Defende King James Bible kjv-only kjv-onlism Textus Receptus, contra Bíblias modernas
Texto Crítico acusações como só nos originais, Easter não Passover, James homossexual,
palavras arcaicas
O Livro das Respostas
(The Answer Book)
Dr. Samuel C. Gipp, Th.D.
Dedicatória
Este livro é dedicado:
Primeiro, à crença de que "a Bíblia é nossa Autoridade Final em todas as regras de fé e prática".
Segundo, ao homem comum, que tem sido coagido e intimidado a crer que a Bíblia contém erros.
Terceiro, a Tom, um jovem que eu conheci alguns anos atrás, o qual tivera a sua fé depositada na Bíblia infalível, destruída pela educação do seu seminário bíblico. Somente para ser substituída pelo desprezo por aqueles que ainda nela crêem.
Nota do Autor
Toda referência feita a "A Bíblia", "A Bíblia Sagrada", "A Bíblia Perfeita de Deus", "A Sagrada Escritura", etc., é feita somente à Versão Autorizada de 1611, também conhecida como a Bíblia King James, a não ser que seja definida de outro modo pelo imediato contexto imediato de uma passagem.
Também: embora cada pergunta seja manuseada individualmente, algumas das ulteriores perguntas repousam sobre a resposta da pergunta anterior. Por essa razão é aconselhável ler este livro do princípio até o fim, em vez de limitar-se às perguntas que mais lhe interessam.
Obrigado.
Dr. Samuel C. Gipp
Prefácio
A razão deste livro
A razão deste livro é dupla.
Primeiro, foi escrito para responder ao grande número de perguntas feitas pelos críticos da Bíblia King James, a fim de destruir a fé dos que CRÊEM realmente na infalibilidade da Bíblia. O estilo é tal que os seus argumentos podem ser compreendidos e transmitidos por quem NÃO tem a bênção ou (maldição) de uma educação num seminário bíblico.
Isso nos leva à segunda razão. Algum tempo atrás um líder de um grande movimento fundamentalista fez esta declaração: "o que me choca realmente é... esses caras do segundo grau querendo debater crítica textual".
Esse é o segundo propósito deste livro. Durante anos, esse pessoal fiel que não freqüentou seminários tem sido humilhado pela sua falta de educação formal por uma turma de sujeitos carregando diploma de DD (Doutor em Divindades) de debaixo do braço, que procuram deixá-los "nas trevas". Muitas dessas pessoas têm feito estudos mais sérios do conteúdo da Bíblia, na privacidade dos seus lares, do que honoráveis críticos doutorados os têm feito em suas classes de seminário. Contudo, o homem comum fica sempre intimidado pelas perguntas "traiçoeiras" feitas pelos seus adversários "eruditos". O crítico se apresenta invencível em sua armadura de educação.
Este livro foi escrito para que os cristãos comuns fiquem devidamente equipados a fim de se defenderem dos dardos inflamados dos seus pomposos adversários. De fato, eles podem até mesmo fazer alguns orifícios na armadura deles.
Capítulo 1
Pergunta- Não deveríamos permanecer leais aos "manuscritos originais" em vez de a meras traduções?
Resposta - Deveríamos dar tanto valor aos originais como Deus dá.
Explanação
- É impossível sermos fiéis aos originais porque eles há muito se perderam. Este FATO BEM ESTABELECIDO deveria bastar para fazer o estudioso sincero da Escritura verificar que uma resposta afirmativa a essa pergunta seria impossível.
Contudo ela não explica a pergunta acima. Qual o valor exato, DADO por Deus, aos originais?
Para ter a resposta, devemos explorar vários capítulos do Livro de Jeremias, a começar da famosa passagem no capítulo 36 referente ao rolo que Jeremias havia escrito.
No verso 21 o rolo é levado ao Rei Jeoaquim e lido pelo seu servo Jeudi.
Conforme o verso 23, Jeudi leu 3 ou 4 folhas e o rei Jeoaquim, cortou o rolo em pedaços e atirou-o ao fogo, até que fosse consumido (verso 23).
Assim termina o ORIGINAL nº 1.
Então o SENHOR levou Jeremias a reescrever o rolo, acrescentando ao mesmo algumas palavras (Jeremias 36:32).
Assim nasce o ORIGINAL nº 2.
Esse texto do segundo original é mostrado em Jeremias nos capítulos 45 a 51, quando é reproduzido para o nosso benefício. Jeremias mandou que Seraías lesse este rolo quando ele chegasse à Babilônia (Jeremias 51:59-61). Então Jeremias instruiu Seraías, depois que ele leu o rolo, A ATÁ-LO A UMA PEDRA E ATIRÁ-LO NO RIO EUFRATES (Jeremias 51:63)
Assim termina o ORIGINAL nº 2.
Mas, espere! Temos uma cópia do texto do rolo nos capítulo 45 a 51. De onde ela veio? Ela veio de uma CÓPIA do original nº2, a qual só podemos chamar de ORIGINAL nº 3!
Então, temos dois grandes problemas para os que enfatizam os "originais".
1) Cada Bíblia já impressa com uma cópia de Jeremias tem um texto nos capítulos 45 a 51, traduzido de uma cópia do "segundo" original, ou seja o ORIGINAL nº 3.
2) NINGUÉM pode desprezar o fato de que Deus não teve o MENOR resquício de interesse em PRESERVAR o "original", visto como ele havia sido copiado e sua mensagem entregue. Então, POR QUE deveríamos colocar mais ênfase nos originais do que o próprio DEUS? Essa ênfase é CLARAMENTE anti-escriturística.
Desse modo, se temos os textos dos originais preservados na Bíblia King James, não temos necessidade alguma dos "originais", mesmo que ESTIVESSEM disponíveis.
Capítulo 2
Pergunta - A palavra "Easter" (Páscoa) em Atos 12:4, não é uma tradução errada da palavra "Pascha", a qual deveria ser traduzida como "Passover"?
Resposta - Não. "Pascha" é traduzida propriamente como "Easter" em Atos 12:4, conforme explicação a seguir:
Explanação -
A palavra grega traduzida como "Easter" em Atos 12:4 é a palavra "Pascha". Esta palavra aparece 29 vezes no Novo Testamento. Ela é entregue vinte e oito vezes significando "Passover" com referência à noite em que o SENHOR passou sobre o Egito e matou os primogênitos egípcios (Êxodo 12:12), livrando, assim, Israel de 400 anos de escravidão ali.
Os muitos oponentes ao conceito da existência de uma Bíblia perfeita têm traduzido essa palavra como "Pascha".
Chegando à palavra "Easter" na Bíblia Autorizada de Deus eles a violentam, imaginando ter encontrado uma prova de que a Bíblia não é perfeita. Felizmente, para os amantes da Palavra de Deus eles estão errados. "Easter", conforme sabemos, equivale ao festival pagão da deusa Astarte, também conhecida como Ishtar, cuja pronúncia é semelhante a "Easter". Esse festival sempre acontecia no final do mês de abril. Ele era, em sua forma original, uma celebração da terra se "regenerando", após a estação do inverno. O festival envolvia a celebração da REPRODUÇÃO. Por essa razão os símbolos comuns das atividades de "Easter" (páscoa pagã) eram o COELHO (o mesmo da revista Play Boy) e o ovo, ambos conhecidos por suas habilidades reprodutoras. No centro da atenção estava Astarte, a divindade feminina. Na Bíblia ela é conhecida como "rainha dos céus" (Jeremias 7:18 e 44:17-25). Ela é a MÃE de Tamuz (Ezequiel 8:14), que também era o seu MARIDO. Esses rituais pervertidos aconteciam ao nascer do sol na páscoa (Easter), conforme Ezequiel 8:13-16. A partir das referências nos livros de Jeremias e Ezequiel podemos ver que realmente a palavra (Easter) JAMAIS teve ALGO a ver com a páscoa de Jesus Cristo.
Problema: muito embora a páscoa dos judeus (Passover) acontecesse no mês de abril (dia 14), e a festa pagã Easter acontecesse mais tarde no mesmo mês, COMO sabemos que Herodes estava se referindo à "Easter" (páscoa pagã - Atos 12:4) e não à Passover (páscoa judaica)? Se ele estava se referindo a Passover, a tradução da palavra pascha como "Easter" é incorreta. Contudo se de fato ele se referia ao festival pagão "Easter", então a Bíblia King James (1611) deve ser realmente a exata Palavra de Deus pois é a única impressa no mundo, atualmente com a palavra correta.
Para desfazer a confusão referente à palavra "Easter", em Atos 12 no verso 4, devemos consultar nossa AUTORIDADE FINAL, a Bíblia. A chave do problema não está no verso 4, porém no verso 3 (então eram os dias dos pães asmos). Para obter a resposta desejada devemos encontrar a relação da Páscoa com os dias dos pães asmos. Lembremo-nos que Pedro foi preso durante os dias dos pães asmos (Atos 12:3).
Nossa investigação deve começar primeiramente com a palavra "Passover" (páscoa do judeus). Foi a noite em que o SENHOR matou todos os primogênitos do Egito. Os israelitas foram instruídos a matar um cordeiro e aspergir com o sangue destes as ombreiras e a verga da porta nas casas em que o comessem (Êxodo 12:4,5). Vejamos agora o que a Bíblia diz a respeito da primeira páscoa e do dia dos pães ázimos. (Êxodo 12:13-18)
13. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
14. E este dia vos será por memória e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações os celebrareis por estatuto perpétuo.
15. Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.
16. E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós.
17. Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.
18. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde.
Aqui em Êxodo 12:13-18, vemos como a Páscoa (Passover) recebeu o seu nome. O SENHOR disse que passaria (pass) sobre (over) todas as casas que tivessem suas portas aspergidas com o sangue do cordeiro.
DEPOIS da Páscoa (Êxodo 12: 13,14), vemos que sete dias devem ser cumpridos, durante os quais os judeus deviam comer os pães ázimos. ESTES são os dias dos pães ázimos.
No verso 18, vemos que os dias dessa observância iam de catorze a vinte um de abril. Essa observância religiosa está mais claramente expressa em Números 28:16-8:
16. Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a Páscoa do SENHOR.
17. E aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães ázimos.
18. No primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis.
No verso 16 vemos que a Páscoa é considerada como acontecendo no décimo quarto dia do mês. Na manhã seguinte, dia 15, começam os "dias do pães ázimos". Leiamos Deuteronômio 16:1-8:
1. Guarda o mês de Abibe, e celebra a páscoa ao SENHOR teu Deus; porque no mês de Abibe o SENHOR teu Deus te tirou do Egito, de noite.
2. Então sacrificarás a páscoa ao SENHOR teu Deus, das ovelhas e das vacas, no lugar que o SENHOR escolher para ali fazer habitar o seu nome.
3. Nela não comerás levedado; sete dias nela comerás pães ázimos, pão de aflição (porquanto apressadamente saíste da terra do Egito), para que te lembres do dia da tua saída da terra do Egito, todos os dias da tua vida.
4. Levedado não aparecerá contigo por sete dias em todos os teus termos; também da carne que matares à tarde, no primeiro dia, nada ficará até à manhã.
5. Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o SENHOR teu Deus;
6. Senão no lugar que escolher o SENHOR teu Deus, para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao por do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito.
7. Então a cozerás, e comerás no lugar que escolher o SENHOR teu Deus; depois sairás pela manhã e irás às tuas tendas.
8. Seis dias comerás pães ázimos e no sétimo dia é solenidade ao SENHOR teu Deus; nenhum trabalho farás.
Aqui em Deuteronômio podemos ver novamente que a Páscoa é sacrificada na PRIMEIRA noite (16:1). Deve-se notar que a páscoa devia ser celebrada na noite (verso 6) e não ao nascer do sol (Ezequiel 8:13-16).
No II Crônicas 8:13 vemos que a festa dos pães ázimos era uma das três festas judaicas que deviam ser observadas durante o ano:
13. E isto segundo a ordem de cada dia, fazendo ofertas conforme o mandamento de Moisés, nos sábados e nas luas novas, e nas solenidades, três vezes no ano; na festa dos pães ázimos, e na festa das semanas, e na festa das tendas.
SEMPRE que a Páscoa era guardada ela precedia à festa dos pães ázimos. No 2 Crônicas 30:15, 21 alguns judeus que eram incapazes de guardar a Páscoa no PRIMEIRO mês recebiam permissão de guardá-la no segundo. Mas as DATAS permaneciam as mesmas:
15. Então sacrificaram a páscoa no dia décimo quarto do segundo mês; e os sacerdotes e levitas se envergonharam e se santificaram e trouxeram holocaustos à casa do SENHOR.
21. E os filhos de Israel, que se acharam em Jerusalém celebraram a festa dos pães ázimos sete dias com grande alegria; e os levitas e os sacerdotes louvaram ao SENHOR, de dia em dia com estrondosos instrumentos ao SENHOR.
Em Esdras 6:19, 22 lemos o seguinte:
19. E os filhos do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze do primeiro mês.
22. E celebraram a festa dos pães ázimos por sete dias com alegria; porque o SENHOR os tinha alegrado, e tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da casa de Deus, o Deus de Israel.
Vemos, então, ao estudar o que a Bíblia tem a dizer sobre este assunto que a ordem dos eventos era a seguinte:
1) 1) No dia 14 de abril o cordeiro era morto. ESTA É A PÁSCOA. Nenhum evento depois do dia 14 pode ser referido como páscoa.
2) Na manhã do dia 15 de abril começavam os dias dos pães ázimos, festa conhecida com este nome.
Deve-se notar ainda que sempre que a páscoa é mencionada no Novo Testamento a referência é SEMPRE feita à refeição a ser tomada na noite do dia 14 de abril e NÃO a semana toda. Os dias dos pães ázimos JAMAIS se referem à páscoa (deve-se lembrar que o anjo do SENHOR passou sobre o Egito apenas NUMA noite e NÃO durante sete noites seguidas). Agora vejamos Atos 12:3,4:
3. E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.
4. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
O verso 3 mostra que Pedro foi preso durante os dias dos pães ázimos (de quinze a 21 de abril). A Bíblia diz: "E eram os dias dos ázimos". A páscoa (14 de abril) já havia CHEGADO e PASSADO. Herodes não poderia estar se referindo à páscoa (Passover) em sua declaração referente à "Easter". A próxima Páscoa (Passover) ainda estava um ano DISTANTE. Mas para o festival pagão faltavam ainda ALGUNS DIAS. Lembrem-se! Herodes era um romano pagão que adorava a (rainha dos céus). Ele NÃO era judeu. Desse modo não teria motivo para celebrar a páscoa dos judeus. Alguém pode argumentar que ele desejava esperar que a Páscoa passasse com medo de transtornar os judeus. Existe duas faltas graves nessa linha de raciocínio: primeira, Pedro já não era considerado um judeu. Ele havia repudiado o judaísmo. Então os judeus não teriam razão alguma para ficar transtornados com os atos de Herodes. Segunda, ele não poderia estar esperando até que a Páscoa terminasse achando que os judeus não matariam um homem durante a sua festa religiosa. Contudo eles haviam matado JESUS durante a páscoa (Mateus 26:17-19 e 47). Também haviam ficado excitados com o degolamento de Tiago a mando de Herodes.
Todos sabemos que o populacho se enche de coragem para praticar atos violentos DURANTE as festividades religiosas e não depois destas.
Além disso, tendo em vista a posição de Herodes como cidadão romano, sabemos que era famoso pelas celebrações (Mateus 14:6-11). De fato em Mateus 14 vemos Herodes até querendo matar um homem de Deus durante uma de suas celebrações.
É elementar concluir que Herodes, em Atos 12, havia mandado prender Pedro durante os dias do pães ázimos, isto é, APÓS A PÁSCOA. Os dias dos pães ázimos terminavam em 21 de abril. Logo em seguida Herodes fazia a celebração da festa pagã Easter. Herodes não havia matado Pedro durante os dias dos pães ázimos simplesmente porque desejava esperar até à páscoa pagã (Easter). Visto como está claro, tanto para os judeus (Mateus 26:17-47), como para os romanos (Mateus 14:6-11) que eles matavam durante uma celebração religiosa, a opinião de Herodes parece denotar que ele queria deixar que os judeus "se divertissem à grande". Ele esperaria até à sua festa pagã para que Pedro fosse morto com a excitação da mesma. Vemos assim que pela Providência de Deus os tradutores da nossa Bíblia King James, cheios do Espírito Santo, traduziram CORRETAMENTE a palavra "Pascha" como "Easter". Mas que provavelmente ela não se referia à páscoa dos judeus. De fato mudar a palavra para Passover iria confundir o leitor encobrindo a verdade da situação.
Capítulo 3
Pergunta - Disseram-me que o Rei Tiago era um homossexual. Isso é verdade?
Resposta - Não.
Explanação -
O Rei Tiago I da Inglaterra, que autorizou a tradução da agora famosa Bíblia King James, era considerado por muitos, um dos maiores, senão o maior dos monarcas da Inglaterra.
Através de sua sabedoria e determinação ele uniu as beligerantes tribos da Escócia numa nação unificada e em seguida juntou a Inglaterra e a Escócia para estabelecer o fundamento do que ficou conhecido como Império Britânico.
Numa época em que apenas as igrejas da Inglaterra possuíam a Bíblia em inglês, o desejo do Rei Tiago era que o povo comum possuísse a Bíblia em sua língua nativa. Desse modo, em 1603, o Rei Tiago chamou os 54 homens mais sábios do país e os reuniu para realizarem esta grande tarefa. Numa época em que os líderes do mundo desejavam manter os seus súditos na ignorância espiritual, o Rei Tiago ofereceu-lhes o melhor presente que poderia lhes dar - a sua própria cópia da Palavra de Deus.
Tiago, que era fluente em Latim, Grego e Francês, e conhecia também o Italiano e o Espanhol, chegou até a escrever um folheto intitulado "Argumentação contra o Tabaco", que foi escrito para ajudar a erradicar o uso do tabaco na Inglaterra.
Um homem assim, certamente possuía inimigos. Certo homem chamado Anthony Weldon teve de ser excluído da corte. Weldon jurou vingar-se do Rei. E não foi senão em 1650, 25 anos após a morte do Rei Tiago que Weldon encontrou uma chance. Escreveu um panfleto no qual dizia que Tiago era homossexual. Obviamente, como Tiago já estava morto, não pôde se defender.
O panfleto foi amplamente ignorado, até que ainda houvesse bastante gente viva para contestá-lo. E assim permaneceu por muitos anos, até que, recentemente, certos cristãos que esperavam denegrir a memória do Rei Tiago, iriam enodoar a Bíblia que tem seu nome para que os cristãos abandonassem o Livro de Deus e corressem para uma tradução "moderna".
Parece, contudo, que a história falsa de Weldon está sendo novamente ignorada pela maior parte do Cristianismo, exceto pelos que têm motivos ulteriores como teve o autor da mesma.
Deveria ser também mencionado aqui que a Igreja Católica Romana (Jesuítas) estava tão desesperada para conservar a verdadeira Bíblia fora do alcance do povo inglês, que até tentou matar o Rei Tiago e todo o Parlamento, em 1605.
Nesse ano, um católico romano chamado Guy Fawkes, sob a direção do padre jesuíta Henry Garnet, foi encontrado no porão do Parlamento com trinta e seis barris de pólvora, que seriam usados para explodir o Rei Tiago e todo o Parlamento. Depois de matar o Rei, os católicos pretendiam aprisionar os seus filhos, restabelecer na Inglaterra o domínio papal e matar todos os dissidentes. Nem é preciso dizer que a Bíblia Inglesa teria sido uma das vítimas dessa conspiração. Fawkes e Garnet e mais oito conspiradores foram apanhados e enforcados.
Parece que todos os que laboram tão ardentemente para desacreditar o caráter do Rei Tiago formam fileira ao lado dessa turma profana.
Capítulo 4
Pergunta - Será que não existem palavras arcaicas na Bíblia, daí precisarmos de uma tradução moderna para eliminá-las?
Resposta - Sim e não. Sim, há palavras arcaicas na Bíblia, mas não precisamos de tradução moderna para eliminá-las.
Explanação -
É verdade que há palavras arcaicas na Bíblia. Palavra arcaica é aquela que saiu do uso da linguagem diária, tendo sido substituída por outra. Um bom exemplo de palavra arcaica na Bíblia encontra-se em 1 Coríntios 10: 25:
Comei de tudo o que se vende no açougue, sem perguntar nada por motivo de consciência.
A palavra "shambles" (açougues) é arcaica. Ela foi substituída na linguagem comum pela palavra "market place" (mercado). De fato, podemos ter certeza de que a palavra shambles era muito mais exata para descrever os mercados de antigamente (e muitos por esse mundo afora, hoje em dia). Ela não tem nada de obsoleta no uso comum.
Então, por que não fazer uma tradução nova para remover shambles e inserir em seu lugar market place?
Não. O que DEVEMOS é consultar a Bíblia, nossa Autoridade Final em todas as regras de FÉ e PRÁTICA e ver em que a PRÁTICA da Bíblia diz a respeito das palavras arcaicas. Pois certamente nós que cremos numa Bíblia perfeita desejamos seguir a prática DA BÍBLIA referente às palavras arcaicas.
Ao pesquisar a Escritura encontramos a prática bíblica manuseando palavras arcaicas no 1 Samuel 9:1-11:
1. E havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorate, filho de Afia, filho de um homem de Benjamim; homem poderoso.
2. Esta tinha um filho, cujo nome era Saul, moço, e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo.
3. E perderam-se as jumentas de Quis, pai de Saul; por isso disse Quis a Saul, seu filho: Toma agora contigo um dos moços, e levanta-te e vai procurar as jumentas.
4. Passara, pois, pela montanha de Efraim, e dali passaram à terra de Salisa, porém não as sacharam; depois passaram à terra de Saalim; porém tampouco estavam ali; também passaram à terra de Benjamim; porém tampouco as acharam.
5. Vindo eles, então, à terra de Zufe, Saul disse para o seu moço, com quem ele ia: Vem, e voltemos; para que porventura meu pai não deixe de inquietar-se pelas jumentas e se aflija por causa de nós.
6. Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado é; tudo quanto diz, sucede assim infalivelmente; vamo-nos agora lá; porventura nos mostrará o caminho que devemos seguir.
7. Então Saul disse ao seu moço: Eis, porém, se lá formos, que levaremos então àquele homem? Porque o pão de nossos alforges se acabou, e presente nenhum temos para levar ao homem de Deus; que temos?
8. O moço tornou a responder a Saul, e disse: Eis que ainda se acha na minha mão um quarto de um ciclo de prata, o qual darei ao homem de Deus, para que nos mostre o caminho.
9. (Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se chamava vidente).
10. Então disse Saul ao moço: Bem dizes; vem, pois, vamos. E foram-se à cidade onde estava o homem de Deus.
11. E, subindo eles à cidade, acharam umas moças que saíam a tirar água; e disseram-lhes: Está aqui o vidente?
Aqui os primeiros 11 versos do 1 Samuel 9 foram não apenas confrontados com uma palavra arcaica, mas com a PRÁTICA da Bíblia em manuseá-la. Encontramos Saul e um dos servos do seu pai procurando as jumentas que haviam fugido (1 Samuel 9:1-5). Eles resolveram ir procurar Samuel, o vidente a fim de pedir o seu auxílio para encontrar as jumentas (6-8).
No verso 11 discorreremos sobre a palavra arcaica. Mas, antes disso Deus coloca um parêntese na narrativa (verso 9) para nos falar da mesma. Notem que o verso 9 declara que: "porque ao PROFETA de hoje, antigamente, se chamava VIDENTE. Então, vemos que, entre o tempo em que esse evento aconteceu e o tempo em que esse incidente foi divinamente revelado, a palavra "vidente" havia passado do uso comum para dar lugar a palavra "profeta". "Vidente", agora, era uma palavra arcaica. Mas, vejam cuidadosamente o verso 11 onde aparecia a palavra arcaica.
11. E, subindo eles à cidade, acharam umas moças que saíam a tirar água; e disseram-lhes: Está aqui o vidente?
Por favor, notem que o verso11 RETÉM a palavra arcaica "vidente". Ele NÃO diz: "está aqui o profeta?
Vemos assim que o PRÓPRIO DEUS, (Espírito Santo) usou o verso 9 para explicar a próxima palavra arcaica, porém NÃO MUDOU O TEXTO SAGRADO.
Então podemos ver que a prática da Bíblia para manusear situações tais como encontramos na 1Coríntios10:25, quando pregamos é dizer à congregação algo assim como: "o que antes era conhecido como shambles agora é chamado de mercado". Mas DEVERÍAMOS DEIXAR A PALAVRA ARCAICA NO TEXTO. ISSO FOI O QUE DEUS FEZ. Certamente nós, pecadores, não vamos apresentar um método melhor que o de Deus para manusear palavras arcaicas.
Então, a resposta à pergunta é: "sim, há palavras arcaicas na Bíblia, mas não precisamos de uma tradução moderna para eliminá-las. DEUS NÃO mudou o seu livro e certamente não vai querer que NÓS o façamos.
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