Nos próximos capítulos iremos discutir os principais movimentos dentro do
Cristianismo Evangélico - a “Meta-Igreja”, depois o Movimento da
“Igreja em Células” (Cap. 9) e, em seguida, uma discussão sobre o Movimento
dos Apóstolos e Profetas (Cap. 10). Se estamos nos “últimos dias”, seria de
esperar o aparecimento de algumas falsificações muito bem forjadas. A
“Meta-Igreja” também conhecida como “Igreja com Propósito”, ou “Seeker
Friendly Church” (Igreja do Buscador Amistoso), representa um movimento
extremamente bem sucedido em termos de crescimento da Igreja.
Instintivamente, podemos achar que uma coisa assim tão popular não seja boa,
pois quando um movimento é tão popular a ponto das pessoas correram para ali se
reunirem, logo eu penso nas palavras de Jesus, em Mateus 7:13: “Entrai pela
porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela.” Devemos pensar que
qualquer coisa muito bem sucedida deveria merecer desconfiança, visto como a
mensagem do Evangelho, mesmo sendo Boas Novas para os que crêem, é uma notícia
má para os que o rejeitam, quando então, muitos começam a deturpá-lo, para que
possa soar bom ao buscador, o que não é correto.
O Apóstolo Paulo nos adverte, na 2 Timóteo 4:3-4: “Porque virá tempo em que
não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para
si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos
da verdade, voltando às fábulas”.
Será que a Igreja Com Propósito é tão tremendamente popular porque as
pessoas buscam a verdade ou porque ela diz o que as pessoas gostam de ouvir?
Pretendo ser justo e descrever exatamente o que é a “Meta-Igreja” e qual
é a causa pela qual ela se esforça. Li todos os seus livros e observei uma
igreja local, com a qual estou muitíssimo familiarizado, a qual tem feito a
cruzada dos “Quarenta Dias Com Propósito” , da qual milhares de igrejas
estão participando. Warren lecionou esses seminários a mais de 175 mil pastores
e líderes de igrejas de 60 denominações, em 42 países, e mais de 60 mil
pastores assinam e recebem sua carta-circular semanal, via e-mail. O Programa é
simultaneamente levado, via satélite, a milhares de igrejas em todo o mundo.
Igreja Saddleback - Uma Meta-Igreja
Em 1979, Rick Warren e sua esposa chegaram
a Orange County Community (Comunidade do Condado Orange), para o
seu crédito, determinados a edificar uma igreja com descrentes, em vez de
roubá-los de outras igrejas. Ele começou fazendo uma vistoria na vizinhança,
para descobrir como as pessoas eram (quais os seus interesses, atitudes,
objetivos, etc.) e o que elas buscavam numa igreja. Ele também deu uma olhada
nas centenas de igrejas maiores nos USA, a fim de descobrir o segredo do seu
crescimento. Trabalhou com Peter Drucker, o famoso homem de negócios, consultor
e escritor, acadêmico do Clairmont College, e fez uma pesquisa de
mercado, de porta em porta.
Essa pesquisa o ajudou a moldar uma igreja destinada ao “buscador amistoso”, a
fim de alcançar a juventude não salva do Sul da Califórnia. A música, a
mensagem e o culto são cuidadosamente preparados com o fim de alcançar pessoas
novas, e tem funcionado! Isso é combinado com uma cuidadosa análise semanal dos
cartões que são distribuídos durante o culto, indagando às pessoas do que elas
gostam e do que não gostam no culto. Se você ler o livro de Warren - “Uma
Igreja Com Propósito”, depressa vai notar que ele criou uma máquina bem
lubrificada. Cada aspecto da reunião é cuidadosamente coreografado, desde a
saudação à porta, até mesmo o tipo de música, de mensagem, seguindo-se até a
saída das pessoas.
Diz Warren que a igreja tradicional prega uma mensagem mista, contando coisas
das quais os não salvos não estão a par e depois pregando “para o coro”
(mensagem dirigida ao membro e não ao visitante), seguida de um apelo
diferente, de dois minutos. Diz que precisamos conhecer a audiência que estamos
tentando alcançar, conhecer o propósito da reunião e segui-lo com um específico
objetivo. Nunca misturar as mensagens.
As reuniões matinais do domingo são orientadas somente pelo Evangelho e
os membros são discipulados com as doutrinas básicas, em outras reuniões,
durante a semana. Warren descobriu que os cristãos de outras igrejas
representavam mais que um empecilho, por causa de suas idéias preconcebidas
sobre o modus operandi da Igreja. Ele diz que a maioria das
igrejas tem mentalidade dobre. Sua ênfase está em aprender, em vez de fazer.
Ele diz: “A verdade é que a maturidade é demonstrada mais pelo comportamento
do que pelas crenças” (Uma Igreja Com Propósito, p. 336). Em outras
palavras: não é o que sabemos, mas o que fazemos com aquilo em cremos,
que conta.
É positiva a sua ênfase em encorajar os membros a desenvolverem os seus
próprios ministérios leigos, dependendo das várias necessidades ou interesses.
Eles logo descobrem que fazer um trabalho físico, como arrumar cadeiras e
limpar os toaletes, não é um ministério, mas a obra que o pessoal faz.
Saddleback tem uma clara trilha de salvação aos membros comprometidos em
ministrar o crente.
Como membro da ABM, e com a minha experiência em marketing, o que Warren tem
feito é aplicar bons princípios empresariais ao crescimento da igreja: Conheça
o seu mercado; faça uma pesquisa de mercado; conheça o feedback e reajuste o
seu modus operandi; adapte o Evangelho, de modo que ele se torne
atraente e possa preencher as necessidades do mercado em vista; aplique a
teoria dos sistemas de crescimento da igreja; transforme a igreja numa bem
modulada máquina mercadológica, a fim de atrair e assimilar novas pessoas; se
você quer se transformar numa grande instituição eclesiástica, deve também ser
bom. Siga este conselho; se deseja ser uma organização, seja efetivo; se
aplicar estes princípios e propósitos, será bem sucedido (pelo menos em termos
de crescimento). O problema é que algumas igrejas unitarianas têm aplicado
estes mesmo princípios, com muito sucesso. Então, esse movimento é de Deus ou
dos homens?
Em 1998, Dennis Costela freqüentou um seminário da Igreja Com Propósito,
no qual Warren ensinou que deveria acontecer o seguinte, para que um igreja
tradicional fosse transformada numa Igreja Com Propósito, a fim de poder
crescer:
1. -
Um estilo contemporâneo, não amedrontador, no “Culto do Buscador”, deve
substituir o tradicional culto dominical de adoração.
2. - A
roupa deve ser casual.
3. - A
música deve ser contemporânea, do tipo que as pessoas costumam escutar
diariamente.
4. - A
mensagem deve ser somente positiva, de modo que os salvos e os não salvos
possam sentir-se melhor consigo mesmos, após a mensagem, a qual deve sempre
misturar psicologia com um texto animador da Escritura.
5. -
Os ministérios da Igreja devem ser geridos de modo a preencher as necessidades,
com grupos de apoio à depressão, desordem alimentar, infertilidade,
famílias/amigos de homossexuais, pós-aborto e separação conjugal. Warren
esbravejou contra a idéia de distribuir folhetos evangélicos, ou fazer visitas
de porta em porta, dizendo ser ofensivo ao povo de Saddleback, esse tipo
evangelismo obsoleto.
6. -
Instrução doutrinária não é dada à Igreja como um todo, aos domingos, sendo
disponível em subgrupos, fora dos cultos formais da Igreja.
7. -
Deve prevalecer um espírito de compromisso pragmático. Warren disse: “Realmente
não interessa a denominação, gente! Jogamos todos no mesmo time, quando amamos
Jesus!” (Março/Abril, 1998, “Foundation” - Evangelical Magazine).
Análise do Movimento de Crescimento da
Igreja
Conforme veremos nos capítulos seguintes, o Movimento de Crescimento da
Igreja tem, de fato, três ramos principais:
1. -
Robert Schüller, que iniciou a Catedral de Cristal, em Anheim, recebeu
inspiração de Norman Vincent Peale. Esta é mais liberal e um pouco menos
fundamentalista, mas, certamente, uma linha principal e bem sucedida em termos
de membros. A ênfase maior é sobre a auto-estima e auto-realização, mas também,
certamente, Schuller provê inspiração para as demais igrejas do Movimento,
sendo muito amigo dos seus líderes.
2. - O
Movimento da Meta-Igreja é representado por Rick Warren, na Igreja de
Saddleback, e pela Igreja Willow Crick, de Bill Hybels, em Illinois,
intimamente ligada a C. Peter Wagner e à liderança do Movimento da Igreja em
Células, e também ao Seminário Teológico Fuller.
3. - A
Igreja em Células, popularizada por David Yong Cho, da Coréia,
e Ralph Neighbors, assemelha-se a um movimento de igrejas doméstica, mas, conforme
veremos no próximo capítulo, está longe disso.
O pai do Movimento do Crescimento da Igreja é Donald McGavaran. Ele
nasceu na Índia, filho de pais missionários, foi educado nos USA e passou os
seus primeiros anos como missionário na Índia. Era um pragmático e acreditava
que o evangelismo efetivo deveria medir o sucesso pelo número de convertidos.
Em 1965, ele se tornou Deão da Escola Fuller de Missões Mundiais.
Em 1970, escreveu o livro “Understanding Church Growing”
(Compreendendo o Crescimento da Igreja), o qual foi revisado e editado por C.
Peter Wagner. Em 1970, John Wimber, fundador do Vineyard, tornou-se o fundador
e diretor do Departamento de Crescimento da Igreja, no Seminário Fuller,
o qual passou a ser o ponto focal do Movimento fundado por luminares
evangélicos, como: Ralph Winter, Charles Kraft, Win Arn, Peter Wagner e muitos
outros. Bill Hybels, Rick Warren, Carl F. George e outros tornaram-se
praticantes dos princípios do Movimento. Outro membro do grupo é George
Barna, fundador e presidente do Grupo Barna, uma companhia de completo
serviço de pesquisa de mercado, em Glendale, Califórnia, a qual opera com
corporações como a Disney, a Focus on Family e a Associação
Evangelística Billy Graham, bem como o Fuller e as Mega-Igrejas. Por favor,
guardem estes nomes, pois eles voltarão. Notem a sucessão de McGavaran a
Wimber, até C. Peter Wagner, agora o Apóstolo principal do Conselho dos
Apóstolos.
O Movimento de Crescimento da Igreja é, sobretudo, pragmático. Ele distingue os
“princípios bíblicos” dos “princípios do crescimento das igrejas”, sendo que
estes podem ou não ser derivados da Bíblia, da sociologia, da demografia e da
pesquisa de mercado. Há uma forte ênfase sobre a liderança pastoral, bem como
nos membros da Igreja, promovendo e capacitando o laicato. A ênfase principal é
sobre o culto dominical matutino, que deve ser informal, relaxante, com um
breve sermão contemporâneo, animador e positivo. Os programas são desenvolvidos
de maneira a preencher as necessidades específicas da comunidade, integrando as
pessoas em grupos menores dentro da Igreja. Eles devem ser elogiados por nos
lembrarem da importância da Grande Comissão, forçando as igrejas
tradicionais à reavaliação do que têm feito, e por desafiarem o laicato a
“dar” alguma coisa, em vez de apenas “ser ministrado”.
São esses os pontos críticos do Movimento do Crescimento da Igreja, os
quais destacam o perigo do mesmo:
1. -
Permitir que o mundo estabeleça a agenda. A “mensagem” e não a audiência é que deveria
ser soberana.
2. - O
Evangelho nem sempre é um “buscador amistoso”. Ele se compõe de Boas e Más
Novas.
3. -
Algumas Igrejas aplicam os princípios do crescimento da Igreja, que vão além de
sua imaginação (por exemplo, o mesmo das igrejas unitarianas e de outras
igrejas não fundamentalistas).
4. -
As técnicas de gerenciamento podem substituir a verdade.
5. -
Existe o perigo de se confiar em técnicas, em vez de se confiar em Deus.
Será que a Igreja primitiva era uma “buscadora amistosa?” Será que os cristãos
ali se reuniam para entreter os perdidos? Será que os cristãos se reuniam para
desenvolver programas que pudessem ser encaixados no mercado? Como funcionava a
Igreja Primitiva sem o ”know-how” empresarial de hoje? Temos nos esforçado no
sentido de criar uma Igreja de “cultura amistosa”, de modo que ir a Cristo seja
tão fácil quanto humanamente possível. Quem pode imaginar os apóstolos antigos
fazendo uma pesquisa de mercado, antes de pregar um evangelho “amistoso ao
pecador”?
“Meta” significa transformação ou mudança, a qual conduz os líderes
transformistas ao impingi-las. Os pastores do mundo inteiro, todos eles
desesperados pelo sucesso, adquirem as listas de referência, as mensagens
escritas e os vídeos... Os Guiness escreveu: “As duas marcas registradas
mais facilmente reconhecíveis da secularização são a exaltação dos algarismos e
a técnica. Ambos são importantíssimos no Movimento de Crescimento da Igreja. Em
sua fascinação pela estatística e pelos dados, em sacrifício da verdade...
Em um mundo de devoradores de algarismos, de contadores de grãos e
analistas de sistemas, o crescimento da Igreja como uma empresa comercial
mensurável, baseada em fatos, é absolutamente natural. O problema com essa
mentalidade é que quantidade não significa qualidade. Os números nada têm a ver
com a verdade, a excelência e o caráter”. (“No God, But God”, Chigago:
Moody, 1992, p. 164).
Warren zomba da época dos desacertos da Igreja Tradicional, nos anos 1950, e
defende sua posição, dizendo que ela funciona. Ele define o sucesso como o
cumprimento da Grande Comissão (p. 64 do seu livro), mas quando chega à
oposição, ele diz:
”Concordo em que as pessoas abandonam a
Igreja. E lhe digo que o fato de que as pessoas estão saindo da Igreja nada tem
a ver com o que se faz, mas quando se define a visão, escolhendo quem deve
sair. Você diz: ‘Mas Rick, elas sãos os pilares da Igreja!’. Pilares são as
pessoas que sustentam as coisas... e em sua Igreja você precisa de algumas
abençoadas subtrações, antes de receber quaisquer adições legítimas.” (Dennis Costela – “Foundation” Evangelical
Magazine). A oposição será marginalizada.
“Os pastores vão falar mal delas, vão
pregar sobre isso e até pregarão sobre as pessoas dissidentes. Sabemos de
pastores pregando sobre as abençoadas substituições - e orado para as pessoas
saírem da Igreja. Sabemos de um pastor que fez isso, tendo orado bastante para
que certas pessoas saíssem e, até certo ponto, concordo, sim, quando o pastor
principia com essa nobre causa de desejar conseguir uma porção de gente e de
fazer grandes coisas para Deus”.
(Entrevista do Dr. Robert Clenck, Ortopedista, pelo Dr. Monteith).
Quem desejar informações mais
detalhadas, inclusive com referências, sugiro a excelente obra do Banner
Ministries:
(http://www.banner.or.uk/apostasy/cell-church-cont.htm).
A Linha Divisória
Se estamos nos “últimos dias”, a Bíblia é muito clara sobre o fato de que a
Igreja vai apostatar. Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, lemos as cartas
dirigidas às Sete Igrejas da Ásia Menor. Muitos eruditos acreditam que elas se
referem especificamente às Igrejas históricas, mas também à época da história
da Igreja. Eu gostaria de tratar sucintamente com estas, mas apenas em termos
de um tema - organização eclesiástica.
1. - A Igreja de Éfeso - A primeira Igreja primitiva. Seus membros foram
ordenados a testar os chamados apóstolos, que foram achados falsos. Foram
advertidos pelo Senhor por terem abandonado o primeiro amor, porém elogiados no
verso 6: “Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as
quais eu também odeio”. Ora, quem eram os nicolaítas? A palavra grega
significa “subjugar ou conquistar o laicato”. Em outras palavras, tratava-se de
um grupo que estava promovendo uma hierarquia clerical. Hierarquia é uma parte
de toda religião fabricada pelo homem, até mesmo o Judaísmo do Velho Testamento
(Apocalipse 2:1-7).
2. -
Deus nada tinha contra a Igreja de Esmirna: “Conheço as tuas
obras, e tribulação, e pobreza”, a qual foi admoestada a não temer o
sofrimento que estava para vir.
3. -
Vamos, então à Igreja de Pérgamo. Deus tinha algo contra ela. Ela havia
permitido que ensinos e práticas pagãos penetrassem na Igreja (Balaão e
Balaque) e ainda: “Assim tens também os que seguem a doutrina dos
nicolaítas, o que eu odeio” Isso cobre o período entre as Igreja primitiva,
o sofrimento da igreja e a eclosão final, como Igreja Católica Romana.
(Apocalipse 2:11-17).
4. - A
Igreja de Tiatira – O Senhor fala da idolatria em alta escala [Sob o
comando da falsa profetisa Jezabel] (Apocalipse 2:18-29). Para quem não aprecia
os males da Igreja Católica Romana, recomendo o capítulo 4 deste livro - “Ecumenismo
e a Igreja Católica Romana”. Nessa Igreja não existe apenas um cadinho de
religiões pagãs. Ela também se tornou a religião estatal (sob Constantino,
tendo assim permanecido por tantos séculos), além de ter um sistema cheio de
empáfia, de clero/laicato, com os seus padres, bispos, arcebispos, até o papa.
5. - A Igreja de Sardes - Representa as Igrejas da Reforma. Notem que estas nunca se
libertaram do sistema de clero/laicato e por isso Deus não se agradou
tanto delas:
“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto....”
(Apocalipse 3:1-6). (Salvação pela graça e outros frutos da Reforma)
6. - A Igreja de Filadélfia - Muito interessante! Deus nada tem a reclamar
contra ela, mas reconhece que ela “tem pouca força” (Apocalipse 3:7-13). Creio
que esta Igreja representa os pequenos grupos de cristãos que deram as costas à
igreja organizada. Isso foi declarado por alguns Irmãos no Século 19, os quais
abandonaram a Igreja organizada e o sistema de clero profissional, enfatizando,
pela primeira vez, desde a Igreja primitiva, o verdadeiro sacerdócio dos
crentes - no qual todos os membros possuem dons e devem exercitar os seus dons.
Mas como todos os legítimos movimentos de Deus, até mesmo algumas dessas
assembleias acabaram se tornando institucionalizadas. Começaram a dividir-se e
a tomar as mais bizarras direções.
Voltando à Igreja de Filadélfia,
acredito que ela ainda representa o remanescente dos crentes singelos, que se
reúnem nas salas de visita de suas casas, através do mundo inteiro,
simplesmente para adorar a Deus e fruir a vida simples da igreja verdadeira.
7. A Igreja de Laodicéia - Representa a
principal fonte da Igreja “Cristã” ocidental, nos “últimos dias”. Lembre-se que
a maioria das igrejas co-existe hoje em dia: a igreja sofredora, a Igreja de
Roma, suas afiliadas nascidas da Reforma, bem como a frágil e pequena
Filadélfia. Para mim, nenhuma Igreja representa melhor a moderna Mega-Igreja do
que a Igreja de Laodicéia:
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou
quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da
minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e
não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e
roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e
que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” (Apocalipse 3:15-18).
Laodicéia era uma cidade rica, no tempo do Império Romano, e ficava na rota
comercial da Ásia, 45 milhas a sudeste da Filadélfia. Ali havia duas fontes:
uma de água quente, em um lado da cidade, e outra de água fria, no lado oposto,
ambas fluindo para o centro da cidade e ali chegando como água morna. A Igreja
histórica em Laodicéia estava lucrando com o comércio e teria muito a perder,
se não andasse conforme as ordens dos senhores romanos. Em outra parte há uma
história dizendo que embora seus membros admitissem seriamente a hipótese de curvar-se
diante do imperador romano, todos eles acabaram sendo martirizados. Foi esse o
fim da primitiva Igreja de Laodicéia. E O QUE VAI ACONTECER COM A
DE HOJE?
A passagem nos fala de uma igreja rica
(abastada de bens materiais), uma igreja tão moldada ao mundo, que se tornou
espiritualmente morna, Embora se considerando rica, satisfeita e “de nada tendo
falta”. Laodicéia se assemelha
realmente às Igrejas de Robert Schüller, Rick Warren, Bill Hybels, Kenneth
Copeland, Crespon Dollar, Pat Roberson, Peter Wagner, Paul Crouch, Jack
Hayford, Charles Stanley, D. James Kennedy, Tim LaHaye, Juan Carlos Ortiz, dos
falecidos John Wimber, Kenneth Hagin e Oral Roberts, John Farwell, David Yoion
Cho, John Paul Jackson, James Ryle, Frank Damazio, Ed Silvoso, Claudio Freidzon,
Roger Mitchell, Ted Haggard, Paul Cain. Chuck
Pierce, Rick Joyner, etc.
Existe mais uma coisa que deveríamos obserar
sobre a Igreja de Laodicéia. Nas Igrejas católicas e protestantes,
o pastor e o sacerdote tipicamente governavam o laicato com mão de ferro. Não
davam chance de argumentação. Lembra-se dos nicolaítas, onde o clero
governava o laicato? Ora, Laodicéia significa “governar pelo laicato”. A
Igreja evangélica de hoje é governada por um conselho de algum tipo. (diáconos,
anciãos, etc.). Em média, o pastor serve sob a pressão do conselho.
Quando a igreja precisa de um novo pastor, um comitê de pesquisa entrevista
algum em potencial, trazendo-o para pregar na igreja e em seguida há uma
votação - geralmente com todos os membros da igreja. Quando o pastor não
agrada, logo é dispensado através de votação e logo se começa uma nova
pesquisa. Isso é tão distante do modelo bíblico que nem sequer merece defesa.
Mas o resultado da nova igreja “democrática” controlada pelo laicato é ver as
pessoas se juntando aos mestres que lhes “provocam comichão nos ouvidos”,
conforme lemos na passagem da 2 Timóteo 4:3, citada no início deste
capítulo.
Poderíamos falar um bocado ainda sobre Laodicéia, mas a questão é que nem o
modelo nicolaíta (domínio do claro) nem o de Laodicéia (domínio do laicato),
nem a igreja do “buscador amistoso”, nem a igreja mercadológica - nenhuma
destas representa o que Deus realmente deseja. A igreja deveria ser governada
pelo Espírito Santo, não por uma agenda escrita. A intenção de Deus é ter um
corpo, um organismo, não uma organização. Não importa o quanto
Rick Warren e Peter Wagner digam que o seu modelo é o de um corpo
(especialmente o Movimento da Igreja em Células), o fato é que todas elas são
controladas de cima para baixo, sem qualquer semelhança com a vida espontânea
da igreja primitiva.
Mas, desde que a Igreja primitiva perdeu o seu
primeiro amor, a estagnação espiritual e a morte certamente aconteceram. A
questão é a seguinte: a “Igreja do laicato amistoso” fará parte de um reavivamento
ou da apostasia do “final dos tempos?”
“Ninguém de maneira alguma vos engane...” (2 Tessalonicenses 2:3-a).
“MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns
da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela
hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência” ( 1 Timóteo 4:1-2).
“E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira”
(2 Tessalonicenses 2:11).
“Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e
uns aos outros se odiarão”. (Mateus 24:10).
Em Mateus 16, Jesus admoesta os apóstolos contra “o fermento dos fariseus e
saduceus”, os líderes religiosos daquele tempo. Até mesmo uma ínfima quantidade
de fermento leveda toda a massa, fazendo-a inchar. O verso diz que Ele se
referia aos ensinos dos líderes religiosos. Agora, sou levado a admitir que
nada é preto e branco. Ainda há muito o que dizer sobre Rick Warren e os
ensinos da “Igreja Com Propósito”. Elas são animadoras, têm ensinos
fundamentais, exortam os crentes de que não se incomodam se eles saírem, mas
somente com Deus e com o que Ele pode dar. Sua ênfase sobre o evangelismo é
admirável. Seu esforço no sentido de apoiar o laicato em desenvolver o seu
próprio ministério também é louvável. Vejamos o lado negativo:
1. - Essas Igrejas fogem das controvérsias e de tópicos impopulares, em
seu esforço de agradar o objetivo de sua audiência. Se estamos vivendo nos
”últimos dias”, será que eles estão pregando o escapismo do arrebatamento
pré-tribulacional, ou estão ignorando completamente a profecia? Ou será que
eles apenas preenchem as “necessidades sentidas” das pessoas e desenvolvem
programas, de modo que suas vidas se tornem mais completas e realizadas?
2. - Eles tendem a permitir o levedo entrando na Igreja. Por outro lado,
conheço algumas Igrejas, aparentemente fundamentalistas, que estão permitindo e
até mesmo promovendo o Aconselhamento Psicológico (Leiam Psicologia -
O Cavalo de Tróia), os Doze Passos tipo Programas AA (de origem
demoníaca) - Leiam Psichoheresy de Martin Bobgan), Curso Alpha (http://www.banner.org.uk/misc/alpha.tml), Pagadores de Promessa (Veja o Estudo de Case – “The
Promise Keepers”) e apóiam organizações dominionistas, tais como a JOCUM,
e muitos outros movimentos modernos, que são muito questionáveis - Ecumenismo,
Nova Era, Movimento dos Apóstolos e Profetas, etc. Existe uma afinidade de
companheirismo entre os líderes do Movimento do Crescimento da Igreja e
deveríamos ficar desconfiados, quando vemos um pastor alisando as costas de
Robert Schüller, Tim LaHaye, Benny Hinn, Peter Wagner, etc.
3. - Eles tendem a misturar patriotismo com política, no púlpito. A
maioria das igrejas apóia cegamente o presidente “cristão” e sua política
mundial. De fato, muitas têm um fervor patriótico e um senso de que o destino
da América é levar Cristo, o capitalismo e a democracia ao mundo inteiro e, se
necessário, até mesmo pelas armas. Se estamos nos “últimos dias”, a Bíblia
deixa claro que a Igreja vai apostatar. Ela vai se aliar ao sistema político e
montar na besta, enquanto o Anticristo sairá para conquistar [Apocalipse 6].
Temos tratado desse item da América na profecia, em muitos artigos. A Igreja
deveria ser a cautelosa em termos de apoiar o estado, pois aí está o cerne da
apostasia dos “últimos dias”.
5. - Não importa qual seja o sistema que a Igreja organizada apóie, se a
“Meta-Igreja” ou a ”Igreja em Células”, ela continua sendo instituição
(governada pelo clero ou pelo laicato). Não importa quanto protestem: elas são organizações,
não organismos. Todas são hierárquicas e controladoras, até mesmo a
Igreja em Células, conforme veremos no próximo capítulo. Jesus foi claro em Sua
analogia, quando disse que não nos assemelhamos a uma árvore, ligados por
pequenos ramos de tamanho médio, transformando-nos em grandes ramos e,
finalmente, numa grande árvore. Ele nos comparou a uma videira, na qual somos
enxertados, sendo Ele a fonte (João 15). Não somos uma organização militar,
organizada de cima para baixo. Não precisamos mais de hierarquia, pois todos
nós somos reis e sacerdotes. Não precisamos de intermediários. Temos uma
relação com Deus e entre nós mesmos, por causa da nossa relação com Ele.
O Princípio da Vida
Leia Romanos, Efésios e as demais epístolas. A maneira de Deus é colocar Sua
vida em cada pessoa que nasce de novo. Essa vida cresce de dentro para fora e
nos transforma. Ele chama cada um de nós a trabalhar e nos outorga dons. Ele
nos faz semelhantes a um corpo, com os membros conectados uns aos outros,
fluindo vida de uns para os outros, e nenhuma parte do corpo é mais importante
que a outra. A maneira dos homens é criar ofícios, hierarquias, e organizações.
A maneira de Deus é criar funções de vida verdadeira. Ninguém deve ter o ofício
de pastor, mas apenas funcionar como pastor (se for esse o seu dom). Ninguém
deve ter o ofício de mestre, mas apenas funcionar como mestre. Deus fala em
termos de funções, não de ofícios: evangelista, ancião, diácono (alguém
que serve os outros), o dom da hospitalidade, de visitar os enfermos, etc.
Estas são as coisas que um cristão faz, não os ofícios que ele mantém. Você não
precisa cursar uma Escola Bíblica ou um Seminário. Basta permitir que o Senhor
flua através de você, para fazer isso. Veja Romanos 12:1-8, depois o verso 16:
“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. (Romanos 12:1)
E não sede conformados com este mundo, mas
sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)
Porque pela graça que me é dada, digo a
cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense
com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. - (Romanos 12:3)
Porque assim como em um corpo temos muitos
membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,”(Romanos 12:4)
Assim nós, que somos muitos, somos um só
corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. (Romanos 12:5)
De modo que, tendo diferentes dons, segundo
a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; (Romanos 12:6)
Se é ministério, seja em ministrar; se é
ensinar, haja dedicação ao ensino; (Romanos
12:7)
ou o que exorta, use esse dom em exortar; o
que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que
exercita misericórdia, com alegria”.
(Romanos 12:8).
“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às
humildes; não sejais sábios em vós mesmos; (Romanos 12:16)
Não se deve ignorar o
óbvio, ou seja, não devemos nos conformar a esse mundo. Nesse caso, como fica a
“Igreja do Buscador Amistoso”? Vamos ver o que, simplesmente, deve ser
feito. Cada um de nós tem a medida da fé e sua função e dons no corpo, os quais
devem ser usados. Deixe que as palavras acima penetrem em seu íntimo. Isso não
soa como a igreja institucional hodierna? Agora vamos à 1 Coríntios 12:4-11:
“Ora,
há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de
ministérios, mas o Senhor é o mesmo E há diversidade de operações, mas é o
mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a
cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da
sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a
outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de
curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o
dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a
interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas
coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.
A fonte dos dons e ministérios é o
Espírito Santo. Ele fala de algum modo para que alguém curse uma Escola Bíblica
ou um Seminário? Isto soa como ofícios que alguém deva receber ou pagar por
eles? Ou é obra do Espírito Santo? O que está hoje em falta no Corpo de
Cristo são os dons e ministérios exercidos pelos próprios crentes - cada membro
do corpo. São funções, não ofícios. É isso que os cristãos devem fazer -
ministrar os dons outorgados pelo Espírito Santo e não ocupar posições. São a
obra do Espírito e não das pessoas que ocupam posições com obras de um sistema
religioso educacional. Os versos prosseguem com 1 Coríntios 12:24-31:
“Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus
assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; -
Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado
uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem
com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora,
vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores?
são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos
diversas línguas? interpretam todos. Portanto, procurai com zelo os melhores
dons...”
O grande problema com as modernas igrejas de
hoje é que maioria dos dons e funções do corpo é suprimida pelo sistema do
clero/laicato. Profissionais são levados a ocupar altos cargos
espirituais, enquanto o restante apenas fica sentado e observa. A Meta-Igreja
afirma reverter essa tendência, porém ela funciona dentro do contexto organizacional.
Ela continua sendo mais que tudo uma organização de cima para abaixo, com tudo
intimamente controlado.
A Bíblia fala sobre os dons do Corpo, os quais
são outorgados por Deus e reconhecidos pela Igreja, em vista óbvia função ou do
fruto. Cada membro tem uma função, a fim de que o Corpo seja saudável. Efésios
4:11-16 confirma:
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e
outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo. Até que todos cheguemos à unidade da fé, e
ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em
roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem
ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de
cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
Não posso negar que Deus usa certos
cristãos para ajudar o aperfeiçoamento dos santos. Mas Ele os convoca e equipa.
Novamente, eles funcionam porque são dotados pelo Espírito Santo (Não por terem
estudado numa Escola Bíblica ou num Seminário). O objetivo não é o de um homem
agir como profissional, governando sobre os santos, mas que todos devam crescer
e não continuar sendo crianças, devendo cada parte e cada junta suprir uma à
outra. A Igreja é apenas um grupo de pessoas, as quais ministram entre si a
vida de Cristo.
Por causa do sistema clero/laicato, o qual tem dominado todo o Cristianismo
evangélico, temos uma geração de cristãos imaturos, portando-se como crianças
que ainda precisam de entretenimento, como se indagassem: “O que tem de bom
aqui para mim e para a minha família?” A maioria dos cristãos que ler
o que estou escrevendo vai ficar admirada! Somente Deus poderá mostrar-lhe que deseja
um Corpo prático, vivo, de crentes ministrando uns aos outros ou alcançando
pessoas que reconheçam sua luz e vida, declarando: “Vejam como eles se
amam!”
Nada tem sido mais danoso à maturidade dos cristãos do que o sistema do
clero/laicato e a igreja institucional organizada. O tempo que se permanece num
sistema, onde tudo é feito por profissionais, não permite descobrir os
próprios dons e função no Corpo vivo dos crentes.
Até mesmo Rick Warren verifica em como é difícil uma pessoa mudar. Por isso ela
chama sua Igreja de “Meta-Igreja” (uma Igreja em “mudança”). Ele verifica que a
maioria dos cristãos jamais se apartará do Cristianismo evangélico tradicional
e por isso busca novos convertidos. De fato, as igrejas em células fazem o
mesmo. As lições? Porque a maioria das pessoas está tão apegada às suas
tradições e modus vivendi. Elas não têm crescimento na vida em Cristo,
maturidade ou compromisso da necessidade de fazer algo, à parte do conforto e
organização da “Igreja”.
Se você tem interesse em desenvolver uma verdadeira vida em Cristo,
provavelmente abrirá suas portas para alcançar novos tipos de pessoas que
jamais tenham sofrido lavagem cerebral. Tanto como adoraríamos compartilhar da
igreja institucional, provavelmente não iríamos alcançar muitos, porque já
estão imersos num virtual caldeirão de institucionalização, apostasia e
indiferença... e nem sequer sabem disso. Estão acostumados ao sistema
clero/laicato e não podem imaginar que haja outro meio de fazer as coisas. A
maioria dessas pessoas se porta como recém-nascidos que ainda precisam sugar o
leite do pastor.
À medida em que entramos nos “últimos dias”, as diferentes igrejas proféticas
passam a coexistir: a ICR (Tiatira), as Igrejas protestantes (Sardis), a Igreja
com pouca força (Filadélfia) e a morna e rica igreja (Laodicéia), bem como a
Igreja sofredora em vários pontos do mundo (China, África, etc.). Em qual
destas você fará parte - do problema ou da solução? Apocalipse 17 e 18
descrevem o Cristianismo apóstata - a grande mãe das prostituições, e seus
filhos (A ICR e as Igrejas que a seguem). A mulher (igreja) está cavalgando a
besta (o sistema político) e faz guerra aos santos.
O engano está abundando e, a não ser que se tenha convicção e mente abertas
para separar-se da influência do fermento da Igreja instituição, não se poderá
escapar da pressão. No livro de Rick Warren (Uma Igreja Com Propósito)
ele diz que se alguém tem sete amigos na Igreja, provavelmente estará em
contato com eles... Tão poderosas são as amizades, relações e tradições.
Infelizmente, a maioria vai cuidar do seu conforto e de suas relações, mais do
que o fará com a verdade.
Muitas pessoas me contam, entusiasticamente, que existe uma alternativa para a
igreja organizada – a Igreja em Células. Seria esta uma resposta ou mais
uma falsidade? Veremos isso no próximo capítulo.
“Recognizing the Deception”, Capítulo 8 - “The Church Growth Movement”
Dene McGriff/Mary Schultze
(Não concordo com todas as posições do autor, que me parece ser pós-milenarista
e talvez contrário a “uma vez salvo, sempre salvo”. Mas concordo com a mensagem
principal aqui exposta. Hélio)
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
(retorne a http://solascriptura-tt.org/ SeparacaoEclesiastFundament/
retorne a http:// solascriptura-tt.org/ )
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.