O presente é um estudo profundo no qual se expõe porque os dons do
espírito santo, dados à igreja do primeiro século, foram
parte do plano de Deus para manifestar aos judeus a transição do antigo para o
novo pacto.
Deus, que tudo conhece, preparou as ações que iam apoiar a
inauguração do novo pacto; sobre isso o Senhor ressuscitado disse aos seus
discípulos: “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda
convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei
de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras”. [Lucas 24: 44, 45]
O primeiro passo era preparar adequadamente a seus discípulos para
que conhecessem a profundidade da Lei, os Profetas e os Salmos, ou seja, para
que conhecessem toda a Sagrada Escritura e dessa maneira a aplicassem
corretamente. Pois, depois de tudo, iam ser enviados a pregar a um povo, que
por uns 1500 anos, havia estado vivendo sob a Lei, e deviam estar preparados
para que sua mensagem fosse irrebatível, poderosa e demonstrável; uma mensagem
que os doutores da lei fossem incapazes de contestar.
Aquela capacidade de entendimento lhes era necessária para
demonstrar as desvantagens do antigo pacto e os benefícios do novo, dessa
maneira, aqueles doze homens foram transformados de ignorantes em doutores da
Lei, de ouvintes a expositores, tudo isso é fácil de encontrar nas primeiras
páginas do livro dos Atos dos apóstolos. Assim sendo, o primeiro passo, que foi
abrir-lhes o entendimento estava dado. O seguinte passo viria uns dias depois:
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na
cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”. [Lucas
24: 49]
É maravilhoso e assombroso ler aquilo que ocorreu no dia de
pentecostes quando o espírito de Deus desceu sobre aquele grupo. O relato diz
que um estrondo semelhante ao produzido por um vento forte foi escutado, era o
espírito do Altíssimo que vinha sobre eles, o maravilhoso e assombroso é
demonstrado quando se considera como aquela terrível força inundou a sala onde
se encontravam e tomou posse de cada um deles, uma posse total que transformou
a fragilidade humana em poder, que transformou as limitações em milagres, e
isso não ocorreu por poucos dias, mas sim durante toda as suas vidas, foi neles
um poder que nunca decresceu, o que foi demonstrado pela autoridade com que
falaram desde que os tomou, e continuaram a tendo até o final de seus dias. Um
poder que os fez menosprezar suas vidas mesmo diante da morte com o objetivo de
ensinar o evangelho. Tinham que testificar que o homem crucificado era o Filho
de Deus, gerado em Maria quando ainda virgem, e teriam que ter força
convincente na palavra, tinham que declarar tê-lo visto ressuscitado e que
subiu aos céus, tudo isso com muita habilidade, tendo a Escritura como base.
Uma leitura sem muita atenção de Atos 2 não pode mostrar a grande
força com que Pedro falou em seu primeiro testemunho, mas quando a atenção se
fixa nesse ato então se nota como esse poder foi capaz de romper a dureza do
coração dos presentes, ocorrendo como resultado, a conversão de quase três mil
pessoas em um só ato. As autoridades judias que os conheciam se perguntavam
como haviam adquirido o poder de falar (Atos 4: 13), mas diziam que eles haviam
estado ao lado de seu Senhor.
A cidade de Jerusalém foi sacudida violentamente por aquele
terrível vento, mas não me refiro aos seus edifícios, mas sim, aos seus
habitantes, que estando frente àqueles homens revestidos de poder tiveram a
oportunidade de recordar Àquele que dias antes tinha caminhado entre eles
pregando e fazendo muitos milagres.
Era necessário que conhecessem a diferença entre o ministério da
morte, gravado em pedras, e o ministério do espírito; era necessário que
conhecessem as vantagens que Deus havia preparado para aqueles que aceitassem o
novo pacto, e para isso existiram grandes sinais, milagres, sonhos, profecias,
línguas. Mas o maior impacto, o que mais era notado, era o poder do espírito
que se colocava sobre cada pessoa redimida, que experimentava o poder que
transforma em rico ao pobre e em sábio o ignorante, que enche de confiança
a quem não tem esperança, que fortalece ao fraco, que valoriza a quem não
possui nenhum valor, e torna livre ao escravo.
Os moradores de Jerusalém tinham que conhecer as vantagens do novo
pacto para não continuar esperando justificação por obras sacrificais mortas,
mas sim alcançar o poder de Deus que se manifestava por meio daqueles
pregadores.
Parte 2
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a
carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão
sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as
servas naqueles dias derramarei o meu Espírito”.
“Sobre toda carne” não significa sobre todo Israelita, mas sim,
sobre todos os convertidos ao novo pacto, e os sinais e as manifestações
milagrosas nos milhares que foram convertidos em Israel era sinal de que a
profecia de Joel estava se cumprindo.
Uns sinais foram para a edificação da igreja, entre os quais
estavam as profecias, sonhos e visões. As outras maravilhas, entre elas,
milagres, línguas, interpretação de línguas, serviram para reforçar a pregação
do evangelho.
Ante a dureza dos líderes judeus, e a pouca capacidade do povo
para tomar decisões favoráveis para suas vidas, Deus estava atuando com sinais
indubitáveis, o que servia para que eles despertassem e fossem buscar nas
Escrituras a explicação para aquelas manifestações sobrenaturais que estavam
vendo.
Talvez a hesitação, a indiferença ou a falta de capacidade do povo
para entender que o novo pacto anunciado por Jeremias 31: 31-34, se havia
cumprido há poucos dias, com certeza foram o maior obstáculo que manteve a
grande maioria em atitude oposta ao evangelho. Não ignoravam as palavras de
Jeremias, mas foram incapazes de entender em que tempo tinham que se cumprir.
Conhecendo essas desvantagens, Deus havia preparado sinais que
acompanharam os primeiros pregadores do evangelho (evangelho ou boas novas, se
refere à mensagem de Deus com respeito à substituição do antigo pacto pelo novo
por meio de Jesus Cristo), por meio de que desejava despertar-lhes a
consciência por meio da potente mensagem baseada na profecia de Joel, e que de
tal maneira empreendessem a iniciativa de considerar a alternativa da mudança.
Os milagres que presenciavam e a força com que a mensagem estava
sendo pregada não eram simples coincidência, mas sim que a profecia de Joel era
parte do plano de Deus para abrir o entendimento do povo.
As igrejas em Israel e em outras cidades cresciam porque a
mensagem relacionada a crer em Jesus Cristo, como mediador do novo pacto era
amparada pela força dos sinais entre os quais estavam: curas, ressurreições,
transmissão do espírito santo, e outros. Frente à tão notórias manifestações
144.000 judeus foram convertidos; o que é uma quantidade consideravelmente
grande se levarmos em conta o curto tempo que tomou aos apóstolos alcança-la.
Parte 3
“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as
quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas
as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se
uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria
língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê!
não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos,
cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Partos e medos,
elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, E
Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros
romanos, tanto judeus como prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos
ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus”.
A descida do espírito de Deus sobre aquele grupo serviu para dois
propósitos: modificar a mente humana capacitando-a com a virtude de falar em
diferentes línguas sem tê-las aprendido previamente e dando-lhes também o poder
de pregar e ensinar.
Se somente lhes tivesse sido dado o poder de falar em línguas com
certeza não teriam tido capacidade para anunciar as boas novas; mas a profecia
de Joel tinha propósitos relevantes que deviam ser notados na terra de Israel.
Para que haveria servido serem capacitados para expressarem-se em outras
linguagens sem benefício algum? Claro que Deus não faz as coisas pela metade,
Ele não só os capacitou para falar em outras línguas além do Hebreu, mas também
lhes deu o poder para testemunhar com respeito a Cristo, do propósito de sua
morte e dos benefícios de crer que seu sangue foi derramado para confirmar a
mudança do antigo para o novo pacto.
Assim que o novo pacto tinha que ser introduzido em Israel com
grande impacto, com capacidade inclusive de penetrar na mente daqueles que
haviam chegado a Jerusalém procedente de diferentes nações. Para levar a cabo
àquela instrução primeiro veio o estrondo do vento, do espírito santo de Deus
que estava descendo e surpreendeu a todos. Segundo, dando ao grupo a capacidade
de comunicação em múltiplas línguas, de maneira que todos os judeus presentes
conheceram a mensagem da salvação. Terceiro, o poder do testemunho, com
respeito a Jesus Cristo, dado a aquelas pessoas humildes, teve muito
significado para os presentes que foram impactados pelo que estava ocorrendo.
Tão significativo foi tudo isso que as palavras de Pedro aclarando a situação
os moveu a um batismo massivo. Sim aquele evento os surpreendeu e lhes derrubou
as barreiras da incredulidade.
Antes da vinda do poder de Deus aqueles cento e vinte homens
formavam um grupo insignificante dentro da sociedade judia, mas a partir de sua
vinda aquela qualidade secundaria desapareceu, e todos foram convertidos em
poderosos pregadores proclamando a Jesus Cristo e ao novo pacto.
Com certeza hoje em dia se olha para Atos 2 como o cumprimento de
uma profecia. Outros o vêm como a primeira manifestação de falar em línguas.
Outros como o início da igreja de Jesus Cristo e assim sucessivamente. Mas o
que não se vê é que essa era uma profecia que tinha o propósito de introduzir o
novo pacto em Israel por meio daquele poderoso sinal.
O plano do Altíssimo era completo, primeiro estabelecer o novo
pacto por meio da morte de Seu Filho, segundo, validar esse pacto
introduzindo-o por meio de poderosos sinais.
Dessa maneira aquele grupo, >como diz em Atos 2< o inaugurou
falando das maravilhas de Deus, anunciando as virtudes do novo sistema de
salvação no qual o único requisito para aceita-lo era crer naquele que tornou
possível o cumprimento da profecia de Joel. Porque se o Senhor não tivesse
morrido não teria sido possível o derramamento do espírito santo e sem o
espírito santo não haveria sido iniciada a pregação do evangelho.
Assim que Atos 2 não é um simples registro ao qual se possa
agregar conjecturas com respeito à descida do santo espírito, mas sim que foi a
introdução do novo pacto para o povo de Israel.
Parte 4
A partir da inauguração do novo pacto em pentecostes, o
desenvolvimento da igreja nos anos subseqüentes devia ser rápido e estável até
ficar consolidada. Havia começado com poderosos sinais e devia manter-se nessa
posição até alcançar uma posição dentro da sociedade começando por Israel.
O espírito santo continuava movendo-se fortemente entre os
convertidos a medida em que o tempo passava, mas não só se movia entre eles,
mas os continuava movendo a um testemunho constante a favor daqueles que
optavam pela mudança.
Realmente nenhum opositor podia conter a força do evangelho, e
aqueles que o aceitavam imediatamente testemunhavam da mudança e da esperança
de salvação, era uma mudança total de vida. 144.000, convertidos, como foi dito
acima, não são um pequeno número, pois se tratava de verdadeiros convertidos, e
todos eles perseveravam fervorosamente porque entenderam a diferença entre
adorar a Deus de acordo às condições do Livro da Lei e adora-lo por fé. Atos
26: 7 diz: “À qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus
continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado
pelos judeus”.
Agora as doze tribos de Israel, que haviam aceitado a salvação por
fé, tinham a esperança firme de alcançar aquilo que em outro tempo lhes pode
ter sido negado devido às infrações cometidas à Lei.
Dessa maneira, a pregação do novo pacto se havia consolidado em
toda a terra de Israel, o seguinte passo era declarar ao povo que rejeitou o
novo pacto a reação desfavorável de Deus e as conseqüências a que iam ficar
expostos.
Parte 5
O passo seguinte era cumprir outra profecia, a de Isaías 65: 1.
Séculos antes da vinda de Cristo, Deus havia manifestado seu
desagrado para com o povo desobediente que pensava ser o único sobre a terra
com o direito de exclusividade. Pensavam que ser descendentes de Abraão,
segundo a carne, lhes colocava em condições de invulnerabilidade, e nesse caso
Deus ficava sem opções para rejeita-los. Sua pouca capacidade de entender as
Escrituras os impedia conhecer o significado das palavras ditas a Abraão “serão
benditas em ti todas as nações da terra”, inclusive parece que essa promessa
não era entre eles motivo de preocupação, e não parece que haviam sentido temor
de perder sua posição exclusiva. Ignoravam que os tempos nos quais os gentios
iriam ser tomados com a mesma categoria iria causar-lhes fatais conseqüências.
Assim, o momento veio sem que eles notassem, haviam perdido o
direito de exclusividade. O favor de Deus nunca mais voltaria a ser-lhes
exclusivo, mas sim compartilhado com as nações do mundo.
Pelos lábios de Isaías Deus havia dito: “Fui
buscado dos que não perguntavam por mim, fui achado daqueles que não me
buscavam; a uma nação que não se chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.
Eis-me aqui”. [Isaías 65: 1]
Claro que por não haver entendido que Jesus Cristo era aquele anjo
mencionado por Malaquias, continuavam crendo possuir uma qualidade que Deus
lhes havia tirado. Se eles não puderam obedecer durante 1500 anos, então a
responsabilidade das conseqüências não era de Deus mas sim deles. Dessa
maneira, as mudanças estavam projetadas pelo Altíssimo, e a qualidade de ser
filhos de Deus por Abraão havia chegado aos gentios.
Uma das primeiras manifestações de que as coisas haviam mudado foi
o derramamento do espírito santo sobre os gentios, a seguinte seria fazer-lhes
entender que a imundícia que pesava sobre os gentios havia desaparecido e
podiam ser incorporados ao novo pacto.
No antigo pacto os gentios eram tidos como animais imundos (Atos
10: 15), rejeitados e sem esperança, mas agora tudo isso eram coisas passadas,
porque no novo pacto a oportunidade de adorar a Deus lhes veio a ser uma porta
aberta. Lemos em Atos 10: 45, 46: “E os fiéis que eram da
circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom
do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar
línguas, e magnificar a Deus”.
Sem dúvida alguma aquilo assombrou aos judeus que não tinham ainda
começado a viver em Cristo, não estavam preparados para entender as mudanças
incluídas no novo sistema. Não haviam entendido que agora os gentios podiam
adorar a Deus sem necessidade de converter-se em prosélitos do judaísmo, sem
necessidade de submeter-se a circuncisão e nem de celebrar as festividades.
A razão pela qual aqueles gentios reunidos na casa de Cornélio
receberam o dom de falar em outras línguas foi um sinal para os judeus que
acompanhavam a Pedro, já que Lucas (escritor de Atos) teve o cuidado de
comunicar o assombro deles ao escutar-lhes glorificando a Deus em diferentes
línguas.
Aos judeus havia de abrir-lhes o entendimento com respeito à
mudança de condição dos gentios, e a melhor maneira foi colocar frente a eles
aquilo que nunca imaginaram que poderia acontecer, quer dizer, o acolhimento
dos gentios por parte de Deus. E assim, não somente os judeus convertidos ao
evangelho tiveram a oportunidade de receber o santo espírito, mas também os
gentios.
Os escritores do evangelho tiveram o cuidado de registrar como
Deus permitiu aos gentios gozar dos dons que Ele dispôs para edificar a Sua
igreja.
Parte 6
“1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que
sejais ignorantes. 2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos
ídolos mudos, conforme éreis guiados. 3 Portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e
ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo. 4 Ora,
há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. 5 E há diversidade
de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6 E há diversidade de
operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. 7 Mas a
manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. 8 Porque
a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência; 9 E a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; 10 E a outro a
operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os
espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das
línguas. 11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer. 12 Porque, assim
como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são
um só corpo, assim é Cristo também. 13 Pois todos nós fomos
batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer
servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. 14 Porque
também o corpo não é um só membro, mas muitos. 15 Se o pé disser:
Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? 16 E
se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do
corpo? 17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo
fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 Mas agora Deus colocou os membros
no corpo, cada um deles como quis. 19 E, se todos fossem um só
membro, onde estaria o corpo? 20 Assim, pois, há muitos membros, mas
um corpo. 21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de
ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. 22 Antes,
os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; 23 E
os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e
aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. 24 Porque
os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou
o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; 25 Para que
não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos
outros. 26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros
padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com
ele. 27 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em
particular. 28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 29 Porventura
são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos
operadores de milagres? 30 Têm todos o dom de curar? falam todos
diversas línguas? interpretam todos? 31 Portanto, procurai com zelo
os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente”.
Uma pequena análise deste capítulo nos leva a ver irregularidades
entre os convertidos de Corinto. Entre essas irregularidades estava a
manipulação, que pessoas inimigas de Deus, estavam levando a cabo tomando
aqueles que possuíam dons para tirar proveito, observe os versículos 1-3:
“1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes. 2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos
mudos, conforme éreis guiados. 3 Portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e
ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo”. A
menção daqueles que maldiziam a Jesus sugere que se tratava de judeus
gnósticos, porque essa seita não cria que o Filho de Deus tivesse existido como
homem, porque argumentavam que a carne é pecadora, é má, e portanto, sendo sem
pecado era impossível que o Filho de Deus houvesse tomado semelhante opção. Por
sua atividade contra Jesus Cristo, os gnósticos são mencionados várias vezes
por Paulo, João e Pedro. Esses indivíduos que anatemizavam a Cristo, por
dizerem que Cristo não veio em carne, ou seja não foi um homem, estavam
doutrinando para proveito próprio àqueles que possuíam dons do espírito, com o
propósito de formar um grupo de possuidores dos dons do espírito com crenças
gnósticas.
Sendo Cristo o autor dos dons dados pelo espírito, Paulo adverte
aos coríntios a não se deixar enganar por aqueles que validavam os dons, mas ao
mesmo tempo rejeitavam ao Filho de Deus, pela forma como ensinavam.
Entre os dons recebidos pelos coríntios estavam: Palavra de
sabedoria, palavra de ciência, fé, dons de cura, operações de milagres,
profecia, discernimento de espíritos, diversas línguas dos povos e
interpretação dessas línguas.
Nove dons são mencionados, mas essa lista não é conclusiva, já que
em outras cartas Paulo menciona outros. Assim, a igreja em Corinto havia sido
beneficiada por Deus para comunicar o evangelho não só por palavra, mas também
pela manifestação de poderes sobrenaturais impactantes.
Se observarmos com cuidado a ordem em que os dons são colocados
por Paulo se poderá notar que o don de línguas e o de interpretação de línguas
não são postos como relevantes sobre os demais dons, mas sim são colocados por
último, o que não é coincidência, e não o é simplesmente porque mesmo que
estivessem servindo para anunciar o evangelho, não eram a base para solidificar
o povo de Deus no novo pacto.
Em sua mensagem (1Coríntios 12: 14-22), Paulo disse: 14 Porque
também o corpo não é um só membro, mas muitos. 15 Se o pé disser:
Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? 16 E
se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do
corpo? 17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo
fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 Mas agora Deus colocou os
membros no corpo, cada um deles como quis. 19 E, se todos fossem um
só membro, onde estaria o corpo? 20 Assim, pois, há muitos membros,
mas um corpo. 21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho
necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.
22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são
necessários;”. Isso confirma que dentro do corpo os dons de línguas e de
interpretação de línguas não eram mais importantes que os demais. Aqueles que
possuíam dons formavam um corpo projetado para cobrir todas as necessidades da
igreja., assim, aqueles com o dom de milagres não eram mais necessários que os
que profetizavam, aqueles com o dom da palavra de sabedoria não podiam
prescindir os que tinham o dom de cura, etc.
Paulo não diz que ao dom de línguas fora dado primazia ou aos seus
possuidores, mas sim, o coloca em igualdade com os demais, e todos tinham o
dever de trabalhar para edificar a igreja manifestando ao mundo as maravilhas
de Deus.
A falta de maturidade dos corintos foi a causa de que o mau uso
dos dons se converter-se em um problema até ao grau de que o assunto ocupou
grande espaço na primeira carta aos Coríntios.
No corpo de Cristo, que é a igreja, nenhum membro é mais
importante ou necessário que outro. Os olhos, se não são do corpo de nada
servem, as mãos, sem pertencer a um corpo de nada servem, etc., assim, para que
cada membro desempenhe as funções para as que foi chamado deve pertencer ao
corpo. Isto é aplicado ao corpo espiritual de Cristo, onde cada pessoa, com um
dom, é útil somente se pertence à igreja; separada dela se torna inútil; desta
comparação se entende que Paulo recomenda aos coríntios não se deixar enganar
por pessoas que blasfemam de Cristo chamando-o anátema, querendo engana-los
para retira-los do corpo de Cristo.
Parte 7
Pelo modo que Paulo fala, nos demonstra que obter os dons do
espírito não era difícil para os batizados, ele disse: “Portanto,
procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais
excelente”. [1Coríntios 12: 31]
Procurar significa empenhar-se por conseguir algo que está ao
alcance, essa facilidade se devia ao fato de que os sinais mencionados por Joel
ainda não se haviam se dissipado, enquanto esse cumprimento estivesse presente,
as manifestações do espírito iam continuar disponíveis para os redimidos que os
desejassem.
Mas, com certeza, os corintos não estavam visualizando
corretamente o uso de alguns dons, dando lugar ao questionamento de que se em
verdade estavam alcançando o propósito para o qual Deus os havia dado. Essa foi
a razão pela qual Paulo escreveu recomendando à igreja utilizar da razão a fim
de que os dons servissem de maneira efetiva. Observe as palavras de Paulo em
1Coríntios 14: 1 “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar”.
A igreja de Deus é um corpo no qual a virtude de Deus, que é amor,
é a base que a sustenta; o amor é compaixão e consideração para com os outros,
porque o amor não foi projetado para o serviço pessoal, mas sim para servir aos
outros. Possuir a virtude do amor, mas não saber como fazer uso dela é igual a
não possuí-la, portanto, “seguir o amor” é caminhar sob sua liderança.
Dessa maneira, quando uma pessoa era guiada pelo amor e buscava os
dons, os benefícios edificavam a igreja e cumpriam o propósito para os quais
foram dados.
“Mas principalmente o de profetizar”. A profecia era um dom necessário
pois era a fonte para conhecer antecipadamente o porvir, por isso Paulo o
recomenda sobre qualquer outro dom.
A profecia era a revelação de Deus à igreja, sobre homens maus,
maus tempos e de perigos. Os profetas não anunciavam o porvir nos séculos
futuros, mas sim, profecias locais, relacionadas com a igreja. Ágabo (Atos 21:
11) era profeta, Paulo também o era (Atos 20: 29), também as filhas de Felipe
(Atos 21: 9), mesmo que delas não esteja registrada a sua atividade. Assim, os
profetas eram necessários porque suas mensagens preparavam os redimidos sobre
as coisas que lhes viriam.
Por isso a profecia era necessária, por outro lado as línguas não
eram para edificação.
(versículo 14: 2) “Porque o que fala em língua
desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em
espírito fala mistérios”.
Para que poderia servir o dom de línguas se seus possuidores as
falavam diante de pessoas que não as entendiam? Para que serviria falar em
língua árabe em uma congregação onde todos falavam grego, ou, para que servia
falar em copta numa congregação onde todos falavam em latim? Que benefícios
podia alcançar uma mensagem pregada em língua hebréia numa congregação de
crentes de língua elamita? Sim, como disse Paulo, “ninguém a entenderia”. O
único que entendia era Deus, enquanto os ouvintes, para quem era dirigida a
mensagem, ficariam sem nenhum proveito.
(versículo 14: 4) “O que fala em língua desconhecida
edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”.
Nesta comparação Paulo define a profecia como mais importante que
o dom de línguas. O único que se edificava ao falar em línguas era a pessoa que
falava porque sabia o que dizia, quanto aos demais ficavam sem saber o que
havia dito. Por outro lado, os que tinham o dom de profecia edificavam a igreja
porque falavam a mensagem de Deus na língua dos ouvintes de sua comunidade.
(versículo 14: 5) “E eu quero que todos vós faleis
em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do
que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja
receba edificação”.
A insinuação de Paulo a que os coríntios buscassem o falar em
línguas, era pelo fato da necessidade de pregar o evangelho a toda criatura, de
toda nação e língua. Quanto mais pregadores que falassem em línguas existissem,
os resultados seriam melhores, pois os visitantes que passassem por Corinto
voltariam a seus paises levando a mensagem.
(versículo 14: 6) “E agora, irmãos, se eu for ter
convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por
meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?”
Uma das prioridades de Paulo era anunciar a salvação por Jesus
Cristo e os requisitos sobre os quais essa salvação era possível, por isso diz
que sua visita seria sem fruto se não levasse consigo revelação, ciência,
profecia e doutrina. E ainda confirma, que visitá-los e falar-lhes em línguas
estrangeiras seria sem nenhum proveito. Nesse caso o mais conveniente, para
aproveitar o tempo, era falar das revelações, ou edificar a fé com palavras de
sabedoria, ou anunciando-lhes as coisas por vir, ou ensinando-lhes doutrina, na
língua que todos conheciam.
(versículo 14: 9) “Assim também vós, se com a língua
não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz?
porque estareis como que falando ao ar”.
Em outras palavras “o mesmo acontece com vocês” se ao invés de
falar para edificação dos demais decidirem falar sem que ninguém os entenda.
Parece que a simplicidade dos coríntios (mencionada pelo apóstolo
em sua segunda carta 11: 3) era extrema ao grau de não
ver o infrutífero que era pregar na congregação em língua estrangeira. “Falar
ao ar”, como disse Paulo, significa falar sem que o interlocutor entenda
nada.
(versículo 14: 13) “Por isso, o que fala em língua
desconhecida, ore para que a possa interpretar”.
Como estamos a muitos séculos de distancia daquele maravilhoso
tempo é impossível, para nós, entender como Deus repartiu os dons de línguas.
Pelo que Paulo disse se entende que falar e interpretar eram dons diferentes, e
inclusive sugere que o crente podia buscar o dom de línguas e/ou o dom de
interpretar as línguas estrangeiras. Também a frase “ore para
que a possa interpretar”, pode ser entendida como “ore para também
ter o dom de interpretar o que fala”.
(versículo 14: 18, 19) “Dou graças ao meu Deus, porque
falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na igreja
cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os
outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida”.
Pelo entorno geográfico no qual o apóstolo Paulo levou a cabo seu
ministério podia dizer o que disse, pois falava hebreu, grego, árabe, licaonio,
copta, latim, aramaico, e por ter pregado na região do Iliríco também deve ter
falado em báltico e eslavo, além de outros idiomas mais. Mas ele falava em cada
uma dessas línguas em seus lugares correspondentes. Ele não fazia alarde por
falar diversos idiomas. Por isso, mesmo que falasse mais idiomas do que
qualquer outro na congregação, ele usava desse dom sensatamente.
(versículo 14: 23) “Se, pois, toda a igreja se
congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou
infiéis, não dirão porventura que estais loucos?”
É fácil entender o resultado catastrófico de falar em diferentes
línguas todos ao mesmo tempo, e também é fácil de entender o conceito de os visitantes
que os vissem falar uns aos outros sem entenderem-se. Em semelhante situação o
dom de línguas era desperdiçado, e o pior de tudo era a opinião burlesca dos
que isso observassem, pois no lugar de receber edificação, menosprezariam o
evangelho.
(versículo 14: 24) “Mas, se todos profetizarem, e
algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado”.
Diferentemente, os visitantes eram edificados ao observar profetas
anunciando diversas coisas que iam acontecer. Os profetas cumpriam em sua
totalidade o seu desígnio, porque impactavam favoravelmente tanto aos crentes
como aos visitantes, anunciando da parte de Deus o que ia suceder.
(versículo 14: 25) “Portanto, os segredos do seu
coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a
Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós”.
Que surpresa de grande impacto seria para os visitantes conhecerem
pela boca dos profetas a resposta às suas inquietudes ou desejos que a ninguém
haviam comunicado. Dizer a algum visitante: “Deus disse isso com respeito a
você”, seria algo sobrenatural, e o impacto o faria entender que Deus conhecia
os segredos de seu coração.
(versículo 14: 27, 28) “E, se alguém falar em língua
desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e
haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e
fale consigo mesmo, e com Deus”.
Falar em línguas de outros povos não era um fenômeno involuntário
que surgia de surpresa aos seus possuidores fazendo-os perderem o sentido e
inconscientemente fazendo-os emitir sonidos sem significado ou que os agitasse
violentamente, e que os fizesse saltar no recinto da reunião, ao final de tal
culto deixando as pessoas esgotadas e surdas sem saberem o que havia acontecido,
por certo o dom de línguas, assim como todos os demais dons, era manifestado
pela vontade pessoal, era um dom que a pessoa dominava voluntariamente, quando
o desejasse, no pleno domínio de suas faculdades mentais, e as pessoas decidiam
quando falar e quando não, esse é o porque Paulo insta a que falassem por
turnos enquanto que outro interpretasse. Deus não maltratava os seus servos,
esgotando-os física e psicologicamente ou agitando-os violentamente.
Que tudo o que faziam o faziam pela vontade pessoal está
comprovado pelo modo com que Paulo lhes recomenda que em cada reunião não
falassem mais que três pessoas, e que cada um o fizesse por turno, e enquanto
um falasse outro devia interpretar, e se não houvesse alguém com o dom de
interpretar, então ninguém deveria falar em língua desconhecida naquela
congregação.
Um dito popular na cristandade de que “ninguém pode ordenar ao
espírito santo o que deve fazer e quando deve fazer”, como muitos repetem hoje
em dia, é somente um vago argumento para justificar a presença de um espírito
estranho em algumas congregações, que se apodera da pessoa para fazer-lhe
“falar” um suposto dom de línguas, esse argumento era desconhecido para aqueles
que possuíram os genuínos dons. Porque todos os redimidos no primeiro século de
nossa era, determinavam quando usa-los. A clareza com a qual Paulo fala não
deixa lugar para dúvidas com respeito ao uso dos dons e a decisão de
utiliza-los quando a pessoa desejava. “29 E falem dois ou
três profetas, e os outros julguem. 30 Mas,
se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o
primeiro. 31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros;
para que todos aprendam, e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”.
Pelo que se lê nesses versículos, demonstra que aqueles que tinham
o dom de profecia estavam inclinados a tentar tomar a preeminência durante os
serviços da igreja, diante disso, Paulo recomenda que falem por turnos, um
depois de outro, similar ao que deveriam fazer os que tinham o dom de línguas.
Somente uma mensagem, em caráter de urgência de Deus a toda a congregação,
poderia mudar essa ordem, em tal caso, quem estivesse falando devia ceder o
lugar. Essa ordem sugere a possibilidade de se obter revelações urgentes a
qualquer momento, inclusive durante os serviços.
Por último, a recomendação é clara, os que possuíam o dom de
profetizar deviam reger-se pela mesma norma dos grandes profetas do passado,
quer dizer, não falar mentiras e não falar a menos que Deus os movesse a falar.
Como era isso? 2Pedro 1: 20, 21 nos da uma idéia ao dizer: “Sabendo
primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo”. Dessa maneira “sujeitar-se aos profetas” significava não falar
coisas nascidas da iniciativa pessoal, pois a mensagem devia proceder
diretamente de Deus. Ao dar prioridade a alguma mensagem urgente, as
congregações eram edificadas, e se desenvolviam em segurança, sem o perigo de
alguma ação imprevista conta ela levada a cabo pelas autoridades, ou por falsos
profetas, ou por falsos mestres, ou por qualquer corrente diabólica cujo
propósito fosse causar dano à doutrina de Jesus Cristo.
Parte 8
“Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros
lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o
Senhor. De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas
para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis”.
Deus nunca faz nada sem propósito, por isso que o dom de línguas
não veio simplesmente como um novo espetáculo para atrair a atenção de gente
curiosa, mas Ele tinha um propósito claro e específico; esse propósito tem que
busca-lo na Santa Escritura. Veja os seguintes versos:
Quatro profecias estavam relacionadas com um mesmo evento:
Jeremias 31: 31-34; Isaías 28: 11, 12; Joel 2: 28, 29; Isaías 65: 1. Essas
quatro profecias se referem à substituição do antigo pacto e ao modo como Deus
iria introduzir o novo em Israel, menciona a reação negativa do povo e a
determinação de Deus de facilitar a salvação a todos os gentios. Dessas quatro
profecias a mais conhecida pelo cristianismo professo é a de
Joel, a qual tinha o propósito de inaugurar poderosamente a entrada do novo
pacto, e o povo conhecendo essa mudança por meio dos pregadores, devia entender
claramente sua vigência, para isso o Altíssimo os impactou fortemente por meio
do derramamento do espírito santo sobre aqueles cento e vinte discípulos que
foram movidos a testemunhar poderosamente acerca da mudança do antigo pacto
para o novo. A consciência dos judeus foi sacudida fortemente não por meio de
escribas ou fariseus, ou profetas, mas sim por um tipo de pessoas das quais
nunca imaginariam que poderiam ser utilizadas por Deus para falar-lhes não
somente em hebreu ou aramaico, mas também nas línguas das nações onde os judeus
haviam imigrado. Mais de trinta línguas são mencionadas em Atos 2.
Paulo ao dizer “Está escrito na lei”, não se
refere à Tora, mas sim ao profeta Isaías 28: 11, 12 “Assim por
lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este
é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não
quiseram ouvir”.
As palavras de Deus pelos lábios do profeta Isaías são de
reprovação pela dureza de entendimento do povo; em repetidas ocasiões lhes
havia enviado sua palavra por lábios de seus mensageiros sem que a palavra
tenha surtido efeito.
A mensagem, em outras línguas, não somente os moveu a curiosidade,
mas milhares, que adoravam em Jerusalém durante o derramamento do espírito
santo, no dia de Pentecostes, foram movidos a ver a diferença entre ambos os
pactos. Da mesma maneira em que aqueles judeus que viviam no estrangeiro foram
impactados, pela mensagem falada nas línguas em que haviam nascido, nenhum
morador na terra de Israel ficou sem ser informado, todos receberam a mensagem.
Verdadeiramente, o plano de Deus de falar ao povo de Israel em
outras línguas teve êxito e 1444.000 foram os primeiros frutos colhidos dentre
os israelitas (Atos 26: 7; Apocalipse 7: 4-12)
Paulo conhecia perfeitamente a causa pela qual as línguas foram um
dom dado à igreja, e por conhece-la a declarou aos coríntios. Sim as línguas
foram um sinal para Israel, o povo conhecia essa profecia.
O dom de línguas não foi dado originalmente para que os gentios
recebessem a mensagem, mas para que os Israelitas a recebessem. Depois que eles
receberam e aceitaram o transmitiram aos pagãos convertidos. Em outras
palavras, aqueles catalogados como primícias do evangelho, cujo número envolveu
os cento e vinte, foram os encarregados de pregar às nações. Paulo entre eles.
Em quantas línguas foi pregado o evangelho? Não se sabe, o que se sabe é que
foram mais de trinta.
Parte 9
As palavras de Paulo são claras, o dom de línguas foi o
cumprimento da profecia de Isaías 28: 11, 11 para que todo Israel escutasse a
mensagem nas línguas em que haviam nascido fora de sua terra. Paulo era um
servo de Deus e o cristianismo através dos séculos tem dado por certo que tudo
quanto ele escreveu é legítima palavra de Deus. Se as palavras de Paulo
referentes a Isaías são corretas, então baseado em que é que hoje em dia se diz
que o dom de línguas continua vigente nos tempos modernos? Por acaso continua,
hoje em dia, o plano de Deus de pregar a Israel a entrada do novo pacto?
Simplesmente não, a Palavra de Deus não apóia essa idéia. Além de que, desde o
primeiro século de nossa era, depois que os 144.000 das doze tribos de Israel
foram assinalados, como primícias do evangelho, até os dias de hoje, Israel tem
sido endurecido por Deus de modo a não escutarem o evangelho. Paulo disse: “Porque
não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós
mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude
dos gentios haja entrado”. Traduzir as palavras de Paulo à língua
portuguesa apresenta alguns inconvenientes, disso que algumas versões vertem a
frase “o endurecimento veio sobre uma parte de Israel” por “o endurecimento
veio em parte sobre Israel” . Mesmo que as duas formas possam
ser aceitáveis, na verdade o que o versículo quer dizer é que uma parte dos
israelitas foi endurecido e que a outra parte aceitou o evangelho, ou seja, os
144.000. Mas traduzir com o sentido de que o endurecimento de Israel é de uma
parte de Israel, acaba sendo mais adequado pois sugere que esse endurecimento
não durará para sempre mas, “até que a plenitude dos gentios
haja entrado”. Traduzir dessa maneira está de acordo ao contexto, pois o
versículo 26 declara: “E assim todo o Israel será salvo, como está
escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades”. Em
minha opinião traduzir da primeira forma é mais próximo do contexto e é assim
que o estou utilizando.
Assim com a introdução dos 144.000 como primícias do evangelho, o
resto do povo tem sido endurecido contra o evangelho, mas esse endurecimento é
temporário até que haja a plenitude dos gentios, depois disso o evangelho
voltará para eles para dar-lhes a oportunidade de salvação como foi a quase
dois mil anos atrás. Por hoje o evangelho continua entre os gentios, enquanto
Israel esteja endurecido.
Agora, se Israel está endurecido e o evangelho é para todas as
nações, então as palavras de Paulo em 1Coríntios 14: 22 “De sorte
que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis...” marcou
os limites de tempo até quando as línguas iam continuar sendo um dom. Os únicos
que sempre pediram sinais foram os judeus, e é a eles que Paulo se refere. Esse
limite durou até quando os 144.000 redimidos foram completados, e não se tem
notícia de que esse dom continuasse após a destruição de Jerusalém no ano 70 de
nossa era. Não existem registros históricos que demonstrem que as línguas hajam
continuado depois dessa data, nem na Palavra e nem em outros livros de
história.
Os intentos modernos de querer legitimar o que hoje se fala como
sendo o dom de línguas são aberta contradição ao propósito que Deus teve, e o
balbuciar palavras ininteligíveis que dizem ser o dom de línguas na realidade
nem de longe tem a ver com o legítimo dom de línguas mencionado nas Escrituras.
O dom de línguas, de Atos, foram pessoas falando línguas reais,
faladas pelos judeus de outras nações e plenamente inteligíveis, com alfabeto e
gramática. Hoje existe apenas uma imitação barata (nascida no principio do ano
1901 com o surgimento dos pentecostais) que não é fruto do espírito santo, mas
sim do espírito de confusão e erro, que mantém em engano milhões de pessoas, e
assim ocorre porque esses sons e sussurros modernos, que são emitidos por
aqueles que dizem ter o dom de línguas, não são as línguas faladas em
Pentecostes , ou durante o tempo em que o dom de línguas durou no primeiro
século.
Lamentavelmente, seja porque as almas necessitadas da salvação
desconhecem a verdade, ou porque não possuem tempo suficiente para ler a
Palavra de Deus e conhecer a razão por que Deus enviou o genuíno dom de
línguas, preferem continuar crendo que estão olhando aquelas maravilhas que
ocorreram a quase dois mil anos.
Para tratar de validar o que supostamente dizem ser o dom de
línguas, algumas vezes são feitas declarações que de primeira vista se vê que
são desculpas, argumentos forjados e incertos, e as pessoas que os utilizam
mais refletem insegurança que firmeza, geralmente seus argumentos começam com
algo mais ou menos assim: “dizem que existem alguns lugares onde um irmão falou
em línguas que outros entendiam”, outros dizem: “li em um testemunho, em um
papel, que em um lugar, um irmão falou em línguas e outro interpretou, mas
infelizmente nesse papel não diz onde”, outros ainda dizem: “meu pastor me
contou que já ocorreram casos em que irmãos falaram outros idiomas sem que
antes os tivessem aprendido”, mas claro sem nenhuma comprovação, dizem ainda:
“um irmão contou que em certo lugar alguém estava falando em línguas, mas
alguém que conhecia essa língua disse que o que o “possuído” (nota do tradutor=
palavra coretíssima para explicar o que ocorre com os que falam nessa
“línguas”) estava dizendo eram blasfêmias...” etc. (Com certeza os que escutam
essas desculpas e crêem nelas, devem acreditar também em papai Noel, mula sem
cabeça, etc.)
Todas essas declarações, na realidade não estabelecem nada a favor
do que popularmente supõem ser o dom de línguas, ao contrário, o atacam, porque
claramente dizem que esses murmúrios e sons ininteligíveis, produzidos em
algumas “congregações” não são o dom de línguas genuíno.
Se houvesse, pelo menos uma pessoa no mundo que falasse em línguas
formais (tivesse o genuíno dom de línguas), sem as ter aprendido antes,
semelhante sucesso seria relevante a nível mundial e seu possuidor ou os seus
possuidores seriam conhecidos e trabalhariam a nível mundial, indo por todo o
mudo pregando como aqueles que genuinamente o possuíram no passado, e as
organizações, as quais pertencessem, não parariam de proclamar ao mundo que
eles possuem o genuíno dom de línguas, mas nada disso tem acontecido.
Se o verdadeiro dom de línguas, que cessou próximo ao ano 70 do
primeiro século de nossa era, fosse revivido pelo Altíssimo nestes tempos,
então seus profetas o haveriam profetizado, mas não é assim, porque as línguas
foram um sinal para os israelitas incrédulos como disse Paulo. Nenhum profeta
de Deus disse que as línguas haviam sido dadas para pregar aos gentios, mas
assim como dissemos acima, os convertidos israelitas (Paulo entre eles) levaram
o evangelho ao mudo depois de o ter recebido.
Nenhum profeta menciona que quase mil e novecentos anos depois o
dom de línguas fosse ressurgir. Nenhum profeta de Deus
pôde contradizer as palavras de Isaías 28 e nem as de Paulo em 1Coríntios 14:
22. E se ninguém as contradisse se deve a que Deus não é Deus de contradição,
então o que hoje se tem como dom de línguas é uma falsificação que a Bíblia não
aprova e denuncia.
As profecias se cumprem apenas uma vez. Por exemplo, Isaías disse
que Babilônia seria destruída, e se cumpriu. Ágabo disse que Paulo ia ser
preso, e se cumpriu. Cristo disse que Jerusalém seria destruída, e se cumpriu,
etc. De onde saiu a idéia que a profecia de Joel viria dando saltos na história
para ir se cumprindo em qualquer grupo gentio sectário? Mas disso tratamos na
próxima parte.
Parte 10
Como já comprovamos pela Escritura Sagrada, os dons do espírito
foram dados como sinal exclusivo ao povo de Israel, e isso é o que diz Isaías
28, e foram por causa da introdução do novo pacto em Israel, não foram por
sinal para os gentios, prova disso é que em nenhuma parte da Santa Escritura é
mencionado que esses dons haviam sido o cumprimento profético para levar o
evangelho aos gentios.
Tampouco existem profecias que anunciem aparecimentos esporádicos
nos quais a profecia de Joel deveria cumprir-se repetida vezes em lugares
isolados como ocorreu com as pretensões de Montano (mais para baixo falaremos
sobre essa pessoa).
Uma vez a igreja tendo cumprido o propósito de Joel é irracional
pensar que deva continuar estendendo seu cumprimento; e muito mais irracional é
pensar que essa profecia foi dando saltos na história para vir sendo cumprida
entre grupos de gentios em uma ou outra nação. Nenhuma profecia se cumpre
repetidas vezes, mas sim uma só vez no tempo em que deve ser cumprida. Em
conseqüência, nenhum dos profetas modernos (Charles T. Russell, Elen White,
etc. – poderíamos construir aqui uma lista interminável com os nomes dos que se
dizem profetas na atualidade, sem falar daqueles que praticam as profetadas até
na igreja), são dignos de crédito. Inclusive algumas profecias dessas pessoas,
na realidade, não são delas, somente vagas repetições das profecias dos
genuínos profetas inspirados por Deus no antigo pacto. As profecias
“profetizadas” ou mal interpretadas por eles vão de encontro às palavras de 2Pedro
1: 20, 21: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo”, e têm sido tão retumbantes os fracassos, que seus seguidores
tiveram que mentir dissimuladamente para dar a entender que eles não se
equivocaram. Os espíritos dos modernos profetas não se sujeitam aos profetas de
Deus, por isso tudo quanto tenham dito não tem se cumprido e seus simpatizantes
tem tido que remendar seus escritos para dissimular a falsidade.
Montano foi um pagão da Ásia Menor, convertido à igreja (católica)
por volta do ano 170 d. C., antes de sua conversão era sacerdote do culto a
Cibeles. Sua sede de poder o levou a dizer que “caia em êxtase”, e que em
semelhante estado profetizava, o que foi fortemente rejeitado pelos bispos da
igreja católica daquele tempo. Eusébio de Cesaréia disse de Montano:
“7 Se diz que na Misia de Frigia existe uma aldeia chamada
Ardabán. Ali vive, dizem, um recém convertido à fé chamado Montano, pela
primeira vez, nos tempos de Grato, pró-consul da Ásia, deixando entrar em si
mesmo o inimigo, com a paixão desmedida de sua alma ambiciosa de proeminência,
ficou a mercê do espírito e de repente entrou em convulsão como possesso e em
falso êxtase, e começou a falar e a proferir palavras estranhas, profetizando desde
aquele momento contrário ao costume, recebido pela tradição e por sucessão da
igreja primitiva.
8 Dos que escutaram naquela ocasião, essas bastardas expressões,
alguns, enojados com o energúmeno endemoniado, embebido no espírito do erro e
destruidor das multidões, tratavam de impedi-lo de falar, lembrando-se da
explicação e advertência do Senhor, mas outros, diferentemente, como excitados
por um espírito santo e um carisma profético, e não menos inchados de orgulho e
esquecidos da explicação do Senhor (sobre os falsos profetas), fascinados e
extraviados pelo espírito insano, sedutor e que extravia o povo, o provocavam
para que não se mantivesse em silencio.
9 Com certa manha, ou o melhor, com tais métodos fraudulentos, o
diabo arquitetou a perdição dos desobedientes e merecidamente homenageado por
eles, animou e inflamou suas mentes sonolentas e longe da verdadeira fé, e
levantou outras duas mulheres e encheu as suas mentes com seu espírito
bastardo, e dessa maneira elas também se puseram a falar delirando, de modo
estranho como mencionado anteriormente. O espírito proclamava bem aventurados
os que se alegravam e se vangloriavam nele e os enchia de suas promessas; às
vezes, por motivos pressupostos e plausíveis, os condenava publicamente com o
fim de merecer também a capacidade de argumentar, mas contudo, poucos eram os
frísios ensinados.
O orgulhoso espírito ensinava também a blasfemar contra a igreja
católica inteira que se estende debaixo do céu, porque o espírito
pseudoprofético não tinha nenhuma honra e nem entrado nela.
10 Efetivamente, os fiéis da Ásia haviam se reunido para isto
muitas vezes e em muitos lugares da Ásia, e depois de examinar as recentes
doutrinas as declararam profanas e as rejeitaram como heresia, desta maneira
aqueles foram expulsos da igreja e separados da comunhão.
11 A isso fazemos referencia no inicio, e depois continuamos
através de todo o livro a refutação ao erro montanista, e no segundo livro
contamos o fim das pessoas acima da seguinte forma:
12 Pois bem, posto que nos chamam de matador de profetas, porque
não admitimos seus profetas charlatões (dizem, efetivamente, que estes
são os que o Senhor havia prometido enviar ao seu povo), que diante de
Deus nos respondam: Dos que começaram a falar, a partir de Montano e das
mulheres, existe algum que os judeus tenham perseguido ou que os criminosos
tenham assassinado? Nenhum. Nem mesmo um deles foi capturado e crucificado, por
causa do nome? Também não. Nem se quer alguma das mulheres foi afligida nas
sinagogas dos judeus e apedrejada?
13 Em nenhuma parte. Mas pelo contrário, se diz, que Montano e
Maximila morreram com outro tipo de morte. Efetivamente, é famoso que estes,
influenciados, pelo espírito perturbador da mente, que aos dois movia, se
enforcaram, não ao mesmo tempo, e que no tempo da morte dele e dela correu
abundantes rumores que haviam terminado e mortos da mesma maneira que Judas o
traidor.
14 Como também é um insistente rumor que o inefável Teodoro, o
primeiro, digamos, prefeito de sua pretendida profecia, falando um dia como
sendo levantado e alçado acima nos céus, entrou em êxtase e confiou
inteiramente no espírito do engano, e então lançado com força, acabou
desastrosamente, ao menos dizem que assim foi.
15 Sem engano, querido, não o havendo visto, nós pensamos que nada
sabemos dele, porque quem sabe tenha ocorrido assim, mas também quem sabe, não
tenha morrido assim, nem Montano, nem Teodoro, e nem a citada mulher.
16 È dito novamente no mesmo livro, que os sagrados bispos daquele
tempo tentaram refutar o espírito que havia em Maximila, mas que outros os
impediram, colaboradores, evidentemente daquele espírito.
17 Escrito como segue:
E o espírito que trabalha por Maximila nos diz no mesmo Livro
Urban Astério: “Me perseguem como a um lobo longe das ovelhas, eu não sou lobo,
sou palavra, espírito e poder”, antes de mostrar claramente o poder que há no
espírito, que o prove e que por meio do espírito obrigue a confessar aos que
naquela ocasião estavam presentes para examinar e para dialogar com o espírito
que falava, varões provados e bispos: Zotico, da aldeia Cumana, e Juliano, de
Apamea, cuja boca amordaçaram os partidários de Temison, impedindo assim que
refutassem ao espírito enganador e desencaminhador de povos.
18 Novamente no mesmo livro, enquanto eles dizem algumas outras
coisas refutando as falsas profecias de Maximila, indicam o tempo em que
escreveu isto e mencionam as previsões dela, nas quais predizia que haveria
guerras e revoluções; a falsidade de tudo ele descobre quando escreve:
19 Como foi demonstrada também essa mentira? Porque já passaram
mais de treze anos, hoje, desde que morreu aquela mulher, e no mundo não há
tido guerra, nem local e nem mundial, mas sim, inclusive, para os cristãos, a
paz tem sido mais permanente, por misericórdia divina...” (História
Eclesiástica V 16. 7-9. Biblioteca de Autores Cristãos, Madrid.)
Mesmo que o relato de Euzébio continue, a narração aqui transcrita
da uma idéia acerca de Montano e de uma das mulheres que o acompanhavam.
Por curiosa semelhança, Montano é semelhante a Simão, o mago (Atos
8: 18), que pensou em obter, pagando com dinheiro, o poder do espírito santo.
Porque mesmo que esse sacerdote pagão não tenha oferecido dinheiro a nenhuma
pessoa, pensou que qualquer individuo, sem importar a impureza de sua mente e
as intenções de seu coração, podia invocar ao espírito de Deus como se fosse um
escravo pronto a atender ao chamado de seu amo, como muitos na atualidade
imaginam, pois enquanto se dedicam a fazer espetáculos públicos “milagrosos” invocam,
em meio à algazarra e gritos altissonantes, o espírito santo como um senhor
chama a seu escravo, diante de quem surge sem demora, esquecendo que o espírito
de Deus merece respeito ilimitado.
A referencia de Euzébio com respeito à “igreja” está claramente
relacionada à igreja católica e não às igrejas de Deus, sobre as quais ele
menciona em outras partes de sua História Eclesiástica; isso nos leva a
entender que aquele pagão, convertido ao cristianismo católico, se rebelou
contra a fé dos bispos católicos, e com a pretensão de ter obtido o dom de
profecia recriminava a igreja, o que foi totalmente rejeitado.
Resumindo, havendo morrido o último dos santos apóstolos, no final
do 1 século d. C., setenta anos depois um pagão pretensioso apareceu proclamando
possuir o dom de profecia. Ninguém lhe transmitiu esse falso espírito, mas o
mesmo espírito que possuía, quando era sacerdote de Cibeles, o continuou
manipulando fazendo-lhe crer que era o genuíno espírito de Deus.
Com a morte de Montano e a da mulher a quem transmitiu esse
espírito, terminou aquela fanfarrice. Mesmo que o tempo em que escreveram
aqueles bispos fosse recente (apenas uns 70 anos depois da morte do último dos
apóstolos do Senhor), eles rejeitaram aquelas pretensões identificando-as como
heresia, porque tinham o conhecimento que para aquele tempo o poder do alto já
havia desaparecido.
Naquele mesmo tempo, se diz, que apareceram os escritores os quais
são identificados pela cristandade como os “pais” apostólicos, mas eles também
não mencionam estar vigentes os dons. Isto é interessante porque demonstra que
a recordação daquelas gloriosas manifestações estava presente em suas mentes,
mas nenhum deles declara a sua vigência, muito menos que algum deles as tenha
possuído.
Alguns escritores modernos afirmam que fora os montanistas, os
gnósticos também declaravam possuir esse mesmo espírito, de onde surge a
pergunta: Como pode ser possível que duas correntes contrárias entre si,
heréticas e apóstatas poderiam imaginar possuir o espírito santo? E como pode
ser possível que uma profecia que já havia se cumprido em Atos 2 poderia ser
revivida por pagãos pretensiosos? Os únicos que creram que os dons anunciados
por Joel estavam de novo se cumprindo em Montano e nas mulheres eram os seus
simpatizantes.
Parte 11
Mesmo os séculos tendo passado, a semente de Montano, que esteve
enterrada por muitos séculos, reapareceu nos Estados Unidos e adquiriu enorme
força no início do século 19 (para ser mais exato no início do século 20, em 1º
de janeiro de 1901). Aquelas três pessoas: Montano, Priscila e Maximila diziam
cair em êxtase e que nessa suposta situação “profetizavam”, isso é o que
acontece na atualidade.
O leitor da Palavra pode ler o livro de Atos, e ver lá a
simplicidade com que Lucas, escritor de Atos, relata a cena do profeta Ágabo
anunciando a Paulo o que ia sobrevir-lhe em Jerusalém. O relato de Lucas, com
respeito à profecia de Paulo quando anunciou lobos cruéis (Atos 20: 29),
apresenta a um Paulo sereno, em plenas faculdades mentais e sem necessidade de
cair em transe ou em êxtase, sem ter que dar sacudidas corporais, mas em estado
normal e com pleno controle de suas faculdades mentais.
O livro das revelações (Apocalipse) apresenta a João sereno,
humilde, sem ter tido que entrar em transe para profetizar.
Alguém pode ler as cartas de Paulo e notar que ele profetizou
muitas vezes, mas sempre esteve em seu juízo completo, nunca saiu de seu estado
consciente, nem tampouco seus olhos ficavam abertos, fixos, mirando o nada.
De onde, então, Montano tirou a idéia de que para profetizar tinha
que entrar em arrebatamentos extáticos e ficar fora de si? Obviamente aquele
individuo não examinou detidamente as cartas apostólicas para verificar o
estado dos santos apóstolos no momento de profetizar, mas com certeza inventou
uma modalidade totalmente estranha onde os maus espíritos o possuíam para
“profetizar” contra as coisas da igreja que ele não gostava.
O espírito que estava por traz de Cibeles, que se apoderou de
Montano, veio através dos séculos ressurgindo esporadicamente em diversos
lugares do mundo para continuar obtendo simpatizantes dentro da igreja
católica.
Vale esclarecer que esse espírito que se apodera dos humanos não
nasceu dentro do protestantismo, mas sim na igreja católica, prova disso é o
próprio Montano, e depois da igreja católica chegou ao protestantismo. Claro
que nenhum desses corpos denominacionais conseguiram dominar as massas, mas o
tempo nunca corre em vão e Satanás é quem obtém o melhor proveito dos intentos
humanos, curiosos de explorar o desconhecido.
Foi entre as décadas de 1970-1980 que o movimento pentecostal
alcançou seu ponto culminante a nível mundial, naquela época todos que se auto
intitulavam cristãos queriam ser pentecostais, inclusive as igrejas
protestantes que desde a sua fundação se identificavam como conservadoras,
foram obrigadas a fazer mudanças profundas na sua liturgia para juntarem-se à
revolução, as que não se ajustaram a essa nova modalidade viram pouco a pouco
seus “fregueses” caminharem rumo outras igrejas que praticavam avivamentos.
Aquelas décadas foram a glória do movimento pentecostal moderno,
até atingir um numero de simpatizantes muito grande ultrapassando os cem
milhões.
Nem todos falavam línguas, nem todos profetizavam, nem todos
faziam curas, sem duvida, mas ser pentecostal era como carregar com orgulho uma
medalha no peito para que fosse vista por todos.
Nesse tempo, no movimento pentecostal, foram inventadas muitas
modas, por exemplo: cantar com os olhos fechados e as mãos levantadas, também o
orar de forma chorosa com as mãos levantadas. A imitação dos cantores
evangélicos, nos gestos e trejeitos dos cantores populares do pop ou do rock.
(inventaram também o evangeliquês, linguagem que hoje predomina nas
denominações e que infelizmente até entre alguns que se dizem irmãos e
pertencer à igreja).
Claro que entre o derramamento do espírito narrado em Atos 2, e o
que fazem nesses tempos, não existe nenhuma relação. O que se faz hoje é
totalmente independente daquela realidade milagrosa. Lamentavelmente, os
precursores do movimento pentecostal, e os milhões de simpatizantes que os
apoiavam, tem aproveitado a falta de conhecimento bíblico das massas para
fazer-lhes crer que o que está acontecendo é exatamente a mesma experiência
sucedida no dia da festa Israelita de Pentecostes. Dessa maneira as massas, por
desconhecimento da Santa Escritura, vem a ser presa fácil do engano.
Atualmente a força do movimento tem decaído consideravelmente em
comparação a como foi nas décadas mencionadas, e decaiu porque o homem se tem
cansado de tanto “derramamento” e iniciou a realizar novas mudanças. Não estou
dizendo que o número de simpatizantes tenha decrescido, o que digo é que aquela
força demonstrada naquelas décadas tem diminuído porque o interesse de milhões
na atualidade é pelas religiões alternativas. (principalmente as ligadas ao
movimento nova era).
Parece que os ganhos de centenas de milhões de dólares anuais dos
pastores do rádio e da televisão, sua vida luxuosa e os escândalos que tem
protagonizado que por descuido deles mesmos tem vindo à luz, tem sido um dos
fatores determinantes que tem movido a milhões de pessoas a perder o interesse
no movimento pentecostal e neopentecostal, buscando refugio nas religiões
alternativas, esse movimento alternativo está alcançando bons benefícios às
custas do cristianismo professo.
Essas mudanças inclusive demonstram contras, ao movimento
pentecostal que tem deixado de causar sensação.
Paulo disse: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine”. [1Coríntios 13: 1]
Existem pessoas que ao serem confrontadas com respeito ao dom de
línguas, não podendo explicar a diferença entre as línguas que falaram os
judeus mencionados em Atos 2, com o que supostamente são as “línguas” que falam
as pessoas do movimento pentecostal, recorrem engenhosamente a dizer que o que
eles falam são línguas angélicas...???
E claro que essas mesmas pessoas declaram que não podem comprovar
e nem tampouco demonstrar que os sons que produzem sejam “línguas angelicais”.
Se não podem comprovar e muito menos demonstrar que seus sonidos sejam línguas
angelicais, porque recorrem a argumentos enganosos?
Em certa oportunidade o apóstolo Paulo escreveu:
“E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei;
Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que
ao homem não é lícito falar”. [2Coríntios 12: 3, 4]
O contexto dessas passagens claramente diz que esse homem foi o
próprio Paulo e estas palavras poderiam sugerir que esta fazendo referencia a
Atos 22: 17 “E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no
templo, fui arrebatado para fora de mim”. O maravilhoso disso é que as
palavras que escutou foram palavras inefáveis.
Inefável é aquilo para o que não existem palavras com as quais descrever o que
se vê ou se ouve. Esta experiência é a base que ele teve para dizer que mesmo
que Deus lhe tivesse dado o dom de falar a língua dos anjos, se não tivesse
amor de nada lhe serviria. (Por isso ele diz: “Ainda que
eu falasse as línguas dos homens e dos anjos”, ou seja ele não diz que
falava a língua dos anjos).
Sim Paulo claramente diz que essas línguas pertencem a um modo de comunicação
que os humanos são incapazes de dominar (“que ao homem não é lícito falar”).
Como pode ser possível que qualquer pessoa, hoje em dia, esteja capacitada para
falar esse tipo de línguas que nem sequer o apóstolo Paulo pode falar? São
essas pessoas superiores a Paulo, e tem escutado palavras que não lhes é dado
expressar, mas para eles sim, as podem expressar? Então falando o que não é
lícito aos homens falar?
(nota do tradutor = se eu
disser: ainda que jogasse futebol como o Pelé ou como o Ronaldinho, mas não
tivesse amor..., estaria eu dizendo que sou tão bom jogador quanto o Pelé ou o
Ronaldinho? Por favor se assim você entende, reveja suas aulas do português.)
O espírito (ou as legiões de espíritos) com que conta o movimento
pentecostal, possui força suficiente para introduzir-se nas pessoas (possessão)
a quem se diz que o que vão receber é o espírito santo.
A chave para transmitir esse espírito está em que qualquer
possuído ponha suas mãos sobre outro que ainda não está possuído, e mediante
uma oração esse espírito é transmitido, a partir desse momento o novo
convertido pensará que em verdade possui o espírito de Deus, e não lhe
interessará que outros refutem sua crença; o espírito (como se fosse um vírus
potente) que lhe foi transmitido o dominará totalmente (deixando-o cego à
verdade) fazendo-o crer que na verdade é o espírito santo.
Muitos incautos, outros curiosos, têm sido surpreendidos pelos
agentes transmissores que oferecem oração, como a pessoa não sabe do que se
trata, mas pensa que é algo bom, cede, dessa maneira o agente lhe impõe suas
mãos na cabeça ou nos ombros, e mediante uma oração lhe introduz o “espírito”
(ou legião deles), dessa maneira um novo membro da família pentecostal ou
neopentecostal nasceu.
Parte 12
Parece que o cristianismo, geralmente, está muito longe de ser um
conglomerado de pessoas egoístas, que por não possuir o dom de profecia, de
línguas, de revelações ou de cura, coloquem-se contrários àquelas organizações
que reclamam legitimidade para o que imaginam ser os dons do espírito santo.
(isso se chama tolerância, e a Palavra condena isso).
O que acontece é que a razão da qual o ser humano está dotado
expõem a verdade incontestável de que esse espírito, o qual muitos identificam
como sendo o espírito de Deus, na verdade não o é, mas sim se trata de maus
espíritos que estão ativos e que se apoderam das pessoas para fazerem coisas
nefastas, e aos seus possuídos, incapazes de ver a realidade, os enganam
fazendo-os crer que Deus é quem lhes ordena fazer e praticar essas coisas
nefastas. Com certeza existem muitos casos bem conhecidos nos quais o espírito
diabólico ordena aos possuídos proceder para fazer coisas improváveis e
contrarias ao bem estar social. As notícias nos jornais com alguma frequência reportam
casos de pessoas “possuídas pelo espírito” envolvidas em assassinatos,
seqüestros, violações, etc. Essas pessoas em seus depoimentos dizem que uma voz
as ordenou a fazer o que fizeram. Outras pessoas são obrigadas a casar-se com
alguém “por ordem do espírito”, outros, incluindo “pastores”, abusam
sexualmente de mulheres jovens com o descaramento de dizer que o “espírito
assim permitiu”, etc.
Com certeza sermos intolerantes quanto a essas fraudulentas
manifestações espirituais não se deve ao egoísmo, mas quando a realidade
demonstra, por intermédio da verdade contida na Palavra, quem se esconde por
detrás desses fatos, não temos como ficar quietos.
Há algumas décadas, quem isto escreve, viveu bem próximo de uma
congregação onde seus fregueses afirmavam experimentar o derramamento do
espírito, alguns deles “profetizavam em línguas”, o que é uma modalidade
desconhecida na Palavra de Deus, porque ou se tem o dom de profecia ou de falar
em línguas desconhecidas (de outras nações), mas mesclar ambos os dons é
iniciativa daqueles que imaginam possuir dons espirituais. Em certa ocasião
alguém dessa congregação teve uma revelação na qual estava envolvida uma jovem.
Uns dias depois a chamaram com o propósito de expulsar-lhe o mau espírito,
fecharam-na no salão de reunião da igreja e lhe deram uma surra que a deixou em
más condições, diante dos gritos que emitia, por causa da dor, as autoridades
policiais tiveram que intervir. À semelhante barbárie eles chamaram “revelação
do espírito”. Mais tarde se soube que aquela “revelação” havia consistido em
que uma pessoa que não pertencia a aquela congregação havia contado o assunto
ao “profeta” que disse ter tido a “revelação”; claro que foi uma revelação, mas
não por inspiração de Deus, mas por lábios de alguém que se interessava em
espiar a vida alheia.
Proceder dessa maneira é produto de possessão demoníaca, o
espírito de Deus jamais ordena cometer semelhante barbárie. Isso de bater e
golpear congregantes, “por ordem do espírito” não é um caso isolado ou único,
já que os jornais de vez em quando reportam casos similares acontecidos em
outros lugares do mundo.
Anos mais tarde, o proprietário da organização a qual aquela
congregação pertencia, chegou a ter dois lares, um com a esposa e outro com
alguém que não era sua esposa.. O interessante desse caso é que essa pessoa era
tomada pelo “espírito” e “falava em línguas”. As congregações das quais ele era
proprietário temiam o espírito desse homem, então uns preferiram calar-se,
enquanto que outros mudaram de denominação.
Quantos casos mais haveria de comentar para concluir que as cenas
humilhantes, grotescas, contra outras pessoas, atribuídas ao espírito santo não
são obra dele mas sim dos maus espíritos comandados por Satanás (o destruidor)?
Na verdade somente desconhecendo a suma delicadeza do espírito
santo é que se pode argumentar que Deus leva a pessoa a cometer barbáries.
Parte 13
Alguém disse que o pentecostalismo é um presente que os Estados
Unidos tem dado ao mundo. Disse isso porque foi nesse país onde nasceu o
movimento pentecostal atual. Seu grande precursor Charles Fox Parham.
“Charles Fox Parham (1873 – 1929) que uma vez pastoreou uma igreja
Metodista, no Kansas, fundou uma escola bíblica em Topeka na qual nasceu o
movimento pentecostal em 1901” (Burgees, McGee, Alexander. “Dicionário do
Movimento Pentecostal e Carismático” . Zondervan.)
O grande momento para esse movimento nasceu nos fins do século 19
e desta vez veio para ficar um bom espaço de tempo.
No principio seu impacto, não alcançou muita representatividade.
Mas o tempo do “grande despertar divino”, como se disse antes, nas décadas de
1970 – 1980, tinha que “espiritualizar” o mundo, como tal, o conseguiu
parcialmente, assim dos dois milhões de cristãos professos que existem hoje em
dia, uns 5% são pentecostais ou carismáticos.
Seu índice de crescimento deixou de ser tão rápido como o foi
durante aquelas décadas, inclusive tem decrescido na atualidade. Hoje esse
movimento esta sendo confrontado por outros inimigos, fora daqueles que
praticam a verdadeira doutrina bíblica, também as religiões alternativas, muito
buscadas por aqueles que gostam de se entreter com sinais e maravilhas, ou por
aqueles que não se contentam em ser apenas servos de Deus, mas que querem algo
mais que os enalteça perante os demais. Também as religiões nascidas na Índia
ou no Oriente Médio estão atraindo adeptos do mundo ocidental.
Aquele fluxo de pessoas que pode ter sido atraído ao seio
pentecostal, hoje está sendo atraído pela nova era e por essas outras
correntes.
FIM
Por Andrés Menjivar
Tradução – Presbítero Sérgio – igreja de Deus (7º dia) em São
Paulo
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Nota de Hélio: Estamos convictos de que cada
grupo que hoje que se denomina “Igreja de Deus do Sétimo Dia, na cidade XXXX”
não é bíblico, ver http://www.solascriptura-tt.org/Seitas/index.htm#IgrDeu.
Mas aceitamos o envio deste artigo pelo Presb. Sérgio, e o divulgamos, porque
denuncia bem os graves erros do pentecostalismo. O fato de citarmos as palavras
de alguém não necessariamente significa que nos identificamos com seu autor em
áreas outras que o principal assunto da citação. Leia http://solascriptura-tt.org/ConfissaoDoutrinariaHelio.htm
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.