O Ecumenismo pode parecer um
acontecimento de outra parte do mundo e com o qual ninguém, no Brasil,
deve preocupar-se. Algo com tal nome não deve referir-se ao brasileiro, é
um pensamento de muitos. Mas a verdade é que ecumenismo é uma realidade no
país, há um bom tempo, e está crescendo a cada dia e influenciando as
igrejas. Convém saber o que é esse ensinamento e como nos defender dele.
Podemos, primeiramente, entender uma crença
se olharmos o que significa a palavra que é usada para descrever tal
crença. Se entendemos bem o significado da palavra, podemos formar uma
melhor opinião diante dela. Em português, no Dicionário Aurélio Eletrônico
a palavra "Ecumenismo" vem da palavra ecúmeno do
grego ‘oikoumêne’, que significa 'habitada (a Terra)', com mudança de
gênero. Essa base da palavra significa: 1. A área habitável ou habitada da
Terra. 2. O universal, o geral. Dessa primeira palavra se originou a
palavra ‘ecumenismo’. A definição da palavra ‘Ecumenismo’ é: 1. Nos
primórdios do cristianismo, todos os povos a quem se deveria dirigir a
pregação do Evangelho. 2. Religião; Movimento surgido nas igrejas
protestantes e, posteriormente na Igreja Católica, originado da crença de
terem uma identidade substancial a doutrina e a mensagem de Cristo. A
pessoa que pratica o ecumenismo é um ecumênico. Um ecumênico, pelo
dicionário, é: 1. Relativo a toda a Terra habitada; universal. 2. Relativo
ao ecumenismo. 3. Diz-se do crente que manifesta disposição à
convivência e diálogo com outras confissões religiosas (Dicionário
Aurélio Eletrônico, itálicos são meus).
Examinando o significado da palavra
‘ecumenismo’, em primeira instância, ela parece inócua ou inofensiva. A
palavra original significa somente universo e, nos primórdios dos tempos,
foi usada apenas para relatar a todos os povos a que se deveria dirigir a
pregação do Evangelho. Se ecumenismo refere-se a quem devemos pregar a
Palavra de Deus, temos simpatia por ele. Devemos pregar o Evangelho a toda
a criatura (Mar 16:15). Se um ecumênico é apenas uma pessoa que é
habitante de um lugar do mundo, eu sou e você é um ecumênico.
Mas, se a palavra ‘ecumenismo’ é
entendida religiosamente como sendo uma identificação doutrinária igual
para todas as igrejas, nenhum batista verdadeiro quer ser identificado com
essa posição. Se um ecumênico é uma pessoa disposta à convivência e
diálogo com outras confissões religiosas, como é que um batista verdadeiro
pode ser um ecumênico? Na verdade, todas as outras igrejas têm tanto
direito constitucional de existir quanto a nossa, mas relações íntimas
(pois a palavra ‘convivência’ significa: 1. Ato ou efeito de conviver;
relações íntimas; familiaridade, convívio. 2. Trato diário,
Dicionário Aurélio Eletrônico) são impossíveis. Se a palavra ‘dialogar’
significa ‘travar ou manter entendimento’ (Dicionário Aurélio Eletrônico),
os batistas verdadeiros, em relação à doutrina, não têm boa razão para
manter entendimento com os que não obedecem a verdade. Podemos pregar aos
que não concordam conosco e ensiná-los, mas sentar junto e dar a aparência
que nossa igreja tem muito em comum com a doutrina de igrejas de outra fé
seria um ato gritante de hipocrisia.
Existem vários aspectos de ecumenismo. Existe
o aspecto MODERNÍSTICO. Esse aspecto é representado pelos níveis
diferentes da sociedade. O Conselho Mundial das Igrejas representa os
interesses de ecumenismo a nível global. Há organizações nacionais e, no
nível local, a classe clerical é representada pelas associações. Existe o
aspecto EVANGÉLICO. Esse aspecto é visto nas organizações
interdenominais que operam como representantes das igrejas, no trabalho de
atingir o mundo com o Evangelho. Alguns exemplos desse aspecto seriam a
Cruzada Cristã nos Campus, Jovens com uma Missão, e outras. Também existe
o aspecto CARISMÁTICO/ RENOVADO/ PENTECOSTAL. Esse aspecto focaliza
mais as experiências que a doutrina para interpretar a verdade e tem como
alvo unir todas as fés e movimentos religiosos em uma prática única (D. W.
Cloud, Enciclopédia Way of Life, Ecumenical Movement, com adição pelo
autor das palavras ‘renovação/pentecostal’ - realidade brasileira).
Em vez de darmos as mãos com os de outra fé,
devemos redargüir, repreender e exortar com toda longanimidade de doutrina
(II Tim 4:2). Devemos apoiar e defender a sã doutrina (II Tim 4:3), em vez de
desviar os ouvidos da verdade em prol da unidade de outra fé. Temos a
responsabilidade de batalhar pela fé, que uma vez foi dada aos santos
(Judas 3), em vez de rejeita-la e à boa consciência. A rejeição da fé e de
uma boa consciência seria necessário para ter relações íntimas com os de
outra fé. Rejeitar a fé seria faze-la naufragar (I Tim 1:19), em vez de
adorná-la.
Os batistas não estão procurando uma briga.
Não querem infamar ou parecer contenciosos (Tito 3:2), mas apenas querem
ser ousados para falar claramente sobre o Evangelho de Deus com pureza de
doutrina, mesmo em grande combate (I Tess 2:2).
Ter poder com Deus não é por
minimizar a doutrina verdadeira ou por não repreender, com toda a
longanimidade, os que pregam um
outro evangelho . Para ser poderoso com Deus é
necessário reter firme a fiel Palavra, que é conforme a doutrina tanto em
crença (internamente) quanto em prática (exteriormente) (Tito 1:9).
Os ecumênicos dão muito valor às diferenças que existem entre as igrejas. Acham válidas as maiores diferenças de fé e prática entre elas. Acham que as diferenças das doutrinas são tão aceitáveis quanto o número variado de sabores numa sorveteria. Pensam que as diferenças são uma intenção de Deus de prover variedade no "corpo de Cristo" (citação do Pastor Ted Haggard na Charisma Magazine (Revista de Carisma) - Baskin-Robbins Christianity por Cloud, D.W.). É difícil achar, entre os ecumênicos, aqueles que tomam a Bíblia como a única e suficiente regra de fé e ordem. Muitos deles colocam tradição, cerimônia, comentários, visões, sonhos, experiências ou circunstâncias ao mesmo nível da Palavra de Deus. Quando dizem que crêem em Cristo como o único Salvador, o dizem com várias reservas. Adicionam experiências religiosas, como complementos, sacrifícios financeiros, obras físicas ou religiosas, a um nível igual ao da obra redentora de Cristo. Participar dos cultos de quaisquer dessas igrejas, mesmo que pareçam dar crédito à verdade de salvação somente por Jesus, seria o mesmo que visitar uma sorveteria e provar as suas delícias sabendo que há veneno em proporções perigosas nos sabores atrativos. Como pode conviver o erro com a verdade (II Cor 6:14-18; Amós 3:3, "Andarão dois juntos, se não estivessem de acordo?")? A Bíblia diz que a pessoa que prevarica (falhar com o dever) não tem a Deus e diante desses, os que mantêm firme a doutrina não devem recebê-los em casa e nem saudá-los (II João 9,10).
Também, mesmo aceitando as diferenças que
existem entre as igrejas, os ecumênicos acham saudável remover as
doutrinas que causam as diferenças maiores que existem entre as
crenças e apóiam a idéia de que ninguém deve pensar mal de alguém que
promove uma doutrina ou prática diferente da que Cristo ou os
apóstolos praticaram (Ted Haggard - Baskin-Robbins Christianity). Acham
que a união e a paz nos erros são um melhor testemunho diante do mundo que
manter firme as doutrinas que uma vez foi dada aos santos (Judas 1:3), uma
prática que provoca as diferenças. Mas é justamente a firmeza na crença e
na prática da doutrina que identifica uma igreja verdadeira. Não há como
saber quem de bom grado recebeu a Palavra de Deus, senão através das suas
práticas com a doutrina dos apóstolos (Atos 2:40-42; Mat. 7:15-20). O
propósito, pelo qual o apóstolo Paulo deixou Timóteo em Éfeso, não era o
de aconselhar afrouxamento nas doutrinas e desfazer as diferenças que
existiam entre elas. Era "para advertires a alguns, que não
ensinem outra doutrina" (I Tim 1:3; II Tim 3:1-5; II Tess 3:6). Não é
conselho Bíblico dar as mãos com os que aprenderam de modo diferente dos
apóstolos, mas sim notá-los e desviar-nos deles (Rom 16:17; Tito
3:8-11). O ministrante da Verdade ensinará com firmeza tudo o que Cristo
mandou, e essa prática, ao contrário dos desígnios dos ecumênicos de tirar
as diferenças, fará com que os que os ouvem não sejam levados em
roda por todo vento de doutrina (Efés 4:11-14). Cristo e os
apóstolos não tinham receio de dizer a verdade aos que não praticavam como
eles (Mat. 23:27-33; Gal 1:8). É pelas verdades distintivas de
Cristo que o cristão será edificado em amor (Efés 4:16), e não pelo
erro. A unidade, que Cristo pediu ao Pai para que os seus
conhecessem (João 17:21), não era uma união religiosa sem identificação,
mas aquela santificação que resulta da submissão à prática da Palavra de
Deus (João 17:6, 14, 17-19,22). A igreja não é um ‘playground’ de diversas
verdades, alegremente dançando com as mãos dadas, mas é a coluna e firmeza
da verdade (I Tim 3:15). Desfazer a verdade em prol da unidade é derrubar
a proteção que leva à pureza que Deus tanto deseja entre os seus (II Cor
11:1-4; Efés 5:11; Col 2:8).
Os ecumênicos pensam que a igreja local
tem um papel inferior à massa do cristianismo. Pensam que a identidade
universal e a participação com os órgãos religiosos internacionais,
nacionais e da comunidade é melhor que a lealdade à igreja onde alguém é
membro (Cloud, Way of Life Encyclopedia - Ecumenical Movement). O
pensamento dos ecumênicos diz: quanto maior a participação com grupos
religiosos, mais madura a sua espiritualidade. A verdade é que a igreja
local é a única organização feita por Cristo durante o Seu
ministério terreno; somente ela tem a Sua autoridade de fazer a Sua obra
no mundo (Mat. 16:18-20). A igreja que Cristo organizou é "a plenitude
daquele que cumpre tudo em todos" (Efés 1:23). Se ela tem "a plenitude",
então, não necessita de organizações humanas e religiosas para melhorar o
seu desempenho no mundo. É no contexto da igreja local que um deve ter
união com a outro e não no contexto de uma organização religiosa criada
pelos bem intencionados (Rom 12:16; 15:5-6; I Cor 1:10; 12:25-27; II Cor
13:11; Fil. 1:27).
Os ecumênicos priorizam obras sociais e
políticas como se fossem uma grande parte da comissão de Cristo para a
sua igreja. Parece que precisam humanizar a mensagem de Cristo para que o
homem dê crédito à Palavra de Deus, como se um cuidado emocional ou social
faltasse por parte da comissão divina. Pela ênfase na parte social da
mensagem de Cristo parece que eles pensam que há possibilidade de melhorar
a obra divina com obras humanas. Ao mesmo tempo que ninguém quer ignorar
as necessidades sociais e políticas do mundo, nunca alguém deve ser
conduzido a substituir o melhor pelo que é meramente bom. Diminuir os
esforços de cumprir a missão dada por Cristo à igreja (Mat. 28:18-20;
Marcos 16:15; Lucas 224:47; João 20:21; Atos 1:8), para incluir nela obras
sociais ou políticas, seria trocar o melhor pelo bom. Arroz e feijão são
necessários para viver, mas a salvação é necessária para a vida eterna.
Boa escolaridade é necessária para um país progredir, mas o conhecimento
de Cristo conduz ao País Celestial. Boas maneiras são convenientes para se
ter paz no mundo, mas o fruto do Espírito traz paz com Deus. Obras sociais
podem colocar roupa nova no homem, mas o Evangelho coloca um homem novo
nas roupas.
Os discípulos conviveram com doenças sociais,
reis injustos e separações das classes sociais, mas na Palavra de Deus não
há nenhum caso dos discípulos substituindo a responsabilidade de pregar e
ministrar a Palavra de Deus para resolver tais doenças sociais. Os
milagres que foram praticados não foram para amparar o aflito, mas para
verificar que a mensagem pregada veio de Deus. O Espírito Santo testifica,
hoje, de Cristo e as Escrituras Sagradas verificam se a nossa mensagem
pregada é de Deus ou não. A Bíblia lembra os pobres no mundo e instrui
misericórdia para com eles, mas não era a missão da igreja. Era
participação pessoal, de um a um (Gal 2:10). A pregação do Evangelho aos
perdidos e a instrução dos crentes sobre tudo o que Cristo ensinou é a
incumbência exclusiva da igreja e entendemos pelo Novo Testamento que os
discípulos se dedicaram somente à essa missão em caráter de mensageiros da
mesma. A religião pura é o amparo às viúvas e aos órfãos, mas é mais no
contexto espiritual que material. A ajuda material vista no Novo
Testamento era para os membros da igreja (Tiago 2:15, "irmão ou irmã";
Rom. 15:26, "dentro os santos"). A santidade traz mudanças sociais, mas a
santidade não vem pela pregação de um Evangelho ‘social’. Vem pela
pregação de Cristo. Se diminuímos ou aumentamos além do que Cristo pregou,
paramos de cumprir o nosso propósito bíblico.
Os ecumênicos promovem idéias não bíblicas
sobre as mulheres. Os ecumênicos geralmente não entendem as posições
distintas que a Bíblia ensina entre os homens e as mulheres. "Direitos
iguais" são clamados na igreja e fora dela. Os ecumênicos interpretam os
casos em que a Bíblia fala dessas posições distintas como são para àquela
época e que, hoje, há liberdade para todos. É verdade que as épocas da
Bíblia foram diferentes. Mas devemos saber que as verdades ensinadas pela
inspiração do Espírito Santo para corrigir os problemas naquela época são
úteis para que não repitamos os mesmos erros que foram feitos naquelas
épocas (Rom 15:4; I Cor 10:11, "estão escritas para aviso nosso"). A
igreja em Corinto tinha o erro das mulheres falarem na igreja. Por isso,
temos a verdade necessária para corrigir o problema. Foi escrita para
sermos sábios e para não cairmos no mesmo erro. A Bíblia ensina posições
diferentes entre os homens e as mulheres (Gên. 2:18; I Tim 2:9-14; I Cor
14:34-35; Tito 2:3-5). Em Isaías 3:12, a liderança pelas mulheres não foi
um ponto positivo.
Para poder agradar uma grande concentração de
crenças e práticas, os ecumênicos toleram baixos níveis de moralidade e
de doutrina. Nos lares, nas reuniões e nas confraternizações dos
ecumênicos é comum achar o fumo, bebida, álcool, palavrões, roupa
indecente, homossexualidade, etc., sendo praticados por eles. Há um clamor
para "liberdade" ao ponto de chamar de "legalistas" os que têm moral ou
entendimentos mais conservadores. Existe liberdade na esfera cristã, mas
não é para ser usada para malícia (I Ped 2:16). Somos libertos das regras
da lei e também somos libertos para a santidade, não para a impiedade (I
Ped 2:9-12). Deus é santo e deseja que os Seus O agradem se purificando
pela Sua Palavra, assim como Ele é puro (I João 3:1-3). Não existe a
possibilidade de servir dois senhores, apesar do que os religiosos dizem
(Mat. 6:24; 12:30). Os verdadeiros são da luz e devem andar na luz (I João
1:7). Como podem dois andar juntos se não estiverem de acordo (Amós 3:3).
Como podem existir juntos a luz e as trevas, carnalidade e a
espiritualidade (II Cor 6:14-18)? O ensinamento correto de que "qualquer
que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade" (II Tim 2:19) ainda
é para os dias de hoje.
Um exemplo local dessa falta de
nível de moralidade é exemplificada por uma propaganda que foi incluída no
jornal local de Catanduva, São Paulo O JORNAL, Sexta-feira, 18 de
Setembro de 1.998.
Gospel Night Club
"Inaugura hoje à noite em Rio Preto, a Gospel Night Club, uma boate direcionada aos evangélicos e não-evangélicos que queiram se divertir e gostem de cantar ou dançar. Não será servido bebida alcoólica e cigarros, somente coquetéis sem álcool, sucos, refrigerantes e porções. Gospel Night Club conta com um sistema de iluminação apropriado, o som, apenas música "gospel". Haverá a também Karaokê. É a primeira casa noturna no Brasil dirigida aos evangélicos e àqueles que gostam de uma diversão sadia. Gospel Night Club fica na Av. Murchid Homsi, 1155. Confira!"
A pregação dos ecumênicos imana
tolerância através de uma pregação demasiadamente positiva. É comum
que os seus cultos prestigiem o valor pessoal dos que os ouvem. Pregar que
o homem é ímpio aos olhos de Deus (Sal 14:2-4; Hab 1:13), corrupto em
pecado (Isa 1:6; Rom. 3:10-18), inimigo de Deus (Rom. 8:6-8) e incapaz de
entender as coisas espirituais (I Cor 2:14) é, para muitos ecumênicos,
antiético. Em vez de pregar certas verdades da Bíblia, a opção deles é de
atrair o povo com uma mensagem positiva. Raciocinam dizendo: "Não é
proveitoso ofender os ouvintes pela Palavra de Deus. Ofendendo-os com a
verdade plena, os impedimos de prestar atenção à mensagem de Jesus." Crêem
que os sorrisos abertos, os abraços calorosos e aquela aceitação universal
são mais eficazes que uma mensagem que inclui a ira de Deus e a condenação
justa ao inferno dos pecadores não arrependidos. Mesmo que tenhamos amor
pelos pecadores e nunca queiramos ofendê-los, devemos entender que somente
os doentes necessitam de médico. Cristo não veio "chamar os justos, mas
sim, os pecadores, ao arrependimento" (Mar 2:17). O evangelho que prega a
vida santa e sofredora de Cristo, a Sua angústia e o sofrimento pelo
pecado no lugar do pecador junto com a Sua vitória gloriosa sobre a morte
e sobre o Satanás não tem muito sentido para aquele pecador imundo que já
achou plena aceitação entre o povo de Deus e que tem livre acesso a todos
os direitos de uma vida eclesiástica saudável e sente-se bem com a
pregação positiva da Palavra de Deus. Por que deve o pecador preocupar-se
por seus pecados se o povo de Deus não está dando muita importância a
eles? A verdade é que o Espírito Santo opera primeiramente com o espírito
de escravidão (Rom. 8:15), mostrando a impureza da condição do pecador
(Isa 6:5; Sal 40:2), fazendo-o cansado e oprimido do seu pecado (Mat.
11:28), antes de ministrar o Espírito de adoção graciosa, purificação
completa, o descanso divino e a salvação eterna por Jesus. O erro dos
ecumênicos não é o de pregar um lado positivo da verdade, mas o de não
anunciar todo o conselho de Deus (Atos 20:27). Pela Bíblia, o apóstolo
Paulo, mesmo em espírito de amor, identificou pelo nome os que não conservaram a fé (I Tim 1:20; II
Tim 1:15; 2:17), os que resistiram à verdade (II Tim 3:8) e os que amaram
o mundo mais que a Cristo (II Tim 4:10, 14).
Cristo também deu ênfase para a regeneração sem ofender (João 3) e Ele se
mostrou Salvador dos pecadores (Luc 19:10; Mar 2:17). É importante
a pregação contra a concupiscência da carne, pois apenas ela produz a
corrupção (Rom. 8:21; I Cor 15:50; Gal 6:8; II Pedro 1:4). Temos uma
mensagem de luz para os que estão em trevas, salvação para os pecadores,
santificação para os ímpios, justificação para os condenados, vida para os
mortos e perdão para os arrependidos, mas não devemos esquecer que essas
bênçãos são somente para os que se vêem separados de Deus, rebeldes e
inimigos de Deus e condenados pelos seus pecados. Não seria justo com os
pecadores que nós pregássemos uma mensagem desequilibrada para o lado
positivo. Não devemos nunca deixar de anunciar todo o conselho de Deus
(Atos 20:27). A condição do pecador diante de Deus pede uma mensagem
correta, direita e clara.
Interpretem o negativismo como falta de amor fraternal. Amor, para o ecumênico, é liberalismo e generosidade moral para com qualquer pessoa que se diz crente. Mas Cristo ensinou claramente que os que O amam guardam os Seus mandamentos (João 14:15, 23; I João 5:3). O apóstolo Paulo desejou que o amor dos Filipenses crescesse, não em tolerância, mas "em ciência e em todo o conhecimento, para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus." (Fil. 1:9-11). Cristo, de nenhuma maneira, pecou quando reprimiu duramente os escribas e fariseus de Mateus 23:13-33 por terem somente uma aparência piedosa, quando verdadeiramente praticavam doutrinas contra a verdade. Os ecumênicos julgariam Cristo falho e menos que sábio. O apóstolo Paulo não foi reprimido por Deus por usar os nomes de Himeneu e Alexandre várias vezes como exemplos de não conservar a fé nem a boa consciência (I Tim 1:19,20). Aos Tessalonicenses, o apóstolo Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, entrega os irmãos ao Senhor esperando que os corações deles fossem encaminhados ao amor de Deus e à paciência de Cristo, mas mesmo assim ele alerta "que aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição" dos apóstolos (II Tess 3:5,6).
Aqueles que querem as bênçãos do Senhor nas suas vidas e ministérios não vão procurar a Sua maldição. Débora, pela presença do Espírito Santo, pronunciou uma maldição repetida a Meroz por essa cidade (Gill, comentário de Juízes 5:23) não vir "ao socorro do SENHOR, ao socorro do SENHOR com os valorosos" (Juízes 5:23) quando tinha oportunidade de vir e ajudar. Pode ser que os de Meroz acharam que a tolerância era melhor para a sua segurança naquela hora, mas depois foi a sua tolerância que trouxe a maldição (Veja também Jer 48:10). Pregar outro evangelho traz também maldição (Gal 1:8,9), pois a tolerância do erro é vista pelo Senhor como falta de amor (João 14:15, 21) que, verdadeiramente, no fim, traz maldição (I Cor 16:22).
"Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; Mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrita: Sede santos, porque Eu sou santo." I Ped 1:14-16
Não há como determinar exatamente
quando o Ecumenismo teve sua origem nos formatos de hoje. Como o termo
"Fundamentalismo", no ano 1919, foi usado pelos batistas para evitar uma
associação com o Modernismo ou Liberalismo que começou na Europa no século
XVIII, a palavra "Evangelicalismo" foi usada, em 1940, pelos Protestantes,
para evitar uma associação com os Católicos. Em 1948, o termo
"Neo-Evangelicalismo" foi criado por Harold Ockenga, pois o separatismo
dos erros de doutrina que os Evangélicos praticaram chegou a ser ofensivo
a ele. Junto com o termo "Neo-Evangelicalismo" veio a prática de um
evangelho social e o afrouxamento na postura de uma Bíblia inerrante. Com
o tempo, os "Neo-Evangélicos" cessaram qualquer espírito de negativismo a
ponto de não pregarem abertamente contra o pecado e nem identificarem
aqueles que pregavam heresia. Foi um movimento de tolerância (Cloud,
Fundamentalism, Modernism and New Evangelicalism). Essa insistência
de não separar do erro foi chamada o "Neutralismo Novo" por alguns, em vez
de "Neo-Evangelismo", (John Ashbrook, citado por D. W. Cloud, The Heart
of New Evangelicalism), porque ensina que a sua atitude deve ser
suave, cautelosa, tolerante, pragmática, flexível, inofensiva e, acima de
tudo, nunca dogmática (niilismo). O que se tem hoje entre os "Evangélicos"
é uma tolerância do erro que tem se degenerado até a imoralidade. O
"Neo-Evangelicalismo" é o ecumenismo de hoje. Pode-se ver que é uma
aceitação eclesiástica de todas essas idéias de Modernismo, Liberalismo,
Neo-Evangelicalismo como válidas e que Deus não faz aceitação de pessoas,
quando as intenções delas são honestas.
O Alvo do Ecumenismo.
O criador do termo "Neo-Evangelicalismo", Harold Ockenga, estipulou como o alvo do seu
movimento três áreas (Palestra dada na Associação de Evangelismo, 1942):
Essas três áreas se acham com plena
expressão no movimento do ecumenismo. Podemos entender que o ecumenismo,
como é visto hoje, é relativamente de origem recente. Mas devemos
lembrar-nos de que a instituição que Cristo organizou e estabeleceu sobre
Ele mesmo não foi faltosa. Qualquer doutrina ou prática alheia à ela é
espúria ou falsa. Os que se mantêm firmes na fé que uma vez foi dada aos
santos (Judas 3), não devem ter diálogo ou convivência eclesiástica com
esses que somente têm uma aparência de piedade (II Tim 3:1-5). O espírito
militante não é alheio à doutrina bíblica (I Tess 2:2; II Tim 4:2, 3;
Judas 3). Ter poder com Deus não é por diminuir a doutrina verdadeira para
não ser diferente de outro ou para ser aceito pelos outros de outras fés.
Para sermos poderosos é necessário reter firme a fiel palavra que é
conforme a doutrina (Tito 1:9).
Saiba que a verdade divide. A natureza
da verdade é única, exclusiva e eliminatória. A verdade proclama: "À lei e
ao testemunho! Se eles não falarem segundo essa palavra, é porque não há
luz neles." (Isa 8:20). A doutrina repreende, exorta, corrige e reprova
com o intuito de que haja perfeição e "boa" obediência (II Tim 3:16,17;
4:2,16). O ensinamento da Palavra de Deus pode dividir (Heb 4:12, "mais
penetrante que espada alguma de dois gumes"; Mat. 10:34). A
perseguição não é errada se vem por amor da verdade. "A qual dos profetas
não perseguiram vossos pais?" foi uma pergunta de Estêvão aos religiosos
do seu tempo (Atos 7:52). Podemos perguntar também: "A qual dos apóstolos
não perseguiram os religiosos desde o tempo de Cristo?", pois foram
afligidos por pregar a verdade. "A qual dos nossos antepassados não
precisavam perseverar perseguição?", podemos perguntar sobre a história
dos batistas. Se vivermos piedosamente, sofreremos perseguição (II Tim
3:12). Por quê? Por causa da natureza da verdade e a natureza das trevas.
Deus pergunta ao Seu povo: "Porventura andarão dois juntos, se não
estiverem de acordo?" (Amós 3:3). A resposta é clara, pois a verdade é
única, exclusiva e eliminatória. "Meus irmãos, não vos maravilheis, se o
mundo" e os que usam o manto do evangelho para encobrir o erro de
ecumenismo "vos odeia." (I João 3:13).
Conheça bem o seu Deus. Todo servo
sincero quer agradar Quem o chamou, separou e vocacionou. Para agradar ao
Senhor não é necessário grandes números, prédios maravilhosos, shows
encantadores, sorrisos espontâneos, emoções profundas ou um ignorante
desrespeito de normas, leis e doutrinas. Para agradar o Senhor é
necessário conhecer a natureza soberana de Deus que faz beneficência,
juízo e justiça na terra (Jer 9:23,24). Esse conhecimento somente é
conseguido pela firmeza no livro da lei de Deus, na boca e no coração.
Somente pela meditação sobre esse livro, dia e noite, é que podemos ter
cuidado de fazer tudo conforme nele está escrito (Josué 1:8; Sal 1:2; Dan.
11:32; II Tim 2:15; 3:16, 17).
Ame a verdade. A verdade é ministrada
pelo Espírito da verdade (João 14:17; 15:26; 16:13). Quem ama a verdade
tem um relacionamento especial com Deus. A verdade vencerá no fim, pois
Cristo é a verdade (João 14:6; Apoc 1:8) e somente os que são fiéis à
verdade vencerão com Ele (Apoc 17:14). É a verdade que testifica de Cristo
(João 16:13) e aperfeiçoa o homem de Deus (II Tim 3:17), à medida da
estatura completa de Cristo (Efés. 4:13). É pela verdade que o corpo é
edificado a ponto de que os irmãos não sejam mais como meninos
inconsistentes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano
dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efés. 4:11-16). Amar
a verdade quer dizer ter tanto amor por ela, que a prática é radicalmente
transformada. Não adianta nada falar da verdade e não praticá-la. Isso é o
que os ecumênicos fazem (Mat. 23). O homem que ama a verdade e a pratica
fará que tanto ele quanto o povo que o ouve sejam salvos de serem
envergonhados (I Tim 4:16). Todos que têm uma dieta consistente da verdade
pura serão fortes e farão proezas (Dan 11:32). Qualquer ação a menos de
obediência é uma persuasão que não vem dAquele que nos chamou (Gal 5:7,8).
Saia do erro. Não é uma graça ou
sabedoria intelectual procurar esconder, debaixo do alqueire, a luz que somos. A verdade é luz e é impossível escondê-la (Mat. 5:14-16). Os que
têm o entendimento bíblico serão como o Salmista que odiou "todo falso
caminho" (Sal 119:104,128). O amor pelo Senhor Jesus Cristo faz com que
deixemos "toda a impureza" (Efés. 5:1-6; I Tim 6:20). Os únicos que
prevaricam e não perseveram na doutrina de Cristo são os que não têm a
Deus (II João 9-11). Com tais não devemos nos identificar, manifestar
disposição à convivência e diálogo, todavia, a esses devemos repreender
(Rom. 16:17,1) e nos separar ao ponto de nem nos misturar (II Tess 3:6,
14), pois são soberbos e nada sabem (I Tim 6:3,4), apesar das suas
aparências boas e ares de amor pela Palavra de Deus.
Reprove os que estão no erro. Parte da
obra da palavra é de redargüir e repreender (Luc 17:3; II Tim 4:2). A
repreensão é uma manifestação de amor (Apoc 3:19). A repreensão não deve
partir da nossa emoção ou sentimento de superioridade, mas com autoridade
e doutrina, e isso, com toda a longanimidade (II Tim 4:2; Tito 2:15). A
repreensão pode fazer com que esses sejam sãos na fé (Tito 1:13), pode
criar um temor nos que ainda não experimentaram com ele (I Tim 5:20) e
estancar maior impiedade (I Cor 5:6,7; II Tim 2:15,16). Sempre gostamos de
ser aceitos pelos nossos semelhantes, mas não podemos servir a dois
senhores (Mat. 6:24; 12:30). O espírito militante não é alheio à doutrina
bíblica (I Tess 2:2; II Tim 4:2, 3; Judas 3).
Praticando essas defesas, seremos dignos de ser
identificados com nosso Salvador na Sua vitória (Apoc 17:14) e receber a
coroa de justiça que está guardada para todos que amarem a sua vinda (II
Tim 4:7,8).
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Missionário Calvin Gardner
Rua Santa Cruz das Palmeiras, 333 - Catanduva, São Paulo- 523-2675
Igreja
Batista , Catanduva, São Paulo: http://www.geocities.com/athens/olympus/1563
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.