O jogo de BARALHO é pecado?

 

Pr Airton Evangelista da Costa

 





Uma leitora me fez essa pergunta. Eis a resposta:

 
 
            Eu não aconselharia o jogo de cartas como um passatempo saudável para o verdadeiro cristão. Nos meus tempos de ignorância, eu e minha mulher éramos viciados nesse jogo, mesmo sem ser a dinheiro. O jogo vicia. A pessoa fica escrava dele. Não pode passar um fim de semana sem jogar. Só pensa em chegar a hora do carteado, das conversas tolas, muitas delas conversas ímpias, mexericos, bisbilhotices.  Então é prejudicial. No jogo há mentiras, blefe, disputa acirrada. Perde-se muito tempo com isso. Tempo que deveria ser usado para ler a Bíblia, pregar o Evangelho, orar, conversar com os filhos, etc. No jogo há cobiça, vontade de vencer mais e mais: "Então a cobiça, depois de haver concebido, dá luz ao pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte". (Tiago 1.15).
 
            Meditemos se Jesus aprovaria o jogo de cartas; se Ele convidaria os Doze para um carteado, com a desculpa de que ninguém é de ferro. A resposta é não, não aprovaria. As cartas de baralho estão ligadas ao ocultismo. Veja-se o caso da cartomancia – adivinhação por meio de baralho. A cigana prevê o futuro através das cartas. Observem uma das possíveis origens do baralho:

            “Se, por um lado, não há consenso a respeito destas datas, por um outro lado não há muita dúvida sobre o passado religioso ou adivinhatório das cartas. O antigo baralho indiano, por exemplo, tinha dez naipes, cada um representando uma das dez encarnações da entidade Vishnu. Essa ligação com o sobrenatural também fica clara quando surgem alguns dados históricos. Catherine P. Hargrave, que em 1930 publicou sua História do Jogo de Cartas, diz que no século XIV, os soldados sarracenos introduziram no sul da Itália um jogo de baralho chamado "naib" - que em hebreu quer dizer "feitiçaria" - e que pode também ter sido a origem da palavra "naipe" em português e espanhol’.
Fonte: (www.universidadedam agica.com/ udm/br/historiad obaralho. asp).

            De um site esotérico, copiei o seguinte: “Pouca gente sabe, mas o baralho comum utilizado para jogos como canastra, bridge, buraco, truco e tantos outros se presta também à prática divinatória, conhecida como cartomancia”. Portanto, as cartas de baralho são instrumentos usados pelo diabo para o trabalho de adivinhação. Por todo o tempo, enquanto jogamos, estamos tentando adivinhar o jogo do parceiro; derrubar o adversário de qualquer modo, ainda que com a mentira, o embuste, o blefe, a dissimulação. E quando o jogo envolve pessoas ímpias, pior ainda. Cristãos e ímpios não devem ter qual tipo de íntima comunhão. No jogo, se estabelece uma cumplicidade com o parceiro, pois um jamais revela o “roubo” do outro. A Bíblia adverte:

            “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas” (2 Co 6.14).

            “As cartas foram criadas no ano de 1392, para uso pessoal do rei Carlos da França, quando este sofria debilidade mental. O criador das cartas era um homem degenerado e mau, que escarnecia de Deus e de seus mandamentos. Para sua criação maligna ele escolheu figuras bíblicas: o rei representa o diabo, a dama representa Maria, a mãe do Senhor. Assim de modo blasfêmico, fez de nosso Senhor Jesus Cristo um filho de Satanás com Maria. Copas e ases representam o sangue de Jesus, o valete (resisto em escrevê-lo) o próprio Senhor. Paus e outros símbolos representam a perseguição e destruição de todos os santos. Seu desprezo pelos dez mandamentos foi expresso pelo número dez das suas cartas. Quem conhece esta origem diabólica do jogo de cartas, compreende também as conseqüências diabólicas. Nenhum jogador de cartas lembra da realidade do diabo e dos demônios, que estão no fundo desse jogo” (http://www.olharcatolico.hpg.ig.com.br/baralho.html).

            Não tenho dúvida de que o jogo de baralho e a respectiva escravidão que ele produz fazem parte das “obras da carne”. Mas “os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).











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