NOTA DE HÉLIO SOBRE FATOS ISOLADOS E MÁ CONDUTA DE IBR’s
Desde que fui salvo, em 1974, minhas convicções são de que o plano
ideal de Deus é que somente houvesse incontáveis milhões de assembleias locais
de doutrina basicamente batista de fato (mesmo que usassem outros nomes, o
que importa é a doutrina real e a prática real) e que cada uma dessas
assembleias locais fosse totalmente soberana e INDEPENDENTE, sem sequer
existirem organizações hierarquizantes ou nada que estivessem acima (ou mesmo
"ao lado") de cada igreja.
Isto é, cada assembleia local poderia ter amor e comunhão com 2,
5, 10 igrejas de mesmíssimas, fiéis doutrina e prática (não importam os
nomes das igrejas), mas sem jamais se filiar a nenhuma organização superior
(ou mesmo "auxiliar") que, mesmo no menor grau/ modo/ extensão, lhe
influencie e controle e escravize, particularmente se essa organização
longamente tolera igrejas de doutrina e prática algo inferiores ao melhor
padrão batista bíblico, independente, dispensacionalista, fundamentalista,
separatista, "uma vez salvo sempre salvo", literarista,
pré-milenarista, defensor da Bíblia (Bíblia do TR, claro),
evangelístico, missionário, anti-ecumenismo, anti-pentecostalismo, anti-música
dançável, etc.
Em 1996, sai da Igreja Batista Fundamentalista de Campina Grande, que começara
a mudar em direção à música dançável e à certa tolerância ou mesmo comunhão com
certos erro do pentecostalismo e do pragmatismo.
Passei a morar em João Pessoa. Aqui, na falta de uma igreja realmente batista
fundamentalista e independente, tornei-me membro da igreja que me pareceu o
mais próximo disso: a Igreja Batista Regular Emanuel, que resistia e não se
escravizava à associação regional, e não mantinha comunhão com algumas IBR’s
que não julgava ideais. Pude, assim, conhecer várias igrejas e líderes do
movimento Batista Regular, tanto na Paraíba como em outros estados. Aprecio e
não guerreio contra a melhor face desse movimento (particularmente nas suas
primeiras décadas nos USA dos anos 1920 e 1930, e no Brasil dos anos 1940 e
1950). Aprecio e não guerreio contra os seus melhores herdeiros de hoje, e
com eles posso manter boa comunhão.
Feitas estas ressalvas preliminares, meu objetivo nessa longa nota
é dizer que acredito que, na eventualidade de ocorrerem desvios (conscientes,
teimosos, rebeldes, depois de alertas e exortações) de igrejas batistas
regulares em relação ao movimento batista regular original, então os públicos
combate e denúncia de tais erros são um FAVOR à igreja e ao
movimento, visando restaurá-los à pureza inicial, são o nosso dever a que não
podemos fugir, são um favor às gerações futuras, e são inescapáveis mandamentos
do Senhor, a Quem cultuamos através desse serviço.
Obviamente, eu espero que tanto quem enviou as más novas aos
autores dos artigos as denunciando e combatendo, como esses autores, tenham se
dado ao trabalho de checar a exatidão e fidedignidade de tudo que afirmam,
guardando provas documentais ou, pelo menos, de testemunhas oculares dignas de
toda confiança.
Saliento que, na década de 90, a Associação de Igrejas Batistas
Regulares do Brasil (AIBREB), depois de longamente ter tentado restabelecer
algumas igrejas que começaram a abraçar más liturgias, más músicas e maus
estilos, voltados para enorme aumento na quantidade de membros mesmo a custo de
diminuição na qualidade deles e das doutrinas e práticas das igrejas,
expulsaram do seu meio quase que 10% de suas igrejas.
Por conseguinte, espero que, as denúncias atuais, uma vez
comprovadas,
1) Levem ao restabelecimento das igrejas batistas regulares que estão saindo
das bordas da ortodoxia original;
2) Se isto não ocorrer, espero que a associação das igrejas batistas regulares
dos estados dessas igrejas heterodoxas, e a associação nacional, primeiramente
combatam fortemente toda a forma de erro interno ao movimento;
3) Se isso não restabelecer as igrejas em erro, espero que as associações
procurem expulsá-las;
4) Finalmente, se não conseguirem isto porque a heterodoxia já é mais numerosa
que a ortodoxia, espero que haja uma divisão do movimento, e que a minoria mais
fiel se aparte da maioria mais infiel. Se não mais uma vez comprovarmos que é
vão o sonho de fazer o fermento deixar de ser fermento, e se não pudermos
expulsá-lo, então devemos nos afastar dele e mudar de nome. Toda nossa lealdade
seja dada a Deus e somente a Ele.
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