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[o movimento da]
"BATALHA ESPIRITUAL"
 

Parece que os crentes nunca se cansam de aparecer com novas maneiras de lidar com a vida. Lembram-nos dos Atenienses no Areópago, que "de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade" (Atos 17:21). Dentro da "cristandade evangélica" de hoje em dia, existe um constante desfile de inovadores enfoques para lidar com os nossos pecados e problemas. Um desses é o que alguns chamam de [movimento da] "Batalha Espiritual". "Batalha Espiritual" se tornou a moda em qualquer círculo cristão de hoje em dia, apesar da sua falta de suporte bíblico. Isto deve-se a vários fatores: a influência de elementos carismáticos; pragmatismo; a igreja render-se à psicologia durante os últimos vinte anos; e o endosso de teólogos de renome. No entanto, a questão é, como sempre: Porventura este novo movimento se encaixa na Palavra de Deus? Iremos descobrir que não somente não se encaixa nas Escrituras, mas que o movimento da "Batalha Espiritual" é anti-Escriturístico.


 

O CRISTÃO E A POSSESSÃO DEMONÍACA

Definição de demonizado [ver NOTA]

Os ensinadores da batalha espiritual dão uma grande importância à palavra Grega comumente traduzida, "endemoninhado (possuído por demônio)" no Novo Testamento. A palavra simplesmente significa "ser demonizado".  De alguma forma, esta definição é suposta [pelo movimento da "Batalha Espiritual"] suavizar o conceito de um Cristão ser possuído por um demônio. Por exemplo, Neil Anderson diz que significa [em qualquer forma, extensão, grau e duração] ser [influenciado ou] controlado por um demônio, e que é uma questão de graus. No entanto, o Novo Testamento nunca usa o termo para coisa alguma menor do que ser habitado por um demônio. [O termo "demonizado"] nunca é usado para descrever a atividade de Satanás em acusação aos irmãos, tentação, enganação ou perseguição. Portanto, não importa como traduzimos a palavra "daimonizomai", ela é sempre usada exclusivamente para aqueles habitados por demônios.
 

 

Pode um Cristão ser possuído por um demônio?

A questão deve ser colocada, "Pode um salvo ser possuído por um demônio; isto é, habitado e controlado por um demônio?" C.F. Dickenson, no seu livro Demon Possession and the Christian, devota sério estudo a esta questão. Ele lida com todas as principais porções das Escrituras acerca deste assunto e então conclui: "Chegamos à conclusão que que, embora haja uma grande quantidade de informação a considerar, e ainda que se possa alegar evidências de vários pesos, no entanto não havemos chegado a uma conclusão definitiva. ... Temos procurado evidências provenientes de considerações bíblicas e teológicas que suportem a idéia de os crentes poderem ser demonizados."(p149).

Em outras palavras, de acordo com o Dr. Dickenson, as mesmas Escrituras que clamam prover tudo o que precisamos para a vida e santificação (2Pe 1:3), é inadequada para lidar com este assunto importante. [Daí,] que deve o crente fazer? De acordo com Dickenson, Deus negligenciou incluir na Sua Palavra instruções para vitória sobre um dos mais poderosos inimigos do crente. Então para onde nos virarmos? Dickenson assegura-nos que podemos olhar para a experiência com confiança. Ele admite que, "O perigo de basearmos nossa teologia em experiência é evidente." No entanto, como a Palavra de Deus não aborda o assunto da demonização dos crentes, os ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" se sentiram livres para desenvolverem um inteiro sistema de batalha demoníaca, baseados na suposta experiência de pessoas.
 

   NOTA DO TRADUTOR: Como os defensores do movimento da Batalha Espiritual criaram um novo termo inglês, "demonized", pretendendo que fosse diferenciado do tradicional "demon possessed", também criamos um novo termo em português, "demonizado", para refletir o pensamento deles, que querem diferenciá-lo do tradicional "endemoninhado".

   Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; (2Ped 1:3) 

O que a Bíblia diz?

Antes de examinarmos a defeituosa estrutura [do movimento] da "Batalha Espiritual", devemos examinar se a Bíblia nos dá alguma pista acerca se um crente pode ser demonizado. As seguintes passagens necessitam ser estudadas --

Col. 1:13-14 -- Quando os indivíduos são salvos eles são arrancados do domínio das trevas.

Rom. 8:37 -- O contexto é o da segurança do crente, no entanto encontramos que ao crente é prometida vitória através de Cristo.

1Co 6:19 -- O crente é habitado pelo Espírito Santo. É inconcebível que o Espírito Santo fosse partilhar nossos corpos com um demônio. Durante o tempo do ministério de Jesus na terra os demônios temiam-No e normalmente evitavam-No, se possível. Porque o mesmo não será verdade com o Espírito Santo?

1Jo 4:4 -- O crente tem o Espírito Santo dentro de si. Os demônios por outro lado, habitam o mundo e os que são do mundo.

1Jo 5:18 -- O maligno não pode tocar nos filhos de Deus.

2Te 3:3 -- Por causa da fidelidade de nosso Senhor (não da nossa) estamos protegidos do maligno.

1Co 5:5 -- No Novo Testamento nunca encontramos indicação alguma que um crente possa ser habitado por um demônio, nem nos é dado mandamento algum ou instrução alguma acerca de expulsar demônios [NOTA de solascriptura-tt: Ver So83ApostEDiscTiveramDonsSinais-Helio ] . Esta passagem [1Co 5:5] fala de entregar um crente a Satanás, para a destruição da sua carne. Nada jamais é dito acerca de arrancar um crente de uma possessão pelo Diabo.
 

   O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; (Col 1:13-14)

   Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. (Rom 8:37)

   Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1Co 6:19)

   Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. (1Jo 4:4)

   Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. (1Jo 5:18)

   Mas fiel é o SENHOR, que vos confirmará, e guardará do maligno. (2Te 3:3)

   Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do SENHOR Jesus. (1Co 5:5)

Por quê o interesse neste assunto?

Então, porque alguns crêem que um crente possa ser demonizado?

Aqui estão três razões:

1. Experiência -- Estórias ["causos"], algumas delas bastante incríveis, dominam o campo. A teoria parece ser que, se alguém teve uma experiência, não importa o quão absurda ou antibíblica possa ser, então ela tem que ser de Deus. "Teologia Baseada em Estórias" [ver NOTA] é o marca predominante na teologia de hoje.

2. Influência da psicologia -- Meus problemas não podem ser culpa minha. Tem que existir uma solução, fora das Escrituras. Este é o mesmo ponto de vista que os psicólogos Cristãos ensinam

3. Transferência de culpa  [colocar as minhas culpas nos outros] -- Anderson diz, "Aqueles que dizem que um demônio não pode controlar [sequer] uma área da vida dum crente, só nos deixam com dois culpados para o problema que encaramos: nós mesmos ou Deus. Se nos culpamos a nós próprios, nos sentiremos desesperados, pois não conseguiremos fazer nada para parar o que estamos fazendo. Se culpamos Deus, a nossa confiança n´Ele como nosso Pai benevolente é abalada. De qualquer das maneiras, não temos chance alguma de obter a vitória que a Bíblia nos promete" (The Bondage Breaker, p.174). Como não nos podemos mais culpar a nós próprios pelos nossos próprios problemas, os demônios tornam-se convenientes bodes expiatórios.
 

   [NOTA DO TRADUTOR: No original "Story Theology", isto é, "Teologia Baseada em Estórias, em 'causos', em experiências alegadas por pessoas, muitas vezes sem nenhuma veracidade ou apoio bíblico". Tal "Teologia Baseada em Estórias" é bastante diferente da "Teologia Histórica", que analisa a Teologia através da História.]

I. OS ENSINAMENTOS DOS LÍDERES [do movimento] da "BATALHA ESPIRITUAL"

Neil Anderson é o ensinador mais popular [do movimento] da "Batalha Espiritual". Anderson foi o chefe do Departamento de Teologia Prática na Talbot School of Theology of Biola University. Escreveu vários livros dentro deste assunto, incluindo: The Bondage Breaker; The Seduction of Our Children; Victory Over the Darkness; Released from Bondage; e Walking Through the Darkness. Ele também viaja pelo país [USA] apresentando o seu seminário "Liberdade em Cristo" (Freedom in Christ). Iremos tratar os ensinamentos de Anderson como representativos de todo o grupo.
 

A. Ensinamentos Bíblicos

Muitos dos conceitos do Dr. Anderson estão de acordo com as Escrituras, pelos quais damos graças a Deus. Anderson estaria de acordo com as doutrinas fundamentais da fé. Em adição a isto, ele coloca ênfase especial em: 

- Pensamento correto produzirá emoções certas.

- O maior promotor da saúde mental e emocional, é um verdadeiro conhecimento de Deus.

- O crente tem que entender a sua identidade em Cristo.

- Perdão é extremamente importante na vida do crente.
 

B. "Cristãos podem ser demonizados ou possuídos por demônios"

Anderson faz a seguinte afirmação. "É minha observação que não mais do que 15% da comunidade de cristãos evangélicos é completamente livre da escravidão a Satanás" (Bondage, p.107). "Influência demoníaca não é uma força externa no sentido físico; é uma manipulação interna ao nível do sistema nervoso central" (p.111). "Qualquer coisa má que você não consiga parar de fazer, ou qualquer coisa boa que você não consiga pôr-se a fazer, pode ser uma área de controle demoníaco" (p.179).

Para Anderson, 85% dos cristãos evangélicos estão controlados por Satanás, em algum grau. Seria um exercício muito interessante tentar achar nas Escrituras suporte para as asserções de Anderson.
 

C. "Cristãos podem ser libertos da demonização"

Felizmente para nós, Anderson descobriu um meio de libertação para os crentes controlados pelos demônios. Onde encontrou ele tal plano? Certamente não foi nas Escrituras -- relembre que aparentemente [diz ele] a Bíblia não trata de tal problema. Ele também  não encontrou [solução] mesmo nas tradições dos grandes santos do passado. De fato, ninguém na história da igreja jamais ensinou os métodos desenvolvidos por Anderson -- o que nos diz umas quantas coisas:

1. Visto este plano não ser baseado nas Escrituras, e visto ser total novidade para a igreja, grande precaução é preciso ter.

2. Se Anderson está correto, então a maior parte dos santos do passado, os quais somente tinham a Palavra de Deus para os guiar, foram escravizados irremediavelmente por demônios -- aparentemente sem se darem conta disso. Que pensamento tão triste!
 

D. Ensinos de Anderson, sobre o que o crente tem que fazer para ser liberto da demonização

O seu principal foco deve estar contido dentro destes três conceitos :

1. Entender a nossa identidade em Cristo --

Muito do que Anderson ensina nesta secção é bíblico, no entanto, se desvia em duas áreas importantes:

a. A autoridade do crente

O argumento é mais ou menos este: Eu estou sentado nos lugares celestiais em Cristo. Cristo tem todo o poder e autoridade. Portanto, eu tenho o poder e autoridade de Cristo. E o resultado é que todos os Cristão tem autoridade sobre Satanás e seus demônios.

Deverá ser óbvio que a terceira premissa não é verdadeira. Anderson dá como prova textual Lucas capítulos 9 e 10. No entanto, não somente estas referências são para os crente pré-pentecostes (que não estavam em Cristo), mas, são instruções específicas, para um específico grupo de pessoas, para um específico ato. Estas passagens não têm qualquer referência para a igreja.  [NOTA de solascriptura-tt: Ver So83ApostEDiscTiveramDonsSinais-Helio]

b. Amarrar, soltar, ordenar a Satanás e seus demônios

Anderson admite que não existem instruções nas epístolas para expulsar demônios porque (diz ele) é da responsabilidade de todo crente Cristão o vestir a armadura de Deus, ficar firme e resistir ao diabo.

A Escritura usada como suporte é Mat 12:29, mas é errado concluir que Cristo haja estabelecido um castigador universal para amarrar espíritos maus. A propósito, quem é que não pára de os soltar?
 

1 ¶ E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. ... 38 E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. 39 Eis que um espírito o toma e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado. 40 E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. 41 E Jesus, respondendo, disse: O geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me aqui o teu filho. 42 E, quando vinha chegando, o demônio o derrubou e convulsionou; porém, Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai. ... 49 E, respondendo João, disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não te segue conosco. 50 E Jesus lhes disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós. ... 1 ¶ E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. ... 17 ¶ E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. 18 E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. 19 Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. 20 Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. ... (Lucas 9:1-10:42)

2. Libertação do nosso passado

Anderson sugere uma abordagem com quatro pontos:

a. A "integração da psicologia com a teologia."

b. Libertar o crente da "escravatura hereditária a demônios". Anderson está falando de se herdar geneticamente: demônios; espíritos guias; maldições satânicas; e uma pré-disposição genética para pecados [específicos] que se transformam em hábitos ou vícios [específicos].
Êxo 20:5 é a suposta base Escriturística, mas é usado fora do contexto (ver verso 6). No entanto, mesmo se o contexto fosse que o pecado é herdado, Ezequiel 18:19 o rescindiu.

c. Perdoar Deus (Released, p.174).

Nada mais é necessário dizer aqui. Isto não é um milímetro menos que blasfêmia.

d. Perdoar-se a si próprio.

Nada em toda a Palavra de Deus nos dá a autoridade para nos perdoarmos a nós mesmos.
 

   Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. (Êxo 20:5)
   E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. (Êxo 20:6)
   Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniqüidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá. (Eze 18:19)
 

3. Liberdade de conflito da Escritura causado por demônios

 -- Confrontar os demônios é o ponto fundamental do ministério de Anderson.

Note três pressuposições insanas e/ou não bíblicas:

a. Demônios (não a carne) são a fonte primária da falha dos crentes (Gal. 5:16-21).

b. Crentes podem ficar possuídos por demônios.

c. [o movimento da] "Batalha Espiritual" é uma campanha ofensiva em vez de defensiva, e inclui ataques verbais a Satanás. "Devemos aprender a manietar o homem forte antes de podermos resgatar os seus prisioneiros" (Bondage, p.91).
 

 Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. (Gál 5:16-21) 

4. Passos para  a liberdade em Cristo

 -- Satanás será derrotado somente se o confrontarmos verbalmente (p.84):

Passo #1 -- Renuncie [todo] envolvimento com práticas satânicas [ou] de inspiração no ocultismo. (Isto inclui qualquer atividade que um membro da família possa ter participado.)

Passo #2 -- Escolha viver pela verdade em vez de pelo engano.

Passo #3 -- Escolha perdão em vez de ficar amargurado. (Isto inclui perdoarmos a nós mesmos, p.196.)

Passo #4 -- Temos que escolher ser submissos em vez de rebeldes.

Passo #5 -- Viva humildemente em vez de orgulhosamente.

Passo #6 -- Escolha liberdade em vez de escravidão ao pecado.

Passo #7 -- Renuncie os pecados e maldições, as quais possam ter sido colocadas nos seus ancestrais (ver ex. p.201).


 

II. AVALIAÇÃO [do movimento] DA "BATALHA ESPIRITUAL"

A Escritura reivindica prover tudo o que necessitamos para a salvação e santificação  (2Ti 3:16-17 e 2Pe 1:3). Contudo, os próprios ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" admitem que não existe evidência bíblica que um filho de Deus possa ser demonizado. Se esse é o caso, então obviamente a Escritura não provê nenhum "passos para libertação da possessão demoníaca". Agora, Neil Anderson e C. Fred Dickenson estão nos dizendo que estão nos provendo aquilo que a Palavra de Deus nunca se concedeu nos ensinar. Donde estão estes homens obtendo tal informação? Da experiência -- a mesma fonte donde os carismáticos obtém os seus ensinos antibíblicos.

A. Não só [o movimento de] a "Batalha Espiritual" deriva de fontes extra-bíblicas, como também contradiz muito do que o Novo Testamento nos ensina acerca de demônios

1. Nas epístolas existem dez referências a demônios (a maioria relatando certos fatos), mas existem mais de cinqüenta referências para "a carne" como sendo o principal inimigo do crente. A perspectiva do  Novo Testamento é que a maior área de conflito é na área da carne, e não na da influência demoníaca.

2. Alguns estão-nos dizendo que demônios têm nomes que refletem suas influências. Nomes tais como "luxúria", "assassinato", "inveja", "mexerico", etc. Contudo, em nenhum lugar na Bíblia nós encontramos qualquer suporte para este ensino. A Escritura explicitamente diz que estas ações são produto da carne (e.g. Gál. 5:19-21 [acima]).

3. Anderson clama que quando lidamos com demônios é um "embate da verdade", e não um "embate de poder". No entanto, quando Jesus ou os Apóstolos expulsavam demônios era sempre um embate de poder. Jesus nunca, nem uma só vez, tentou argumentar com um indivíduo endemoninhado. Nunca, nem uma só vez, Ele lhes pediu para [os demônios] acreditarem na [se renderem à] verdade. Ele sempre energicamente expulsava os demônios dessas pessoas. Ademais, nem uma só pessoa nos Evangelhos jamais veio até Jesus para ser liberta dos demônios. A razão óbvia é que quando um demônio controla alguém, essa pessoa perdeu a sua capacidade para escolher o bem. Em contraste, os ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" nos dizem que os crentes estão indo ter com eles em grande número, para serem libertos.

4. Os líderes [do movimento] da "Batalha Espiritual" não entendem a distinção entre Jesus e os apóstolos e o cristão normal. Os encontros de Jesus com os demônios estavam diretamente relacionados com a Sua reivindicação de ser o Messias e Sua oferta do Reino. Em relação aos Apóstolos, existem três ocasiões em que expulsaram demônios após a ascensão de Cristo (Atos 8:5-8; 16:16-18; 19:11-12). A capacidade para fazer isso lhes foi dada [exclusivamente a eles] para atestar a nomeação deles como apóstolos (Mar 16:17; 2Co 12:12). No Novo Testamento nós não encontramos crentes a expulsar demônios, a não ser que sejam apóstolos. No entanto, mesmo com os apóstolos, nós não encontramos que a expulsão de demônios fosse  uma parte importante dos seus ministérios. Em vez disso, a norma para lidar com possessão demoníaca era a apresentação do evangelho.

5. É interessante nos apercebermos que é exatamente estas áreas -- as quais os carismáticos e as pessoas [do movimento] da "Batalha Espiritual" tanto enfatizam --  que Jesus põe em evidência como nada provando concernente à relação com Deus (Mat 7:21-23). Posteriormente Paulo até nos ensina que pessoas com inspiração satânica podem produzir milagres (2Te 2:9-12).

6. A principal conclusão é que este método de santificação não é ensinado em parte alguma da Bíblia. Nós, com toda a certeza, podemos confiar que nosso Senhor teria incluído [no registro Bíblico] um meio para libertar de demônios, se tal fosse necessário.
 

   Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2Ti 3:16-17)
   Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; (2Pe 1:3)
   E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade. (Ato 8:5-8)
   E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu. (Ato 16:16-18)
   E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam. (Ato 19:11-12)
   E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; (Mar 16:17) [NOTA de solascriptura-tt: Versos 14 (Cristo repreende incredulidade) e 20 (crença e sinais cumpridos) referem-se aos apóstolos, portanto v. 17 também. Ver QuemSaoOsCrentesSeguidosPorSinaisMark16-Keener]
   Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. (2Co 12:12)
   Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mat 7:21-23) [NOTA de solascriptura-tt.org: Já lhe ocorreu que a iniqüidade praticada por essas pessoas é justamente a de "fazer" o que era exclusivo e identificador-caracterizador dos 83 apóstolos e discípulos (que foram especificamente comissionados para tal, pelo Cristo fisicamente presente)? Ver: So83ApostEDiscTiveramDonsSinais-Helio]
   A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade. (2Te 2:9-12) 

B. Alguns ensinos ANTI-BÍBLICOS adicionais

1. Amarrar Satanás

 -- baseado na má interpretação de três passagens: Mat 12:29; 16:19 e 18:18. O contexto no entanto revela que  Mat 12:29 é uma ilustração do poder pessoal de Cristo sobre Satanás, e não nosso poder. Ademais, Mat 16:19 e 18:18 estão no contexto de cumprir [plenamente] a vontade de Deus na terra, incluindo a disciplina pela igreja.
 

   Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? (Mat 12:29)
   E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, acontecerá que foi ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra acontecerá que foi desligado nos céus. (Mat 16:19, tradução de Berry)
   Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, acontecerá que foi ligado no céu; e tudo o que desligardes na terra acontecerá que foi desligado no céu. (Mat 18:18, tradução de Berry) 

2. Repreender o diabo

 -- os crentes nunca são instruídos a repreender o diabo ou seus demônios. O Novo Testamento vê repreender como uma prerrogativa exclusiva de Jesus (Judas 1:9). Ademais, isto é marca dum falso profeta (2Pe 2:4-12; Judas 1:8,9). Então, por que é que as pessoas repreendem o diabo? 2Pe 2:12 e Judas 1:10 dizem que eles fazem isso porque não entendem o que estão fazendo. 2Pe 2:10 sugere que fazem isso por causa da arrogância.
 

   8 ¶ E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades. 9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. 10 Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem. (Judas 1:8-10)
  ... 9 Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; 10 ¶ Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades; 11 Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. 12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, (2 Pedro 2:4-12)

3. Orar o sangue (praying the blood)

 -- Esta frase ou idéia não é encontrada no Novo Testamento. O sangue de Cristo nos purifica/liberta do pecado.
 

4. Maldições herdadas -- quatro razões porque tal idéia é incorreta

a. A salvação nos liberta de todos os pecados -- incluindo pecados de ocultismo. A Bíblia não reconhece pecados de ocultismo como uma categoria especial, que não foi tratada na cruz.

b. Êxo 20:5 se refere à escolha de cada geração em seguir os pecados dos seus ancestrais. Eze 18:10-20 diz que cada um de nós será tratado de acordo com os seus próprios pecado.

c. Êxo 20:5-6 e Deut 5:9-10 lidam com Israel -- não com a igreja.

d. Não existe nem um único exemplo na Bíblia de uma pessoa salva estar sob uma maldição satânica, que tenha que ser "quebrada" por exorcistas cristãos ou por uma confissão especial [distinta da confissão do nosso pecado e confissão de que Cristo é nosso Salvador e Senhor, confissões feitas na nossa salvação].

e. Espíritos territoriais.


 

   5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. (Êxodo 20:5-6)
   9 Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 10 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. (Deuteronômio 5:9-10)
   ... 14 E eis que também, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes ... 17 Desviar do pobre a sua mão, não receber usura e juros, cumprir os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente viverá. ... 20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. (Ezequiel 18:10-20)

III. INSTRUÇÕES BÍBLICAS CONCERNENTES AO LIDAR COM DEMÔNIOS

A. Que Satanás e seus demônios estão ativamente envolvidos em tentar destruir nossas vidas é evidente através de toda a Escritura

1Pe 5:8 talvez resume o esforço e objetivos de Satanás melhor que qualquer outra passagem na Bíblia A grande questão é como é que nós  devemos lidar com seus furiosos ataques de emboscada? Hoje, alguns ensinam que devemos repreender ou amarrar Satanás. Outros nos dizem que devemos expulsar demônios das pessoas, clamando pelo sangue de Cristo (The Bondage Breaker, pp.69,84,85,88,107 e 111). Contudo, no Novo Testamento nunca somos instruídos ou ordenados a expulsar ou amarrar demônios.
 

   Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1Pe 5:8) 

B. Em referência a Satanás, é-nos ensinado que devemos ter um papel defensivo

Quando crentes tomam a ofensiva contra Satanás, estão ultrapassando as suas fronteiras legítimas, e se envolvendo em situações que o Senhor nunca tinha planejado para eles. Ao invés de instruções concernentes ao exorcismo, amarramento, repreensão, etc., somos ensinados (nos únicos três locais no Novo Testamento onde instruções são dadas concernentes a lidar com Satanás) a resistir ao Diabo (1Pe 5:6-9; Tia 4:7 e Efé 6:10-18).
 

   Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. (1Pe 5:6-9)
   Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tia 4:7)
   No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da , com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efé 6:10-18)

C. Somente a passagem em Efésios 6 nos ensina como resistir

i.e., vestindo a armadura de Deus. Paulo, como prisioneiro na altura que escreveu a epístola aos Efésios, observava diariamente a armadura protetora dos soldados que o guardavam. Usando a armadura como ilustração, Paulo explica-nos como podemos ficar firmes contras as astutas ciladas do Diabo. Seis peças da armadura são necessárias para a total proteção do crente contra os ataques de Satanás:

1. O Cinto da Verdade
(6:14) --
O cinto era essencial para manter as outras peças da armadura no lugar e para assegurar a liberdade de movimento, segurando a longa túnica que os soldados usavam. A verdade aqui mencionada é a verdade objetiva da Palavra de Deus. Deus quer que sejamos completamente dominados e controlados pela verdade da Bíblia. É por causa de muitos Cristão não estarem completamente compenetrados com a absoluta verdade e autoridade final da Palavra de Deus que eles são ineficazes na batalha espiritual. Devemos tomar 2Tim 3:16,17 e 2Peter 1:3 seriamente. Isto deve ser a nossa premissa.
 

   Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Efé 6:14)
   Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2Ti 3:16-17)
   Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; (2Pe 1:3) 

2. A Couraça da Justiça (6:14) --
O [coração e demais] órgãos vitais de cada soldado Romano eram protegidos pela sua couraça. As pessoas necessitam de dois tipos de justiça que protegem seus pensamentos, emoções e vontades:

a. "Justiça oriunda da salvação" que é nos dada no momento da conversão (Rom. 4:5). Esta é a justiça de Cristo, e é-nos imputada sem mérito da nossa parte, quando confiamos em Cristo para o perdão dos nossos pecados.

b. "Justiça Pessoal" que se refere à justiça produzida nas nossas vidas pelo Espírito Santo. Isto toma lugar na vida dum crente quando reconhece o seu pecado e se volta para Cristo. Escolher viver "corretamente" é uma grande proteção.
 

   Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Efé 6:14)
   Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua lhe é imputada como justiça. (Rom 4:5) 

3. Sapatos do Evangelho da Paz (6:15) --
[o leitor] Irá notar que devemos ter os pés calçados na preparação do evangelho da paz. Isto fala da prontidão, firmeza de pés, mobilidade e proteção que advêm de termos o evangelho da paz. O que nos assegura a vitória final sobre Satanás é que temos paz com Deus (Rom 5:1,2). Portanto, podemos ficar firmes e inarredáveis porque nossos pés estão firmemente seguros na nossa inabalável relação com Deus.
 

   E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; (Efé 6:15)
   Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Rom 5:2) 

4. Escudo da Fé (6:16) --
Isto fala, não da "fé para salvação" (pois essas pessoas já estão salvas), mas de uma "fé viva", uma confiança nas promessas e no poder de Deus. A principal arma de Satanás é nos fazer duvidar da Palavra de Deus. É pela fé em Deus e na Sua Palavra que somos capazes de lidar com quaisquer artimanhas que Satanás possa levantar no nosso caminho. Somente por tirar nosso olhar de nós mesmos e voltá-lo para Deus, colocando nossa confiança n´Ele tanto para a vida quanto para a morte e eternidade, confiando somente na Sua Palavra de revelação e de promessa, é que é possível repelir a chuva de mísseis inflamados de Satanás.
 

   Tomando sobretudo o escudo da , com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. (Eé 6:16) 

5. Capacete da Salvação (6:17) --
1Te 5:8 clarifica o sentido da expressão. O autor está falando não do leitor da epístola tornar-se salvo, mas antes no leitor ter a "esperança da salvação". Quer isto dizer, termos a certeza absoluta da nossa salvação, não importa o quão feroz se possa tornar a batalha.
Não fosse pelo fato que, mesmo no meio das maiores dificuldades e perseguições, a segurança de salvação habita em nossos corações, poderíamos facilmente desertar da batalha. O capacete da salvação nos capacita a irmos para a batalha com completa confiança, não em nós mas no nosso Deus (Flp 1:6).
 

   Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efé 6:17)
   Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (1Te 5:8)
   Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; (Flp 1:6)

6. Espada do Espírito (6:17) --
Isto se refere à espada curta, parecida com uma adaga, que era usada principalmente para defesa, não à espada  [longa e] larga, que era uma arma ofensiva. "A espada que o crente carrega é descrita aqui como a Palavra de Deus. Mas não é o Grego "logos", mas sim "rhema". "Rhems" refere-se à emanação de uma palavra ou declaração, específicas. Na batalha espiritual não é suficiente meramente termos um conhecimento geral das Escrituras; devemos ter também um conhecimento específico das Escrituras e usar esse conhecimento corretamente" (A Holy Rebellion, p.145). Note 6:18,19 onde esta armadura deve ser banhada em oração.

   Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efé 6:17)
   Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, (Efé 6:18-19) 



 
Gary E. Gilley, Pastor-teacher, Southern View Chappel, http://www.svchapel.org/svchapel.html

traduzido por: Humberto Rafeiro

(o tradutor não concorda 100% com tudo o que foi escrito pelo pastor Gary Gilley, mas em cerca de 99%)
 



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