A Doutrina Bíblica da Separação

O método de Deus para o cristão manter-se puro em um mundo corrompido

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A doutrina da separação é, provavelmente, a menos compreendida e a menos ensinada pelos pastores nos dias atuais. Os fundamentalistas que a enfatizam normalmente deixam de aplicá-la aos irmãos, insistindo que a unidade precisa ser preservada e que nunca devemos nos separar de um irmão ou irmã em Cristo. De acordo com a visão deles, a separação pessoal do pecado e a separação eclesiástica das denominações apóstatas, é a única responsabilidade dos cristãos. Mas, o que dizem as Escrituras?

Para começar nossa discussão, vamos citar parte de uma nota de rodapé sobre separação, que encontramos na Nova Bíblia de Referência de Scofield. A nota de rodapé para 2 Coríntios 6:17, diz o seguinte:

"Separação: (1) Separação nas Escrituras tem dois aspectos: (a) de tudo que for contrário à mente de Deus; e (b) Separação para o próprio Deus. O princípio subjacente é que em um universo moral é impossível para Deus abençoar plenamente e usar seus filhos que estão contemporizando ou em cumplicidade com o mal. (2) A separação do mal implica em (a) separação em desejos, motivos, e atos, do mundo, em um sentido mau eticamente deste presente sistema mundano....; e (b) separação dos falsos mestres, que são descritos como 'vasos para desonra' [2 Timóteo 2:20-21; 2 João 9-11]. (3) A separação não é do contato com o mal no mundo ou na igreja, mas da cumplicidade e conformidade com ele..."


Logicamente, esses comentários referem-se à passagem em 2 Coríntios 6:14-18:

"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."

A imagem produzida pela expressão "jugo desigual" é a de tentar colocar dois animais totalmente diferentes - como um boi e uma mula - em uma mesma canga e esperar que ambos trabalhem bem em conjunto. O caos será o único resultado possível, pois os temperamentos dos dois animais são muito diferentes. O boi é vagaroso e pesado, enquanto a mula tende a ser mais rápida. O boi é sossegado e dificilmente se deixa incomodar pela natureza externa, mas a mula cabeça-dura freqüentemente afasta-se de qualquer coisa que reconheça momentaneamente como uma ameaça. Em outras palavras, nenhum fazendeiro experiente seria tolo de tentar tal coisa, pois simplesmente não daria certo. No entanto, infelizmente, no reino espiritual, muitos cristãos fazem basicamente a mesma coisa, casando-se com uma pessoa não-convertida! Isso, meus amigos, é um jugo espiritual desigual e tem uma alta probabilidade de resultar em infelicidades pelo resto da vida. É por isto que os rapazes e moças cristãos devem tratar cada namorada(o) como um potencial cônjuge e nunca iniciar um namoro com uma pessoa não-convertida. Por que? Porque o velho adágio "O amor é cego" não é verdadeiro - o correto é "o amor não se importa"! Quando você se apaixona por alguém, parece que tudo faz sentido! Portanto, para livrar-se de muitas dores, fique longe das moças lindíssimas ou dos rapazes atraentes não-convertidos. Pratique a separação. Isso não significa que devamos evitar totalmente as pessoas incrédulas e agir como se estivessem infectadas por uma doença grave. Não, significa que devemos estar separados - não isolados. Estamos no mundo mas não somos do mundo. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos deu o exemplo perfeito. Ele esteve com os "pecadores" [o antigo eufemismo para perdidos], fez refeições e associou-se com eles para lhes dar testemunho, mas certamente não participou de suas obras más e manteve-se separado e puro. Podemos e devemos fazer a mesma coisa em nossas vidas cotidianas.

A maioria dos cristãos fundamentalistas não tem muito problema em compreender esse aspecto da separação, mas infelizmente muitos deixam de praticá-lo. Muitos falham na área dos negócios quando se metem em sociedades comerciais com os incrédulos. A atitude deles é que ficar afastado de alianças espirituais erradas é uma coisa, mas a pessoa ainda precisa ganhar a vida. Adotar essa mentalidade é rejeitar diretamente a Soberania de Deus e proclamar a todos que ele não é capaz de prover o necessário para suas próprias ovelhas. Chame do nome que você quiser, mas ainda é um jugo desigual. Quando colocamos Deus em primeiro lugar em nossas vidas e praticamos a mordomia correta com aquilo que na realidade pertence a ele, não precisaremos depender de relacionamentos sem base bíblica para ganhar nosso pão de cada dia. Pratique a separação e observe como Deus o abençoa.

A separação eclesiástica é outra área que é bem fácil de compreender. Precisamos adotar e manter uma barreira entre nós e aqueles que praticam uma variedade de "cristianismo" que não existe na Bíblia. Como disse Shakespeare, "Nem tudo o que reluz é ouro". E nem todo aquele que se diz convertido realmente é. Quando a doutrina for má, fique longe deles. O Movimento Ecumênico não é nada mais do que um repúdio em massa à doutrina bíblica da separação, disfarçada sob um estandarte de unidade e precisa ser rejeitado como falso. E, é essa precisa violação da doutrina que requer que vejamos Billy Graham e todos os outros de seu tipo com extrema cautela. Eles são conhecidos como "neo-evangélicos" e são famosos por rejeitarem a doutrina bíblica da separação. A posição deles é a da "infiltração" [um termo que eles mesmos adotaram] e é a antítese da separação, fazendo exatamente o contrário. Em outras palavras, a filosofia deles é parecer, falar e agir como o mundo, para então "ganhar o mundo para Cristo". Para maximizar as conversões, insistem no pragmatismo - fazer qualquer coisa que sirva para produzir números. Se os números "vierem à frente, atendendo ao apelo" então os métodos usados estão justificados. Isso, meus amigos, assemelha-se à moral jesuíta - o fim justifica os meios. Deus não apóia isso!!! Qualquer pessoa descarada o suficiente para insistir que a doutrina bíblica da separação está "fora de moda" e "não funciona mais" [talvez não sejam as citações exatas, mas bem próximas do sentido desejado pelo porta-voz neo-evangélico Harold Ockenga, em 1957] é um herético e após duas ou três admoestações deve ser rejeitado [Tito 3:10]. Vejamos o verso inteiro:
"Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o."

Billy Graham e outros neo-evangélicos foram admoestados tantas vezes pelos pastores fundamentalistas conservadores, que os números sem dúvida chegam aos milhares! Todavia, eles se mantêm irredutíveis e se recusam a abandonar a estratégia original e a declaração de propósito, tentando cegamente fazer a obra de Deus da maneira do homem. Que Deus tenha misericórdia deles! Esperamos que com esta explicação do afastamento doutrinário deles, muitos mais percebam porque continuamos a apontar o erro deles, a despeito de incorrer na ira daqueles desinformados que pensam em colocá-los em pedestais de santidade. Não é uma questão do que pensamos, mas do que Deus diz em sua Palavra!

Se você dirigir o carro para uma quadrilha que assaltou um banco, é considerado tão culpado quanto aqueles que entraram no banco e perpetraram o assalto? Certamente que sim! A lei descreve isso como cumplicidade, um participante no crime. E, existem muitas aplicações jurídicas desse princípio. Existem também muitas aplicações na área da separação. Se voltarmos à nota de rodapé na Bíblia de Scofield, vemos que ela menciona contemporização e cumplicidade com o mal. O que isso está nos dizendo? Basicamente, indica que não precisamos ser aquele que está envolvido em um pecado específico para estarmos errados - simplesmente contemporizar ou estar em cumplicidade já é pecaminoso. Isso é grave e precisa ser encarado com seriedade, pessoal. Deus nos considera responsáveis por nossas ações e, quando conscientemente flertamos com a multidão errada, somos tão culpados quanto ela. Isso tem grandes implicações e deve deixar muitos pastores nervosos no que se refere à prática doutrinária. Por exemplo, se um pastor sai por uma tangente doutrinária, como o neo-evangelicalismo e não é questionado pelos diáconos, então eles são tão culpados por não praticarem a separação quanto o pastor! Se a doutrina continua sendo desconsiderada e o pastor foi questionado da maneira bíblica correta pelos membros da congregação, então eles têm três escolhas: (1) Pedir a renúncia do pastor, ou (2) Caladamente deixar a igreja, ou (3) Não fazer nada e ser cúmplices da doutrina errada. Esse pecado é o equivalente moral da AIDS e milhares de pastores já estão infectados ou apresentam resultado positivo no teste do vírus. São os resultados das "novas medidas para uma nova teologia" de Charles Finney - o fruto amargo de uma decisão deliberada e aberta de tentar fazer um melhor trabalho de evangelismo que Deus! O orgulho pecaminoso está no centro da matéria - um desejo intenso por resultados e de receber a aprovação dos homens - a velha mentalidade "minha igreja é maior do que a sua". E, a mentalidade é insidiosa e afeta os homens de maneiras estranhas - homens que negariam com veemência tê-la, mas que assim mesmo adotam atitudes de grandeza no que se refere aos números. Por exemplo, um certo pastor (que não será citado para proteger os símplices) pontifica em seu livro que existem pastores demais e que a maioria de nós deveria renunciar para que nossos rebanhos sejam adequadamente pastoreados por líderes comprovados, como ele e alguns outros pastores das megaigrejas. E, essa gema vem logo após ele ter condenado os pastores que se orgulham dos números. Sem brincadeira! Ele dedica páginas e páginas defendendo e exaltando seu ego e eu quase queimei o livro de tanta raiva que senti, mas depois decidi conservá-lo como um constante lembrete do que o orgulho pode fazer com a mente humana.

Em seguida vem a separação dos irmãos desordeiros e aqui saímos da frigideira para cair no fogo. Raras questões causam mais dissensão entre os pastores do que essa. "Ah, nunca devemos em nenhuma circunstância nos afastar da comunhão com um irmão ou irmã em Cristo", é a expressão imediata em certos círculos quando o assunto é mencionado. Assim, para aqueles que mantêm essa noção sem base bíblica, preparem-se para um nocaute, pois a Bíblia ensina claramente esse princípio. O que dizem as Escrituras?

2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15 não poderiam ser mais claros:
verso 6 - "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão, que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu."

verso 11 - "Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs."

versos 14-15 - "Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."


Essas palavras contundentes do apóstolo Paulo foram necessárias porque alguns crentes em Tessalônica estavam com a falsa idéia que o arrebatamento ocorreria em um futuro próximo. Muitos deles venderam suas propriedades, abandonaram seus empregos e ficavam ociosos, esperando o retorno do Senhor. Enquanto aguardavam, alguns recusavam-se a trabalhar pela comida que recebiam, enquanto outros ficavam se metendo na vida alheia. Assim, Paulo lhes deu (ou nos deu) essas instruções sobre o que precisavam fazer para corrigir tal comportamento. Observe que Paulo usa o advérbio "desordenadamente" - derivado de uma expressão militar que significa "marchar em outro ritmo", fora de sintonia com os demais. Aquelas pessoas estavam caminhando fora da linha, com um ritmo errado, e recusando-se a ouvir e a raciocinar, de modo que algo teve de ser feito para chamar a atenção deles. A cura era uma boa dose de separação! Paulo disse para afastar-se deles mas sem cortar a comunhão. O resultado pretendido seria envergonhá-los e despertar neles o desejo de se acertarem com todos na igreja. Não sei sobre você, mas se outros crentes viessem até mim e me dissessem que estou fora da linha e, por causa da minha obstinação, será necessário para eles afastarem-se da comunhão comigo - eu ficaria muito triste. Minha velha natureza pecaminosa não gostaria nem um pouco e sem dúvida tentaria da melhor forma racionalizar meu comportamento e fazer desculpas, mas em algum momento eu seria forçado a admitir minha falha e a pedir o perdão dos irmãos. Como disse o poeta escocês Robert Burns em um de seus poemas, "Ah, se tivéssemos o poder de nos ver como os outros nos vêem!" Se pudéssemos, não gostaríamos tanto de nós mesmos. Algumas vezes, algumas medidas drásticas são necessárias.

Entretanto, alguns adversários desse tipo de separação insistem com veemência que esse ensino aplica-se somente ao caso específico dos irmãos desordenados em Tessalônica, quase 2.000 anos atrás! Acho isso absolutamente ridículo, pois se fôssemos adotar esse método de exegese, grande parte da Bíblia deixaria de ter relevância para nós. Não, o princípio é claro e a razão é doutrinariamente sólida. Pecado é pecado, independente do lugar em que for encontrado e precisamos nos separar dele tão cedo quanto possível. Deus sabe que o pecado é altamente contagioso e, quando cometemos o erro de tolerá-lo, cedo ou tarde ele se gruda em nós. Uso freqüentemente a simples ilustração do mineiro que veste uma camisa branca! Se você trabalhar com um amontoado de carvão, vai ficar todo sujo e manter a camisa branca limpa será altamente improvável. Nossa caminhada neste mundo é muito similar, e precisamos usar todos os métodos que Deus nos deu para nos manter tão limpos quanto possível. Os irmãos que deliberadamente querem desobedecer não devem ser tolerados! É simples assim. Se você não consegue arrazoar com eles, afaste-se, pois a tolerância ao pecado deles é cumplicidade. Lembra-se do motorista do carro da quadrilha no assalto ao banco? Se você virar o rosto quando seu pastor, ou qualquer outro irmão, desviar-se do caminho correto em que deve andar, é culpado também. Se tivermos a coragem de defender o que é certo e agirmos de acordo com o procedimento correto prescrito na Bíblia, isto é, admoestarmos duas ou três vezes, poderemos ajudar a livrar alguém da servidão a Satanás. É trágico que esse passo muito prático seja tão negligenciado e tão malcompreendido, mas o brado irracional contínuo pela "unidade cristã" na verdade obscureceu a Palavra de Deus. Meus amigos, a doutrina nunca deve ser sacrificada em prol da unidade. E, não é necessário muita imaginação para ver que os números têm uma parte significativa na insistência pela unidade a todo o custo. A obediência a Deus é mais importante, mesmo que signifique termos um "reavivamento pela porta dos fundos" e perdermos a maioria dos membros. A experiência prova que aqueles que se afastam dessas coisas raramente fazem parte do "grupo que participa da Reunião de Oração" - os poucos fiéis - a literal espinha dorsal da maioria das igrejas. Como óleo e água, o joio e uma aplicação sólida e consistente da doutrina não se misturam.

A mentalidade "ganhá-los a todo o custo" não tem base nas Escrituras. A salvação de Deus foi assegurada antes da fundação do mundo [Efésios 1:4]. Ao contrário das exortações emocionais feitas por muitos pastores, nenhuma alma irá para o inferno por causa da falha de algum dos santos de Deus em testemunhar. A salvação é realmente do Senhor e ele ficará satisfeito com o resultado final, de acordo com Isaías 53:11-12:

"Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si os pecados de muitos, e intercede pelos transgressores."


Ao contrário da opinião popular, Jesus Cristo não morreu pelos pecados de todo o mundo - somente dos eleitos. Observe nos versos acima que ele levou as iniqüidades deles - falando dos muitos (não todos) a quem justificou. Além disso, esse pensamento é reiterado no verso 12, em que observamos que ele levou os pecados de muitos (novamente, não todos, como é a crença comum hoje). Se Cristo morreu pelos pecados de todos os indivíduos - pergunte a si mesmo como ele poderia ficar satisfeito com o fruto do seu trabalho, quando sabe que a vasta maioria passará a eternidade no Inferno? Resignado deveria ser um termo mais apropriado, se isso fosse verdadeiro! Essa é uma má aplicação das Escrituras e é fundamental na teologia de Finney, que ensina que todos os homens tiveram seus pecados pagos e tudo o que precisam fazer é aceitar a Cristo como Salvador para irem ao céu ao morrer. Essas "novas medidas" do evangelismo não foram concebidas para combinar bem com as antigas doutrinas da Eleição e da Predestinação - tão claramente ensinadas na Palavra de Deus - mas foram feitas se encaixar com uma nova teologia que supostamente poderia "trazer reavivamento quando desejado" [citando suas próprias palavras]. Os números são, obviamente, sua principal motivação, e aproximadamente 150 anos depois, seus métodos foram afiados para atingir a perfeição psicológica. Como resultado, os pastores fazem esforços ridículos para tentar superar uns aos outros e ver quem constrói a maior igreja na cidade. "Venham, aqui todos são bem-vindos. Responda ao apelo, faça sua profissão de fé, seja batizado, torne-se membro, comece a consagrar seu dízimo - o céu é a próxima parada!" No entanto, 150 anos atrás, uma pessoa precisaria caminhar no caminho estreito por um certo tempo até ser aceita como membro de uma igreja. Algumas evidências de o Espírito Santo estar habitando naquela pessoa precisariam ser observadas como prova de genuína regeneração, até que ela fosse recebida como membro do corpo de Cristo. A separação era praticada, e por uma boa razão - eles estavam fazendo o melhor que podiam para evitar a presença de joio no meio do trigo. Hoje, a regra de ouro é "Quanto mais, melhor" e o objetivo é criar megaigrejas.

O neo-evangelicalismo tornou-se inevitável uma vez que as barreiras foram rebaixadas e todo homem, mulher e criança na Terra passou a ser considerado como alvo para a persuasão. A separação, como doutrina, foi rejeitada porque não contribui para inchar os números. "Jesus Cristo morreu pelos seus pecados e todos eles já foram pagos na cruz. Tudo o que você precisa fazer é aceitar a Cristo como seu Salvador para ser eternamente salvo." Isso soa maravilhoso e, como mencionei diversas vezes, ensinei, cri e preguei sobre isso durante muitos anos - mas é uma total bobagem e ainda estou admirado pelo fato de não ter visto isso antes! "A fabricação de Finney" é absolutamente impossível de acordo com a Bíblia, pois os homens mortos espiritualmente [Efésios 2:1], que são escravos de Satanás [Efésios 2:2], e que não podem compreender o que se discerne espiritualmente [1 Coríntios 2:14], se deixados por sua própria conta não buscam a Deus [Romanos 3:11] - não têm a capacidade de aceitar ninguém. Estão mortos espiritualmente! Até que Deus restaure a viva espiritual deles, são incapazes da crer realmente, e qualquer aceitação de parte deles não é nada mais que uma fútil tentativa de escapar do fogo. Um número incontável de pessoas em todo o mundo continua a ser persuadido por meio da pressão psicológica a "aceitar" a Jesus Cristo e é levado a um falso senso de segurança. No entanto, o resultado verdadeiramente trágico disso tudo é o que está provocando em nossas igrejas. A doutrina da separação raramente é ensinada ou praticada, e está havendo uma invasão de hordas de joio não-convertido - suas naturezas carnais estão arruinando qualquer rastro de espiritualidade e suas atitudes e seu estilo de vida mundano logo tornam-se a norma para as congregações. Eles literalmente não podem compreender o conteúdo espiritual da Palavra de Deus e insistem em serem alimentados com sermões sobre o tema "sinta-se bem consigo mesmo", que os ajudem a aliviar as dificuldades da vida diária. O estudo bíblico sério degenera rapidamente para análises de livros e discussões sobre temas ambientais. As preocupações sociais tornam-se mais importantes que as questões espirituais. Isso tudo parece familiar a você? Deve parecer, porque em geral, as igrejas estão repletas disso. Entretanto, enquanto a igreja estiver experimentando "crescimento", o pastor achará que está tudo bem, pois sua aposentadoria está garantida.

"Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."
Se você participa de uma igreja que está nessa situação, receba nossos pêsames - mas há algo que pode fazer! Você vai continuar sendo cúmplice com a má doutrina e com as más práticas, ou praticará a doutrina bíblica da separação? A escolha é sua.

Se Deus permitir, voltaremos ao assunto.


Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução: Jeremias R D P dos Santos
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br





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