Confrontando
O Moderno Crescimento De Igreja

Pr. José Laérton Alves Ferreira
Pastor da Igreja Batista Regular Emanuel
Rua Espanha, 74 – Vila Peri – 60.721-110 – Fortaleza-Ce
Fone: 0**.85.292-6204


TESE: Este Estudo pretende desenvolver os seguintes sub-temas, dentro do tema maior acima:




Razão do título – confrontando o moderno crescimento da Igreja  – pg 02
A importância da Igreja e de sua sã doutrina – pg 03

I - O conceito e perfil da Igreja no Novo Testamento – pg 05

Definição da palavra Igreja – pg 05
O sentido cristão da palavra Igreja – pg 05
Constituição da verdadeira Igreja de Cristo – pg 05
Período da Igreja na terra – pg 06
A natureza da Igreja – pg 06
A autoridade suprema da Igreja – pg 07
O propósito da Igreja segundo a Bíblia – pg 07
Os oficiais  biblicamente designados – pg 08
Os dons espirituais e ministério de cada crente – pg 09
As duas ordenanças simbólicas da Igreja – pg 10
A importância do conceito bíblico de separação eclesiástica – pg 11

a)  razão correta para a separação bíblica
b)  motivação correta para a separação bíblica
c)  abrangência correta da separação bíblica
d)  separação deve ser causada por vida santa e consagrada, e não por legalismo farisaico

Defesas para não cair no ecumenismo – artigo do Pr. Calvin Gardner -  pg 12

II – Exemplos de falsos ensinos e metodologias humanistas para crescimento de Igreja – pg 13

1.  A contextualização antropológica e a filosofia de marketing como produtoras de crescimento de igrejas – Rick Warren - livro: “Uma Igreja com propósitos

a) Coisas que podem ser úteis na obra de Rick Warren – pg 13
lembra-nos da importância de refletir e agir conforme os propósito da igreja
- os cinco propósitos da Igreja
lembra-nos da importância de reafirmar, se possível anualmente, o compromisso de cada crente com Deus e com a Igreja através do pacto de membresia –
pg 15
b) Fermento perigoso na obra de Rick Warren – pg 16
- sua mal disfarçada postura anti-conservadora, como se a tradição fosse um mal em si mesmo;
- o velho pragmatismo explícito e apóstata reeditado em embalagem “bíblica”
- o velho e perigoso neo-evangelicalismo pragmático sob “nova” embalagem
-
endosso à apostasia,  e diálogo com líderes apóstatas

2.  O tipo de pregação positiva, antropológica e psicologizada como produtora de crescimento de igreja - é o tipo de pregação positiva falada por Rick Warren – pg 21
           - alveja elevar a auto-estima dos ouvintes
           - o grande modelo deste  tipo de pregação é Robert Schuller – pg 21
3. Sinais, prodígios e maravilhas como produtores de crescimento da igreja
cura divina, exorcismos e revelações diretas de Deus – pg 24
          - usando como exemplos: John Wiber (EUA) e Bispo Macedo (Brasil)
          John Wimber – pg 24   – Paul Yonggi Cho – pg 27
4. Crescimento baseado em política, sobrenaturalismo, e  teologia da prosperidade -
          - o fenômeno de crescimento da Igreja da IURD – – Bispo Macedo – pg 29
          - explicação sócio-política do crescimento da IURD – pg 29
          - explicação teológica do crescimento da IURD – pg 32
          - o fênomeno de crescimento da igreja da IIGD – Igreja de R.R. Soares

          - uma análise bíblico-teológica-científica sobre experiências "sobrenaturais"

III – Música contemporânea – instrumentos barulhentos, múltiplos tambores da bateria e dança como atrativos para fazer a igreja crescer – pg 37
       - o culto psicodélico produzido por música contemporânea – pg 45

IV – Aspectos práticos e metodológicos de administração da igreja coerentes com a sã doutrina – pg 48
- A igreja vista como uma organização organizada e administrada em departamentos
       - introdução:  qual a necessidade da organização da igreja em departamentos
         (i) ter coragem para mudar o estilo de liderança
         (ii) trabalhar baseados em alvos que levam a objetivos finais

V - Conclusão deste estudo sobre crescimento da igreja – pg 52
       - A soberania de Deus e o crescimento da Igreja – pg 52
       - Verdades que não podemos esquecer – pg 53






0- Introdução: Razão do Título – Confrontando o Moderno Crescimento da Igreja.

Confrontar – Segundo o Dicionário Aurélio. Este termo vem do latim [confrontare], e significa, por frente a frente; acarear: Comparar, cotejar; Fazer face; defrontar; Pôr-se em confronto; enfrentar. Baseados nesta definição, se Deus assim nos ajudar,  pretendemos confrontar as várias filosofias e metodologias de crescimento de igreja com a Palavra de Deus, tendo sempre em vista a igreja como coluna e baluarte da verdade, um corpo que deve crescer sadio e forte, tão somente para a glória de Deus.

Significado De Crescer - Já que vamos falar de crescimento, é bom entender o que a palavra  significa.  Em grego -
pleonazw (pleonazou) – segundo o Léxico do NT Grego/Português – (F.Wilbur Gingrich e Frederick W Danker) significa: “ser ou tornar-se maior, mais, estar presente em abundância, aumentar” (Rm 5:20; 6:1; II Co 4:15; Fp 4:17; II Ts 1:3; II Pe 1:8).  Crescer em latimSegundo o dicionário Aurélio – Crescer, vem do latim [crescere.] e como no grego, tem a idéia básica de aumentar: em volume, grandeza ou extensão; em estatura ou altura; em intensidade, força ou ímpeto; em duração; em número ou em quantidade; multiplicar-se; Nascer e desenvolver-se; Desenvolver-se (em certo estado ou condição). Pelas definições acima, vemos  que somente a idéia de aumentar ou desenvolver-se de alguma forma, não ajuda a entender o que é o verdadeiro crescimento da igreja, até porque, este termo pode aplicar-se tanto ao trigo, quanto ao joio, ou seja, que o joio cresce (aumenta, desenvolve-se) do mesmo jeito que o trigo (Mt 13:30)

Moderno  - [Do latim: modernu.] – significado: “Dos tempos atuais ou mais próximos de nós; recente;  Atual, presente, hodierno; Que está na moda”. Estes são sentidos básicos dados pelo dicionário aurélio, para a palavra moderno, e aqui queremos destacar a idéia de atual ou da moda, pois, as igrejas que priorizam crescimento acima de tudo, em geral, vivem a reboque da última moda em termo de litúrgia, psicologia e teologia. É como se o princípio básico para a igreja crescer exigisse um rompimento com o passado, como se tudo que vem do passado devesse ser questionado, e o que é moderno e atual, é algo bom e confiável. Além disto, convém salientar que o crescimento da igreja tem sido algo muito vinculado não só a modernidade, mas especialmente a pós-modernidade, no sentido, de ser um crescimento baseado na maioria das vezes nas necessidades imediatistas do homem pós-moderno, onde em seu desespero existencial não quer arriscar só ter prazeres na vida futura, mas quer gozar os prazeres do mundo aqui e agora, e ainda manter uma consciência tranquila do ponto de vista religioso.
 
A mística pós-moderna e o crescimento da igreja – O pós-modernismo é um gigantesco fenômeno global, filosófico, psicológico, social, político e religioso, onde a única certeza é a incerteza, de modo que o homem pós-moderno desesperado em sua dolorosa e traumatizante incerteza tenta buscar em experiências fortes, místicas e  pragmáticas a certeza de que tanto carece. Por isso, às igrejas tentam contextualizar-se a pósmodernidade, tendo como alvo,  o homem pós-moderno, onde um grande seguimento da sociedade pós-moderna é formada, pelos cultos, endinheirados e chamados de “sem igreja”.
 
à Os “sem igreja”, vivem uma contradição existencial, quando não se fecham no ateísmo ou secularismo, parecem mais abertos ao misticismo do esoterismo pagão da Nova Era, e em contra partida parecem mais arredios ao Cristianismo tradicional e puramente bíblico. Ainda, este largo seguimento da sociedade , famintos de significado e propósito para a vida, além de desejarem ter uma experiência mística com Deus, uma espécie de contato imediato com a divindade provocador de êxtesa e autenticação da existência, tentam ao mesmo tempo gozarem das benesses oferecidas pelo mundo.
 
      Tendo em vista isso, muitas igrejas, criam aversão ao Cristianismo de tradição puramente bíblica,  e tentando pegar os “sem igreja”, tentam ilusioriamente criar igrejas, que não se parecem igrejas e que do ponto de vista Bíblico, podem ser identificadas com muitas coisas, menos igrejas bíblicas, de fato, se prestam mais como: clube, casa de shows, programa de auditório, clínica psicológica, cassino, pista de dança, tenda de “milagres e exorcismo fajuto”, grupo criador de “catarse”, etc...,., do que como verdadeiro santuario ao Deus Santissimo. As tais igrejas contextualizadas e pragmatizadas,  voltadas para satisfazer as necessidades místicas, psicológicas, sociais  e existênciais dos “sem igreja”, se esforçam por parecerem espirituais e eternas, mas de fato, são hedonistas e imediatistas (mundanas e mundanizantes), que fazem do ventre, o próprio deus e transformam a igreja, num ambiente confortável, sofisticado e não ameaçador (por isso escondem a sã doutrina, trocando-a pela psicologia), voltado prioritariamente para atender todas as necessidades dos seus “adoradores”, e, embora não admitam isto, só em segundo plano vem a adoração e o sacrificial serviço realmente consagrado e voltado para Deus.

Algumas destas igrejas conseguem um fenomenal “crescimento”, pois baseadas na filosofia de marketing, analisam em pesquisas “científicas”, todos os desejos do seu público alvo, e não medem esforços para agradar seu  “cliente”, com o fim de fisgá-lo. São igrejas pragmáticas e causuísticas, norteadas pela filosofia que prega, que “os fins [propósito], justificam os meios [metodologia], ou que “o propósito, justifica a metodologia usada por ela para atingir o tal propósito, de modo que, para fisgar o seu peixe usarão até mesmo isca podre ou envenenada, sem perceber que o peixe fisgado está sentenciado a morte exatamente por causa da isca podre e envenenada que injeriu.

A famosa “igreja com propósito” de Rick Warren, é uma destas igrejas dirigida aos “sem igreja” , que procura conciliar dois opostos irreconciliáveis, ou seja, querem manter a igreja bíblica ao mesmo tempo que a mundanizam, dizem que querem agradar a Deus primeiramente, mas todo o seu programa é feito para agradar e priorizar o “cliente-membro”, onde as metodologias  e ações marketeiras, acabam por substituir  ou não deixar espaço para a obra genuína e soberana do Espírito Santo. Parece que tudo é previsível e controlável, contrastando com o que a Bíblia diz sobre o Reino do Espírito e sua atuação soberana, que de modo semelhante ao vento, não pode ser visto e nem controlado quantoa questão de resultados e local de atuação. O próprio Senhor  Jesus Cristo descreveu esta ação soberana do Espírito em convencer e converter o pecador: “Quando ele (o Espírito Santo)  vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8) – “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.” (João 3:8)
 




0.1. - Importância Da Igreja E De Sua Sã Doutrina

Demonstrada Por Cristo E Seus Apóstolos
Cristo usou palavras que falam do valor incalculável  da igreja” "Pérola de Grande Preço" (Mt 16:43); Sua "Noiva" - (Jo 3:29; Ap 19:7); "Tesouro escondido" - (Mt 13:44; Ef 3:5, 6, 10)
A igreja foi planejada na eternidade passada, primeiro que qualquer outra entidade ou instituição da terra (Ef 1:4); Seu futuro é a glória eterna (Rm 8:18, 29,20); É a única instituição que tem a garantia de invencibilidade (Mt 16:18); Cristo pelo amor da igreja, deu a própria vida (Ef  5:25); Paulo considerou seu maior pecado, o fato de ter perseguido a igreja (I Co    15:9); Por isso, pelo amor que tinha pela igreja, não evitou nenhum sofrimento  (Cl 1:24)

Demonstrado Pelos Incontáveis Mártires da Igreja Primitiva
A igreja tem sido o povo de Deus na terra que prefere o desconforto, desterro e até à morte, do que barganhar com a verdade, neste sentido a igreja tem sido como Moisés e os crentes primitivos que preferiram ser maltratados com o povo de Deus, do que negociar com o mundo. (Hb 11:25);

Do mesmo modo, os apóstolos, tendo como um grande exemplo o aposto, Paulo, estavam pronto a se deixar gastar e até serem oferecidos em libação (sacrifício) por causa da igreja (II Co 12:15; Fp 2:17). Todos os apóstolos foram martirizados, com exceção de João, o evangelista, até este, foi desterrado para ilha maldita das cobras, ou a ilha prisão de Patmos. E a maioria deles, poderia ter se livrado do martírio, nem precisariam  negar sua fé, bastariam negocioar sua fé, incluindo, misturando ou contextualizando nela, alguns elementos da religião do imperador. Eles não poderiam fazer isto com Cristo nem com sua igreja. Esta é a marca do verdadeiro fundamentalismo bíblico, abrir das conveniencias pessoais e até da própria vida, em favor da sã doutrina, que representa a própria saúde da igreja.

Por isso, deste Abel, aqueles que tem a vontade de Deus revelada com suficiente e inegocíavel, tornam-se ardorosos e intrangisentes defensores da sã doutrina, de modo que,  corajamente batalham pela fé uma vez por todas entre aos santos, mesmo que isto lhes custe a vida. Pois sabem, que a igreja é a única trincheira contra o pecado e apostasia na terra, por isso a Bíblia a chama de  "coluna e baluarte da verdade". Portanto, se a verdadeira igreja se calar, a verdade sumirá da terra. Por isso, o verdadeiro fundamentalista é aquele que não ama a própria vida no intuito de  preservar a gloriosa verdade da Palavra de Deus.
(Jd 3; I Tm 3:15; Ap 12:11)

Como se aproximar do Estudo da Igreja e de tudo que se relaciona a ela
A igreja é o tesouro particular e mais valioso de Cristo. Quem trabalha na lapidação desta joia incalculável, deve fazê-lo com o cuidado de quem lida com a coisa mais preciosa do Universo, deve, fazê-lo com santo respeito, humildade, e temor. Compreender que ao estudar a igreja, está estudando uma instituição Divina, e não uma instituição mutável, organizada pelos caprichos humanos para obter os resultados previstos pelo homem (At 20:28); Que Deus não aceitará leviandade e irreverência no trato daquele que é o seu projeto mais importante e que mais lhe custou (Jo 3:16; Rm 5:8);

Que o Novo Testamento é o único manual Divino da Igreja, nada que contrarie, distorça, adultere, suavize ou dilua com palavras enganosas, este manual ,pode ter a aprovação Divina. Portanto, devem ser seguidos somente os princípios, estratégias e exemplos derivados da Bíblia e nunca os do mundo (Rm 12:2).

Devem ser desprezados todos os meios de tratarem artificialmente a igreja, como se fosse possível reproduzir artificialmente, por metodologia ou tecnicidade humanas ou do mundo, aquilo que somente Deus em Sua Soberania Eterna, Sabedoria infinita e Poder ilimitado podem produzir. Toda pretensão e soberba humana retratata na vã tentativa de se recriar a igreja através de filosofias antropológicas contextualizantes, aos moldes e gostos humanos fracassarão e estarão sob maldição divina.





I - O Conceito E Perfil Da Igreja No Novo Testamento

A falta de pregação e ensino sobre a sã doutrina da igreja, tem levado a muitos pensarem que podem recriar a igreja conforme se adapte melhor ao nosso século ou ao gosto humano. Sabemos, pela Bíblia, que a igreja, segundo o perfil Bíblico, nunca foi do agrado dos perdidos e carnais, e que não é através de metodologias contextualizantes e filosofias contemporâneas de crescimento de igreja que iremos verdadeiramente ajudar a edificar a igreja de Cristo aqui na terra.
 
Quem, de verdade, conhece e crer na sã doutrina Bíblica acerca da igreja de Cristo, não pode se deixar enganar pelo crescimento estrondoso da maioria de igrejas modernas, que se tornaram fábricas de crentes em série, por um processo,  dito por eles como “científico”, pois, pode ser controlado pelo homem e cujos resultados podem ser perfeitamente previstos. Voltemos juntos, a sã doutrina bíblica da igreja, para sabermos o que realmente ela é, e para que realmente se destina, ou, qual é de fato o seu propósito aqui na terra.

Definição Da Palavra Igreja

– Seu sentido original vem do grego: “eclesia”, que é uma mistura das palavras gregas, “ek” (Ek) + ”kaleo“ (kaleo) = Eclesia. Vejamos os significado de ambas separadas e depois juntas.  Ek - (Ek)  à É uma proposição primária com o sentido de origem (o ponto onde a ação ou movimento procedem), a partir de, fora de (um lugar, tempo ou causa; literal ou figurativo).  kalew  - (kaléo) à Este verbo tem o sentido de chamar em alta voz, convidar chamando pelo nome em alta voz, convocar. Juntando ek com kalew temos ekklhsia (chamar para fora), significando basicamente "os chamados para fora", e neste sentido nem sempre se referiu a um grupo reunido com finalidade religiosa.

O Sentido Cristão Da Palavra Igreja

Foi o Cristianismo que transformou a palavra “Eclesia”  em um termo técnico de caráter, quase que, exclusivamente religioso. Esse sentido da palavra igreja, tem embutido, a idéia de separação, ou seja, só é igreja, aqueles que foram chamados para fora ou separados do mundo, do inferno, do pecado, da carne, do Diabo, da apostasia e de toda a negativa da fé, para pertencerem e servirem fielmente a Deus. Por isso, somente  uma igreja verdadeiramente separada é uma verdadeira igreja.

Podemos sumariar o sentido da palavra igreja como: A igreja é Uma assembleia de cristão
reunidos para adoração em um encontro religioso; Uma companhia de cristãos, ou daqueles que, esperando a eterna salvação em Jesus Cristo, observam seus ensinos e ritos religiosos, realizam seus encontros religiosos, e gerenciam seus próprios negócios, de acordo com as regras prescritas pelo corpo, cuja finalidade é a boa ordem. IGREJA LOCAL - Aqueles que são unidos como um corpo local de crentes em qualquer cidade, vila, constituem uma congregação (Rm 16.16); Igreja Universal -  O corpo inteiro de cristãos espalhados através da Terra, no período de tempo que inicia com o Pentecostes e vai até o arrebatamento (Ef 1.22); Igreja Militante - A totalidade dos cristão genuínos vivos na Terra. (I Tm 3:15); Igreja Na Glória - A assembleia de Cristãos fiéis que já morreram e foram recebidos no céu (I Ts 4:14-16; Hb 12:22); A  palavra Eclesia no Novo Testamento significa tanto a igreja universal ou a congregação local de crentes regenerados pelo Espírito Santo de Deus, mediante arrependimento genuíno de pecados e fé salvadora em Jesus Cristo.

Constituição Da Verdadeira Igreja De Cristo

A igreja verdadeira é uma produção Divina constituída somente por salvos, ou seja, por todo aquele que ao ouvir a genuína pregação do evangelho bíblico, é convencido a arrepender-se  sinceramente  de uma vez por todas de  todos os seus pecados e a romper definitivamente com o mundo, e através da percepção espiritual de que está  irremediavelmente  perdido, coloca incondicionalmente toda a sua em Jesus Cristo e em sua obra vicária, perfeita e final na cruz do Calvário, sendo isto a regeneração espiritual, que imediatamente o coloca por uma obra soberana e sobrenatural do Espírito Santo em uma união vital, única e eterna com Cristo e Seu corpo místico e espiritual,  a igreja. (I Co 12:12 13), a Sua noiva  (II Co 11:2; Ef 5:23 32; Ap 19:7 8), O corpo do qual é a Cabeça (Ef 1:22; 4:15; Cl 1:18).

Por isso, por ser uma produção soberana de Deus, a igreja que é produção humana, ou seja, resultado das metodologias humanísticas e antropocêntricas dos homens, não é verdadeiramente a igreja de Cristo. Parece, mas não é. Assim como o homem não pode produzir uma pérola genuína, só uma imitação muito parecida. A assim, é a verdadeira igreja, como uma pérola única e inigualável, que somente Deus, em sua Soberania, Amor e Perfeição,  pode produzir.

Período Da Igreja Na Terra

Jesus Cristo durante seu ministério terreno disse que edificaria a Sua Igreja (Mt 16:18) – de modo que, Ele próprio é a Pedra angular da igreja, Única e Insubstituível, e seus apóstolos e profetas seriam o fundamento (Ef 2:20), e o edifício ou santuário espiritual construído sobre esta Pedra e esse fundamento seria a igreja, que começou de modo oficial no Dia de Pentecostes (At 2:1, 21, 38 47) e será completado na vinda de Cristo por ocasião do arrebatamento (I Co 15:51 52; I Ts 4:13 18).

A Natureza da Igreja

A verdadeira igreja de Cristo, que é um contraste absoluto com a igreja de Satanás na terra, é um organismo espiritual sem igual projetado por Cristo, formado de todos os nascidos de novo pela fé, oriundo de todos os povos, que são chamados a Cristo, nesta era ou dispensação presentes  (Ef 2:11 3:6). A igreja é distinta de Israel (I Co 10:32), e é chamada de um “mistério” não revelado até que esta era presente fosse inaugurada, entre o pentecostes e o arrebatamento. (Ef 3:1 6; 5:32).

O estabelecimento e continuidade de igrejas locais é claramente ensinado e definido no Novo Testamento (At 14:23, 27; 20:17, 28; Gl 1:2; Fp 1:1; I Ts 1:1; II Ts 1:1) e que os membros do Corpo espiritual são dirigidos para associarem-se  em assembleias locais (I Co 11:18 20; Hb 10:25).

Há algo sobre a natureza da igreja, que é lamentavelmente esquecido nos dias atuais, que tudo que Deus faz, Satanás tenta imitar, e muitas vezes, a imitação de Satanás, aos olhos desavisados, parece mais autêntica do que aquilo que Deus criou originalmente. O próprio Cristo advertiu, que Satanás faria isso a ponto de enganar se fosse possível os próprios eleitos. Com a igreja não é diferente, satanás tem a sua igreja na terra, de modo tão parecido com a igreja de Cristo, que facilmente alguém sem discernimento Bíblico pode se deixar enganar. Veja abaixo um gráfico que mostra de modo resumido, o contraste absoluto, entre a a igreja verdadeira, a virgem, noiva e igreja de Cristo, e a igreja falsa, a grande meretriz, amante e igreja do anticristo.

II Co 11:2-3,13-14   - “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo...  Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”.

Ap 17:1-5 - “...Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas,  com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra.  Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: Babilônia, A Grande, A Mãe Das Meretrizes E Das Abominações Da Terra”.
 
  

 

A Igreja Verdadeira
Virgem, Noiva E Igreja De Cristo

A Igreja Falsa
Grande Meretriz  E Igreja Do Anticristo

Virgem casta
Noiva Verdadeira (relação de amor)
Esposa de um só marido
Simplicidade (exibe a luz de Cristo)
Exibe a glória de Cristo
É do céu, daí o seu caráter peregrino
Coluna, base e da Verdade (separada)
Exerce sua missão pelo poder espiritual
Oferece a taça da salvação
Sujeita a Cristo
Adornada por Deus
Obra prima
de Cristo
Habitada pelo Espírito Santo
Espiritual – Obedecer a Deus é a prioridade.
Teológica  – edifica-se na suficiência bíblica
Fé incondicional – Crer sem precisar sinais
Mistério oculto dos séculos
Caráter submisso a Palavra de Cristo
Seus ministros: Servos humildes e fiéis
Preservada até o fim por Cristo
Seu futuro: Glória eterna
Tem chamado celeste
Será Elevada no Ar em grande glória

Grande Prostituta
Amante falsa (relação de interesse)
Relações Promiscuas com os reis da terra.
Sofisticação (gosta de exibir-se ao mundo)
Gloria-se na sua auto-suficiência
É da terra, daí o seu caráter mundano
Babilônia = mistura e confusão (ecumênica)
Exerce sua missão pelo poder secular
Ofereça a taça cheia de abominações
Sujeita a Satanás
Adornada por Satanás
Obra prima de Satanás

Possuída pelo espírito maligno
Carnal – “Sentir-se bem” é a prioridade.
Antropológica – ciências: Psicologia, etc...
Mística – depende da visão de sinais
Mistério da iniqüidade
Caráter rebelde e inconformado
Seus ministros: Falsos ministros de justiça
Destruída no fim, por Satanás
Seu futuro: Ruína eterna
Sua vocação e cobiça:  os bens terrenos.
Será Lançada no Abismo em grande horror



A Autoridade Suprema Da Igreja
Nos dias atuais, e especialmente nas igrejas metidas a “modernas”, como, também, o foi ao longo da história da igreja, têm aparecido pretensas  autoridades com a suposta competência para mudar o perfil da igreja. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas, a autoridade suprema da igreja é Cristo (I Co  11:3; Ef  1:22; Cl  1:18) e que qualquer coisa que se relacione com a igreja, tais como: seu propósito, sua liderança, seus dons , organização, disciplina, e adoração devem ser,  tudo igualmente designado através de Sua soberania como encontradas nas Escrituras.

O Propósito Da Igreja Segundo A Bíblia
Muitos hoje estão tentando definir o propósito da igreja, como se ele já não estivesse claramente definido na Bíblia. O livro de Rick Warren, “Igreja com Propósito”, se propõe a ensinar qual deve ser o propósito da igreja, quanto ao público alvo da igreja, quando Cristo já disse: “”toda Criatura”, e o alvo geográfico, quando Cristo já o definiu como sendo: “Jerusalém, toda judéia, Samaria e até os confins da Terra”. De fato, o propósito de Rick Warren e de outros de mesma filosofia, é determinar, como ele mesmo diz, o alvo mais fácil de ser evangelizado (melhor dizendo, mais conveniente, ou ainda, que traz melhor rentabilidade). No caso. Rick Warren, ele determinou como seu alvo, os ricos, bem educados, e “sem igreja”. Muito conveniente, não acham?

Glorificar Deus e Buscar Seu Reino e Sua Justiça em primeiro lugar,  através do cultivo de uma verdadeira espiritualidade e piedade, o que inclui: o temor do Senhor, Amor imorredouro e crescente para com Deus e desejo ardente de Deus, numa busca constante de santidade e verdadeira intimidade com Deus  (Ef  3:21)

Edificar si mesma na fé santíssima das Escrituras (Ef 4:13 16), através: do ensino fiel, da toda suficiente e sempre relevante Palavra de Deus  (II Tm  2:2, 15; 3:16 17), de uma  comunhão dos santos que é ao mesmo tempo significativa, disciplinadora, restauradora e amorosa e que se separa daqueles que comungam com o pecado e apostasia ou dos que não se separam dos que persistem no erro (At  2:47; 1 Jo  1:3; II Ts 3:6,7,11), mantendo as ordenanças, conforme as normas Bíblicas: Batismo (por imersão), somente para os regenerados (que realmente dão frutos de arrependimento e fé genuína) e que testemunham novidade de vida; e Ceia do Senhor, somente para os que andam em santa comunhão na igreja (Lc  22:19; At  2:38 42; 8:35-38; Rm 6:3-6; I Co 11:23-33).

Avançar resoluta e destemidamente com o Santo Evangelho, com o intuito de  comunicá-lo em sua pureza e simplicidade a toda criatura, sem medir esforços ou sacrifícios, tendo a consciência de que um crente que não ganha almas, possivelmente nem crente é, ou no mínimo, não tem os frutos visíveis quanto a sua fidelidade em relação a real missão do crente na terra.

Muitas igrejas não crescem não é porque não têm se contextualizado ou não tem seguido a metodologia mais moderna, mas tão somente, porque tem sido preguiçosas, infiéis e desobedientes a ordem de semear o evangelho. Quem muito semeia, muito ceifa, que pouco semeia pouco ceifa. (Mt  28:19; At  1:8; 2:42). Em II Coríntios 9:6 é dada a razão porque muitas igrejas não crescem e outras conseguem crescer -  E isto afirmo: aquele que semeia pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.”

Discipular cada crente para ser um obreiro ou ministro leigo – com a consciência de que cada crente foi salvo para servir, e um salvo que não serve, pode está a testemunhar que não é salvo, pois o “fruto” é algo a ser esperado de uma árvore viva, senão está doente ou morta (Ef 4).

Portanto, a Grande comissão da igreja é de caráter prioritário e urgente urgentíssimo, e consiste do incansável evangelismo pessoal dos perdidos e do discipulado eficiente dos novos ou deficientes na fé, acompanhando-os até que eles sejam maduros e capazes de se reporduzirem  (Mt  28:19 20; II Tm  2:2), O discipulado implica na responsabilidade mútua de todos os crentes  uns para com os outros (Mt  18:5 14), inclui também a necessidade de disciplinar os membros em pecado  da congregação de, acordo com as normas da Escritura (Mt  18:15 22; At  5:1-11; I Co  5:1 13; II Ts  3:6 15; I Tm  1:19-20; Tt  1:10, 16).

E por último, para garantir a força, saúde e integridade da igreja, é, seu propósito inarredável, não só edificar a igreja, mas, também, zelar para que ninguém destrua esta edificação, e isto, implica em,  Batalhar pela Fé uma vez por todas entregue aos santos, como Coluna e Baluarte da verdade, ou seja, primeiramente viver a fé de tal modo, que a própria vida do crente, seja a maior apologia e defesa  de sua fé, e em segundo lugar, permanecendo vigilante, para que possa perceber e denunciar toda negativa da fé bíblica, assim mantendo-se separado de todo tipo de apostasia e de todas as formas de erro e  mundanismo que gangrenam e têm matado às igrejas infiéis (I Tm 3:15; Jd 3,4).


Os Oficiais  Biblicamente Designados
As igrejas “modernas-liberais-modernistas” têm inventados oficiais anacrônicos e anti-bíblicos, alegando terem recebidos unções extraordinárias, de fato buscam status e poder espiritual que lhes garanta dominar sobre o povo de Deus e lhes extorquir tudo que puderem. São lobos disfarçados de ovelhas, mercenários que servem só a si mesmos e julgam ser a piedade grande fonte de lucro (I Tm 6:3-5; II Pe 2:1-2). Indentificam-se a mesmo como:

Profetas e Profetizas Contemporâneos – com o dom de receber profecias extra-bíblicas para a orientação atual da igreja (tais indivíduos estão sob os anátemas de Gl 1:1-9 e Ap 22:18-19); Apóstolos (grupo restrito aos dozes e a Paulo como um nascido fora de Tempo); Bispos e pasmem, Bispas, como um tipo de ofícial hierarquicamente superior ao pastor; Pastoras e Diaconisas - figuras estranhas ao Novo Testamento, que claramente, proíbe a mulher de exercer autoridade sobre homens tanto na igreja como no lar – Para os que crêem na Bíblia sem questionar, sem condicioná-la aos argumentos falaciosos do liberalismo teológico, do movimento de liberação femenina e da filosofia unissex  -  I Tm 2:12,  é claro:   E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; 

O conceito de liderança dado por Cristo é sintetizado pelo seu exemplo em Mc 10:45
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Para Cristo, liderar tinha como propósito único servir. Por isso, os oficiais da igreja, são líderes-servos, que servem sob a autoridade de Cristo e executam suas funções,conforme delegado, e decidido pela assembleia congregacional democrática. É pré-requesito indispensável um caráter santo acima da capacitação para o oficio, isto porque eles são acima de tudo um modelo para o rebalho do Senhor e para os demais líderes da igreja. Eles são:

Pastores - A Bíblia usa vários nomes para se referir ao pastor da igreja, esses nomes não são cargos diferentes, mas funções diferentes que tratam das várias funções pastorais, isso é entendido, porque estes termos são usados de modo intercambiável na Bíblia, ou seja, tanto faz usar um nome ou outro, e  que os vários significados destas palavras retratam  as várias funções pastorais: “Pastores e mestres (Ensinar - guia e mestre do rebanho); “bispos” (Administrar - supervisão ou superintendência), “presbíteros” (Aconselhar - anciãos ou alguém maduro capaz de aconselhar). (At 20:28; Ef  4:11).

Diáconos – Conforme Atos 6, foram designados como auxiliares do pastor e da igreja, cuja função é designada como “servir as mesas”, no sentido de zelar pelos aspectos materiais da vida da igreja, para que os pastores tenham mais tempo para se dedicar à oração e ao estudo da Palavra. Quando exercem bem sua função são jóias preciosíssimas, que fortalecem a igreja e são um apoio ao pastor (At 6);

à  Ambos de quem deve ser requerido às qualificações bíblicas (I Tm  3:1 13; Tt  1:5 9; I Pe  5:1 5).
Mais uma vez, convém salientar que estes líderes, embora, liderem ou administrem como servos de Cristo (I Tm  5:17 22) eles têm a sua autoridade dada por Cristo para dirigirem a igreja, e só poderão liderar se a igreja se deixar liderar. Por isso, a congregação tem o dever de cooperar e submeter-se à  liderança (bíblica) daqueles que Deus estabeleceu como guias, pastores e líderes-servos da igreja (Hb  13:7, 17).


Os Dons Espirituais e Ministério de Cada Crente
Na igreja todos têm o chamado de Deus e a capacitação do Espírito Santo para o serviço sagrado, que é um dever e elevado privilégio de todos os santos, ou seja, Deus espera, que cada crente tenha um ministério fiel e frutífero  (I Co 15:58; Ef  4:12; Ap  22:12).

Duas categorias de Dons Espirituais
Capacitação de Cada Crente. Os dons temporários de sinais (profecias, revelações, milagres, línguas, etc...) cessaram historicamente como havia sido profetizado em I Co 8:13, porque cumpriram o propósito de autenticar a messianidade de Cristo e apostolado daqueles que escreviam o Novo Testamento. Porém, os dons espirituais de serviço, ou capacitações para exercício dos vários ministérios que suprem necessidades específicas da igreja foram dados para que cada crente coopere com Deus no realizar Seu propósito no mundo.
Estas duas categorias de dons existiram simultaneamente na igreja apostólica, antes do fechamento do cânon:

Dons de caráter Temporário - Sinais miraculosos autenticadores
Revelação profética,  cura divina, línguas - Dados  temporariamente, na era apostólica com a finalidade de confirmar a autenticidade da mensagem dos apóstolos, e cessaram profética e historicamente com o fechamento do cânon  (Hb  2:3 4; II Co 12:12; Ap 22:18-19);

Dons de caráter Permanente - Capacitações para servir ou exercer ministério:
 Dados para equipar cada crente na obra de edificar um ao outro e proclamar o evangelho.Com o término do Novo Testamento, a revelação de Deus ficou completa, de modo que a Suficiência total e autoridade suprema da Bíblia – A Escritura se torna o teste exclusivo da autenticidade de mensagem de um homem e dons autenticatórios de natureza milagrosos não são mais necessários para validar um homem ou sua mensagem (I Co  13:8-12). Por isso, dons Miraculosos   podem até ser falsificados por Satanás  para enganar até aos crentes (I Co 13:13-14:12; Ap  13:13 14).

Homens são dados como dons de Deus - Ele dá homens escolhidos e vocacionados com o  propósito de equipar os santos para a obra do ministério (Ef 4:7-12);

Habilidades espirituais únicas e especiais a cada membro do Corpo de Cristo - Por isso, no Tribunal de Cristo, cada crente dará contas de seu ministério quanto ao uso dos dons de serviço (pregar, ensinar, aconselhar, liderar, contribuir, exercer misericórdia e socorro, servir em qualquer obra,  etc...)  
(Rm  12:5-8; I Co 12:4-31; I Pe  4:10-11 - Mt 18:23; II Co 5:10).

Os únicos dons  em operação atualmente são aqueles de natureza não revelatória, e com a fim de  equipar os santos com habilidades para mútua edificação e serviço aos perdidos  (Rm  12:6 8).
Portanto, ninguém hoje, possui o dom de cura, mas Deus   ouve e responde a oração de fé e responderá conforme Sua  vontade perfeita em relação ao doente e aflito. 
(Lc  18:1 6; Jo  5:7 9; II Co 12:6 10; Tg 5:13 16; 1 Jo  5:14 15).

As Duas Ordenanças Simbólicas da Igreja
A Bíblia apresenta o Batismo e a Ceia do Senhor como rituais  simbólicos da graça salvadora recebida exclusivamente pelo arrependimento de pecados e fé em cristo, e não como “sacramentos”, ou seja, rituais, que transferem graça salvadora aos que participam dos mesmos. (Atos 2:38 42).

 O modo bíblico do batismo cristão é por imersão (Atos 8:36 39) e significa um testemunho solene e dramático  de um crente mostrando a todos o que aconteceu de modo invisível quando ele foi salvo, ou seja, visualiza sua fé e indentificação total com o Salvador crucificado, sepultado , e  ressurreto, e sua união com Ele em sua morte para o pecado e ressurreição para uma nova vida (Romanos 6:1 11). É também um sinal de companheirismo e identificação com o Corpo visível de Cristo (Atos 2:41 42).

A Ceia do Senhor é a comemoração e a proclamação de Sua morte até que Ele venha, e devia ser sempre precedida por solene e contrito auto-exame provocador de arrependimento verdadeiro e crescimento na santificação, por isso, é a comunhão dos santos, e assim sendo, devem ser proibidos de participar dela todos os que andam em flagrante pecado e impenitência.   (I Co 11:28 32). Os elementos da Comunhão são somente símbolos representativos da carne e sangue de Cristo, a Ceia do Senhor é não obstante uma comunhão real com o Cristo ressurreto que está presente de uma maneira toda especial, comungando com o seu povo. Por isso, a crença na transubstanciação dos elementos da Ceia (a crença católica romana de que os elementos, pão e vinho, transformam-se realmente na carne e sangue de Cristo, que inclusive devem ser adorados), é uma aberração teológica e idolátrica que deve ser definitivamente repudiada (I Co 10:16).

O Governo Da Igreja Local E Sua Relação Com Entidades Para-Eclesiásticas

O governo das igrejas “modernistas e liberais” tende a ficar centralizados na autoridade infalível de um homem ou de um pequeno grupo de homens, supostamente infalíveis e nos casos pentecostais com unções que os fazem “infalíveis”.

O governo de uma  igreja realmente bíblica, deve ter a Bíblia como sua Única regra de fé e prática, e que embora, tenha e necessita de uma equipe de liderança madura que orienta a igreja em suas decisões, adota a forma  congregacional democrática como método de tomar as decisões admistrativas cercada de uma multidão de conselheiros, o que, coopera  para o bom andamento da missão da igreja como um corpo bem estruturado e ajustado por cada junta, conforme Efésios 4, 
Por isso, também, não abre mão da autonomia da igreja local (que não é o direito de fazer o que quer, sem prestar contas a ninguém, isto, é anarquia e não autonomia), porém, que a autonomia da igreja local lhe dá o direito de ser livre de qualquer arbitrariedade cometida por autoridade ou controle externo, tendo o direito de governar-se livre da interferência de qualquer hierarquia de indivíduos ou organizações (Tt  1:5)

Quanto a Associações e Concílios - É bíblico que verdadeiras igrejas realmente embasadas na sã doutrina, se associem entre si visando cooperarem umas  com as outras, em relação à apresentação e propagação da fé genuinamente Bíblica. Esta associação de igrejas somente deve ser feita se houver acordo quanto a uma declaração de fé realmente derivada da Bíblia, e que honra a Deus, não somente no que é enganosamente chamado de “as doutrinas essênciais”, mas quanto a todo ensino bíblico e prática genuinamente respaldados pela Bíblia. Os associados de uma associação devem respeitar a declaração de fé assinada de comum acordo, ou então, em sã consciência sair da mesma.
Uma igreja genuinamente bíblica jamais deve participar de concílios ecumênicos, tais como, o CMI – Concílio Mundial de Igrejas (composto por liberais apóstatas) e AEVB – Associação dos evangélicos do Brasil (composta por neo-evangélicos e pentecostais carismáticos); ADONEP - Associação dos homens de negócio do evangelho pleno (pentecostal e ecumênica), e toda e qualquer envolvimento com  entidades de natureza ecumênica, liberal, neo-evangélica e pentecostal carismática, tais como: retiro de pastores, missões, seminários, cursos de pós-graduação, acampamentos, igrejas, etc. -  pois acabará por comprometer a sua fé e confundir a cabeça dos seus membros, além, do mais grave, trair ao Senhor e a própria verdade.

Quanto ao Papel administrativo da Liderança da Igreja em relação as Associações de Igreja - Cada igreja local, porém, através de seu pastor e sua interpretação e aplicação da Escritura, deve ser o juiz exclusivo dos meios  e métodos que serão usados nesta cooperação e associação, até mesmo, separação. Os líderes da igreja local, conforme delegado ou decidido em assembleia congregacional democrática devem orientar a igreja e tratar de todos outros assuntos relacionados a membrezia, administração eclesiástica, disciplina, beneficência, governo da igreja e conveniência bíblica de se associar ou não a qualquer entidade para-eclesiástica  (At  15:19 31; 20:28; I Co  5:4 7, 13; I Pe  5:1-4)


A Importância Do Conceito Bíblico De Separação Eclesiástica Numa Fiel Igreja Fundamentalista Bíblica
Vimos que a palavra grega: eclesia [chamados para fora do mundo] – é por definição e natureza uma entidade que foi e deve continuar separada do mundo e de tudo que não consulta a verdade e a Santidade de Deus.

Razão Correta para a Separação bíblica
A separação do pecado é claramente exigida ao longo do Velho e do  Novo Testamento, isto porque as Escrituras claramente indicam que a  apostasia e o mundanismo tendem a aumentar especialmente nos últimos dias (II Co 6:14-7:1; II Tm 3:1-5).

Motivação Correta Para a Separação bíblica
Deve ser motivada por uma profunda gratidão pela graça imerecida que Deus nos concedeu e porque nosso glorioso Deus  é acima de tudo e de todos, merecedor de nossa consagração total, por isso todo o salvo deve viver de tal maneira que demonstre claramente o seu amor incondicional e sua adoração exclusiva a Deus e para não trazer blasfêmia ou vergonha ao nosso Senhor e Salvador.

Abrangência Correta da Separação Bíblica
A separação inclui qualquer negativa da sã doutrina e não, apenas do que é chamado pelos ecumênicos e neo-evangélicos de “doutrinas essenciais”, de modo que a ordem de Deus para cada crente genuíno, é que se separe clara e decididamente de toda apostasia e práticas religiosas mundanas e pecadoras.
(Rm  12:1 2, I Co  5:9 13; II Co 6:14-7:1; 1 Jo  2:15 17; 2 Jo  9 11).

Separação deve Causada por Vida Santa e Consagrada
E não Por Legalismo Farisaico
Cada crente genuíno deve ser separado para nosso Senhor Jesus Cristo (II Ts 1:11 12; Hb 12:1 2) esta separação para Cristo só é verdadeira quando a vida cristã de cada crente, é de fato, uma vida de retidão obediente a Bíblia, e que portanto, reflete o ensino das Bem-aventuranças e do Fruto do Espírito Santo (Mt 5:2-12; Gl 5:22-26) tendo como alvo da vida uma perseguição ininterrupta da santidade [o caráter moral de Deus]; a sabedoria [a visão de Deus]; a piedade [o temor do Senhor, amor a Deus e desejo ardente de Deus]  (Rm 12:1 2; II Co 7:1; Hb 12:14; Tt 2:11 14; I Jo 3:1 10).

Leia, por favor o seguinte estudo do Pastor Batista, Calvin Gardner, sobre:


Defesas para não Cair no Ecumenismo

Saiba que a verdade divide. A natureza da verdade é única, exclusiva e eliminatória. A verdade proclama: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo essa palavra, é porque não há luz neles." (Isa 8:20). A doutrina repreende, exorta, corrige e reprova com o intuito de que haja perfeição e "boa" obediência (II Tim 3:16,17; 4:2,16). O ensinamento da Palavra de Deus pode dividir (Heb 4:12, "mais penetrante que espada alguma de dois gumes"; Mat. 10:34). A perseguição não é errada se vem por amor da verdade. "A qual dos profetas não perseguiram vossos pais?" foi uma pergunta de Estêvão aos religiosos do seu tempo (Atos 7:52). Podemos perguntar também: "A qual dos apóstolos não perseguiram os religiosos desde o tempo de Cristo?", pois foram afligidos por pregar a verdade. "A qual dos nossos antepassados não precisavam perseverar perseguição?", podemos perguntar sobre a história dos batistas. Se vivermos piedosamente, sofreremos perseguição (II Tim 3:12). Por quê? Por causa da natureza da verdade e a natureza das trevas. Deus pergunta ao Seu povo: "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3). A resposta é clara, pois a verdade é única, exclusiva e eliminatória. "Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo" e os que usam o manto do evangelho para encobrir o erro de ecumenismo "vos odeia." (I João 3:13).

Conheça bem o seu Deus. Todo servo sincero quer agradar Quem o chamou, separou e vocacionou. Para agradar ao Senhor não é necessário grandes números, prédios maravilhosos, shows encantadores, sorrisos espontâneos, emoções profundas ou um ignorante desrespeito de normas, leis e doutrinas. Para agradar o Senhor é necessário conhecer a natureza soberana de Deus que faz beneficência, juízo e justiça na terra (Jer 9:23,24). Esse conhecimento somente é conseguido pela firmeza no livro da lei de Deus, na boca e no coração. Somente pela meditação sobre esse livro, dia e noite, é que podemos ter cuidado de fazer tudo conforme nele está escrito (Josué 1:8; Sal 1:2; Dan. 11:32; II Tim 2:15; 3:16, 17).

Ame a verdade. A verdade é ministrada pelo Espírito da verdade (João 14:17; 15:26; 16:13). Quem ama a verdade tem um relacionamento especial com Deus. A verdade vencerá no fim, pois Cristo é a verdade (João 14:6; Apoc 1:8) e somente os que são fiéis à verdade vencerão com Ele (Apoc 17:14). É a verdade que testifica Cristo (João 16:13) e aperfeiçoa o homem de Deus (II Tim 3:17), à medida da estatura completa de Cristo (Efés. 4:13). É pela verdade que o corpo é edificado a ponto de que os irmãos não sejam mais como meninos inconsistentes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efés. 4:11-16). Amar a verdade quer dizer ter tanto amor por ela, que a prática é radicalmente transformada. Não adianta nada falar da verdade e não praticá-la. Isso é o que os ecumênicos fazem (Mat. 23). O homem que ama a verdade e a pratica fará que tanto ele quanto o povo que o ouve sejam salvos de serem envergonhados (I Tim 4:16). Todos que têm uma dieta consistente da verdade pura serão fortes e farão proezas (Dan 11:32). Qualquer ação menos de obediência é uma persuasão que não vem dAquele que nos chamou (Gal 5:7,8).

Saia do erro. Não é uma graça ou sabedoria intelectual procurar esconder a luz que somos debaixo do alqueire. A verdade é luz e é impossível escondê-la (Mat. 5:14-16). Os que têm o entendimento bíblico serão como o Salmista que odiou "todo falso caminho" (Sal 119:104,128). O amor pelo Senhor Jesus Cristo faz com que deixemos "toda a impureza" (Efés. 5:1-6; I Tim 6:20). Os únicos que prevaricam e não perseveram na doutrina de Cristo são os que não têm a Deus (II João 9-11). Com tais não devemos nos identificar, manifestar disposição à convivência e diálogo, todavia, a esses devemos repreender (Rom. 16:17,1) e nos separar ao ponto de nem nos misturar (II Tess 3:6, 14), pois são soberbos e nada sabem (I Tim 6:3,4), apesar das suas aparências boas e ares de amor pela Palavra de Deus.

Reprove os que estão no erro. Parte da obra da palavra é de redargüir e repreender (Luc 17:3; II Tim 4:2). A repreensão é uma manifestação de amor (Apoc 3:19). A repreensão não deve partir da nossa emoção ou sentimento de superioridade, mas com autoridade e doutrina, e isso, com toda a longanimidade (II Tim 4:2; Tito 2:15). A repreensão pode fazer com que esses sejam sãos na fé (Tito 1:13), pode criar um temor nos que ainda não experimentaram com ele (I Tim 5:20) e estancar maior impiedade (I Cor 5:6,7; II Tim 2:15,16). Sempre gostamos de ser aceitos pelos nossos semelhantes, mas não podemos servir a dois senhores (Mat. 6:24; 12:30). O espírito militante não é alheio à doutrina bíblica (I Tess 2:2; II Tim 4:2, 3; Judas 3).
Praticando essas defesas, seremos dignos de ser identificados com nosso Salvador na Sua vitória (Apoc 17:14) e receber a coroa de justiça que está guardada para todos que amarem a sua vinda (II Tim 4:7,8).

Em amor Cristão, Pr. Calvin Gardner









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