE É O CULTO PRODUTO DE LITURGIA CONTEXTUALIZADA AO CONTEXTO IMEDIATO
Por isto é por natureza pragmática, relativista, mundana, portanto, anti-bíblica
Culto com ênfase na Experiência e Sentimento Religioso [melhor
dizer, apostasia sentimentalóide]
Culto Psicodélico - Onde as emoções reinam absolutas e
embotam o intelecto;
- O Culto Bíblico é primeiramente RACIONAL – Rm 12.1,2; I Co 14.15,33,40
2) Culto que marginaliza a Bíblia - A Bíblia é usada não como
texto mais como pretexto ou excitante das experiências emocionais e místicas;
De fato, a autentica pregação do evangelho, ou substituída, uma pregação demagógica
e mercenária, onde os aspectos radicais do evangelho são tirados. Em muitos
casos a pregação é trocas pelos múltiplos testemunhos de curas, prosperidade,
exocismos etc.; Além, do alongamento quase interminável de cânticos, e apresentações
especiais;
3) Culto místico - onde a fé é algo mais a ser sentido
do que entendido. No misticismo perde-se o vínculo com
o racional e consciente [aquilo que pode ser explicado e verbalizado]
e afunda-se no inconsciente em busca do êxtase ou percepção sobrenatural,
direta e experimental de Deus.
à Isto não só leva ao fanatismo e
superstição, como faz o místico valorizar cada vez menos a Bíblia,
como única fonte de revelação divina. Sua busca psicótica (insana) por sinais,
poderes miraculosos e novas revelações contemporâneas,
faz da Bíblia um livro obsoleto. A Bíblia é trocada pelo profeta de plantão,
ou pela pessoa que alega Ter comunicação sobrenatural direta com Deus, a viva
voz.
à A Bíblia condena o misticismo ou
a tentativa de buscar Deus usando apenas os SENTIMENTOS ou SENTIDOS como guia:
“E digo, e testifico no Senhor para que não andeis mais como andam também
os outros gentios, na vaidade do seu sentido, entenebrecidos
no entendimento...” (Ef. 4.17-18) - ou seja, o misticismo é coisas para descrente,
e não para crentes genuínos.
4) Culto do Descontrole emocional - As emoções literalmente
explodem em gritos, choro, tremores, suspiros, quedas,
delírios e em alguns casos, em histeria coletiva. Este descontrole
é condenado em I Co 14.32,33.
5) Culto aeróbico ou Culto do Corpo – Onde o
corpo vestido de acordo com a moda sensual do mundo, balança solto em coreografias
nunca imaginadas para um templo cristão. O movimento é liberado em danças
e ginásticas rítmicas e psicodélicas de grande estimulo místico e sensual,
na realidade, tudo passa a ser regido pelo compasso da carne e não do Espírito.
O resultado disto tudo é lastimável. O pai de um ex-professor meu [missionário
americano], cujo pai era partidário deste tipo de culto místico, já havia se
divorciado pela terceira ou Quarta vez;
O culto Bíblico deve ser uma manifestação do espírito e não do corpo – Jo 4.23-24
“cantando de coração”à Fala de uma devoção interior – Ef. 5.19
O corpo deve ser “esmurrado” e não estimulado carnalmente – I Co 9.27; Gl. 6.17
5) Culto Psicológico [falsamente dito espiritual]
- Onde tentam numa imitação barata e falida da terapia de grupo mundana,
e pelo soltar-se do corpo e da mente - trazer extravasamento emocional e psicológico,
além de satisfação e saúde psicológica, porém o resultado é patológico ou instalador
de enfermidades espirituais – A adorador é levado a imaginar que deve sempre
está se sentido bem, vitorioso, e animado
– quando a vida com Cristo é fraqueza fortalecida pela graça.
No reino da graça não há lugar para o super crente, mas somente para o crente
humilde e sincero, que espera confiadamente em Deus, sem ter de lhe exigir ou
cobrar nada -
àA saúde e força espiritual do crente não deve ser derivada
do efeito psicológico exercito pela explosão emocional de um grupo.
6) Culto fabricador de espiritualidade sintética - O que conseguem
é causar ilusão coletiva - criar uma espiritualidade emocional fantasiosa –
não real, onde mesmo alguém em pecado pode participar do louvor animadamente,
pois a ênfase não é racional, não passa pela consciência.
à É
um culto visceral, onde o som da batida forte das bateria
e dos mais diversos tambores, junto com o balanço do corpo, faz alguns adoradores
se sentirem com a consciência aliviada, e outros que exploram o lado místico
sintam-se super poderosas e dotadas de grande autoridade sobre as outras pessoas,
outras ainda, estimuladas nas regiões chamadas neuróticas do cérebro, falam
uma confusão silábica, enganosamente chamada de “dom de falar línguas estranhas”.
Culto existencialista – Marcado pela tensão entre a Satisfação
aqui-agora e a insatisfação vinda quando o novo sofre o desgaste da rotina
- onde a busca pelo sentir-se sempre bem gera ansiedade e procura constante
de renovação do culto e das novidades estimulantes – ainda, nesta busca frenética
e desnorteante, quase tudo é válido, desde que feito em nome de Jesus;
Culto Contextualista – Incorpora os mais diversos elementos da
cultura mundana, chegando as raias do absurdo – Por exemplo:
Ritmos mundanos que são conhecidamente alienantes, provocadores
de sensualidade e descontrole emocional, tais como: Rock in Roll, Samba, Timbalada,
Regae, Forró, Frevo, etc.
Criação de blocos de carnaval evangélico, com direito a samba
enredo, coreografia carnavalesca, fantasias, etc. – Isto com a falsa desculpa
de evangelizar o pecador no seu contexto, no seu ambiente numa linguagem relevante
que fale a ele. – Esta desculpa é antibíblica e absurda. Se não vejamos. É imaginar,
que alguém que caiu num profundo buraco cheio de lama e fezes, do qual não pode
sair, mas que só me escutará e me deixará ajudá-lo depois que eu caia também
na fossa com ele. É ridículo. A chamada sabedoria humana dos pastores e líderes
modernos, não passa de loucura para Deus e objeto de ridículo no mundo.
Culto-clube social – Onde o papel e interesses sociais determinam
os freqüentadores –
Igrejas Neo-evangélicas Aburguesadas. Características de seus
membros: Brancos em sua maioria; classe média; economicamente estáveis;
boa educação; Bom poder aquisitivo; Fácil acesso aos bens de consumo e diversões
mundanas (Clubes; Teatros, cinemas, viagens de turismo, bebidas sociais, etc.
..) – Eles são: Funcionários Públicos; Profissionais Liberais; Empresários.
à Todos querendo o céu e o mundo – Exigem novas formas de culto
onde se possa está em paz com Deus, sem restringi-los de gozar as benesses que
o mundo tem a oferecer e que eles podem comprar. A opção preferencial pelos
ricos é nítida.
Igrejas Neo-pentecostais (em geral as matrizes) – As mesmas características
acima;
Igreja Neo-evangélicas, Pentecostais e Neo-pentecostais da periferia das
capitais – Mistura de pretos, pardos e brancos, em sua maioria, empregados
de baixo salários, baixo poder aquisitivo, poucos com nível de faculdade. –
Buscam nas experiências místicas, nos poderes e milagres, a superação da sua
condição de excluídos da sociedade [pobres]. – Querem poder, cura e prosperidade,
querem status espiritual e social. – Para isto, fazem votos, correntes, e todo
tipo de negociata com Deus, só que Deus não topa.
Culto antropológico-Sincretista- Ecumênico – Embora falem muito
do Espírito Santo, de culto como encontro com Deus, na realidade, a prioridade
é dada ao homem, suas ansiedades, suas necessidades, o que pode lhe
agradar ou ofender a sua sensibilidade cultural e psicológica. De modo que,
tenta-se a quase qualquer preço reduzir ao máximo qualquer choque traumático
com as culturas sociais e religiosas vigentes.
à
Para isto, tomaram de empréstimo a dança e os
tambores e bateria, das bandas de Rock in Roll, dos clubes
noturnos e das religiões espíritas (Xangô, Candomblé, Umbanda etc.;
O misticismo das religiões orientais (Hindus e Budistas); Ênfase
cada vez menor em Doutrinas distintivas absolutas, ou seja, evitam tomar
posições firmes na área de doutrina, para poder mudar quando quiserem ou fazer
conchavos ecumênicos sem ter muitas explicações a dar ou passar por constrangimentos;
Culto do Marketing - Todo um marketing, ou pesquisa
de campo para saber o que melhor agrada ao cliente-membro
são feitos, tudo para que o culto seja agradável ao povão, de modo, que o templo,
seja literalmente um “CLUBÃO”, com direito a tudo que tem de mais moderno,
em termos de massageamento psicológico do eu, levantamento neurolingüístico
da auto-estima, show pirotécnico, recreação e lazer não muito longe dos padrões
do mundo, etc.
Culto Espetáculo-Show – O pastor deixar de ser o
pregador, para ser o animador de espetáculo, a platéia se transforma num grande
circo, ou casa de show, onde artistas bem pagos se apresentam
com testemunhos , bandas e conjuntos de música
gospel que tecnicamente rivalizam com os honestos cantores do mundo
(digo honesto, porque sabem o mal que seus e ritmos e músicas fazem, e não tentam
travestí-los de cristianismo ) e músicas criadoras de excitação de massas. O
ambiente, o programa, a pregação açucarada, o ofertório, e o apelo, são montados
para produzir os efeitos psicológicos previamente arquitetados. Do ponto de
vista humano, tudo parece muito gostoso e agradável, tanto que seduz e arrebanha
grandes multidões. São igrejas superlotadas, capazes de levantar grandes somas
de dinheiro em um só culto, mas o povo não se queixa da extorsão religiosa,
afinal, pagaram para Ter um show que lhes agradasse, foi o tiveram, portanto,
não têm do que reclamar.
15
OS CULTOS DE LITURGIAS TRADICIONAIS
Centralizados na Bíblia e Objetivando Genuínas Conversões Espirituais
- Estes são os Cultos de grupos Fundamentalistas:
1. Características básicas:
Representam um ruptura maior com a liturgia e herança Católica romanas,
Não compactua com o emocionalismo psicodélico e místico dos grupos pentecostais
carismáticos;
b) Ausência ou reduzida importância, dos materiais litúrgicos (vestes, altares,
cruzes, imagens etc..)
Permanente Polarização Doutrinária em relação ao romanismo e aos erros pentecostais,
carismáti cos, neo-evangélicos e liberais;
d) Participação decente e ordeira dos membros das igrejas
e) Caracterizados pela espontaneidade, ordem e decência
f) Chamado de Tradicional - Depois do advento do pentecostalismo-carismátismo
- chamado de Renovado ou Carismático
2. Acusações feitas ao Culto Tradicional – Feitas pelos Carismáticos
/ Liberais / Neo-evangélicos
a) Rotineiro, Pobreza litúrgica; Pouca ênfase a adoração e ao conceito
de adoradores; O culto chamado de "trabalho" - despojado da adoração;
Reduzido a uma "reunião de docente" -
b) Ênfase na RAZÃO com prejuízo do SENTIMENTO RELIGIOSO
c) Os seguidores destes culto são vistos como:
à Não como adoradores, mas, como à Eternos aprendizes.
d) Em vez de IGREJA-TEMPLO DE ADORAÇÃO reduziu-se a IGREJA-ESCOLA;
e) IGREJAS CENTRADAS NO ENSINO - transformam o culto em mais uma AULA;
f) Cânticos, orações e coletas - Vistos como contrapontos de menor valor.
g) Sua ênfase BIBLIOCÊNTRICA é mal vista e mal interpretada como BIBLIOLATRIA.
h) Chamados de "TRADICIONAIS" - Com o significado deturpado de:
- fidelidade às velhas idéias, como se as velhas idéias [verdades] deixassem
de ser verdadeiras com o passar do tempo [separação, Fundamentalismo,...etc.)
- aos velhos ritmos, [música sacra não contextualizada pelo mundo]
as velhas formas - que reprime as emoções.
UM CONFRONTO ENTRE CULTO CRISTÃO GENUINAMENTE
BÍBLICO
E CULTO CRISTÃO CONTEXTUALIZADO A MODA PAGÃ
- Definições de Culto Pagão e Culto Bíblico.
Os Cultos no sentido profano e pagão – Desde que o por natureza
homem é um ser universalmente religioso, os cultos são, portanto, a concretização
da religiosidade nata da humanidade. Os cultos não bíblicos, são de natureza
antropocêntricas, ou seja, centrado no homem, nas suas necessidades,
medos, e realização pessoal, cultural, existencial e religiosa.
à No culto pagão, os homens tentam ter um encontro com
a divindade, para auferir deste encontro vantagens pessoais, no
nível sobrenatural. [como super poderes], no nível material [bens de consumo
e riquezas], no nível da solução de problemas e maldições, apaziguar a divindade,
evitando seus castigos, e finalmente, em alguns casos, buscar algo que eqüivalha
ou dê esperança de vida eterna.
à Daí os ritos, rituais, cerimônias e simbolismo
religiosos, as imagens de idolatria, os sacrifícios, os votos, as peregrinações,
orações, oferendas, obras filantrópicas, ascetismo religioso, moralismo legalista,
filosofias “libertadoras”, misticismo divinizador, músicas e danças religiosas,
o sincretismo, e o ecumenismo, etc. A ênfase nestes elementos podem variar de
culto para culto, mas algo lhes é comum - a centralidade do homem,
o humanismo. É Deus existindo é função do homem e suas necessidades.
O Culto Bíblico – Tanto no Velho como no Novo Testamento – O culto era
Teocêntrico, ou seja, Deus era o centro e o alvo do culto. Cultuar
era atribuir a Deus o valor máximo; Era rendição do “eu”. em completa humildade,
ou prostração da alma em completa submissão e reverência diante do Senhor Soberano
absoluto do Universo, cuja Majestade, Santidade e Glória despertavam o desejo
de adorá-Lo, agradecendo-lhe seu favor gracioso e de tributar-lhe real obediência
a Sua vontade revelada na Bíblia. (Salmos 96.4,8; 99.9; Fp 3.3)
à O culto Bíblico é a devoção piedosa que
ultrapassa as quatro paredes de um templo, e as formas litúrgicas da adoração
pública, e faz o adorador, viver a sua vida como um tributo ou culto a Deus.
à Ainda, o culto bíblico é o momento sagrado
da oração humilde e piedosa, que externa a confiança interior de que
todo bem vem somente de Deus, e que Sua vontade é perfeita e sempre o melhor
que devemos esperar e querer. As petições tornam-se apenas um
exercício de fé simples, que deixam os resultados da petição nas mãos de Deus,
de modo, que nunca tentam forçar ou chantagear Deus a fazer o que a falível
vontade própria humana viesse a julgar certo e justo.
à A música é importante, mas acessória,
não essencial. Sua importância só é validada ou justificada, quando contribui
para um louvor autêntico, santo, reverente, temente
a Deus, sincero, decente, ordeiro, que move a alma
e o espírito a se submeterem a vontade de Deus, em alegre e destemida submissão;
Is 6.1-5; Dn 10.4-8; I Co 10.31; Is 42.8; Hb 12.28; Ap 1.12-17)
à Culto Bíblico é mais que encontro com Deus,
é encontro auto-confrontador e transformador com a Palavra Santa de Deus,
de modo, que o adorador sai do culto, transformado e mudado pela Pregação.
De modo que um culto que centraliza Deus, tem a proclamação de
sua Palavra como central e essencial.
à Por isto que o culto Bíblico não é antropológico
– feito nos moldes que melhor agrada aos adoradores, nem contextualizado
segundo a cultura mundana vigente, nem centralizado no show e
espetáculo produzido pela maquinação humana. É incondicionalmente
teológico – feito sempre a partir da Bíblia e nunca a partir da cultura
– de modo que, é feito sempre com a preocupação de agradar realmente
a Deus, se está realmente conforme os mandamentos e princípios de Sua Palavra
Santa. – Cl 3.16
16
CONCLUSÃO DOS GRANDES PERIGOS
DA CONTEXTUALIZAÇÃO PRAGMÁTICA RELATIVISTA
FATORES IRRECONCILIÁVEIS ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO
PRAGMÁTICA E O EVANGELHO GENUINAMENTE DE CRISTO
[ 1o Fator ] O RELATIVISMO DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA
CONFRONTA-SE DE MODO IRRECONCILIÁVEL
COM O EVANGELHO ABSOLUTO E IMUTÁVEL DE CRISTO.
A teologia contextualizada
é sempre relativa
, pois, conforme Bruce Nicholls o centro focal da cultura é a flexibilidade e a relatividade . ”[Bruce J. Nicholls em “contextualização: uma Teologia do Evangelho e Cultura”
Pg.42,43]
Entendo cultura como mais que um conjuntos
de costumes e práticas, mais algo que envolve conhecimentos, ideologias, e filosofias
de natureza diversas]
Entendo contextualização do evangelho conforme a cultura como a tarefa, de atualizar o evangelho conformando,
adaptando e harmonizando o evangelho com a cultura
vigente com seus costumes, práticas, conhecimentos, ideologias e filosofias.
Chegamos a conclusão de que a contextualização
coloca em jogo algo mais profundo do que a cultura e a questão
cultural, mais o próprio conceito de VERDADE, e a própria natureza do
EVANGELHO são atacados em suas bases. De modo, que seria impossível realmente
contextualizar o evangelho sem misturá-lo com as ideologias e filosofias humanísticas.
Isto implica que não dá para contextualizar o evangelho culturalmente alterando
apenas a sua forma/aparência exterior, sem evitar mexer e alterar a própria
essência da mensagem.
A conclusão lógica desse raciocínio
é que se a Verdade e o Evangelho podessem ser contextualizados
conforme a cultura mundana que é algo mutante e
mutável por causa da sua própria natureza flexível e relativista, logo, a verdade
e o evangelho haveriam, de se tornar uma mensagem flexível e relativista,
mudando indiscriminada conforme o contexto onde tiver de ser pregado, perdendo
assim o seu valor real como base segurar da verdade.
De modo que, este "evangelho" contextualizado, flexível,
relativista e que muda conforme a cultura e contexto imediato, com certeza não
é o Evangelho de Cristo, que é uma verdade absoluta, imutável, declarada na
Bíblia como : “a fé uma
vez por todos entregue aos santos”
[Judas 3]
[ 2o Fator ] O PONTO DE PARTIDA DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA
PODE GERAR DUAS TRAGÉDIAS PARA O CRISTIANISMO:
1a TRAGÉDIA - Transformá-lo em “RELIGIÃO NATURAL” baseada
na “TEOLOGIA NATURAL”;
- Usar
o contexto cultural como ponto de partida para fazer o que chamam de contextualizar
ou atualizar o evangelho é o caminho fatal para a religião natural
[sem Deus e centralizada no homem] .Esse perigo é visto na seguinte citação:
“...Com o enfraquecimento da certeza do conhecimento do conteúdo
da fé cristã [isto devido as teologias liberais que põem em duvida a autoridade
da Palavra de Deus], muitos teólogos e comunicadores estão fazendo, na prática,
com que o contexto cultural seja o ponto de partida. Este é o caminho
da “teologia natural”, e leva a um beco sem saída. Mas conforme tem
demonstrado a história da teologia natural desde Tomás de Aquino até ao tempo
presente, não é possível fazer um salto do Deus dos filósofos para o Deus
de Abraão, de Isaque e de Jacó, que é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.
[Bruce J. Nicholls]
- A
história registra o fracasso milenar de tentar contextualizar a teologia e o
evangelho ao contexto imediato [filosofias e ciências da moda].
à
É isto que vem sendo tentado, com fracasso absoluto, desde o tempos dos apóstolos
aos teólogos e comunicadores modernistas de hoje, eles querem, comunicar o evangelho
e ser igreja, partindo dos conceitos de filosofias da moda, então, tentam contextualizar,
encaixar e adaptar o evangelho àquele contexto cultural-filosofico-político-religioso,
produzindo um “outro evangelho”, completamente distante da simplicidade do evangelho
apostólico. O produto ou resultado da contextualização a partir da cultura e
filosofias humanas é sempre um evangelho
sofisticado, desfigurado, reduzido na sua excelência.
Um “outro evangelho” que inclusive pode produzir resultados, para o crescimento
do rol de membros da igreja, porém é um resultado questionável, pois engana
e ludibria milhares de almas com um evangelho descentralizado de Cristo e do
fundamento de sua Palavra e centralizado no homem e suas vás filosofias. Daí
fazemos, a pertinente pergunta: pode semelhante evangelho salvar? Ou é um instrumento
de Satanás para manter os perdidos descuidados quanto a salvação, pensando que
são salvos, por fazerem parte de uma destas igreja da moda, até o dia em que
abrirão os olhos no inferno ? (Mt.7:15-27). Já foi dito: “O mistério da fé começa
com o conhecimento de Cristo e não com a filosofia e a tradição humana (Cl.2:1-8).
2a TRAGÉDIA - SINCRETIZAR O CRISTIANISMO ÀS RELIGIÕES DAQUELA CULTURA.
- O perigo deste sincretismo é visto na seguinte citação:
“ O Segundo aspecto quanto ao ponto de partida, se partindo
da cultura adapta-se o evangelho a ela, ou partindo-se do evangelho transforma-se
os pontos malignos da cultura? Outra questão deve ser também, levantada agoira:
Qual o resultado destas duas metodologias diferentes ? - Ouçamos o que o próprio
Bruce tem a dizer:
“A contextualização da teologia bíblica num mundo em mudança exige
uma reconsideração do processo inteiro de fazer a teologia. Mas a própria Bíblia
insiste que o ponto de partida
deve ser de dentro do círculo da fé e da dedicação à auto-revelação de Deus
em Cristo...”.
A NECESSIDADE DE DESCONTEXTUALIZAR OU DESCULTURALIZAR A CULTURAS DE SEUS FATORES
MALIGNOS - É MAIS IMPORTANTE DO QUE CONTEXTUALIZAR O EVANGELHO A DITA CULTURA
DEMONIZADA.
- Ainda dentro desta temático do ponto de partida, Bruce, traz a tona um elemento
muitas vezes esquecido quando se fala na necessidade de contextualização da
teologia bíblica [culturalizar a telogia bíblica], o elemento esquecido é que
a cultura humana do homem como seus elementos malignos precisa ser em grande
parte DESCULTURALIZADA. voltemos a citação: “...O mistério profétio do evangelho
exige uma desculturalização, em
toda cultura, dos acréscimos a fé verdadeira. Desde Móises até João Batista, os profetas bíblicos condenavam os elementos de cultura que eram contrários
a Palavra de Deus... O evangelho
renova e transforma aqueles elementos da cultura que são à revelação geral de
Deus... O ponto de partida não é a cultura, mas sim, a Palavra de Deus”.
De fato, O evangelho tem o potencial de mudar os elementos nocivos da cultura
humanística, e isto tem acontecido na história. Todavia, o esforço feito apartir
da Bíblia, não foi para santificar uma cultura com pontos divergentes da Bíblica,
mas o esforço era feito para se transformar o indivíduo,
e ele uma vez transformado pela graça de Deus, ira ser um fator de transformação
cultural.
Foi o que aconteceu com a igreja primitiva: ela se preocupou não com as estruturas
culturais e sociais do contexto filosófico-religioso-pagão do império Romano,
mas sim com a transformação do indivíduo através da pregação teocêntrica
do evangelho, com todos os seus obstáculos: que de antemão já se sabia,
que seria “LOUCURA” para os GREGOS [pessoas inseridos naquele contexto cultural
pagão] e “ESCÂNDALO” para os JUDEUS [pessoas inseridas contexto cultural e religioso
do judaísmo farisaico].
E Paulo, aqui está tratando do problema da COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL, porém,
não propõe uma CONTEXTUALIZAÇÃO DA PALAVRA DA CRUZ, mais diz: “CERTAMENTE A
PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM... VISTO COMO, NA SABEDORIA
DE DEUS, O MUNDO NÃO O CONHECEU POR SUA PRÓPRIA SABEDORIA, APROUVE A DEUS SALVAR
AOS QUE CRÊEM, PELA LOUCURA DA PREGAÇÃO”.
Sabemos que para atingir esse indivíduo temos de falar numa linguagem que ele
possa assimilar [a própria questão da linguagem é crucial na contextualização
e comunicação do evangelho]. Todavia, neste ponto, é bom lembrar o que é que
convencesse alguém “do pecado, da justiça e do juízo”. Veja a citação abaixo:
“O ESPÍRITO SANTO sempre é o
missionário transcultural. Vai adiante para preparar o caminho para o evangelho...
Convence do pecado e do juízo, até mesmo aqueles que nunca ouviram falar do
nome de Cristo..” ****Vale dizer que o Espírito Santo é uma realidade supra-cultural, que operou e tem operado
em todas as culturas provocando o novo nascimento em todas a etnias, e estruturas
sociais, em todas as épocas. A própria realidade da salvação é uma realidade supra-cultural, está além do que o homem pode compreender por meio
culturais, por isto a salvação é uma obra de Deus e não do homem. Como nos diz
João 1:12-13 “Mas a todos quantos receberam deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus a saber os : aos que crêem no seu nome os quais não
nasceram do sangue nem da vontade da carne, mas de Deus.
CONCLUSÃO
PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS DE CONTEXTUALIZAÇÃO AUTÊNTICA:
OS PROBLEMAS DA COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL
- Como comunicar o evangelho em uma cultura totalmente diferente da cultura
do missionário ou pregador? Como ensinar coisas que estão na Bíblia, mas não
tem algo equivalente na cultura do ouvinte do evangelho ? Que ponto de partida
usar para comunicação do evangelho?
* AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL
Todo o fundamento está baseada na posição de NUNCA ABRIR MÃO DOS PRESSUPOSTOS
CRISTÃO BÍBLICOS EM FAVOR DE ELEMENTOS CULTURAIS.
a) A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL na pregação sobre DEUS
Deve ser mostrado o Deus da Bíblia sem retorques ou maquiagens, na esperança
de que o Espírito Santo convencerá a o ouvinte da diferença entre o seu Deus
e o Deus da Bíblia. Evitando seguir a instrução dada por Paul Yonggi cho, que
ensina nortear a pregação sobre Deus, em sua bondosa paternidade, para assim
ajudar as pessoas a terem sucesso ["Grupos familiares e o Crescimento
da Igreja - Pg. 163]
b) A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL na pregação sobre VERDADE:
Deve-se ajudar a pessoa a ver a questão do conceito de verdade e levá-la
a perceber que Toda Verdade é a Verdade de Deus, Pois o próprio Deus é a Verdade
e somente Ele poderia comunicá-la ao homem com perfeita fidedignidade, e Ele
o fez nas páginas da Bíblia. Esta verdade se expressa em conceitos ABSOLUTOS,
numa linha de pensamento horizontal de CAUSA e EFEITO, cujos
resultados são garantidos pelo próprio Deus da Verdade. Por exemplo: roubar
é sempre um erro, ser honesto é sempre certo, independente se uma cultura
acha certo ou errado roubar. Deus garantir que o ladrão sempre se dará mal,
embora pareça que não. Se o ouvinte não concordar sobre o conceito de verdades,
será difícil evangelizá-lo.
c) A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL na pregação sobre BÍBLIA:
É necessário ajudar o ouvinte a entender a AUTORIDADE ABSOLUTA da BÍBLIA.
Dá evidências que mostrem que ela é a perfeita expressão da VERDADE de Deus
na terra, e que por ser A PALAVRA DE DEUS é INERRANTE E INFALÍVEL, ÚNICO TRIBUNAL
que define finalmente toda questão sobre fé e prática. Se o ouvinte não aceita
a Bíblia como AUTORIDADE FINAL em questões religiosas, será difícil evangelizá-lo.
d) A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL na pregação sobre HOMEM:
É preciso fazê-lo entender a QUEDA e suas conseqüências. Que o homem
foi criado inocente e livre, mas mediante UMA QUEDA REAL, em que ficou com uma
natureza pecaminosa tão corrupta e corruptora, que corrompe todas as coisas,
até as suas melhores obras, estão maculadas pelo mal, dai serem “trapos da imundícia”.
Como a CULTURA HUMANA é criada pelo homem caído e escravizado ao demônio,
toda cultura humana, em todo lugar e em todo tempo é corrompida pelo mal e pelos
poderes supra-culturais satânicos. De modo que quem trabalha com a cultura
humana, trabalha com um esquema secular corrupto e maligno. Paulo nos adverte
para “Não nos conformamos [assumir a forma ou o esquema] deste século [ou cultura]
(RM.12:2). Ainda, Paulo, nos chama a atenção, que o “homem natural”, [não nascido
de novo pela operação do Espírito Santo], para quem devemos pregar o evangelho,
“...Não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não
pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente” (I Cor. 2:14). Por
este texto, percebemos que por mais que contextualizemos o evangelho, se o fizermos
de um modo espiritual [“coisas do Espírito”], mesmo assim, o “homem natural”
não conseguirá aceitá-lo e nem mesmo entendê-lo. Se fizermos uma contextualização
não espiritual do evangelho, o Espírito Santo, não tomará parte nisso, e sem
o Espírito Santo não há verdadeira conversão.
Talvez, seja por isso, que estas igrejas que pregam um “evangelho contextualizado
e secularizado”, através de música mundana [samba, rock, e outros bichos], danças,
roupas, e jeito do mundo fazer as coisas, logo crescem o seu rol de membros,
porém, são elas mesmas, que enchem o mundo e o Brasil de crentes “professos”
[que já fizeram uma decisão pública, mas nunca passaram pela obra regeneradora
do Espírito Santo, daí a razão de tantos escânda-los e afrouxamento espiritual
nas igrejas (crentes e até pastores roubando, enganando, fornicando antes de
casar, traindo e adulterando depois de casados, se divorciando levianamente,
praticando aborto secretamente, homossexualismo, bebendo álcool, e tantas coisas
indizíveis que até o Diabo se surpreende, numa prova de que o número de joio
está aumentando e talvez já tenha passado do número de trigo. Tem sido sempre
assim na história eclesiástica, quando a igreja afrouxa seus padrões doutrinários
e troca o evangelho genuíno, por outro sincretizado e contextualizado pelas
filosofias mundanas e costumes seculares da época, o resultado é sempre desastroso
para a igreja, sobra somente um pequeno remanescente fiel, que teima em não
arredar dos velhos fundamentos da fé, ou, o velho, mais todo eficiente evangelho
eterno de Cristo.
e) A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL na pregação sobre MUNDO:
Do grego “Cosmos” [sistema organizado, em que os homens devolvem métodos
e esquemas para obter sucesso nas várias áreas da vida: trabalho, lazer, moradia,
educação, saúde, finanças, religião, política etc... - A expressão “mundo”,
pode ser traduzida como “o jeito do homem caído fazer as coisas debaixo do senhorio
do maligno”. Por isto, a Bíblia adverte: “Não ameis o mundo nem as coisas que
há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele... Sabemos
que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno” (I Jo.2:15; 5:19).
O mundo e sua cultura
(orientada pelo maligno) tem seu foco central na flexibilidade e na relatividade,
como afirmou Bruce j. Nicholls, quando definia a palavra “cultura”. João fala
desta relatividade e efemeridade das coisas do mundo ao dizer “Ora, o mundo
passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus
permanece eternamente” (I Jo.2:17). Eis, então, impossibilidade de contextualizar
um “evangelho eterno” cujo corpo de verdades foi dado “uma vez por todas”, cuja,
modificação e adulteração é chamada de “anátema”, sem tornar este evangelho
em algo, efêmero, relativo e mutante como o é por definição a cultura humana.
Tornar o Evangelho um Produto Descartável - É a conseqüência
terrível disto tudo, é que, assim como a cultura que pelo seu caráter flexível,
relativista e mutante, é algo descartável, assim também o evangelho associado
e baseado nela também se torna descartável e irrelevante. A ironia disto, tudo
é que os teólogos liberais usam a cultura com suas filosofias e costumes para
comunicar o evangelho ao homem moderno de modo relevante, porém, ao adulterarem
o evangelho, sincretizando com as vãs filosofias mundanas, só conseguem tornar
o evangelho algo ridículo, sofisticado, relativo e descartável, portanto, irrelevante.
Fazemos bem em seguir Colossenses 2:6-8 “Ora, como recebeste a Cristo Jesus,
o Senhor, assim andai nele, nele radicados e edificados, e confirmados na fé,
tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. CUIDADO que ninguém
vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos
homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.
2. A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA DEVE SER USADA DEBAIXO DE RÍGIDOS CRITÉRIOS TEOLÓGICOS
FUNDAMENTALISTAS E JAMAIS DEVE COMPROMETER OU TROCAR TERMOS TÉCNICOS TEOLÓGICOS
VITAIS PARA A TEOLOGIA BÍBLICA.
- A Equivalência dinâmica, em sua função de procurar na cultura do evangelizado
algo equivalente ao objeto, ou assunto, do texto bíblico, nunca deve amputar
nada do texto bíblico para se fazer entender pelo nativo da cultura a ser evangelizada.
A equivalência dinâmica não traduções modernas da bíblia é algo perigoso, pois
acaba subtraindo ou substituindo termos da bíblia, que no julgar falível dos
tradutores não são relevantes. Acredito, que a equivalência dinâmica é menos
perigosa quando aplicada a Hermenêutica ou interpretação do texto Bíblico, ou
seja, pela exegese do texto descobrir o que ele significava para seus leitores
originais dos tempos bíblicos, e pela Hermenêutica encontrar situações e questões
do homem atual, que em principio são equivalentes ao contexto daquela época.
um exemplo do que o Neo-Evangelicalismo
faz com a equivalência dinâmica é o que Caio Fabio faz ao
usar uma contextualização que
fere, mutila e adultera termos e palavras bíblicas. Por exemplo. No seu livro
“Novos Ministros p/uma Nova Realidade” ele diz: “ sabem o que é circuncisão?
... sabem o que é aio? Sabem, porventura o que significa graça?... Estou pensando
até em escrever uma carta aos Romanos (logicamente não inspirada). Uma carta
contemporânea, onde a circuncisão seja substituída por uma outra questão equivalente a ela hoje. Quem
sabe se a nossa circuncisão é o batismo?”.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA:
Qualquer coisa feita para Deus deve ter base bíblica, ser espiritual
e verdadeira.
Deve ser baseada na teologia [focalizado em Deus] e não na antropologia [no
gosto do homem]
A Bíblia é a autoridade para sabermos todas as coisas relacionadas com a FÉ
e o SERVIÇO SAGRADO verdadeiro a Deus. (At. 8:30-31; II Tm. 3:16-17). à A palavra de Deus e não a vontade humana é quem
definem o que é certo (II Ped. 1:20-21);
DOIS ERROS COMETIDOS HOJE NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA BÍBLIA:
1º) LEVAR PARA A BÍBLIA CERTOS COSTUMES DE CERTAS CULTURAS.
2º) USAR TEXTOS ISOLADOS DA BÍBLIA PARA FAZÊ-LOS CONCORDAR COM
. O QUE SE QUER FAZER HOJE.
CRITÉRIOS PARA SE EVITAR ADULTERAR A BÍBLIA: (Joseph Angus):
Não devemos copiar as práticas que a Escritura
relata e condena;
Ex.: Misturar culto a Deus com elementos de cultos pagãos . (I Re. 18:21-40
Não devemos praticar as práticas que a Bíblia
recorda sem censura, a menos que elas sejam santas e legais;
Nem praticar o que foi feito sob ordens especificas e temporárias;
Ex.: Paulo mandou Timóteo se circuncidar
Nem praticar o que foi feito em conseqüência de pouco discernimento;
Nem imitar ou julgar bons atos mesmo que sejam de um homem
bom, sem considerar seus motivos e fins.
“Tudo isto resume-se num princípio. A respeito dos fatos do Velho Testamento
a regra para formar um juízo é esta:
à” Considera-se cada ato como o indivíduo que o praticou o consideraria
segundo a lei sob o qual vivia.
Ex.:
”e a REGRA DE IMITAÇÃO é assim:
Devemos seguir somente aqueles
exemplos que estejam em harmonia com os preceitos do Novo Testamento”.
CONCLUSÃO
à Para firmar uma DOUTRINA ou PRÁTICA deve-se fazer um
estudo comparativo das Escrituras, tendo como ponto referencial o NOVO TESTAMENTO.
UM APELO SINCERO A TODOS OS PASTORES E EVANGELISTAS QUE LEREM ESTE TRABALHO
- Pois este trabalho, não tem a finalidade mórbida de agredir ou machucar ninguém
de modo proposital, gratuito e perverso. Embora, muitas vezes use linguagem
direta, tem por finalidade despertar
a todos quanto o lerem para repensarem o conteúdo e a forma de sua evangelização,
principalmente por causa do temor e do dever de fazer tudo para a glória
de Deus, confrontando-os com a Palavra de Deus, e também, por
causa do valor das almas, examinem o resultado da sua evangelização
na vida das pessoas que se dizem crentes por causa de suas pregações, observando
se seu arrependimento é genuíno, ou é apenas uma reforma social e
psicológica. Para ajudá-lo e ajudar-me, cito mais uma vez Walter Chantry
no seu livro: "O evangelho de Hoje: autêntico ou sintético> - Pg. 14.
- "Pastores, isto
não é uma pergunta leviana. Você nunca se intrigou com aqueles "convertidos"
que permanecem carnais como nunca? E que dizer daqueles que "decidiram
por Cristo" mas você não pode dizer o que eles decidiram? Eles não são
piedosos como o Salvador que professam, nem zelosos na causa do Mestre. Eles
não estudam a Palavra de Deus e não se importam se estão ausentes enquanto ela
é pregada. Consequentemente, você sabe que eles não apresentam a mínima evidência
de uma conversão verdadeira. Você já considerou a possibilidade de que talvez
eles nunca tenham sido na realidade evangelizados? Terão a sua pregação e método
confortados estes fora da pessoa de Cristo? ]
Fortaleza-Ce, I Congresso Nacional da UBF, 7-9 de Novembro de 1998
União Bíblica Fundamentalista
Todos, em todo lugar e toda o tempo dêem toda a glória somente a DEUS. Amém.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.