IV – Aspectos Práticos E Metodológicos De
Administração Da Igreja, Coerentes Com A Sã Doutrina
A Igreja Vista Como Uma Organização
Organizada E Administrada Em Departamentos
Tese:
Como já dissemos acima, Deus não é contra organização e planejamento, muito ao
contrário, nos ordena que O sirvamos com decência, ordem, e sabia previdência.
O que Deus não tolera é mundanismo e apostasia, revelados nas arrogantes
pretensões centradas no homem, que ousam não só ultrapassar os limites impostos
por Deus, como tentam reinventar a Igreja, segundo os padrões e moda do mundo .
Este estudo espelha a realidade de como nós trabalhamos na Igreja Batista
Regular Emanuel em Fortaleza. Como Pastor, baseio esta forma de administração
em Efésios capítulo 4, e acredito, que é claramente respaldada pela Bíblia. Já
está em prática há vários anos, e tenho visto Deus fazer a Igreja se tornar
progressivamente, forte, sadia e crescente, isto na dependência total da
soberania de Deus, pregando toda a sã doutrina, sem diluí-la ou suavizá-la, e
sem mundanizar a Igreja, através de música contemporânea (shows, bateria,
palmas, danças, etc...), envolvimentos ecumênicos, sinais e milagres
pentecostais carismáticos,
psicologismo, e/ou mercantilismo marketeiro. Quando falo de alvos, não
estou falando do que sou capaz de fazer e que vou fazer, mas daquelas coisas
que Deus manda fazer, e que creio que se agir da maneira que agrada a Ele, Ele
fará cada alvo ser atingido conforme a sua vontade. (Pr. José Laérton)
A Igreja vista como um organismo composto
de membros com funções (dons) e necessidades diversas requer uma organização
e administração voltadas para maneiras criativas que
possibilitem a expressão destas funções,
bem como criar mecanismos onde
cada necessidades daquele corpo de crentes possa ser suprida por eles
mesmos e almas perdidas possam ter uma oportunidade válida de conhecer o plano
de salvação.
A criação de departamentos específicos na Igreja, voltadas para dar
oportunidade a cada crente exercer um tipo eficiente de ministério conforme
seus talentos é uma forma dinâmica, bíblica e comprovada, de por toda a
Igreja para funcionar em ministérios significativos, disciplinadores
e restauradores, que, de fato, glorificam a Deus prioritariamente, e
como conseqüência, suprem todas as necessidade
do corpo, e ao mesmo tempo criam um
senso sadio de realização pessoal no serviço sagrado,
quanto a vocação de cada crente diante de Deus. Melhor de tudo, é que Deus é
grandemente glorificado através de um crescente número de almas salvas e
acompanhadas e edificadas no discipulado num discipulado sério, que só larga o
novo na fé, quando ele for maduro e capaz de se reproduzir espiritual.
à
Neste estudo pretendemos demonstrar o que temos afirmado acima.
Introdução: Qual A Necessidade Da
Organização Da Igreja Em Departamentos
# Analisemos vários aspectos desta necessidade:
1)‑No Aspecto Da Prática Em Uso - ou seja: toda Igreja
já tem um bom número de departamentos, que foram criados visando suprir
necessidades. Por exemplo: A sociedade de senhoras ‚ uma espécie de
departamento feminino visando suprir necessidades especificas das senhoras...
etc...
2)‑No Aspecto Ligado As Limitações Do
Ser Humano.
- Não se pode esperar que um membro
seja capaz (em tempo e dons) de
fazer tudo na Igreja. Porque ‚ ciente
disso a tendência ‚ ficar
passivo, apoiado no fato de que há problemas mas não sou o
único aqui. Não é porque está
por fazer que eu‚ que deva fazê-lo.
- Daí dizer-se: " Problema sem dono‚ problema de ninguém ".
"dever de todos passar a ser o dever de ninguém ".
- O uso de departamentos especifica de quem ‚ o problema e de que deve
ser cobrada a solução posteriormente
3)‑No Aspecto Que Visa A Distinção E
Melhor Uso Dos Dons Individuais
- Para haver uma clara distinção
dos dons necessários para a deificação da Igreja ‚ necessário haver uma clara
distinção das necessidades daquela comunidade como corpo de Cristo.
- A prioridade na criação de um
departamento depende da urgência de uma necessidade da Igreja, e isso varia de
Igreja para Igreja.
- Quais as Necessidades Normais De Uma
Igreja ???
aconselhamento
* discipulado * beneficência * manutenção * reforma * construção * secretaria
mais eficiente * melhor administração
das finanças * eventos espirituais * eventos esportivos * eventos
de lazer * eventos culturais * música *
culto * segurança * recepção * introdução * publicidade (radio, jornal, tv) *
evangelismo pessoal * missões * educação cristã (ebd, ebf, cursos, instituto
bíblico), disciplina, treinamento de liderança, divorciados, viúvas,
aposentados, adolescentes, jovens, adultos, desempregados, casais, problemas
familiares, estrangeiros, profissionais, pessoas vindo das seitas...etc..
- Resumimos estas necessidades
da igreja com estas palavras:
* Adoração (Gr. Latria) - necessidade de HONRAR A DEUS;
* Comunhão (Gr. Koinonia) - necessidade de ESTAR
JUNTO;
* Ministério (Gr. Diakonia) -
necessidade de SERVIR;
* Testemunho (Gr. Martyria) -
necessidade de SER e COMUNICAR;
- Todo cristão genuíno tem estas
necessidades, e se de algum modo n„o
pode supri-las ficar frustado, ap tico, ou gerando problemas
4)‑ No Aspecto No Que Diz Respeito A
Motivação E A Responsabilidade Atribuída
- Toda pessoa faz melhor o que ela gosta de
fazer e sabe fazer bem.
- A responsabilidade entregue a um
INDIVÍDUO ou GRUPO motivado tem maior chance de ser feita e bem feita.
- A responsabilidade atribuída e
recebida j ‚ um grande motivador.
5)‑No Aspecto Que Aproveita Da Boa Administração Moderna
- A boa administração ‚
baseada em planejamento a curto, médio e
longo prazo;
- o bom planejamento ‚ feito
visando OBJETIVOS FINAIS a serem atingidos.
- os objetivos finais são
melhor atingidos quando há indivíduos
ou departamento(s) responsáveis por eles.
Os bons objetivos são definidos de modo concreto, exeqüível
e mensurável em termos de qualidade,
quantidade, datas, custos, responsabilidade, e satisfação específica de necessidade
do corpo
6) ‑No Aspecto Relacionado Ao
Amadurecimento E Unidade Da Igreja
- Uma correta organização da Igreja em
departamentos estratégicos conforme as necessidades de cada Igreja possibilita:
* O funcionamento harmonioso de
todo o corpo (Igreja), onde cada crente adora, comunga, ministra(serve),
testemunha e se sente útil, ativo, realizado;
* O ambiente se torna propício
para a descoberta, valorização e correto exercício dos dons espirituais.
* Ocorre uma sadia mutualidade
cristã, onde todos ministram uns aos outros, numa comunhão
contagiante e alegre que impressiona
e atrai corretamente os perdidos para Cristo;
* O amor visto e vivido
torna-se a mais poderosa arma apologética (arma de defesa) da
autenticidade do cristianismo daquela comunidade;
* Enfim, Deus ;é honrado, pois os resultados bíblicos o
alcançados.
# Veremos a seguir o que ‚ necessário fazer para implementar departamentos
estratégicos e relevantes para a Igreja:
(I) Ter Coragem Para Mudar O Estilo De Liderança:
Tipos De Liderança:
1) Centralizada no líder (pastor) --> poder concentrado;
2) Centralizada no maioria
(assembleia) --> poder descentralizado;
3) Centralizada no grupo (departamento)--> poder compartilhado;
B) Tipos De Decisão (Quanto
Aos Efeitos):
1) Certeza --> Efeito
Previsto (gera pouco problema);
2) Risco --> Efeito Perigoso (grande potencial p/problemas)
3) Conflito -> Necessidade
de Acordo (grande potencial
p/problemas)
4) Incerteza -> Efeito
Imprevisto (grande potencial
p/problemas)
Estas decisões quando tomadas por um poder concentrado numa
pessoa têm um potencial muito grande
para gerar insatisfação mesmo quando
acertadas, facilita arbitrariedades. Se houver fracasso toda
responsabilidade fica nas costas de um só.
Quando estas decisões são tomadas por
um poder compartilhado, ou
seja, um grupo de conselheiros (diretores de departamentos e membros da diretoria oficial) chega a
conclusão sobre qual a melhor solução
tomar e respaldada pela assembleia, põem em prática tal solução. Se for um sucesso, todos se sentem realizados, se
um fracasso, ninguém tem pedras para
jogar em ninguém.
C) O Papel
Do Pastor E Diretores De Departamentos Numa Liderança Compartilhada.
1) Papel
Do Pastor -
O Pastor desempenha um papel fundamental como facilitador, ou aquele que ajuda a organizar,
preparar liderança, supervisionar motivar, aconselhar e unificar todos os
departamentos num projeto comum de desenvolvimento da Igreja.
O Pastor precisa poder administrativo para coordenar estes departamentos, sem deixar que os alvos de
um entrem em choque com o de outro
departamento. Para isso dever se reunir
freqüentemente como os lideres ou diretores de departamento.
O Pastor precisa delegar tanto poder quanto Possível. Inclusive delegar o direito de errar.
2) Papel Dos Lideres Ou Diretores De
Departamentos -
O líder de grupo deve ser alguém que tenha dom de liderança, e tenha capacidade
de levar o seu grupo a realizar a sua missão
Deve ser alguém com maturidade
espiritual, pronto a respeitar e acatar liderança
superior.
Deve fazer bom uso da comunicação de informações;
Deve se limitar a decidir dentro do poder e área que lhe foram
delegados, sem criar conflitos com outros departamentos ou com os
propósitos explícitos da Igreja.
(Ii) Trabalhar
Baseados Em Alvos Que Levam A Objetivos Finais
* Os alvos são poderosos motivadores;
* A verdadeira liderança sabe para onde vai, e conduz bem o que
lhe seguem;
* A seguir veremos um processo simples de tomada de decisões em um
planejamento de um departamento. 4 passos simples:
1o) AVALIAÇÃO DA
NECESSIDADE OU PROBLEMA à Responder a pergunta:
* Aqui se define qualidade, quantidade, custos, tempo, etc...
- O que precisamos ter, ou ser,
ou corrigir ?
Ex 1. Precisamos de uma casa
pastoral. ou
Ex 2. Precisamos ser uma Igreja
mais unida. ou
Ex 3. Precisamos corrigir a
falta de interesse dos idosos
2 O) Declaração Da
Missão Ou Objetivo Final à Responder a pergunta:
* Aqui se define os ALVOS que levam ao OBJETIVO FINAL.
- O QUE VAMOS FAZER para TER, SER ou
CORRIGIR o que PRECISAMOS:
Ex 1. Construir a casa pastoral;
Ex 2. Promover eventos que
facilitam a comunhão;
Ex 3. Criar condições deles
suprirem suas carências.
3 O) Estratégias Ou
Métodos De Ajuda
* Aqui se define responsabilidade: Indivíduo ou Grupo?
Ex 1. Criar uma Comissão Ou
Departamento De Construção;
Ex 2. Criar um Departamento
De Lazer E Esportes;
Ex 3. Criar um Departamento
De Idosos.
4 O) Ação, Avaliação,
Comunicação (Contínuos)
* Aqui os poderes são delegados e os recursos entregues.
* Tudo deve ser avaliado a luz
do objetivo final.
* A comunicação ‚ básica entre o
líder e seu grupo, o líder e o pastor,
o líder e a Igreja.
(Iii) A Saúde Da Igreja - Pré-Requisito Para
A Saúde Departamental
# Paradoxo: O Departamento
existe para suprir necessidades e
resolver problemas da Igreja. Por outro lado, uma Igreja
muito problemática n„o poder por em funcionamento harmonioso muitos departamentos. Daí ser
necessários criar primeiro UM ESPIRITO E ATITUDES CRISTÃS NA IGREJA, antes de subdividi-la em departamentos.
A)
Atitudes Que Proporcionam Boa Saúde A Igreja
1) Humildade --> Criar atitude de servo,
que busca tão somente
ser útil ao Reino de Deus. Uma submissão
inteligente no espírito Prontidão
para se deixar corrigir e exortar; Quebrantamento Espiritual.
2) Fidelidade -> Ao Senhor,
à sã doutrina, à Igreja, à associação de Igrejas a que pertence.
3) Motivações Corretas
--> Não buscar glória ou ganhos pessoais, nem deliberadamente tentar
prejudicar alguém;
B)
Preparar E Equipar Continuamente Os Líderes
* Desafia-los para que sejam MODELOS DO
REBANHO
* Reuniões para ensiná-los a
resolver problemas se comunicando
* Valorizando cada obreiro e líder
esforçado
C) Resolver Os Problemas De
Forma Bíblica, Transparente E Justa
* Ensinar a Igreja o perigo
terrível da politicagem e divisões carnais.
* Enfatizar o valor da comunicação
honesta e amorosa.
D) Exposição Séria Da Bíblia
* Um rebanho bem alimentado‚ sadio,
forte, e se reproduz.
E) Um Programa Contínuo De Evangelismo E Missões
Conclusão
Deste Estudo Sobre Crescimento Da Igreja
A Soberania De Deus E O Crescimento Da Igreja
A
Igreja é chamada de “Igreja de Deus”, pelo menos oito
vezes no Novo Testamento (RC e RA), dando claramente a entender, que Ele, é
quem é o dono da Igreja e também quem determina não só os propósitos, mas
também os alvos e tudo o mais que se refere à Sua Igreja. Nestes oito textos, é
como se Deus advertisse solenemente:
“Embora eu queira que minha
Igreja cresça, não autorizo a ninguém, a fazer a coisa do seu jeito. Portanto,
muito cuidado líder de Igreja ! Sua criatividade, impulsividade e desejo
de fazer ”minha “ Igreja crescer não
lhe dá o direito de redefinir o que eu já defini na minha Palavra e já
determinei no meu Conselho Eterno”
Deus não é contra a organização e planejamento, pois Ele mesmo é quem diz, que
tudo deve ser feito “com decência e ordem”, e que aquele que vai construir
uma torre ou mesmo vai a guerra, deve ter um mínimo de planejamento
e previdência quanto a recursos e
capacidades para levar a bom cabo o que vier iniciar.
Todavia, dizer como, Rick Warren diz, que, assim como Jesus (Deus-Filho)
determinou o seu público alvo e geográfico, nós,
também, baseados apenas em circunstancias exteriores ou pesquisas de marketing,
podemos determinar exatamente o local e o tipo de pessoas que vamos pregar, é o
que Tiago chama de “arrogantes
pretensões”, definida por ele como uma coisa não de Deus, mas do maligno.
Embora, alguém, possa retrucar dizendo que Tiago falava a outro contexto, ou
seja que só Deus pode definir o futuro, todavia, podemos, também, aplicar este
texto, à tentativa humana de fazer definições e determinações da alçada
exclusiva de Deus,
Tg 4:14-15 – “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a
vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se
dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos,
como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das
vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é
maligna. Portanto, aquele que sabe que
deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”
Contrariando a isto, Rick Warren, em seu antropocentrismo antropológico, mal
disfarçado através de uma atitude piedosa, que parece bíblica, pelo fato dele
recheiar seu livro de versículos bíblicos, muitos deles grosseiramente
arrancados do contexto.
Na páginas Pg 190 de seu livro, Rick Warren baseado em racionalizações e
em meia verdades, tenta convencer-nos, que pelo fato de uma Igreja não
conseguir alcansar todo mundo e todo tipo de pessoas, ela tem de se
especializar em um determinados tipo de pessoas, que no caso dele, veremos,
mais adiante, é um público alvo bem conveniente: relativamente jovens, ricos,
cultos, etc... Todavia, no final da sua argumentação ele diz algo
revelador: “saber quem você
está tentando alcansar faz com que o evangelismo seja bem mais fácil”
- E é exatamente isso que as Igrejas
modernas querem oferecer, “tudo mais fácil”, desde um evangelismo
mais fácil, passando a uma fé mais fácil (pouco exigente
no início) até uma vida cristã mais fácil, ou bem conciliada com
o mundo. Este evangelismo “bem mais fácil” de Rick Warren, o entrega sem querer
e revela o pragmatismo e hedonismo por traz da sua
idéia - Eis o seu argumento: “Nenhuma
Igreja pode alcançar a todos. Vários tipos de Igreja são necessários. ... Deus
ama a variedade. Ele criou uma infinidade de pessoas com interesses,
preferências, históerias e personalidades diferentes. Alcansar estas pessoas
para Cristo vai exigir uma variedade de estilos de evangelismo. ... saber quem
você está tentando alcansar faz com o evangelismo seja bem mais fácil”
- O que Rick Warren chama de evangelismo mais fácil, usando aqui
apenas a música como exemplo, é aquele evangelismo que é adaptado ao gosto
musical da região onde moram os frequentadoress do templo. Por exemplo: Se a música preferida na região
é música clássica e mais tradicional, sua Igreja deve adotar o mesmo estilo
de música; se o gosto da região é para heavy-metal, sertanejo,
rap, reggae e samba, de se contextualizar a música da
Igreja ao gosto do povo que frequenta sua Igreja. Isto é marketing mundano puro
e simples. Dá certo em grande parte dos casos, fazendo a Igreja encher (inchar), porém, quem faz
isto, está conformando sua Igreja ao mundo e deixando igualmente de ser servo
de Cristo. Deus ordena: “Não vos conformeis a este século [mundo] (Rm 12:2) - “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro
agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
(Gl 1:10)
O alvo do evangelista não é descobrir uma forma de evangelismo
mais fácil ou agradável ao seu público alvo, mas que de verdade traz real
glória a Deus e que cumpri de modo responsável e sábio a Grande comissão de “pregar
o evangelho a toda criatura”, e não a que elegi como meu
público alvo. A Igreja de Rick Warren cresce de modo estrondoso, não é porque é
uma Igreja com propósito, e com alvos definidos em relação ao público e a
geografia. A Igreja SaddleBack cresce de modo estonteante, é porque, em sua
exaustiva pesquisa de marketing resolveu dá o que o seu público alvo quer, e
pregar de modo que satisfaça a coceira dos seus ouvidos mundanos e inconversos.
A Igreja do pastor Batista (de teologia reformada), John MacArthur Jr.,
que é um fundamentalista bíblico sério e autêntico, tem uma das maiores Igrejas dos Estados Unidos, com uma
assistência dominical de 10 mil pessoas, e isso, sem precisar contextualizar a
Igreja ao contexto do mundo, sem eleger público alvo ou geográfico, sem música contemporânea, sem sinais
pentecostais de prodígios, milagres e maravilhas, sem mundanismo e sem negociar
a alma com o maligno, para fazer sua Igreja crescer.
Segundo o próprio McArthur, sua Igreja
cresceu e ainda cresce, não por causa de estratégias e metodologias humanistas,
mas, porque, Deus em sua soberania a tem feito crescer, se utilizando, tão
somente, dos meios lícitos indicados
por Ele em Sua completa, sempre relevante e toda suficiente palavra uma vez por
todos revelada na Bíblia.
Verdades
Que Não Podemos Esquecer:
Deus de um
modo geral já escolheu na eternidade os nossos alvos;
- Deus
já determinou na eternidade não só que passarinho vai cair na rede do passarinheiro,
como também, já determinou quem será alcançado pelo ministério particular de
cada Igreja e obreiro, seja de tempo integral ou seja leigo, independentemente
das estratégias e metodologias de crescimento utilizadas, não que Deus, vá se
utilizar de qualquer tipo de metodologia para fazer sua Igreja crescer, mas
pelo contrário, muitas vezes fará sua Igreja crescer, através de métodos que
contrariam tudo o que as pesquisas de marketing poderia astuciosamente
arquitetar e sugerir. Paulo expõe de modo claro e insofismável, a sua filosofia
de ministério contrária a contextualizar a pregação do evangelho a cultura
religiosa e de sinais.
I Co 1:20-29 - “Onde está o
sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou
Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o
mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os
que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os juDeus pedem sinais,
como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo
crucificado, escândalo para os juDeus, loucura para os gentios; mas para os que
foram chamados, tanto juDeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e
sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens;
e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Irmãos, reparai, pois, na
vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem
muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus
escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus
escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que
não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie
na presença de Deus.”
Deus é quem Escolhe e Determina o
nosso alvo Geográfico
- Paulo de acordo com sua avaliação da Asia tentou determiná-la como o seu alvo
Geográfico, porém, foi frustrado, isto porque, a Igreja é de Deus e não Paulo, por isso,
Deus, através do Espírito Santo frustou o intento de Paulo, dizendo que o alvo
de Deus para ele era a Macedonia e não a Asia (At 16:6-9). Isso Deus fez
para mostrar não somente a Paulo, mas, a qualquer obreiro, em qualquer época,
que eles devem trabalhar aonde Deus soberanamente vier a determinar, e não
aonde eles acharem ser o lugar mais promissor, conforme sugerido pelas
pesquisas antropológicas da sociologia e psicologia de marketing.
- Jonas é outro exemplo, de obreiro que tentou estabelecer
não só o seu público alvo, mas também o seu alvo geográfico (Jn 1:1-3),
e sabemos como foi que Deus reagiu a esta atitude. Conforme as pesquisas
antropológicas e marketeiras de Jonas, tudo contra indicava que ele tentasse
iniciar um trabalho em nínive, porém, Deus gosta e é glorificado em contrariar
as arrogantes pretensões da lógica humana. Mostrou para Jonas que o único lugar
ideial para um obreiro começar um trabalho é aquele escolhido e determinado por
Ele, e que só terá realmente a bênção do céu, se as estratégias e metodologias
usadas, foram de verdade e não apenas enganosamente, alicerçadas no Novo
Testamento.
- Contrariando a isto, Rick Warren, diz que nós devemos determinar nossoa
alvo geográfico baseado em cuidadosa pesquisa, que no final das contas,
a decisão estará carregada do subjetismo humano relacionados ao interesse
particular de cada um. O interessante, sobre estes pastores que definem
o seu público alvo e alvo geográfico, raramente, escolhem favelas, lugares
realmente desprovidos de ajuda e amparo. Rick Warren, Bill Hibels, Ary Veloso,
Armando Bispo (que copia ao pé da letra as metologias de Rick Warren e Bill
Hibels), e outros de metodologias
semelhantes, têm escolhido como seu alvo geográfico, os bairros ricos
das grandes capitais, e como o seu público alvo, os jovens bem-sucedidos da
classe média em diante.
Deus Deus é quem Escolhe e Determina o nosso público alvo e o nosso
alvo geográfico, e isto ele faz de modo soberano, guiando-nos atravéz
de Sua Palavra, das cirscuntâncias e da compaixão
para com detrerminado seguimento da raça humana, muitas vezes levando-nos para
locais e ministérios que jamais sonhamos e até não queríamos, como aconteceu no
caso de Jonas.
Deus honra os ministérios genuinamente bíblicos, onde não há
preguiça para trabalhar, a sabedoria da Palavra de Deus é
tornada acessível a todos através de uma exposição fiel da Bíblia,
e de uma intrasigente defensa da sã doutrina, que zela, acima de
tudo pela glória de Deus e
pela separação, pureza e santidade da Igreja. Exemplo
de Igrejas brasileiras que têm crescido fortes, sadias e coerentes com a sã
doutrina: Igreja Batista Bíblica de Vitória da Conquista (Pr. Gerson
Rocha e Pr. Infante); Igreja Batistas Regulares pastoreadas pelos pastores:
Jonas Xavier; Emidio Viana, Tenório, Mauro Clarck; Sérgio, Marvin Fray e
Ricardo; etc....
Lições Da
História A Não Serem Esquecidas
Tolerar
pequenos desvios teológicos conduzem a “apostasia insipiente” (esse tipo de apostasia não
está plenamente desenvolvida, por isso é tão difícil de ser detectada, porém
como o invisível vírus da AIDS, paulatinamente acaba com as defesas
imunológicas do organismo);
Começar a fazer diferença entre o que alguns chamam de “doutrinas
essenciais” e “não essenciais” é uma histórica forma de abrir a
porta a apostasia.
Começar agir como se doutrinas fossem importantes, mas prática
não é tão importante, portanto, não compromete nossas posições, é mais uma
forma de abrir a porta para a “apostasia insipiente”.
Um dos distintivos principais do neo-evangelicalismo, depois, do ecumenismo,
é a sua tolerância e comprometedor diálogo com o pentecostalismo carismático.
O maior perigo para as Igrejas cristãs conservadoras nos dias de hoje, não
são os movimentos claramente reconhecidos como seitas, mas o pentecostalismo
carismático.
O cristianismo chamado "evangélico" pode
ser dividido em três movimentos respectivamente chamados de: liberalismo
teológico, que é o movimento que claramente tem apostatado da fé e está na extrema esquerda; fundamentalismo
bíblico, que está na extrema direita e que representa a posição clara e
fiel em relação a toda a santa doutrina bíblica; e o neo-evangelicalismo que
em seu espírito conveniente, tenta ilusoriamente ficar no meio, mas sempre
acaba caindo para o lado do liberalismo, isso, porque afirma crer nas doutrinas
fundamentalistas bíblicas, mas não milita em favor das mesmas, nem se separa
dos que não crêem nestas doutrinas, especialmente dos pentecostais
carismáticos.
A história do fundamentalismo bíblico é dividida em quatro fases: na
primeira fase o grande inimigo era o liberalismo teológico, que ameaçava
destruir as Igrejas conservadoras através de um ataque a idéia a inspiração
bíblica-a própria divindade de Cristo. os fundamentalistas bíblicos se reuniram
para defender a fé bíblica, e criaram 14 fundamentos dos quais não podiam
arredar. Muitos quiseram participar do movimento fundamentalista, por isso,
houve pressão para que fosse reduzida a declaração de fé original, composta de
14 itens.
Depois de muita negociação foram cortados 9 pontos e
a declaração de fé ficou reduzida a simples
5 pontos. Esse erro de afrouxar a declaração doutrinária, para que
houvesse mais adesões, custou caro ao movimento fundamentalista. Com uma
declaração de fé, geral demais, onde até pentecostais podiam concordar, muitas
pessoas aderiram ao movimento fundamentalista sem ter o verdadeiro espírito do
fundamentalismo bíblico, que é defender a doutrina bíblica sem se importar com
o preço a ser pago, ou seja, o fundamentalista genuíno não age baseado em
"conveniências" mas em fidelidade aos princípios eternos da
palavra de Deus.
Após ter passado o entusiasmo com a primeira fase do movimento, começou a
acontecer sérias discordâncias entre aqueles que era um realmente
fundamentalistas bíblicos e aquele que entraram no movimento apenas por conveniências
pessoais. Os verdadeiros fundamentalistas queriam fortalecer cada vez mais as
posições fundamentalistas, especialmente a separação Eclesiástica. Os pseudo-fundamentalistas ou fundamentalistas de
conveniência, queriam adotar a fé fundamentalista mas ao mesmo tempo continuar
dialogando e trabalhando com os liberais e pentecostais, com a finalidade de
tirar suas dúvidas e convencê-los a se tornarem fundamentalistas e aproveitar
algumas vantagens e conveniências que eles tinham a oferecer, tais como:
congressos para pastores e líderes, seminários, cursos de pós-graduação,
prática litúrgica liberal ou pentecostalizada, mudanismo através do
afrouxamento nos usos e sãos costumes respaldados pela Bíblia, uso dos mesmos
instrumentos e expedientes dos conjuntos de rock in roll, tais como
bateria, palmas, etc... Os pseudos
fundamentalistas, dentro do movimento fundamentalista, queriam a todo custo,
fazer uma diferenciação de valores entre o que era "doutrina"
e o que era "prática", numa clara contradição com o princípio
histórico dos genuínos fundamentalistas desde Abel até os dias de hoje, que a Bíblia
é a nossa única regra, não só de fé, mas também de prática.
Para o neo-evangélico, o uso de bateria e palmas, é uma questão de prática e
não de doutrina. Esquecendo, que o uso da bateria viola o princípio bíblico
(doutrina) de culto racional e de não
imitação do mundo.
A briga interna no meio do fundamentalismo acabou por rachar o movimento em
dois grupos: um lado continuou se chamando "fundamentalista" e
o outro, adotou nome "Neo-evangélico".
A parti da divisão, em sua segunda fase, o fundamentalismo passou a ter
dois adversários, o que estava fora, o liberalismo teológico, e o que tinha
saído de dentro do próprio o fundamentalismo, o neo-evangelicalismo.
O neo-evangelicalismo é pior do que o
liberalismo teológico, pois o neo-evangélico pode se passar por muito tempo
como um fundamentalista, sem que seja facilmente detectado, isso porque em
geral, os neo-evangélicos dizem crer em tudo que o fundamentalista crê, porém a
sua declaração de fé fica só no discurso e na conversa, pois na primeira
oportunidade que sua fé é testada ele cederá lugar a conveniência.
Uma
Necessidade Urgente Da Igreja Do Senhor Jesus Nestes Últimos Dias
Judas 3-4
“Amados,
quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum
salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a
batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos
santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais,
desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens
ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso
único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”
Que Deus Tenha misericórdia de nós,
Em Cristo Jesus, Nosso Senhor
Pr. José Laérton Alves Ferreira
Pastor da Igreja Batista Regular Emanuel
Rua Espanha, 74 – Vila Peri – 60.721-110 – Fortaleza-Ce
Fone: 0**.85.292-6204
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.