"O fundamentalismo histórico mudou. O
historiador
do movimento, conseqüentemente, não deve agir de modo a ser
considerado culpado de
"presentismo" (ou seja, de projetar os valores, metas e métodos
do presente sobre o passado). Deve-se interpretar tal movimento à luz
de seu contexto religioso e cultural -- não dentro de preconceitos de
como se desejaria que houvesse sido. (David Beale, "The Pursuit
of Purity" p. 5)
"Nós não devemos ficar satisfeitos com as
definições criadas no passado porque cada idade teve seus
problemas particulares, e todas as grandes confissões e credos foram
escritos para enfrentar algum problema ou situação particular." (as
definições devem ser postas em dia, atualizadas, de encontro aos assuntos
correntea ou assuntos do dia.) (Martin Lloyd-Jones, "Evangelicalismo"
p. 31)
Antes de 1950 os termos "evangélico" e
"conservador" virtualmente eram sinônimo com o
fundamentalismo.
A. "O fundamentalismo é a obediência e a aceitação
incondicional das Escrituras." - D. Beale
B. "Um fundamentalista é alguém que se estende com amor e
compaixão pelas almas, alguém que crê e defende a Bíblia inteira
como a absoluta, inerrante e autoritativa Palavra de Deus, e
alguém que se afirma
dedicado à doutrina e à prática de santidade." - Beale
C. "O fundamentalismo é ortodoxia militante inflamada pelo fervor para ganhar almas." - Ian Paisley
D. "Um fundamentalista é um "Biblicista". - R. Jordan
1a. situação: FERVOR (para com Deus) - Fervor espiritual é
o sinal mais seguro da saúde espiritual. Este fervor militante
[ativo, sempre em luta com todas as suas forças] é
aplicado [inclusive] aos irmãos que não separam. A falta de separação
por parte deles os
faz cúmplices com a maldade e conseqüentemente são irmãos que
andam desordenadamente, dos quais o crente obediente deve se separar
(2 Tes. 3:6).
“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, que vos APARTEIS de todo o irmão que anda
desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu.”
(2Ts 3:6 ACF)
2a. situação: INDIFERENÇA (à militância) - Este é o primeiro
passo para o apostasia. Contender [lutar com todas as suas forças] pela fé
torna-se opcional ou de
pouca importância. Somente o crescimento [numérico] passa a ser aceito
como sendo
importante!
3a. situação: SILÊNCIO (em relação a homens perigosos e a seus
ensinos [isto é, em relação aos lobos em pele de cordeiro])
- Indicação que uma decisão errônea, privada e culminante foi feita para promover o "ministério"
[isto é, para promover a convenção, associação, comunhão, união,
liga, ou seja qual for o nome dado ao grupo] em vez de para praticar
a
militância.
[Hélio adiciona: Isto é i-do-la-tri-a! Somente a Deus é que
devemos lealdade incondicional! Não a devemos a nenhuma outra pessoa
ou grupo. Aliás, devemos publicamente denunciar e denodadamente
combater os erros mesmo dos mais próximos líderes e igrejas, como
Paulo a Pedro em Gál 2:11-16]
4a. situação: TOLERÂNCIA (do mal) - Orgulho e covardia
eliminam o espírito do fervor piedoso.
5a. situação: ACOMODAÇÃO (ao erro) - Sutis e perigosas mudanças naquilo
que se professa e se pratica.
6a. situação: COOPERAÇÃO (com o inimigo) - Claras
mudanças na prática, normalmente acompanhadas com o fato de se negar
que uma mudança tem acontecido.
7a. situação: CONTAMINAÇÃO (pela influência de inimigo) -
Mudanças no comportamento são abertamente admitidas, mas agora
justificadas com [falaciosos] argumentos.
8a. situação: RENDIÇÃO (ao inimigo) - Completa
identificação com o inimigo e com sua causa.
9a. situação: CONFRONTAÇÃO (contra os zelosos) - Agora o crente
individual ou a igreja que apostataram se encontram assentados na cadeira de escarnecedores -
A apostasia está completa.
10a. situação: JULGAMENTO (da parte de Deus) - O apóstata e
seu
ministério se transformam em uma maldição.
[O Neo-Evangelicalismo e o Neo-Fundamentalismo se caracterizam por:]
-- Ênfase no alvo em vez dos métodos Escriturais (["Os fins justificam os meios"].
-- Ênfase nas similaridades entre a cristandade e o mundo, em vez de nas diferenças.
-- Ênfase no unanimidade ao custo de pureza.
-- Ênfase em programas ao custo de princípios.
-- Ênfase no amor ao custo de doutrina.
-- Ênfase na instrução superior [títulos de Bacharel, Mestre, Doutor] mais do que na simples e pura fé na confiabilidade das Escrituras.
-- Ênfase no infiltração em vez de separação.
-- Ênfase na "liberdade" cristã em vez de pureza.
-- Ênfase na tolerância, à exclusão de arrependimento.
-- Ênfase na igreja universal em vez da igreja local.
1. A minoria fiel é muito pequeno (Somente uma
dezena de homens presentes à reunião antes a conferência em Buffalo, em
1920, retiraram-se da Convenção Batista do Norte. A junta da
união batista votou contra Spurgeon 95 a 5 votos, e a assembleia
geral votou 2000 a 7 para expulsá-lo)
2. A verdade é sacrificada freqüentemente sobre o
altar de um sentimental e falso clamor pela paz, pela unidade e pelo
ministério.
3. A sanidade de doutrina é, em si mesma, insuficiente para impedir o modernismo. (a
doutrina deve
constantemente ser aplicada e praticada. - Tiago 1:22-25)
“E sede cumpridores da palavra, e não somente
ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” (Tg 1:22 ACF)
4. O evangelismo é freqüentemente usado
para evitar os assuntos críticos e para silenciar a crítico
justa.
5. Alguns homens não podem opor-se a liberais "amáveis" e
"simpáticos". (Alguns homens têm mais amigos
do que princípios)
6. Alguns líderes fundamentalistas não foram
sábios. (W.B. Riley e sua falta de suficiente separação, T.T.
Shields e o desastre de Universidade do DeS Moines, J. Frank Norris disparando e matando um homem supostamente
em defesa própria)
7. Têm [demasiado] cuidado com [e atenção a] referências aos
comitês, comissões especiais, resoluções, etc. (Estas táticas
parlamentar foram usadas para atrasar e para destruir tentativas de
corrigir
problemas sérios)
8. Têm [demasiado] cuidado com [e atenção a] os homens que insistem
em ficar em cima do muro e não tomar posição, ou, nas palavras de J. Gresham Machen, o
"indiferentista". (Sempre é o mais perigoso, porque se disfarça com a
cara de um amigo, mas ao final vota com o inimigo)
9. Não é possível resgatar uma instituição
da apostasia. (A separação eclesiástica é o único remédio prescrito
pelas
Escrituras!)
10. Resista aos pequenos começos. (Este conselho foi
[posteriormente] dado por A.H. Strong, o qual viu o seminário [Rochester]
onde ele era
presidente cair no apostasia debaixo de sua presidência, a qual
careceu de militância [de espírito indomavelmente aguerrido])
11. Homens bons e que têm convicções com freqüência são
acusados de divisores, de faltos do amor, e de cheios de condenação
aos fracos que contemporizam.
12. O "fundamentalismo" é absorvido- por- contato- e- por-
prática mais do que
ensinado. Ao final das contas, é uma convicção profunda ativada pelo
denodo do Espírito Santo. Efésios 6:19-20
“E por mim; para que me seja dada, no abrir da
minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério
do evangelho, Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa
falar dele livremente, como me convém falar.” (Ef 6:19-20 BRP)
13. O desejo descontrolado por crescimento,
por influências e por aceitação, pode chegar a ser o maior inimigo do
fundamentalismo. Produz sempre um espírito pragmático ( o fim
justifica os meios).
1. Zombam de sua herança fundamentalista.
2. Otimismo para alcançar e ganhar aos
conservadores não religioso.
3. Pontos doutrinais
mais suaves e menos precisos, com ênfase na importância de amor
acima
da doutrina.
4. Disposição para usar os métodos do mundo a fim de atrair os não
salvos.
5. Falta dos padrões de separação pessoal.
6. Afeição para as teorias científicas
contemporâneas.
7. Disposição para aceitar pontos da vista e/ou
práticas carismáticas.
8. Tolerância para com as diferentes posições escatológicas.
9. Reação contra o dispensacionalismo da Bíblia de Scofield [Hélio
adiciona: Cuidado, o dispensacionalismo de Scofield é correto, mas
ele advoga o corrompido Texto Crítico].
10. Deslumbramento e encantamento com a erudição e o intelectualismo
contemporâneos.
11. Suavidade em relação a doutrinas não preservacionistas quanto à
Bíblia, e não conservadoras quanto à mesma Bíblia.
12. Ênfase na preocupação por questões sociais.
13. Desejo da cooperação com os não evangélicos em questões religiosas.
Estou de acordo com o fato de que no começo, quando
se começou a usar o termo "fundamentalistas", ele era
usado principalmente para descrever aqueles que se firmavam sobre os
fundamentos da fé. Mas é necessário reconhecer que os tempos mudaram. Há muitos
batistas e alguns outros que crêem nos fundamentos da fé, mas
que se opõem a ser chamados de "fundamentalistas".
Rejeitam esse termo porque nos etiquetam como "muito negativos",
"crêem que são os únicos", "crêem que tudo é
pecado", etc. Nas
épocas modernas o termo começou a significar mais do que simplesmente
crer e pregar [todos] os fundamentos da fé. Isto eu digo pelos que
crêem nos fundamentos da fé mas repudiam a designação
fundamentalista, e também por observar aos que o aceitam e
abertamente se autodenominam como fundamentalistas. Hoje em dia
muitos dos que crêem nos fundamentos da fé mas rejeitam a etiqueta
fundamentalista se autodenominam de "conservadores" ou de algo
semelhante.
Durante minha vida é provável que eu visitei
perto de 200 igrejas. A grande maioria delas era constituída de
igrejas batistas
fundamentalistas. Baseado em minhas observações, eu fiz a seguinte lista
para descrever as coisas mais salientes que eu vejo que distinguem
de modo genérico aos que se autodenominam de fundamentalistas, além
da firme crença deles nos fundamentos da fé. Esta lista é minha observação pessoal; Eu
admito que é desorganizada, e certamente não está completa.
-- Ênfase na importância da igreja local.
-- Um programa missionário pelo qual se apoia economicamente aos missionários individuais
-- Separação eclesiástica (não somente das seitas, mas também de movimentos carismáticos, ecumênicos, etc..)
-- Ênfase no santidade e na separação pessoal do mundo (prega-se contra pecados individuais, e não se faz isto apenas em termos gerais).
-- Repúdio às versões modernas de Bíblia [todas aquelas não baseadas no puro Textus Receptus].
-- Ênfase no evangelismo pessoal
-- Toma-se com seriedade o mandato bíblico de que as mulheres devem manter silêncio dentro das igrejas
-- Há um repúdio ao calvinismo
-- A música é conservadora (isto é cada vez menos evidente nas igrejas supostamente fundamentalistas, lamentavelmente).
-- O pastor tem o direito de fazer a maioria das decisões que não precisam ser votadas por todos os membros. A maioria do poder não está nas mãos dos comitês ou no grupo de diáconos.
-- Não se serve vinho alcoólico na Ceia do Senhor
-- Há determinadas normas da separação pessoal que se tem que aceitar para ter uma posição de liderança na igreja.
-- Usam-se muitas referências bíblicas quando se prega e se ensina a Palavra de Deus.
Robert Dalton.
Traduzido por George Calvin (para Espanhol)
depois por Valdenira N.M. Silva (para Português)
Copiado de
http://www.literaturabautista.com/estudios/fundamentalismo.htm
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(retorne a http://solascriptura-tt.org/
SeparacaoEclesiastFundament/
retorne a http://
solascriptura-tt.org/ )
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.