Confrontando
O Moderno Crescimento De Igreja
Pr.
José Laérton Alves Ferreira
Pastor da Igreja Batista Regular Emanuel
Rua Espanha, 74 – Vila Peri – 60.721-110 – Fortaleza-Ce
Fone: 0**.85.292-6204
TESE:
Este Estudo pretende desenvolver os seguintes sub-temas, dentro do tema maior
acima:
Razão
do título –
confrontando o moderno crescimento da Igreja
– pg 02
A importância da Igreja e de sua sã doutrina – pg 03
I - O conceito e perfil da Igreja no Novo Testamento – pg 05
Definição
da palavra Igreja – pg 05
O sentido cristão da palavra Igreja – pg 05
Constituição da verdadeira Igreja de Cristo – pg 05
Período da Igreja na terra – pg 06
A natureza da Igreja – pg 06
A autoridade suprema da Igreja – pg 07
O propósito da Igreja segundo a Bíblia – pg 07
Os oficiais biblicamente designados –
pg 08
Os dons espirituais e ministério de cada crente – pg 09
As duas ordenanças simbólicas da Igreja – pg 10
A importância do conceito bíblico de separação eclesiástica – pg 11
a) razão
correta para a separação bíblica
b) motivação correta para a separação
bíblica
c) abrangência correta da separação
bíblica
d) separação deve ser causada por vida
santa e consagrada, e não por legalismo farisaico
Defesas para não cair no ecumenismo – artigo do Pr. Calvin Gardner - pg 12
II
– Exemplos de falsos ensinos e metodologias humanistas para crescimento de
Igreja – pg 13
1. A contextualização antropológica e a
filosofia de marketing como produtoras de crescimento de igrejas – Rick
Warren - livro: “Uma Igreja com propósitos”
a) Coisas que podem ser úteis na obra de Rick Warren
– pg 13
lembra-nos da importância de refletir e agir conforme os propósito da igreja
- os cinco propósitos da Igreja
lembra-nos da importância de reafirmar, se possível anualmente, o compromisso
de cada crente com Deus e com a Igreja através do pacto de membresia – pg
15
b) Fermento perigoso na obra de Rick Warren – pg 16
- sua mal disfarçada postura anti-conservadora, como se a tradição fosse um mal
em si mesmo;
- o velho pragmatismo explícito e apóstata reeditado em embalagem “bíblica”
- o velho e perigoso neo-evangelicalismo pragmático sob “nova” embalagem
- endosso à apostasia, e diálogo
com líderes apóstatas
2. O tipo de pregação positiva, antropológica e
psicologizada como produtora de crescimento de igreja - é o tipo de pregação
positiva falada por Rick Warren – pg 21
- alveja elevar a auto-estima
dos ouvintes
- o grande modelo deste tipo de pregação é Robert Schuller – pg 21
3. Sinais,
prodígios e maravilhas como produtores de crescimento da igreja
cura divina, exorcismos e revelações diretas de Deus – pg 24
- usando como exemplos: John
Wiber (EUA) e Bispo Macedo (Brasil)
– John Wimber – pg
24 – Paul Yonggi Cho – pg 27
4. Crescimento baseado em política, sobrenaturalismo, e teologia da prosperidade -
- o fenômeno de
crescimento da Igreja da IURD – – Bispo Macedo – pg 29
- explicação sócio-política do
crescimento da IURD – pg 29
- explicação teológica do
crescimento da IURD – pg 32
- o fênomeno de crescimento da
igreja da IIGD – Igreja de R.R. Soares
- uma análise bíblico-teológica-científica
sobre experiências "sobrenaturais"
III
– Música contemporânea – instrumentos barulhentos, múltiplos tambores da
bateria e dança como atrativos para fazer a igreja crescer – pg 37
- o culto psicodélico produzido
por música contemporânea – pg 45
IV
– Aspectos práticos e metodológicos de administração da igreja coerentes com a
sã doutrina
– pg 48
- A igreja vista como uma organização organizada e administrada em departamentos
- introdução: qual a
necessidade da organização da igreja em departamentos
(i) ter coragem para mudar o
estilo de liderança
(ii) trabalhar baseados em
alvos que levam a objetivos finais
V
- Conclusão deste estudo sobre crescimento da igreja – pg 52
- A soberania de Deus e o
crescimento da Igreja – pg 52
- Verdades que não podemos
esquecer – pg 53
0-
Introdução: Razão do Título – Confrontando o Moderno Crescimento da Igreja.
Confrontar – Segundo o Dicionário
Aurélio. Este termo vem do latim [confrontare], e significa, por frente
a frente; acarear: Comparar, cotejar; Fazer face; defrontar; Pôr-se em
confronto; enfrentar. Baseados nesta definição, se Deus assim nos ajudar, pretendemos confrontar as várias filosofias
e metodologias de crescimento de igreja com a Palavra de Deus, tendo sempre em
vista a igreja como coluna e baluarte da verdade, um corpo que deve crescer
sadio e forte, tão somente para a glória de Deus.
Significado De Crescer -
Já que vamos falar de crescimento, é bom entender o que a palavra significa. Em grego - pleonazw (pleonazou) – segundo o
Léxico do NT Grego/Português – (F.Wilbur Gingrich e Frederick W Danker)
significa: “ser ou tornar-se maior, mais, estar presente em abundância,
aumentar” (Rm 5:20; 6:1; II Co 4:15; Fp 4:17; II Ts 1:3; II Pe 1:8). Crescer em latim –Segundo o
dicionário Aurélio – Crescer, vem do latim [crescere.] e como no
grego, tem a idéia básica de aumentar: em volume, grandeza ou extensão; em
estatura ou altura; em intensidade, força ou ímpeto; em duração; em número ou
em quantidade; multiplicar-se; Nascer e desenvolver-se; Desenvolver-se (em
certo estado ou condição). Pelas definições acima, vemos que somente a idéia de aumentar ou
desenvolver-se de alguma forma, não ajuda a entender o que é o verdadeiro crescimento
da igreja, até porque, este termo pode aplicar-se tanto ao trigo, quanto ao
joio, ou seja, que o joio cresce (aumenta, desenvolve-se) do
mesmo jeito que o trigo (Mt 13:30)
Moderno - [Do latim: modernu.]
– significado: “Dos tempos atuais ou mais próximos de nós; recente; Atual, presente, hodierno; Que está na moda”.
Estes são sentidos básicos dados pelo dicionário aurélio, para a palavra moderno,
e aqui queremos destacar a idéia de atual ou da moda, pois, as
igrejas que priorizam crescimento acima de tudo, em geral, vivem a reboque da
última moda em termo de litúrgia, psicologia e teologia. É como se o princípio
básico para a igreja crescer exigisse um rompimento com o passado, como se tudo
que vem do passado devesse ser questionado, e o que é moderno e atual, é algo
bom e confiável. Além disto, convém salientar que o crescimento da igreja tem
sido algo muito vinculado não só a modernidade, mas especialmente a
pós-modernidade, no sentido, de ser um crescimento baseado na maioria das vezes
nas necessidades imediatistas do homem pós-moderno, onde em seu desespero
existencial não quer arriscar só ter prazeres na vida futura, mas quer gozar os
prazeres do mundo aqui e agora, e ainda manter uma consciência tranquila do
ponto de vista religioso.
A mística pós-moderna e
o crescimento da igreja – O pós-modernismo é um gigantesco fenômeno
global, filosófico, psicológico, social, político e religioso, onde a única
certeza é a incerteza, de modo que o homem pós-moderno desesperado em sua
dolorosa e traumatizante incerteza tenta buscar em experiências fortes,
místicas e pragmáticas a certeza de que
tanto carece. Por isso, às igrejas tentam contextualizar-se a pósmodernidade,
tendo como alvo, o homem pós-moderno,
onde um grande seguimento da sociedade pós-moderna é formada, pelos cultos,
endinheirados e chamados de “sem igreja”.
à Os “sem igreja”,
vivem uma contradição existencial, quando não se fecham no ateísmo ou
secularismo, parecem mais abertos ao misticismo do esoterismo pagão da Nova
Era, e em contra partida parecem mais arredios ao Cristianismo tradicional e
puramente bíblico. Ainda, este largo seguimento da sociedade , famintos de
significado e propósito para a vida, além de desejarem ter uma experiência
mística com Deus, uma espécie de contato imediato com a divindade provocador de
êxtesa e autenticação da existência, tentam ao mesmo tempo gozarem das benesses
oferecidas pelo mundo.
Tendo em vista isso,
muitas igrejas, criam aversão ao Cristianismo de tradição puramente
bíblica, e tentando pegar os “sem
igreja”, tentam ilusioriamente criar igrejas, que não se parecem igrejas e
que do ponto de vista Bíblico, podem ser identificadas com muitas coisas, menos
igrejas bíblicas, de fato, se prestam mais como: clube, casa de shows, programa
de auditório, clínica psicológica, cassino, pista de dança, tenda de “milagres
e exorcismo fajuto”, grupo criador de “catarse”, etc...,., do que como
verdadeiro santuario ao Deus Santissimo. As tais igrejas contextualizadas e
pragmatizadas, voltadas para satisfazer
as necessidades místicas, psicológicas, sociais e existênciais dos “sem igreja”, se esforçam por parecerem
espirituais e eternas, mas de fato, são hedonistas e imediatistas (mundanas e
mundanizantes), que fazem do ventre, o próprio deus e transformam a igreja, num
ambiente confortável, sofisticado e não ameaçador (por isso escondem a sã
doutrina, trocando-a pela psicologia), voltado prioritariamente para atender
todas as necessidades dos seus “adoradores”, e, embora não admitam isto,
só em segundo plano vem a adoração e o sacrificial serviço realmente consagrado
e voltado para Deus.
Algumas destas igrejas conseguem um fenomenal “crescimento”, pois baseadas na
filosofia de marketing, analisam em pesquisas “científicas”, todos os desejos
do seu público alvo, e não medem esforços para agradar seu “cliente”, com o fim de fisgá-lo. São
igrejas pragmáticas e causuísticas, norteadas pela filosofia que prega, que “os
fins [propósito], justificam os meios [metodologia], ou que “o propósito,
justifica a metodologia usada por ela para atingir o tal propósito, de modo
que, para fisgar o seu peixe usarão até mesmo isca podre ou envenenada, sem
perceber que o peixe fisgado está sentenciado a morte exatamente por causa da
isca podre e envenenada que injeriu.
A famosa “igreja
com propósito” de Rick Warren, é uma destas igrejas dirigida aos “sem
igreja” , que procura conciliar dois opostos irreconciliáveis, ou seja,
querem manter a igreja bíblica ao mesmo tempo que a mundanizam, dizem que
querem agradar a Deus primeiramente, mas todo o seu programa é feito para
agradar e priorizar o “cliente-membro”, onde as metodologias e ações marketeiras, acabam por
substituir ou não deixar espaço para a
obra genuína e soberana do Espírito Santo. Parece que tudo é previsível e
controlável, contrastando com o que a Bíblia diz sobre o Reino do Espírito e
sua atuação soberana, que de modo semelhante ao vento, não pode ser visto e nem
controlado quantoa questão de resultados e local de atuação. O próprio
Senhor Jesus Cristo descreveu esta ação
soberana do Espírito em convencer e converter o pecador: “Quando ele (o Espírito Santo) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”
(João 16:8) – “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde
vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.” (João
3:8)
0.1. - Importância Da Igreja E De Sua Sã
Doutrina
Demonstrada Por Cristo E Seus Apóstolos
Cristo usou
palavras que falam do valor incalculável
da igreja” "Pérola de Grande Preço" (Mt 16:43); Sua
"Noiva" - (Jo 3:29; Ap 19:7); "Tesouro escondido"
- (Mt 13:44; Ef 3:5, 6, 10)
A igreja foi
planejada na eternidade passada, primeiro que qualquer outra entidade ou
instituição da terra (Ef 1:4); Seu futuro é a glória eterna (Rm 8:18, 29,20); É
a única instituição que tem a garantia de invencibilidade (Mt 16:18); Cristo
pelo amor da igreja, deu a própria vida (Ef
5:25); Paulo considerou seu maior pecado, o fato de ter perseguido a
igreja (I Co 15:9); Por isso, pelo
amor que tinha pela igreja, não evitou nenhum sofrimento (Cl 1:24)
Demonstrado
Pelos Incontáveis Mártires da Igreja Primitiva
A igreja tem
sido o povo de Deus na terra que prefere o desconforto, desterro e até à morte,
do que barganhar com a verdade, neste sentido a igreja tem sido como Moisés e
os crentes primitivos que preferiram ser maltratados com o povo de Deus, do que
negociar com o mundo. (Hb 11:25);
Do mesmo modo, os apóstolos, tendo como um grande exemplo o aposto, Paulo,
estavam pronto a se deixar gastar e até serem oferecidos em libação (sacrifício)
por causa da igreja (II Co 12:15; Fp 2:17). Todos os apóstolos foram
martirizados, com exceção de João, o evangelista, até este, foi desterrado para
ilha maldita das cobras, ou a ilha prisão de Patmos. E a maioria deles, poderia
ter se livrado do martírio, nem precisariam
negar sua fé, bastariam negocioar sua fé, incluindo, misturando ou
contextualizando nela, alguns elementos da religião do imperador. Eles não
poderiam fazer isto com Cristo nem com sua igreja. Esta é a marca do verdadeiro
fundamentalismo bíblico, abrir das conveniencias pessoais e até da própria
vida, em favor da sã doutrina, que representa a própria saúde da igreja.
Por isso, deste Abel, aqueles que tem a vontade de Deus revelada com suficiente
e inegocíavel, tornam-se ardorosos e intrangisentes defensores da sã doutrina,
de modo que, corajamente batalham pela
fé uma vez por todas entre aos santos, mesmo que isto lhes custe a vida. Pois
sabem, que a igreja é a única trincheira contra o pecado e apostasia na terra,
por isso a Bíblia a chama de
"coluna e baluarte da verdade". Portanto, se a verdadeira
igreja se calar, a verdade sumirá da terra. Por isso, o verdadeiro
fundamentalista é aquele que não ama a própria vida no intuito de preservar a gloriosa verdade da Palavra de
Deus. (Jd 3; I Tm 3:15; Ap 12:11)
Como se aproximar do Estudo da Igreja e de tudo que se relaciona a ela
A igreja é o
tesouro particular e mais valioso de Cristo. Quem trabalha na lapidação desta
joia incalculável, deve fazê-lo com o cuidado de quem lida com a coisa mais
preciosa do Universo, deve, fazê-lo com santo respeito, humildade, e temor.
Compreender que ao estudar a igreja, está estudando uma instituição Divina, e
não uma instituição mutável, organizada pelos caprichos humanos para obter os
resultados previstos pelo homem (At 20:28); Que Deus não aceitará leviandade e
irreverência no trato daquele que é o seu projeto mais importante e que mais
lhe custou (Jo 3:16; Rm 5:8);
Que o Novo Testamento é o único manual Divino da Igreja, nada que contrarie,
distorça, adultere, suavize ou dilua com palavras enganosas, este manual ,pode
ter a aprovação Divina. Portanto, devem ser seguidos somente os princípios,
estratégias e exemplos derivados da Bíblia e nunca os do mundo (Rm 12:2).
Devem ser desprezados todos os meios de tratarem artificialmente a igreja, como
se fosse possível reproduzir artificialmente, por metodologia ou
tecnicidade humanas ou do mundo, aquilo que somente Deus em Sua Soberania
Eterna, Sabedoria infinita e Poder ilimitado podem produzir. Toda pretensão e
soberba humana retratata na vã tentativa de se recriar a igreja
através de filosofias antropológicas contextualizantes, aos moldes e gostos
humanos fracassarão e estarão sob maldição divina.
I - O Conceito E Perfil Da Igreja No Novo Testamento
A falta de pregação e ensino sobre a sã doutrina da
igreja, tem levado a muitos pensarem que podem recriar a igreja
conforme se adapte melhor ao nosso século ou ao gosto humano. Sabemos, pela
Bíblia, que a igreja, segundo o perfil Bíblico, nunca foi do agrado dos
perdidos e carnais, e que não é através de metodologias contextualizantes e
filosofias contemporâneas de crescimento de igreja que iremos verdadeiramente
ajudar a edificar a igreja de Cristo aqui na terra.
Quem, de
verdade, conhece e crer na sã doutrina Bíblica acerca da igreja de Cristo, não
pode se deixar enganar pelo crescimento estrondoso da maioria de igrejas
modernas, que se tornaram fábricas de crentes em série,
por um processo, dito por eles como “científico”,
pois, pode ser controlado pelo homem e cujos resultados podem ser perfeitamente
previstos. Voltemos juntos, a sã doutrina bíblica da igreja, para sabermos o
que realmente ela é, e para que realmente se destina, ou, qual é de fato o seu
propósito aqui na terra.
Definição Da Palavra
Igreja
– Seu sentido original vem do grego: “eclesia”,
que é uma mistura das palavras gregas, “ek” (Ek) + ”kaleo“ (kaleo) = Eclesia.
Vejamos os significado de ambas separadas e depois juntas. Ek - (Ek) à É uma proposição primária com o sentido de origem (o
ponto onde a ação ou movimento procedem), a partir de, fora
de (um lugar, tempo ou causa; literal ou figurativo). kalew - (kaléo) à Este verbo tem o sentido de chamar em alta voz, convidar chamando pelo nome em alta voz, convocar.
Juntando ek com kalew
temos ekklhsia (chamar para fora), significando basicamente "os chamados para fora", e neste sentido nem sempre se referiu a um grupo
reunido com finalidade religiosa.
O Sentido Cristão Da
Palavra Igreja
Foi
o Cristianismo que transformou a palavra “Eclesia” em um termo
técnico de caráter, quase que, exclusivamente religioso. Esse sentido da palavra igreja, tem embutido, a idéia de separação,
ou seja, só é igreja, aqueles que foram chamados para fora ou separados do
mundo, do inferno, do pecado, da carne, do Diabo, da apostasia e de toda a
negativa da fé, para pertencerem e servirem fielmente a Deus. Por isso,
somente uma igreja verdadeiramente
separada é uma verdadeira igreja.
Podemos sumariar o sentido da palavra igreja como: A igreja é Uma assembleia de cristão reunidos para adoração em um encontro religioso; Uma
companhia de cristãos, ou daqueles que,
esperando a eterna salvação em Jesus Cristo, observam seus ensinos e ritos
religiosos, realizam seus encontros religiosos, e gerenciam seus próprios
negócios, de acordo com as regras prescritas pelo corpo, cuja finalidade é a
boa ordem. IGREJA LOCAL - Aqueles que são unidos como um corpo local de crentes em qualquer cidade, vila, constituem uma congregação (Rm 16.16); Igreja
Universal - O corpo
inteiro de cristãos espalhados através
da Terra, no período de tempo que inicia com o Pentecostes e vai até o arrebatamento
(Ef 1.22); Igreja
Militante - A totalidade dos cristão genuínos vivos na
Terra. (I Tm 3:15); Igreja Na Glória - A assembleia de
Cristãos fiéis que já morreram e
foram recebidos no céu (I Ts 4:14-16; Hb 12:22); A palavra Eclesia no Novo Testamento significa tanto a igreja
universal ou a congregação local de crentes
regenerados pelo Espírito Santo de Deus, mediante arrependimento genuíno de
pecados e fé salvadora em Jesus Cristo.
Constituição Da Verdadeira Igreja De Cristo
A igreja verdadeira é uma produção Divina
constituída somente por salvos, ou seja, por todo aquele que ao
ouvir a genuína pregação do evangelho bíblico, é convencido a arrepender-se
sinceramente de uma vez por todas de todos os seus pecados e a romper
definitivamente com o mundo, e através da percepção espiritual de que
está irremediavelmente perdido, coloca incondicionalmente toda a
sua fé em Jesus Cristo e em sua obra vicária, perfeita e final na
cruz do Calvário, sendo isto a regeneração espiritual, que
imediatamente o coloca por uma obra soberana e sobrenatural do Espírito Santo
em uma união vital, única e eterna com Cristo e Seu corpo místico e
espiritual, a igreja. (I Co 12:12 13),
a Sua noiva (II Co 11:2; Ef 5:23 32; Ap
19:7 8), O corpo do qual é a Cabeça (Ef 1:22; 4:15; Cl 1:18).
Por isso, por ser uma produção soberana de Deus, a igreja que é
produção humana, ou seja, resultado das metodologias humanísticas e
antropocêntricas dos homens, não é verdadeiramente a igreja de Cristo. Parece,
mas não é. Assim como o homem não pode produzir uma pérola genuína, só uma
imitação muito parecida. A assim, é a verdadeira igreja, como uma pérola única
e inigualável, que somente Deus, em sua Soberania, Amor e Perfeição, pode produzir.
Período Da Igreja Na Terra
Jesus Cristo durante seu ministério terreno disse
que edificaria a Sua Igreja (Mt 16:18) – de modo que, Ele próprio é a Pedra
angular da igreja, Única e Insubstituível, e seus apóstolos e profetas seriam o
fundamento (Ef 2:20), e o edifício ou santuário espiritual construído sobre
esta Pedra e esse fundamento seria a igreja, que começou de modo oficial no Dia
de Pentecostes (At 2:1, 21, 38 47) e será completado na vinda de
Cristo por ocasião do arrebatamento (I Co 15:51 52; I Ts 4:13
18).
A Natureza da Igreja
A verdadeira igreja de Cristo, que é um contraste
absoluto com a igreja de Satanás na terra, é um organismo espiritual sem igual
projetado por Cristo, formado de todos os nascidos de novo pela fé, oriundo de
todos os povos, que são chamados a Cristo, nesta era ou dispensação
presentes (Ef 2:11 3:6). A igreja é
distinta de Israel (I Co 10:32), e é chamada de um “mistério” não revelado até
que esta era presente fosse inaugurada, entre o pentecostes e o arrebatamento.
(Ef 3:1 6; 5:32).
O
estabelecimento e continuidade de igrejas locais é claramente ensinado e
definido no Novo Testamento (At 14:23, 27; 20:17, 28; Gl 1:2; Fp 1:1; I Ts 1:1;
II Ts 1:1) e que os membros do Corpo espiritual são dirigidos para associarem-se em assembleias locais (I Co 11:18 20; Hb
10:25).
Há algo sobre a natureza da igreja, que é lamentavelmente esquecido nos dias
atuais, que tudo que Deus faz, Satanás tenta imitar, e muitas vezes, a imitação
de Satanás, aos olhos desavisados, parece mais autêntica do que aquilo que Deus
criou originalmente. O próprio Cristo advertiu, que Satanás faria isso a ponto
de enganar se fosse possível os próprios eleitos. Com a igreja não é diferente,
satanás tem a sua igreja na terra, de modo tão parecido com a igreja de Cristo,
que facilmente alguém sem discernimento Bíblico pode se deixar enganar. Veja
abaixo um gráfico que mostra de modo resumido, o contraste absoluto,
entre a a igreja verdadeira, a virgem, noiva e igreja de Cristo,
e a igreja falsa, a grande meretriz, amante e igreja do anticristo.
II Co
11:2-3,13-14 - “Porque zelo por vós com
zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem
pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente
enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a
vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a
Cristo... Porque
os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos,
transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o
próprio Satanás se transforma em anjo de luz”.
Ap 17:1-5 - “...Vem, mostrar-te-ei
o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas
águas, com quem se prostituíram os
reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os
que habitam na terra. Transportou-me o
anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate,
besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres.
Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro,
de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro
transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na
sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: Babilônia, A Grande,
A Mãe Das Meretrizes E Das Abominações Da Terra”.
A Igreja
Verdadeira |
A Igreja Falsa |
Virgem
casta |
Grande
Prostituta |
A Autoridade Suprema Da
Igreja
Nos
dias atuais, e especialmente nas igrejas metidas a “modernas”, como,
também, o foi ao longo da história da igreja, têm aparecido pretensas autoridades com a suposta competência para
mudar o perfil da igreja. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas, a autoridade
suprema da igreja é Cristo (I Co 11:3;
Ef 1:22; Cl 1:18) e que qualquer coisa que se relacione com a igreja, tais
como: seu propósito, sua liderança, seus dons , organização, disciplina, e
adoração devem ser, tudo igualmente
designado através de Sua soberania como encontradas nas Escrituras.
O Propósito Da Igreja Segundo A Bíblia
Muitos
hoje estão tentando definir o propósito da igreja, como se ele já não estivesse
claramente definido na Bíblia. O livro de Rick Warren, “Igreja com
Propósito”, se propõe a ensinar qual deve ser o propósito da igreja, quanto
ao público alvo da igreja, quando Cristo já disse: “”toda Criatura”, e o
alvo geográfico, quando Cristo já o definiu como sendo: “Jerusalém, toda
judéia, Samaria e até os confins da Terra”. De fato, o propósito de Rick
Warren e de outros de mesma filosofia, é determinar, como ele mesmo diz, o alvo
mais fácil de ser evangelizado (melhor dizendo, mais conveniente, ou ainda, que
traz melhor rentabilidade). No caso. Rick Warren, ele determinou como seu alvo,
os ricos, bem educados, e “sem igreja”. Muito conveniente, não acham?
Glorificar Deus e Buscar Seu Reino e Sua
Justiça em primeiro lugar, através do cultivo de uma verdadeira
espiritualidade e piedade, o que inclui: o temor do Senhor, Amor imorredouro e
crescente para com Deus e desejo ardente de Deus, numa busca constante de
santidade e verdadeira intimidade com Deus
(Ef 3:21)
Edificar si mesma na fé santíssima das Escrituras (Ef 4:13 16),
através: do ensino fiel, da toda suficiente e sempre relevante Palavra de
Deus (II Tm 2:2, 15; 3:16 17), de uma
comunhão dos santos que é ao mesmo tempo significativa, disciplinadora,
restauradora e amorosa e que se separa daqueles que comungam com o pecado e
apostasia ou dos que não se separam dos que persistem no erro (At 2:47; 1 Jo
1:3; II Ts 3:6,7,11), mantendo as ordenanças, conforme as
normas Bíblicas: Batismo (por imersão), somente para os
regenerados (que realmente dão frutos de arrependimento e fé genuína) e que
testemunham novidade de vida; e Ceia do Senhor, somente para os
que andam em santa comunhão na igreja (Lc
22:19; At 2:38 42; 8:35-38; Rm
6:3-6; I Co 11:23-33).
Avançar resoluta e destemidamente com o Santo Evangelho, com o
intuito de comunicá-lo em sua
pureza e simplicidade a toda criatura, sem medir esforços ou
sacrifícios, tendo a consciência de que um crente que não ganha almas,
possivelmente nem crente é, ou no mínimo, não tem os frutos visíveis quanto a
sua fidelidade em relação a real missão do crente na terra.
Muitas igrejas não crescem não é porque não têm se contextualizado ou não tem
seguido a metodologia mais moderna, mas tão somente, porque tem sido preguiçosas,
infiéis e desobedientes a ordem de semear o
evangelho. Quem muito semeia, muito ceifa, que pouco semeia pouco ceifa.
(Mt 28:19; At 1:8; 2:42). Em II Coríntios 9:6 é dada a razão porque
muitas igrejas não crescem e outras conseguem crescer - “E isto afirmo: aquele que semeia pouco
também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.”
Discipular cada crente para ser um obreiro ou ministro leigo –
com a consciência de que cada crente foi salvo para servir, e um salvo que não
serve, pode está a testemunhar que não é salvo, pois o “fruto” é
algo a ser esperado de uma árvore viva, senão está doente ou morta (Ef 4).
Portanto, a Grande comissão da igreja é de caráter prioritário
e urgente urgentíssimo, e consiste do incansável
evangelismo pessoal dos perdidos e do discipulado eficiente
dos novos ou deficientes na fé, acompanhando-os até que eles sejam maduros e
capazes de se reporduzirem (Mt 28:19 20; II Tm 2:2), O discipulado implica na responsabilidade mútua
de todos os crentes uns para com os
outros (Mt 18:5 14), inclui também a
necessidade de disciplinar os membros em pecado da congregação de, acordo com as normas da
Escritura (Mt 18:15 22; At 5:1-11; I Co 5:1 13; II Ts 3:6 15; I
Tm 1:19-20; Tt 1:10, 16).
E por último, para garantir a força, saúde e integridade da igreja, é, seu
propósito inarredável, não só edificar a igreja, mas, também, zelar para que
ninguém destrua esta edificação, e isto, implica em, Batalhar pela Fé uma vez por todas entregue
aos santos, como Coluna e Baluarte da verdade, ou seja, primeiramente
viver a fé de tal modo, que a própria vida do crente, seja a maior apologia e
defesa de sua fé, e em segundo lugar,
permanecendo vigilante, para que possa perceber e denunciar toda negativa da fé
bíblica, assim mantendo-se separado de todo tipo de apostasia e de todas as
formas de erro e mundanismo que
gangrenam e têm matado às igrejas infiéis (I Tm 3:15; Jd 3,4).
Os Oficiais
Biblicamente Designados
As
igrejas “modernas-liberais-modernistas” têm inventados oficiais
anacrônicos e anti-bíblicos, alegando terem recebidos unções extraordinárias,
de fato buscam status e poder espiritual que lhes garanta dominar sobre o povo
de Deus e lhes extorquir tudo que puderem. São lobos disfarçados de ovelhas,
mercenários que servem só a si mesmos e julgam ser a piedade grande fonte de
lucro (I Tm 6:3-5; II Pe 2:1-2). Indentificam-se a mesmo como:
Profetas e Profetizas Contemporâneos – com o dom de receber
profecias extra-bíblicas para a orientação atual da igreja (tais indivíduos
estão sob os anátemas de Gl 1:1-9 e Ap 22:18-19); Apóstolos
(grupo restrito aos dozes e a Paulo como um nascido fora de Tempo); Bispos
e pasmem, Bispas, como um tipo de ofícial
hierarquicamente superior ao pastor; Pastoras e Diaconisas
- figuras estranhas ao Novo Testamento, que claramente, proíbe a mulher de
exercer autoridade sobre homens tanto na igreja como no lar – Para os que crêem
na Bíblia sem questionar, sem condicioná-la aos argumentos falaciosos do
liberalismo teológico, do movimento de liberação femenina e da filosofia
unissex - I Tm 2:12, é claro: “E não permito que a mulher ensine, nem
exerça autoridade de homem”;
O conceito de liderança dado por Cristo é sintetizado pelo seu exemplo
em Mc 10:45 – “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Para Cristo, liderar tinha
como propósito único servir. Por isso, os oficiais da igreja, são líderes-servos,
que servem sob a autoridade de Cristo e executam suas funções,conforme
delegado, e decidido pela assembleia congregacional democrática. É
pré-requesito indispensável um caráter santo acima da capacitação
para o oficio, isto porque eles são acima de tudo um modelo para
o rebalho do Senhor e para os demais líderes da igreja. Eles são:
Pastores
- A Bíblia usa vários nomes para se referir ao pastor da igreja, esses nomes
não são cargos diferentes, mas funções diferentes que tratam das várias funções
pastorais, isso é entendido, porque estes termos são usados de modo
intercambiável na Bíblia, ou seja, tanto faz usar um nome ou outro, e que os vários significados destas palavras
retratam as várias funções pastorais: “Pastores
e mestres” (Ensinar - guia e mestre do rebanho); “bispos”
(Administrar - supervisão ou superintendência), “presbíteros”
(Aconselhar - anciãos ou alguém maduro capaz de aconselhar). (At 20:28; Ef 4:11).
Diáconos – Conforme Atos 6, foram designados como auxiliares do
pastor e da igreja, cuja função é designada como “servir as mesas”, no
sentido de zelar pelos aspectos materiais da vida da igreja, para que os
pastores tenham mais tempo para se dedicar à oração e ao estudo da Palavra.
Quando exercem bem sua função são jóias preciosíssimas, que fortalecem a igreja
e são um apoio ao pastor (At 6);
à
Ambos de quem deve ser requerido às
qualificações bíblicas (I Tm 3:1 13;
Tt 1:5 9; I Pe 5:1 5).
Mais
uma vez, convém salientar que estes líderes, embora, liderem ou administrem
como servos de Cristo (I Tm 5:17 22)
eles têm a sua autoridade dada por Cristo para dirigirem a igreja, e só poderão
liderar se a igreja se deixar liderar. Por isso, a congregação tem o dever de
cooperar e submeter-se à liderança
(bíblica) daqueles que Deus estabeleceu como guias, pastores e líderes-servos
da igreja (Hb 13:7, 17).
Os Dons Espirituais e Ministério de Cada Crente
Na
igreja todos têm o chamado de Deus e a capacitação do Espírito Santo para o
serviço sagrado, que é um dever e elevado privilégio de todos os santos, ou
seja, Deus espera, que cada crente tenha um ministério fiel e frutífero (I Co 15:58; Ef 4:12; Ap 22:12).
Duas categorias de Dons Espirituais
Capacitação de Cada Crente. Os dons
temporários de sinais (profecias, revelações, milagres, línguas,
etc...) cessaram historicamente como havia sido profetizado em I Co 8:13,
porque cumpriram o propósito de autenticar a messianidade de Cristo e
apostolado daqueles que escreviam o Novo Testamento. Porém, os dons
espirituais de serviço, ou capacitações para exercício dos vários
ministérios que suprem necessidades específicas da igreja foram dados para que
cada crente coopere com Deus no realizar Seu propósito no mundo.
Estas
duas categorias de dons existiram simultaneamente na igreja apostólica, antes
do fechamento do cânon:
Dons de caráter Temporário - Sinais miraculosos autenticadores
Revelação profética, cura divina,
línguas - Dados temporariamente, na era
apostólica com a finalidade de confirmar a autenticidade da mensagem dos
apóstolos, e cessaram profética e historicamente com o fechamento do cânon (Hb
2:3 4; II Co 12:12; Ap 22:18-19);
Dons de caráter Permanente - Capacitações para servir ou exercer
ministério:
Dados para equipar cada crente na obra
de edificar um ao outro e proclamar o evangelho.Com o término do Novo Testamento,
a revelação de Deus ficou completa, de modo que a Suficiência total e
autoridade suprema da Bíblia – A Escritura se torna o teste exclusivo da
autenticidade de mensagem de um homem e dons autenticatórios de natureza
milagrosos não são mais necessários para validar um homem ou sua mensagem (I
Co 13:8-12). Por isso, dons
Miraculosos podem até ser falsificados
por Satanás para enganar até aos
crentes (I Co 13:13-14:12; Ap 13:13
14).
Homens são dados como dons de Deus - Ele dá homens
escolhidos e vocacionados com o
propósito de equipar os santos para a obra do ministério (Ef 4:7-12);
Habilidades espirituais únicas e especiais a cada membro do Corpo de
Cristo - Por isso, no Tribunal de Cristo, cada crente dará contas de
seu ministério quanto ao uso dos dons de serviço (pregar, ensinar, aconselhar,
liderar, contribuir, exercer misericórdia e socorro, servir em qualquer
obra, etc...) (Rm 12:5-8; I Co 12:4-31; I Pe
4:10-11 - Mt 18:23; II Co 5:10).
Os únicos dons em operação
atualmente são aqueles de natureza não revelatória, e com a fim
de equipar os santos com habilidades
para mútua edificação e serviço aos perdidos
(Rm 12:6 8).
Portanto, ninguém hoje, possui o dom de cura, mas Deus ouve e responde a oração de fé e responderá
conforme Sua vontade perfeita em
relação ao doente e aflito. (Lc 18:1 6;
Jo 5:7 9; II Co 12:6 10; Tg 5:13 16; 1
Jo 5:14 15).
As Duas Ordenanças Simbólicas da Igreja
A Bíblia apresenta o Batismo e a
Ceia do Senhor como rituais
simbólicos da graça salvadora recebida exclusivamente pelo
arrependimento de pecados e fé em cristo, e não como “sacramentos”,
ou seja, rituais, que transferem graça salvadora aos que participam dos mesmos.
(Atos 2:38 42).
O modo bíblico do batismo
cristão é por imersão (Atos 8:36 39) e significa um
testemunho solene e dramático
de um crente mostrando a todos o que aconteceu de modo invisível quando
ele foi salvo, ou seja, visualiza sua fé e indentificação total com o Salvador
crucificado, sepultado , e ressurreto,
e sua união com Ele em sua morte para o pecado e ressurreição para uma nova
vida (Romanos 6:1 11). É também um sinal de companheirismo e identificação com
o Corpo visível de Cristo (Atos 2:41 42).
A Ceia do Senhor é a comemoração e a proclamação de Sua morte até que Ele venha, e devia
ser sempre precedida por solene e contrito auto-exame provocador de
arrependimento verdadeiro e crescimento na santificação, por isso, é a comunhão
dos santos, e assim sendo, devem ser proibidos de participar dela todos os que
andam em flagrante pecado e impenitência.
(I Co 11:28 32). Os elementos da Comunhão são somente símbolos
representativos da carne e sangue de Cristo, a Ceia do Senhor é não
obstante uma comunhão real com o Cristo ressurreto que está presente de uma
maneira toda especial, comungando com o seu povo. Por isso, a crença na transubstanciação
dos elementos da Ceia (a crença católica romana de que os elementos, pão e
vinho, transformam-se realmente na carne e sangue de Cristo, que inclusive
devem ser adorados), é uma aberração teológica e idolátrica que deve ser
definitivamente repudiada (I Co 10:16).
O Governo Da Igreja Local E Sua Relação Com Entidades
Para-Eclesiásticas
O governo das igrejas “modernistas e liberais” tende a
ficar centralizados na autoridade infalível de um homem ou de um pequeno grupo
de homens, supostamente infalíveis e nos casos pentecostais com unções que os
fazem “infalíveis”.
O governo de uma igreja realmente
bíblica, deve ter a Bíblia como sua Única regra de fé e
prática, e que embora, tenha e necessita de uma equipe de liderança
madura que orienta a igreja em suas decisões, adota a forma congregacional democrática
como método de tomar as decisões admistrativas cercada de uma multidão de
conselheiros, o que, coopera para o bom
andamento da missão da igreja como um corpo bem estruturado e ajustado por cada
junta, conforme Efésios 4,
Por isso, também, não abre mão da autonomia da igreja local (que
não é o direito de fazer o que quer, sem prestar contas a ninguém, isto, é anarquia
e não autonomia), porém, que a autonomia da igreja local
lhe dá o direito de ser livre de qualquer arbitrariedade cometida por
autoridade ou controle externo, tendo o direito de governar-se livre da
interferência de qualquer hierarquia de indivíduos ou organizações (Tt 1:5)
Quanto a Associações e Concílios - É bíblico que verdadeiras igrejas
realmente embasadas na sã doutrina, se associem entre si visando cooperarem
umas com as outras, em relação à
apresentação e propagação da fé genuinamente Bíblica. Esta associação de
igrejas somente deve ser feita se houver acordo quanto a uma declaração de fé
realmente derivada da Bíblia, e que honra a Deus, não somente no que é
enganosamente chamado de “as doutrinas essênciais”, mas quanto a todo ensino
bíblico e prática genuinamente respaldados pela Bíblia. Os associados de uma
associação devem respeitar a declaração de fé assinada de comum acordo, ou
então, em sã consciência sair da mesma.
Uma igreja genuinamente bíblica jamais deve participar de concílios ecumênicos,
tais como, o CMI – Concílio Mundial de Igrejas (composto por liberais
apóstatas) e AEVB – Associação dos evangélicos do Brasil (composta por
neo-evangélicos e pentecostais carismáticos); ADONEP - Associação dos
homens de negócio do evangelho pleno (pentecostal e ecumênica), e toda e qualquer
envolvimento com entidades de natureza
ecumênica, liberal, neo-evangélica e pentecostal carismática, tais
como: retiro de pastores, missões, seminários,
cursos de pós-graduação, acampamentos, igrejas,
etc. - pois acabará por comprometer
a sua fé e confundir a cabeça dos seus membros, além, do
mais grave, trair ao Senhor e a própria verdade.
Quanto ao Papel administrativo da Liderança da Igreja em relação as
Associações de Igreja - Cada igreja local, porém, através de seu pastor e
sua interpretação e aplicação da Escritura, deve ser o juiz exclusivo dos
meios e métodos que serão usados nesta
cooperação e associação, até mesmo, separação. Os líderes da igreja local,
conforme delegado ou decidido em assembleia congregacional democrática devem
orientar a igreja e tratar de todos outros assuntos relacionados a membrezia,
administração eclesiástica, disciplina, beneficência, governo da igreja e
conveniência bíblica de se associar ou não a qualquer entidade
para-eclesiástica (At 15:19 31; 20:28; I Co 5:4 7, 13; I Pe 5:1-4)
A Importância Do Conceito Bíblico De Separação Eclesiástica Numa
Fiel Igreja Fundamentalista Bíblica
Vimos que a palavra grega: eclesia [chamados para fora do mundo] –
é por definição e natureza uma entidade que foi e deve continuar separada do
mundo e de tudo que não consulta a verdade e a Santidade de Deus.
Razão
Correta para a Separação bíblica
A separação do pecado é claramente exigida ao longo do Velho e
do Novo Testamento, isto porque as
Escrituras claramente indicam que a
apostasia e o mundanismo tendem a aumentar especialmente nos últimos
dias (II Co 6:14-7:1; II Tm 3:1-5).
Motivação Correta Para a Separação bíblica
Deve ser motivada por uma profunda gratidão pela graça imerecida
que Deus nos concedeu e porque nosso glorioso Deus é acima de tudo e de todos, merecedor de nossa consagração total,
por isso todo o salvo deve viver de tal maneira que demonstre claramente o seu
amor incondicional e sua adoração exclusiva a Deus e para não trazer blasfêmia
ou vergonha ao nosso Senhor e Salvador.
Abrangência Correta da Separação Bíblica
A separação inclui qualquer negativa da sã doutrina e não, apenas do que é
chamado pelos ecumênicos e neo-evangélicos de “doutrinas essenciais”, de modo
que a ordem de Deus para cada crente genuíno, é que se separe clara e
decididamente de toda apostasia e práticas religiosas mundanas e pecadoras. (Rm 12:1 2, I
Co 5:9 13; II Co 6:14-7:1; 1 Jo 2:15 17; 2 Jo 9 11).
Separação
deve Causada por Vida Santa e Consagrada
E não Por Legalismo Farisaico
Cada
crente genuíno deve ser separado para nosso Senhor Jesus Cristo (II Ts 1:11 12;
Hb 12:1 2) esta separação para Cristo só é verdadeira quando a vida cristã de
cada crente, é de fato, uma vida de retidão obediente a Bíblia, e que portanto,
reflete o ensino das Bem-aventuranças e do Fruto do Espírito Santo (Mt 5:2-12;
Gl 5:22-26) tendo como alvo da vida uma perseguição
ininterrupta da santidade [o caráter moral de Deus]; a sabedoria [a visão de
Deus]; a piedade [o temor do Senhor, amor a Deus e desejo ardente de Deus] (Rm 12:1 2; II Co 7:1; Hb 12:14; Tt 2:11 14;
I Jo 3:1 10).
Leia, por favor o seguinte estudo do Pastor Batista, Calvin
Gardner, sobre:
Defesas para
não Cair no Ecumenismo
Saiba
que a verdade divide. A natureza da verdade é única, exclusiva e
eliminatória. A verdade proclama: "À lei e ao testemunho! Se eles não
falarem segundo essa palavra, é porque não há luz neles." (Isa 8:20). A
doutrina repreende, exorta, corrige e reprova com o intuito de que haja
perfeição e "boa" obediência (II Tim 3:16,17; 4:2,16). O ensinamento
da Palavra de Deus pode dividir (Heb 4:12, "mais penetrante que espada
alguma de dois gumes"; Mat. 10:34). A perseguição não é errada se
vem por amor da verdade. "A qual dos profetas não perseguiram vossos
pais?" foi uma pergunta de Estêvão aos religiosos do seu tempo (Atos
7:52). Podemos perguntar também: "A qual dos apóstolos não perseguiram os
religiosos desde o tempo de Cristo?", pois foram afligidos por pregar a
verdade. "A qual dos nossos antepassados não precisavam perseverar
perseguição?", podemos perguntar sobre a história dos batistas. Se
vivermos piedosamente, sofreremos perseguição (II Tim 3:12). Por quê? Por causa
da natureza da verdade e a natureza das trevas. Deus pergunta ao Seu povo:
"Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós
3:3). A resposta é clara, pois a verdade é única, exclusiva e eliminatória.
"Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo" e os que usam o manto
do evangelho para encobrir o erro de ecumenismo "vos odeia." (I João
3:13).
Conheça
bem o seu Deus. Todo
servo sincero quer agradar Quem o chamou, separou e vocacionou. Para agradar ao
Senhor não é necessário grandes números, prédios maravilhosos, shows
encantadores, sorrisos espontâneos, emoções profundas ou um ignorante
desrespeito de normas, leis e doutrinas. Para agradar o Senhor é necessário
conhecer a natureza soberana de Deus que faz beneficência, juízo e justiça na terra (Jer 9:23,24). Esse conhecimento somente é
conseguido pela firmeza no livro da lei de Deus, na boca e no coração. Somente
pela meditação sobre esse livro, dia e noite, é que podemos ter cuidado de
fazer tudo conforme nele está escrito (Josué 1:8; Sal 1:2; Dan. 11:32; II Tim
2:15; 3:16, 17).
Ame
a verdade. A
verdade é ministrada pelo Espírito da verdade (João 14:17; 15:26; 16:13). Quem
ama a verdade tem um relacionamento especial com Deus. A verdade vencerá no
fim, pois Cristo é a verdade (João 14:6; Apoc 1:8) e somente os que são fiéis à
verdade vencerão com Ele (Apoc 17:14). É a verdade que testifica Cristo (João
16:13) e aperfeiçoa o homem de Deus (II Tim 3:17), à medida da estatura
completa de Cristo (Efés. 4:13). É pela verdade que o corpo é edificado a ponto
de que os irmãos não sejam mais como meninos inconsistentes, levados em roda por
todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente." (Efés. 4:11-16). Amar a verdade quer dizer ter tanto
amor por ela, que a prática é radicalmente transformada. Não adianta nada falar
da verdade e não praticá-la. Isso é o que os ecumênicos fazem (Mat. 23). O
homem que ama a verdade e a pratica fará que tanto ele quanto o povo que o ouve
sejam salvos de serem envergonhados (I Tim 4:16). Todos que têm uma dieta
consistente da verdade pura serão fortes e farão proezas (Dan 11:32). Qualquer
ação menos de obediência é uma persuasão que não vem dAquele que nos chamou
(Gal 5:7,8).
Saia
do erro. Não é uma
graça ou sabedoria intelectual procurar esconder a luz que somos debaixo do
alqueire. A verdade é luz e é impossível escondê-la (Mat. 5:14-16). Os que têm
o entendimento bíblico serão como o Salmista que odiou "todo falso
caminho" (Sal 119:104,128). O amor pelo Senhor Jesus Cristo faz com que
deixemos "toda a impureza" (Efés. 5:1-6; I Tim 6:20). Os únicos que
prevaricam e não perseveram na doutrina de Cristo são os que não têm a Deus (II
João 9-11). Com tais não devemos nos identificar, manifestar disposição à
convivência e diálogo, todavia, a esses devemos repreender (Rom. 16:17,1) e nos
separar ao ponto de nem nos misturar (II Tess 3:6, 14), pois são soberbos e
nada sabem (I Tim 6:3,4), apesar das suas aparências boas e ares de amor pela
Palavra de Deus.
Reprove
os que estão no erro. Parte da obra da palavra é de redargüir e
repreender (Luc 17:3; II Tim 4:2). A repreensão é uma manifestação de amor
(Apoc 3:19). A repreensão não deve partir da nossa emoção ou sentimento de
superioridade, mas com autoridade e doutrina, e isso, com toda a longanimidade
(II Tim 4:2; Tito 2:15). A repreensão pode fazer com que esses sejam sãos na fé
(Tito 1:13), pode criar um temor nos que ainda não experimentaram com ele (I
Tim 5:20) e estancar maior impiedade (I Cor 5:6,7; II Tim 2:15,16). Sempre
gostamos de ser aceitos pelos nossos semelhantes, mas não podemos servir a dois
senhores (Mat. 6:24; 12:30). O espírito militante não é alheio à doutrina
bíblica (I Tess 2:2; II Tim 4:2, 3; Judas 3).
Praticando essas defesas, seremos dignos de ser identificados com nosso
Salvador na Sua vitória (Apoc 17:14) e receber a coroa de justiça que está
guardada para todos que amarem a sua vinda (II Tim 4:7,8).
Em amor Cristão, Pr. Calvin Gardner
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.