Rev. Antônio Pereira da Costa Júnior*
Insanus omnis furere credit ceteros (todo doido pensa que os outros
não têm juízo). Esta frase resume bem a concepção de vários pregadores que acham
que a verdade de Deus pode ser pregada por qualquer insano que pensa que
qualquer coisa pode ser dita baseando-se na Palavra da Verdade. Não podemos usar
a verdade para pregar mentiras. É, no mínimo, falta de sanidade e de bom senso.
A IURD, à semelhança dos arminianos (evangélicos)
e semi-pelagianos (entre os católicos), crê na doutrina da graça
preveniente, ou seja, que existe uma capacidade latente nas pessoas, sem
exceção, de crer na mensagem do Evangelho. Diz Macedo:
Nessa pressuposição básica, a IURD vai
frontalmente de encontro ao ensino bíblico da depravação total da natureza
humana, e da sua incapacidade de crer, em seu estado natural, sem a atuação
especial do Espírito Santo, que é sua obra regeneradora (cf. Gn 3.6-8; Rm
3.23; 5.12; 1 Co 15.21-22; Gl 5.17). Essa pressuposição leva Macedo a afirmar
a capacidade humana de determinar a sua própria salvação, como transparece da
citação abaixo: “Quem define a vida ou a morte eterna não é Deus, mas nós,
quando fazemos a nossa própria opção!”[2]
Vejamos um resumo básico sobre a verdadeira
soteriologia:
A expressão soteriologia vem do grego swthr…a,
que significa "salvar"; "salvador" ou "libertador"
encontrada em textos como Lc 2.11; Ef 1.13; Hb 7.25 + logos, que quer dizer
"ciência". A soteriologia, portanto, é a parte da teologia que
estuda a doutrina da salvação.
A SALVAÇÃO: A salvação é outorgada por Deus
pela sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo
como único Salvador e Senhor – Sl 37:39; Is 55:5; Sf 3:17; Tt 2:9-11; Ef 2:8,
9; At 15:11; 4:12. O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez
por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz – Is. 53:4-6; I Pd
1:18-25; I Co 6:20; Ef 1:7; Ap 5:7-10. A salvação é individual e significa a
redenção do homem na inteireza do seu ser – Mt 16:24; Rm 10:13; I Tss 5:23,
24; Rm 5:10. É um dom gratuito de Deus e que compreende a regeneração, a
justificação, a santificação e a glorificação – Rm 6:23; Hb 2:1-4; Jo
3:14; I Co 1:30; At 11:18.
A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer
de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura em Cristo. É obra do
Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção
como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo
crente é habitado no Espírito Santo, é por ele selado para o dia da redenção
final, e é liberto do castigo eterno dos seus pecados – Dt 30:6; Ez 36:26; Jo
3:3-5; I Pd 1:3; Tg 1:18; I Co 5:17; Ef 4:20-24. Há duas condições quando o
pecador é regenerado; arrependimento e fé. O arrependimento implica em mudança
radical do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta
para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a
total entrega da personalidade a ele por parte do pecador – Tt 3:5; Rm 8:2; Jo
1:11-13; Ef 4:32; At 11:17
Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que
lhe concede perdão, justiça e paz – II Cr 1:21, 22; Ef 4:30; Rm 8:1; 6:22.
A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o
ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absolve,
no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, capacitando-o para uma
vida de retidão diante de Deus e de correção diante dos homens – Is 53:11;
Rm 8:33; 3:24. Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritórias
praticadas pelo homem, mas, por meio de sua fé em Cristo – Rm 5:1; At 13:39;
Mt 9:6; II Co 5:31; I Co 1:30.
A santificação é, tanto um ato como um processo que, principiando na
regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para a sua
vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de
Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita
– Jo 17:17; I Tss 4:3; 5:23; 4:7. Ela ocorre na medida da dedicação do
crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo
fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço
consagrado a Deus e ao próximo – Pv 4:18; Rm 12:1, 2; Fp 2:12, 13; II Co 7:1;
3:18; Hb 12:14; Rm 6:19; Gl 5:22; Fp 1:9-11.
Quais os aspectos da verdadeira santificação?
(1) SANTIFICAÇÃO POSICIONAL
(ato) – O crente foi separado
(santificado) por meio de sua posição na família de Deus – I Co 6:11; Hb
10:10.
(2) SANTIFICAÇÃO EXPERIMENTAL (Processo) – O crente
é separado (santificado) por meio de sua renúncia diária – I Pd 1:16; Mt
16:24; Lc 14:33.
(3) SANTIFICAÇÃO DEFINITIVA – O crente é separado
(santificado) definitivamente para o Senhor por meio das promessas de Cristo –
Jo 14:1-3; Ef 5:27.
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação – Rm
8:30; II Pd 1:10, 11; I Jo 3:2; Fp 3:12; Hb 6:11. É o estado final, permanente,
da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo – I Co 13:12; I Tss
2:12; Ap 21:3,4.
A forma em que o mundo é visto pelos líderes e
pregadores da IURD, sua cosmovisão, dá lugar à crença na possessão de
crentes por demônios. Este pensamento é claro no livro Orixás, Caboclos
& Guias: Deuses ou Demônios[3]
no capítulo 15, “Crentes endemoninhados?” Macedo afirma claramente que o
capítulo é fruto de sua observação:
Este capítulo não existira se eu não tivesse visto
constantemente pessoas de várias denominações evangélicas caírem
endemoninhadas, como se fossem macumbeiras, ao receberem a oração da fé.[4]
Macedo não oferece nenhum texto bíblico argumento
para comprovar tal doutrina.
(1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência
maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona
também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g.,
descreve muitos desses casos: 1:23-27, 32, 34, 39; 3:10-12, 15; 5:1-20; 6:7, 13;
7:25-30; 9:17-29; 16:17.
(2) Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência.
Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12:43-45), são
malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (Mt 4:10).
(3) Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria,
de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (I
Co 10:20).
(4) O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por
Satanás (Jo 12:31; II Co 4:4; Ef 6:10-12). Os demônios são parte das
potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (Ef
6:12).
(5) Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e,
constantemente, o fazem (Mc 5:15; Lc 4:41; 8:27, 28; At 16:18) e falam através
das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade,
à imoralidade e à destruição.
(6) Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9:32, 33; 12:22;
17:14-18; Mc 9:17-27; Lc 13:11, 16), embora nem todas as doenças e enfermidades
procedam de espíritos maus (Mt 4:24; Lc 5:12, 13).
(7) Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria)
estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão
demoníaca (cf. At 13:8-10; 19:19; Gl 5:20; Ap 9:20, 21).
(8) Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos
dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade;
atacarão a Palavra de Deus e a sã doutrina (Mt 24:24; II Co 11:14, 15; I Tm
4:1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e
seus seguidores (II Tss 2:9; Ap 13:2-8; 16:13, 14).
(1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem
habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; i.e. o Espírito e os
demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver II Co 6:15, 16). Os demônios
podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que
não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16:23; II Co 11:3, 14).
(2) Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de
Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o
poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem
trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4:14-19). Desta maneira, podemos
nos livrar dos poderes das trevas.
(3) Segundo a parábola em Mc 3:27, o conflito espiritual contra Satanás
envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito
de Deus (ver Lc 4:14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele
tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da
Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc
11:20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do
inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão e santificação
mediante a fé em Cristo (Lc 11:22; At 26:18).
(4) Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o
mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas
contra forças espirituais do mal (Ef 6:12). (b) Viver diante de Deus uma vida
fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12:1, 2; Ef 6:14). (c)
Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio
(At 26:18; Ef 6:16; I Tss 5:8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais
poderosas dadas por Deus para a destruição das fortalezas de Satanás (II Co
10:3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do Espírito Santo (Mt
4:23; Lc 1:15-17; At 1:8; 2:4; 8:12; Rm 1:16; Ef 6:15). (e) Confrontar Satanás
e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de Jesus (At 16:16-18), ao usar a
Palavra de Deus (Ef 6:17), ao orar no Espírito (At 6:4; Ef 6:18), ao jejuar (Mt
6:16; Mc 9:29) e ao expulsar demônios (Mt 10:1; 12:28; 17:17-21; Mc 16:17; Lc
10:17; At 5:16; 8:7; 16:18; 19:12. (f) Orar, principalmente, para que o Espírito
Santo convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo
vindouro (Jo 16:7-11).
Como parte de sua cosmovisão, a IURD ensina o que
ficou conhecido como “maldições hereditárias”, ou seja, a idéia de que
existem espíritos familiares que acompanham as gerações de uma família,
causando-lhes sempre os mesmos males e infortúnios. Afirma Macedo:
Devemos nos lembrar que o caminho para a
libertação não é a quebra sucessiva de maldições hereditárias, mas o
abandono do pecado e a conversão sincera a Deus. Se precisamos quebrar maldições
hereditárias onde fica o valor do sacrifício expiatório de Cristo o qual foi
feito uma única vez e para sempre? (Hb 11-28). Creio que a obra de Cristo na
Cruz foi suficiente e não precisa de complementações humanas. Em Cristo não
há mais maldições e condenações (Rm 8:1).
O que se verifica no que se chama de “maldições”,
nada mais é do que herança genética. Muitas doenças são transmitidas através
dos genes. O que acontece é que um pai ou mãe que tenha uma determinada doença
passará em grande probabilidade a mesma doença através de sua geração. A
verdadeira “maldição” na vida do homem é o pecado que nos foi transmitido
por Adão (I Co 15:22) (Rm 5:12, 15) "Portanto, como por um homem entrou
o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos
os homens por isso que todos pecaram." "Mas não é assim o dom
gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais
a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo,
abundou sobre muitos."
Lembremo-nos que o sacrifício de Jesus na
Cruz do calvário é suficiente para a nossa libertação. (Rm 3:25) "Ao
qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a
sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de
Deus". Cristo sim se fez maldição em nosso lugar (Gl 3:13) "Cristo
nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro". Veja ainda:
(I Pe 2:24) "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e
pelas suas feridas fostes sarados". (Cl 2:13) "E, quando vós
estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou
juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas". (Cl 2:14)
"Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual
de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na
cruz". Glória a Deus, e não a nós, por tão grande libertação.
"Que quereis vós dizer, citando na terra de
Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se
embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio
em Israel”. (Ezequiel 18: 2, 3).
"A maldição do Senhor habita na casa do ímpio,
mas ele abençoa a habitação dos justos”. (Provérbios 3:33)
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não
levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça
do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”.
(Ezequiel 18:20)
O conceito “macediano” sobre o batismo é
propagado também em algumas denominações evangélicas. Acreditando que existe
algo sobrenatural na água que faz uma certa transformação no candidato,
outorgando-lhe uma condição especial diferente dos cristãos não batizados.
Macedo acredita que a perfeição cristã é
introduzida após as águas batismais.[6]
Para ele, no batismo a velha natureza é crucificada, já que “não podemos
ficar com duas naturezas, uma pecaminosa e outra convertida”.[7]
Macedo ensina que, os que são batizados por imersão,
O ensino de Macedo, ligando a graça salvadora e
santificadora ao batismo, vai contra a instrução bíblica sobre a salvação
pela graça somente, como diz a CFW (Confissão de Fé de Westminster) em seu
ensino sobre o batismo:
Posto que seja grande pecado desprezar ou negligenciar
esta ordenança [o batismo], contudo, a graça e a salvação não se acham tão
inseparavelmente ligados com ela, que sem ela ninguém possa ser regenerado
e salvo ou que sejam indubitavelmente regenerados todos os que são batizados (CFW,
28:5).
Como tal, nega a afirmação bíblica da total
depravação do ser humano, desde o nascimento, conforme o ensino da CFW sobre a
Queda e o pecado do homem:
Por este pecado eles [Adão e Eva] decaíram da sua retidão
original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente
corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma.
Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito de
seus pecados foi imputado aos seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a
sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles
procede, por geração ordinária (ver Sl 51.5; 58.3). (CFW, 6:2,3).
O ensino da IURD sobre os pontos acima representam
uma degeneração do ensinamento bíblico sobre os sacramentos.
O argumento usado, superficialmente parece poderoso,
mas após um exame mais profundo o batismo é encontrado depois da
conversão e não como uma causa ou com parte dela. Veja um exemplo, Atos
10:44-47. Enquanto Pedro estava testemunhando, o Espírito Santo encheu aqueles
que estavam ouvindo a mensagem... e eles foram ouvidos falando em línguas e
exaltando a Deus. Então Pedro respondeu: "Pode alguém recusar água para
serem batizados a estes que receberam o Espírito Santo da mesma maneira que nós
recebemos?”.
Pedro disse que eles haviam recebido o Espírito
Santo. Isto é somente para cristãos e aconteceu antes do batismo.
Outro conjunto de versículos aplicáveis a este
assunto é I Co 1:17. Paulo diz: "Porque não me enviou Cristo para
batizar, mas para pregar o evangelho...". O evangelho é que salva e
isto é explicado em 1 Co 15:1-4. O Batismo, em si, não é evangelho; é uma
coisa que os crentes fazem depois da salvação e não tem o poder salvífico.
A água não purifica pecados, somente o sangue de Jesus tem este poder – I Jo
1:7. E o que dizer do ladrão na cruz? Foi salvo sem o batismo – Lc 23:39-43.
Comentando o crescimento da IURD (em 1995), afirmou:
Por que a Universal cresce? Porque está trazendo benefícios
para as pessoas. Caso contrário, a igreja desapareceria. As pessoas estão
recebendo. Está havendo uma troca com o Criador.[9]
A
Embora reconheçamos que nas Escrituras existem
promessas divinas de retribuição material aos que contribuem generosamente
para os pobres, necessitados, e para a causa do Reino de Deus, apontamos para o
fato de que, muito mais do que a fé e a quantia de quem dá, a ênfase recai
sobre o propósito e a intenção do doador em dar livremente, sem nada esperar
em troca. O verdadeiro ofertante não está interessado no que Deus lhe possa
dar, mas em agradá-lo, em fazer outros felizes, em fazer o bem, praticar boas
obras. Na pregação da IURD, existe forte ênfase no aspecto retributivo,
criando em seus membros uma mentalidade de troca com Deus. Consideramos
este aspecto uma desvirtuação do ensino bíblico, especialmente porque abre as
portas para a manipulação dos fiéis quanto às suas ofertas.
O dinheiro, na teologia da IURD, ganha quase que um status
sacramental. Segundo Macedo,
O Espírito Santo nos faz compreender que o dinheiro, na
Sua obra, é o sangue da Igreja do Senhor Jesus Cristo, pois que ele,
através de um meio qualquer de divulgação, faz pessoas receberem a vida
eterna dentro de um hospital, lar, presídio, etc.[11]
Para Macedo, bilhões vão passar a eternidade no
inferno “porque não houve quem financiasse, através dos seus dízimos e
ofertas, o trabalho missionário”.[12]
O dinheiro, na visão de Macedo, torna-se a maneira pela qual a Igreja pode prová-lo
de forma exclusiva, tal sua importância.[13]
Macedo revela falta de compreensão do relacionamento
pactual entre Deus e o homem, quando afirma que Deus deseja ser nosso sócio, e
que nesta sociedade, o que é nosso passa a ser de Deus (“nossa vida, nossa
força, nosso dinheiro”), e o que é de Deus (“as bênçãos, a paz, a
alegria, a felicidade”) passam a nos pertencer.[14]
Percebe-se ainda uma notável semelhança entre a
IURD e a Igreja Católica medieval no que tange às tentativas de se obter a graça
de Deus através de esforços humanos: naquela época, pela compra das indulgências;
aqui, conforme o documento da AEVB, “a compra do sucesso através das intermináveis
correntes de prosperidade que demandam do fiel que doe dinheiro em cada culto,
sob pena de não alcançar a bênção”.[15]
(1) Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus,
de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos
cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.
(2) Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não
ao dinheiro (Mt 6:19-24; II Co 8:5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é
uma forma de idolatria (Cl 3:5).
(3) Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de
Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do
evangelho pelo mundo (I Co 9:4-14; Fp 4:15-18; I Tm 5:17-18), para ajudar
aos necessitados (Pv 19:17; Gl 2:10; II Co 8:14; 9:2); para acumular
tesouros no céu (Mt 6:20; Lc 6:32-35) e para aprender a temer ao Senhor (Dt
14:22-23).
(4) Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda.
No AT, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era
desobediência a Deus. Aliás, equivalia a roubá-lo (Ml 3:8-10).
Semelhantemente, o NT requer que as nossas contribuições sejam
proporcionais àquilo que Deus nos tem dado (I Co 16:2; II Co 8:3, 12; II Co
8:2).
(5) Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois
assim é ensinado tanto no AT (ver Êx 25:1, 2; II Cr 24:8-11) quanto no NT
(ver II Co 8:1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo
sacrificial (II Co 8:3). Para Deus, a obediência envolvida é muito mais
importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).
(6) Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (II Co 9.7)
e não forçados como fazem muitos líderes da I. U. R. D. ameaçando os
membros com “pragas infernais”. Tanto o exemplo dos israelitas no AT (Êx
35:21-29; II Cr 24:10) quanto o dos cristãos macedônios do NT (II Co
8:1-5) servem-nos de modelos.
(7) Deus tem prometido recompensar-nos de conformidade com a nossa
fidelidade (ver Dt 15:4; Ml 3:10-12; Mt 19:21; I Tm 6:19; II Co 9:6).
Contudo, Ele não está obrigado a isso. Tudo o que temos vem de Deus, seja
muito ou pouco. O ensino básico deve ser o que Paulo pregou em Filipenses
4:11-13 "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a
contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância;
em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter
fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer
necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”.
IS 31:1 "AI dos que descem ao Egito a buscar
socorro, e se estribam em cavalos; e têm confiança em carros, porque são
muitos; e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos; e não atentam para o
Santo de Israel, e não buscam ao SENHOR”.
O uso dos elementos mágicos dos cultos e das
superstições populares do Brasil, entre eles o sal grosso (para
afastar maus espíritos), a rosa ungida (usada nos despachos e nas
oferendas a Iemanjá), a água fluidificada (usada por credos
espiritualistas a fim de trazer a influência espiritual para o corpo
humano), fitas e pulseiras (semelhantes na sua designação às fitas
do chamado Senhor do Bonfim), o ramo de arruda (usado para afastar
coisas más) e uma quantidade enorme de apetrechos aos quais se emprestam
supostos valores espirituais que podem ser passados por seus usuários.[16]
Estes objetos mencionados acima (e outros) são
empregados pela IURD em sua “batalha espiritual” contra os demônios,
dentro da sua convicção de que todos os males existentes no mundo são por
eles produzidos. Teoricamente, a IURD não parece crer que exista qualquer
poder intrínseco nos mesmos; estes objetos são vistos como “pontos de
contato” que têm como alvo “despertar a fé” das pessoas.[17]
Mas na sua praxis litúrgica, a idéia é outra:
Muitas pessoas dizem que a angústia e brigas em casa
são coisas da época que vivemos. Isso é falso. São coisas resultantes da
presença dos demônios. Às vezes querem ir à Igreja,. Mas na hora de ir
perdem a coragem ou acontece alguma coisa. Tudo o que impede as pessoas de
ir à igreja é demônio. Venha, vamos ungir o seu pé direito e desamarrar
a sua vida.[18]
Participe da campanha da arruda contra os maus espíritos
na última sexta feira do mês. Temos a oração de descarrego com arruda,
uma oração forte, muito forte, para a sua vida.[19]
Venha à Igreja Universal receber uma fita para
colocar no seu braço. Você que hoje está com uma fita vermelha venha na
próxima semana receber uma fita azul, em que está escrito: persegui os
meus inimigos e só voltei depois que os esmaguei. Venha, pois no domingo
você vai receber a fita azul, em todas as igrejas Universal. Largue a fita
do Senhor do Bonfim, dos santinhos, e venha receber a nossa fita azul, da
cor do céu.[21]
A IURD não somente emprega práticas pagãs
supersticiosas; usa também a nomenclatura do baixo espiritismo para se
referir às entidades espirituais malignas. Enquanto que as Escrituras
silenciam quanto aos nomes dos demônios, mencionando apenas por nome o líder
deles, Satanás, a IURD se utiliza da nomenclatura afro-brasileira dos
deuses da Umbanda para dirigir-se aos demônios, identificá-los e
eventualmente expulsá-los. “Tranca ruas”, “pomba gira”, “exús”,
“caboclos”, “preto velho”, etc., são nomes normalmente empregados
nos cultos de libertação.
Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o
Espírito Santo (I Co 6:19 Ef 1:13); nossos pecados são perdoados (At
10:43; Rm 4:6-8); somos recebidos como filhos de Deus (Jo 1:12); se somos
filhos, logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm
8:17); passamos da morte espiritual para a vida espiritual (I Jo
3:14); somos novas criaturas (II Co 5:17); o diabo se
afasta e não nos toca (Tg 4:7; I Jo 5:18); não estamos mais sujeitos
às maldições (Jo 8:32,36); a salvação nos leva a um relacionamento
pessoal com nosso Pai e com Jesus como Senhor e Salvador (Mt 6:9; Jo
14:18-23); estamos livres da ira vindoura (Rm 5:9; I Tss 1:10;
4:16-17; Ap 3:10), além de outras bênçãos.
Contrariando o ensino bíblico do culto ao Deus
vivo em espírito e verdade, e introduzindo elementos, nomenclatura e
conceitos pagãos na sua liturgia, a praxis da IURD representa uma
desfiguração e deformação do culto evangélico, terminando por praticar
de outra forma a superstição e a ignorância religiosa que condena no
catolicismo e espiritismo brasileiros.
O uso de amuletos é incompatível com a vida cristã e não proporciona
prosperidade material ou espiritual a ninguém. Quem deseja viver uma vida
de paz e de abundância deve buscar “primeiro o reino de Deus e a
Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Sl 37.25; Mt
6.33; Mc 10.29-30; Lc 12.31; Jo 10.10). Para viver a sua fé o cristão
não precisa de figas, de cordão de ouro, varinha mágica, porque as maldições
não prevalecem contra nossas vidas. “Como o pássaro no seu vaguear, como
a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra
repouso” (Pv 26.2).
A fé cristã rejeita o uso de qualquer
objeto com o propósito de obter favores espirituais ou evitar a influência
demoníaca. Do Egito já viemos. Das superstições já nos libertamos. Do
jugo do opressor já estamos livres. Da Babilônia espiritual já saímos.
Cristo quebrou na cruz todas as amarras, grilhões, embaraços; quebrou os
fortes laços que nos prendiam ao mundo das trevas (Gl 3.13).
Uma outra corrupção prática da IURD decorre da
sua doutrina fundamental de que todos os males que acometem as pessoas, a
sociedade, a Igreja, e os cristãos individualmente, são produzidos
diretamente por demônios, os quais se instalam nas vidas destas pessoas
(crentes ou descrentes) e nas estruturas sociais, políticas e econômicas.[22]
Em decorrência, para a IURD, a estratégia principal da Igreja para ajudar
as pessoas é sempre confrontar e expelir essas entidades malignas. Esta visão
do mundo e da missão da Igreja é uma característica distintiva da IURD, e
de outras igrejas que adotam a “batalha espiritual”.
No pensamento da IURD, em sua ação pastoral,
missionária e evangelística, a Igreja deve sempre empregar o método de
expulsão de demônios para libertar as pessoas e a sociedade destes
males. Concordamos com D. Powlison, em sua crítica ao movimento de
“batalha espiritual”, ao afirmar que o que está por detrás dos ministérios
de libertação individual é a crença equivocada de que “os demônios do
pecado residem dentro do coração humano”.[23]
A característica principal dos modernos movimentos de “libertação”,
entre eles a da IURD, é a expulsão de demônios, o que caracteriza uma
profunda distorção do ensino bíblico sobre a prática pastoral. O livro
de Macedo, Orixás, Caboclos & Guias: Deuses ou Demônios se propõe
a esclarecer este “ministério”, ensinando inclusive, como se deve agir
na “missão de ajudar as pessoas a se libertarem”.[24]
Grande parte da doutrina da “Batalha Espiritual” – não que não
exista realmente uma luta constante contras a potestades espirituais, disso
já falamos anteriormente – é centrada num dualismo exagerado entre Deus
e o diabo. Como se fosse uma luta de duas forças iguais, o que é inadmissível.
A práxis iurdiana ainda coloca o homem
numa posição de “combatente” no qual Deus depende para vencer as
atividades malignas. Deus, contudo, é soberano e está no controle de tudo.
Ele não precisa da ajuda de ninguém para agir – (I Cr 29:11; Dn 4:35; Sl
115:3; I Tm 6:15; Ef 1:11; Rm 11:36; Sl 39:9).
A IURD ensina uma doutrina estranha quanto à
Ceia do Senhor. De acordo com Macedo:
[a carne de Cristo] atraiu todas as nossas doenças e
enfermidades. Conseqüentemente, nós não mais precisamos ficar doentes.
Satanás não tem mais direito de exercer domínio sobre nosso corpo físico,
porque este tem a natureza do Senhor Jesus, pela fé, na participação do pão
da Santa Ceia.[25]
Macedo ainda afirma que, na Ceia, Cristo confere
a sua própria saúde física ao que participa do pão pela fé:
Quando o Senhor Jesus determinou que o pão abençoado
e partido para os Seus discípulos era o Seu corpo, estava mostrando o real
sentido da Sua vida física, isto é, Seu vigor e Sua saúde, partidos em
favor de todos que O aceitam, tal qual Salvador, afim de que venham a serem
participantes de Sua própria natureza, gozando de Sua saúde física.[26]
Macedo conclui que assim como o corpo de Jesus dá
saúde física, seu sangue dá saúde espiritual. Ele afirma:
Podemos considerar que, da mesma forma pela qual o
corpo do Senhor Jesus, simbolizado pelo pão, nos dá a total saúde física,
também o seu sangue, simbolizado pelo vinho, nos dá a saúde espiritual.[27]
Macedo afirma ainda que a Ceia anuncia, entre
outras coisas, os milagres extraordinários do Senhor, suas curas, e sua vitória
sobre os demônios. [28]
Fica claro que o conceito da IURD sobre a
Ceia é radicalmente controlado pelas distorções da sua cosmovisão. Longe
de “representar Cristo e os seus benefícios, e nosso interesse nele” (CFW,
27:1), a Ceia na IURD torna-se primariamente (embora não exclusivamente) um
meio de se alcançar saúde, cura e benefícios materiais. Não é de se
admirar que igrejas locais da IURD admitam à Ceia, não somente os seus
membros, mas todos quantos se façam presentes na igreja, no momento da
celebração, quer evangélicos ou não.
O convite a católicos e espíritas é feito
abertamente. Cristo instituiu a Ceia “para fazer uma diferença visível
entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo” (CFW 27:1) —
aspecto ausente na eucaristia iurdiana. Assim, além de omitir os
aspectos fundamentais da obra de Cristo simbolizados na Ceia, Macedo lhe dá
um sentido alheio às Escrituras.
Soli Deo Gloria Nunc et Semper
(Somente a Deus damos Glória,
agora e sempre)
___________________
* O Pr. Antônio Pereira da Costa Júnior,
nasceu em Esperança – Pb. Casado com Esther Monteiro da Costa, e Pai de
Rachêl Hellen Monteiro da Costa. Palestrante e pesquisador na área de
Apologética em geral, Técnico Agrícola pela UEPB e Bacharel
em Teologia pelo S.T.E.C. (Seminário Teológico Evangélico
Congregacional). Professor de Teologia Sistemática no S.T.E.C., e
faz um curso de Apologética por extensão pelo I. C. P. (Instituto
Cristão de Pesquisas) de São Paulo.
[1]
Macedo, Nos Passos de Jesus, 178.
[2]
Macedo, Apocalipse Hoje, 149.
[3]
Bispo Macedo, Orixás, Caboclos & Guias: Deuses ou Demônios
(Rio de Janeiro: Gráfica e Editora Universal LTDA, 1996) 115-118.
[4]
Ibid., 115.
[5]
Veja, 1421 (06/12/95) 73.
[6]
Ibid., 134.
[7]
Ibid., 42, 130-131.
[8]
Ibid., 128-9.
[9]
Ibid., nosso grifo. O conceito de troca está presente nas instruções de
Macedo aos seus pastores quanto ao método de arrecadar ofertas dos fiéis:
“Ou dá ou desce” (programa veiculado na Rede Globo de Televisão, 22
de Dezembro de 1996). Um exemplo da reação da mídia secular: “Que o
bispo Edir Macedo mercadeja a fé, incitando os fiéis a fazer apostas em
dinheiro com Deus nas quais sua igreja sempre ganha, já se tornou lugar
comum. Que ele chegou ao ponto de vender água mineral como sendo líquido
do Rio Jordão, ou azeite de oliva como sendo um bálsamo sagrado, ou
cornetas de torcida organizada de futebol como instrumento para derrubar
as “muralhas de Jericó”, também se sabe desde há muito tempo. Nada
disto tem desculpa. São embustes praticados contra a boa-fé dos fiéis”
(Veja, [03/01/1996] 28).
[10]
Como declarou o bispo Sergio Von Helde a Veja, (01/11/1995) 53.
[11]
Macedo, Nos Passos de Jesus, 101-2 (nosso grifo).
[12]
Ibid., 102. Percebe-se na pregação de Macedo uma exploração do senso
de culpa dos que não contribuem, responsabilizando-os pela condenação
dos milhares que vão ao inferno.
[13]
Ibid., 103.
[14]
Macedo, Nos Passos de Jesus, 109-110.
[15]
Pronunciamento da Associação Evangélica Brasileira acerca da IURD,
parágrafo 2.b.
[16]
Ibid., grifo nosso.
[17]
Cf. Manual do Obreiro: Estatuto e Regimento Interno da Igreja Universal
do Reino de Deus (Rio de Janeiro: Gráfica Universal, s/d) 65-68.
[19]
Rádio São Paulo, 29/09/1994.
[20]
Ibid., 19/12/1995.
[21]
Televisão Record, bispo Gonçalves, programa “Despertar da Fé”,
31/08/1995.
[22]
Por exemplo, Macedo considera a Rede Globo de Televisão como “a própria
encarnação do diabo”, cf. Veja, 1421, 74-75.
[23]
David Powlison, Power Encounters (Grand Rapids: Baker Books, 1995)
29.
[24]
Bispo Macedo, Orixás, Caboclos & Guias: Deuses ou Demônios,
170.
[25]
Macedo, Nos Passos de Jesus, 120.
[26]
Ibid., 120.
[27]
Ibid., 122.
[28]
Ibid., 122.
Pr. Antônio Pereira da Costa Júnior
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.