Antigamente, as igrejas evangélicas era lugares
cheios de pessoas que conheciam a Bíblia de capa a capa, que se
portavam reverentemente durante o culto e não raro, as pessoas
do mundo admiravam os evangélicos por sua fé e esperança, mesmo
nos momentos mais difíceis. São inúmeros os testemunhos de
pessoas que vieram para Cristo após conviver com um crente
genuíno. Este, normalmente descrito como alguém humilde,
prestativo e sempre com um versículo bíblico na ponta da língua,
para qualquer situação.
Os cultos nas igrejas evangélicas era cheios de
hinos e coros profundamente inspiradores, refletindo as
doutrinas fundamentais da fé cristã. O ofertório era uma
demonstração de zelo e gratidão a Deus e o dízimo era um ato
alegre de fidelidade ao Senhor. Quando o pastor subia ao
púlpito, todos atentamente recebiam edificação através de uma
pregação biblicamente fundamentada. A pregação da Palavra era o
centro do culto. Mesmo nas igrejas pentecostais, não era muito
diferente. As classes de escola dominical estavam sempre cheias
de crentes sedentos estudar e debater temas bíblicos. Esses eram
os "crentes" de antigamente.
Hoje as coisas mudaram muito. E como mudaram! Os
evangélicos são vistos como mais uma "tribo" urbana, assim como
os sufistas ou os hippies, que tem musica própria, gírias e
slogans próprios. O culto reverente, virou entretenimento. O
momento de destaque no culto, já não é mais a meditação na
Palavra de Deus, proclamada por um pastor bem preparado
teologicamente, mas sim o momento de "louvor" (momento musical),
dirigido por bandas com caros aparelhos de som. As letras dos
cânticos só falam em noiva, paixão, e constantes repetições de
forte apelo emocional. O dízimo virou "ato profético" e o
ofertório barganha com Deus. Não se pede mais nada a Deus.
Decretam coisas para ele fazer da maneira mais arrogante
possível. Descaracterizaram a igreja, sob a desculpa de "quebrar
a religiosidade". O "louvor" não pode ser menos de uma hora,
mesmo que a pregação se reduza a 15 minutos ou menos. A doutrina
é colocada em segundo plano, pois o que importa é "adorar". A
Bíblia já não é tão importante para a pregação, pois o negócio é
buscar "novas revelações" ( eles devem achar que a Bíblia está
ultrapassada), tornando a hermenêutica e a exegese descartáveis,
e conseqüentemente descartando a boa preparação teológica.
Já chega, quero minha religião de volta! Quero
de volta a igreja com cara de igreja. Os cultos reverentes, o
povo sedento por aprender a Palavra de Deus, o sentimento de
contrição e submissão diante do Deus Soberano e Criador de todas
as coisas. Quero de volta o tempo em que cultos racionais eram
regra e não exceção. Quero de volta a centralidade da Bíblia e
não a busca de "revelações dos últimos dias". Quero de volta o
tempo que ser pastor era ser um religioso consagrado e não um
empresário eclesiástico.
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. I Co 15: 3-4
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