Texto Base:
Ageu 1:5 e 6 e Mateus 6:31-33
Introdução:
Embora pouco falemos sobre esta
questão da prosperidade material do crente, não devemos encarar esse assunto
como perdido. Não vamos aderir às pregações dos neo-pentecostais do “evangelho
da prosperidade”, pois sabemos muito bem que devemos
“Buscar
PRIMEIRO o Reino de Deus, e as demais coisas nos serão acrescentadas.”, conforme
nos prometeu Jesus. No entanto, talvez estejamos incorrendo em um erro grave,
quando deixamos tão sem instrução este assunto, e esquecemos que a Bíblia nos
foi deixada para nossa completa instrução (II Tim. 3:16 e 17). Desta
forma, vemos que muitos irmãos, que não receberam boa orientação quanto à
condução de sua vida material, padecem, desnecessariamente, chegando mesmo a
passar e causar constrangimento por não terem sabedoria e instrução a respeito.
Muitas vezes, deixamos de ser abençoados materialmente, simplesmente porque nós
estamos errados. Isto não se resume ao fato de “deixar de dar o dízimo”, como
muitos pensam e ensinam. A fidelidade na contribuição na Obra é um dos muitos
sérios erros que podem estar cometendo, que nos estejam fazendo sentir que
“recebemos salário em saco furado” (ou bolso furado, para ser mais atual).
Neste estudo, baseado em sua maior
parte no livro de Provérbios, que é um livro de sabedoria, vamos buscar a
instrução da Palavra de Deus através das palavras de um homem que pediu a Deus
sabedoria e recebeu Dele sabedoria e riqueza como poucos ou, talvez, ninguém
mais tenha recebido, o rei Salomão. Estudemos em oração e temor a Deus, de tal
modo que possamos compreender quanto Deus tem a nos ensinar para nossa vida
material, lembrando que alguém já disse – “para o cristão não há distinção entre
o material e o espiritual – para o espiritual, tudo é espiritual!”
Este estudo se divide em três
partes:
1). Cuidados no trabalho (como devemos ganhar
nosso dinheiro)
2). Cuidados na aplicação da nossa fazenda (como
usar nossos bens e dinheiro)
3).
Cuidados pessoais (como não destruir com os pés o que fizemos com as mãos)
Temos a certeza de que esta abordagem bíblica
poderá nos ajudar muito. Mas lembre-se de que isto não é tudo. Há muito mais o
que aprender a respeito, em nossa experiência diária com a Palavra de Deus.
A. Dedicação – Seja diligente (cuidadoso,
caprichoso) em seu trabalho (Prov. 21:5). Quem faz o seu serviço bem feito,
certamente haverá de ser reconhecido por isto e colher os seus frutos, enquanto
o que o faz apressadamente e de qualquer maneira, trará prejuízos a seus patrões
/ clientes / fregueses / e a si mesmo.
B. Disciplina – Não deixe a preguiça
dominar você (prov. 6:6-11, 13:4, 20:4 e 13, 21:25, 23:33 e 34).Muitas vezes a
razão de alguém não Ter as coisas, é mesmo a falta de coragem e iniciativa para
trabalhar.
C. Honestidade – Trabalhe honestamente
(Prov. 20:10 e 17, 21:6 e 7, 10:22). É vaidade (engano) o ganho desonesto.
Especialmente para os verdadeiros filhos de Deus, quando trocam as bençãos de
Deus pelos lucros ilícitos.
D. Humildade – Não “se mate” por ganância
de ficar rico (Prov. 23:4). Deus pode nos abençoar a ponto de nos tornarmos
ricos, mas não devemos levar nossas vidas com este objetivo, como muitos que
sacrificam sua saúde, família e vida espiritual.
E. Integridade – Não tenha inveja da
prosperidade dos ímpios, deixando-os tentar por gente inescrupulosa (Prov. 23:17
e 18, 1:10-15). Nunca nos faltam pessoas que nos incitem a andar em seus
caminhos desenfreados, com desculpas do tipo: “isto é normal”, “todo mundo faz”,
e “veja como estamos nos dando bem”.
A. Satisfação/Gratidão – Contente-se com
as coisas alcançadas no Senhor (em trabalho, amor e honestidade) por mais
simples que pareçam ou sejam (Prov. 15:6 e 16, 16:8, 30:7-9). Valorizando e
desfrutando corretamente daquilo que temos, estaremos mostrando nossa gratidão
ao Senhor. Poucas pessoas são sabias em ver que a felicidade não reside naquilo
que temos. A vida de muitos homens ricos nos comprovam esta verdade afirmada em
Provérbios.
B. Zelo – Cuide bem daquilo que você tem
e não negligencie nem desperdice (Prov. 27:23 e 18:9). A pessoa que cuida de
suas coisas e não zela por elas, costuma perde-las mais rapidamente do que as
ganhou e, por isso, está sempre deficitária. Além disso, alguém que não zela de
um bem menor, normalmente não se mostra apto e merecedor de um maior.
C. Moderação – Cuide para não fazer mau
uso das bênçãos que Deus te dá, para que elas não se tornem mau para você (Prov.
25:16). Este é um erro muito comum entre os crentes. Os excessos e mau emprego
de bens que Deus nos dá, acabam por nós prejudicar.
D. Bom senso – Dê o devido valor aquilo
que você tem (Prov. 20:14). Não seja bobo, permitindo que as pessoas desmereçam
ou desvalorizem aquilo que tem um determinado valor. Pessoas que, na hora de
comprar, desvalorizam tudo que você tem e na de vender, supervalorizam o que
eles têm. Lembre-se que as coisas tem um valor real e justo de acordo com a
situação. Há pessoas que custam muito para adquirir algo e depois as entregam de
“mão beijada” a espertalhões.
E. Coerência/Sabedoria – Não ponha em
risco sua vida material, servindo de fiador, avalista ou coisa parecida (Prov.
6:1-5, 17:18, 20:16 e 22:26 e 27). Nós que não temos grande fortunas,
dificilmente temos a condição de servir de fiador a alguém. Se fiador ou
avalista é comprometer-se com bens ou dinheiro, dados como garantia de um
contrato feito por outra pessoa caso ela não o honre. Por essa razão, só
poderíamos colocar como garantia, algo que não é imprescindível. Comprometer o
nosso patrimônio, o bem estar e sustento de nosso lar e nosso testemunho por dar
em garantia de outrem, algum bem ou dinheiro, é incoerente. Ser fiador daquele
que não conhecemos direito (o estranho) ou do que “já conhecemos muito bem”,
também é incoerente. Ser fiador sem Ter com o que pagar é ainda pior. Muitas
gente tem comprometido seu bom nome e arrumado problemas sérios no suprimento
das necessidades de seu lar, por não dar ouvidos à Bíblia, sentindo-se na
obrigação de “por amor” ser fiador do seu próximo.
A. Construa o seu reino com bons conselheiros
– (Prov. 13:18-23, 12:15, 15:22, 11:14). Pessoas que acham que acham que não
precisam de ajuda e se aventuram em coisas que desconhecem, costumam Ter grandes
prejuízos. Muitos homens acham que é vergonhoso buscar a opinião de sua esposa
ou de outros homens em negócios que vão fazer. O sábio líder, governa com um
rico conselho, isto é, ele busca instrução e opinião de pessoas que ele sabe que
entende do assunto ou tem interesse que ele seja bem sucedido na empreitada.
Assim, procure dentre seus amigos (irmãos e familiares), quem seja indicado a te
orientar e ajudar naquilo em que você vai fazer.
B. Tenha ou seja uma ajudadora – (Prov.
14:1, 31:10-31). Há muitas mulheres que querem fazer de tudo, mas não cumpre a
função primordial que foi dada por Deus de ajudar o seu marido. Na área
material, muitas vezes o que ele ganha ou o que eles ganham juntos ela é capaz
de gastar sozinha. Uma mulher sabia é aquela que coopera (trabalha em conjunto)
para a prosperidade de sua casa, cuidando bem e, se possível, ajudando a ganhar.
C. Seja o que você realmente é – (Prov.
13:7, 16:18). Não queira mostrar-se o que não é. Não seja “metido a besta” e nem
faça-se de “miserável e coitadinho”. Um não tem com que pagar-se e o outro
esconde, com ingratidão, asa bênçãos de Deus, não as reconhecendo.
D. Não seja “o trouxa” da mulher vil –
(Prov. 6:23-26). Muitos homens têm muita cabeça para ganhar dinheiro e até
fortuna, mas, por um “rabo de saia” são capazes de entregar em uma semana o que
levam dez anos para construir. Como se já não bastassem outras razões morais
para alertar os irmãos a fugirem da mulher adúltera, esta é mais uma forte
razão. O homem, depois de seduzido (fisgado) por uma mulher interesseira, perde
a noção das coisas e fica cego, pondo a perder tudo o que tem e, como diz
a Bíblia, chega a ter que mendigar o seu pão.
E. Não seja escravo dos prazeres – (Prov.
21:17, 23:20 e 21). O dinheiro, sem dúvidas, pode nos trazer conforto e prazeres
que, sem ele não poderíamos desfrutar. Porém algumas pessoas se encantam tanto
com estes tais prazeres, que se incapacitam a dar continuidade a sua vida
normal, de forma que vão dizimando os seus bens. O filho pródigo, da parábola
contada por Jesus, é um excelente exemplo disso.
F. “A ninguém devais coisa alguma...” –
(Rom. 13:8). Não entre em dívidas e compromissos desnecessários, correndo o
risco de não Ter com que pagar ou ficar preso a alguém. Aprenda a viver
dentro do que você tem e ganha. Hoje, tornou-se comum as pessoas viverem
sempre devendo a alguém. Cheque especial (e outras linhas de créditos especiais
oferecidas pelos bancos), cartão de crédito, consórcio, cadernetas, cheques
pré-datados, etc... tornaram-se um vício para grande maioria. Assim tornando-se
cada vez mais devedores (a Bancos, administradoras de cartões de créditos,
factoring, ou agiotas), são sem perceber, cada vez mais dominados por estes, a
ponto de verem seus bens tomados por estes, quando não conseguem contornar a
dívida. Estas instruções nos oferecem créditos como se isso fosse uma honra ou
um privilégio; é assim que o gerente lhe comunica que você teve seu limite de
crédito aprovado ou aumentado, não é? Mas, na verdade, ele só está dando corda
para se enforcar (Prov. 22:7)
G. Não se contente em somar / Aprenda a
dividir - (Prov. 3:27 e 28, 11:24 e 25, 14:31, 19:17). Seja liberal e
generoso, repartindo o que é direito e justo a cada um e ajudando aos
necessitados com amor e compaixão, conforme Deus te permitir e abençoar, ou
seja, conforme a tua prosperidade (II Cor. 9:1 e 6-13). Quando feito isso SEM
SEGUNDAS INTENÇÕES, certamente Deus retribui através da Sua infinita
misericórdia. È neste sentido que a Bíblia dez que, quando damos aos pobres
estamos emprestando a Deus. È porque Ele devolverá (talvez a mais).
H. Faça as contas antes de erguer a torre
– (Prov. 13:16 e Luc. 14:28 e 29). Faça as contas e trabalhe sua vida financeira
com prudência. Não devemos viver as cegas, não sabendo o que vem pela frente. È
por esta razão que muitos caem em dívidas e sem vêem obrigados a submeter-se a
empréstimos. Nunca fazem as contas antes, para ver se vai dar para acabar a tora
(ou acabar o mês). Quanto mais apertado nosso orçamento, maior a necessidade de
prever nosso caixa (receita/despesa), para que possamos ajudá-lo ANTES QUE O
DESASTRE OCORRA. Mesmo nos casos de quem, tem certa folga de caixa, é
conveniente faze-lo para NÃO INCORRER NO ERRO DO DESPERDÍCIO. (Veja modelo de
orçamento anexado e tente usá-lo, adaptando-o à sua condição)
Que os conselhos da Palavra de Deus possam
fazer-nos sábios no conduzir nossas vidas materiais, de forma que venhamos a
honrá-lo dando um bom testemunho do que Ele pode fazer por nós e em nós. AMÉM!
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Manutenção carro |
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Casa/Móveis |
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Pastor Waldir Ferro
Igreja Batista Betel Independente
São Paulo – 01/2002
Fonte: sites do Pr. Calvin Gardner
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.