Hélio de Menezes Silva, 2014
{* "algaravia": falação impossível de se entender, ou
confusa; falação com sons e palavras impossíveis de se entender, sem sentido,
sem formar nenhuma linguagem}
Por observação direta, sei pouco sobre o assunto: Quando eu uma criancinha
aprendendo a ler, e era católico, e a renovação carismática nem sequer tinha
sido inoculada em nenhuma igreja evangélica de Campina Grande, PB, quando nem
sequer crentes imaginavam a onda pentecostal, minha tia Lídia, médium
kardecista, de vez em quando me levava para o centro espírita em que era
membro, lá vi muitas coisas terríveis feitas sob um manto de se ler umas raras
e selecionadas passagens da Bíblia, e tentativa de requinte- elegância-
superioridade sobre o "baixo espiritismo", mas não vi falação de
línguas, ela me dizia que somente o "baixo espiritismo" é que tinha
uns esquisitos falando linguagem incompreensível que parecia gu-gu, da-da de
crianças ou loucos de nascença. Mas, numa casa quase vizinha à minha, vi uma
sessão de espiritismo "mais baixo" onde uma senhora, grande beata na
igreja católica e muito amiga da família, todas as semanas falava numa língua
que ninguém entendia e depois ela dizia que era um espírito de um médico não
lembro de que país nem qual século, mas eu achei 99% parecido com palavras em
latim que eu ouvia na missa todos os domingos (naquele tempo, missas tinham que
ser em latim, ninguém entendia absolutamente nada, somente seguíamos os sinais
para levantar, sentar, dizer amém ...). Muitos anos depois, em 1974, fui salvo.
No primeiro ano depois disso, fui a todo tipo de igreja evangélica de Campina
Grande, falando como os pastores, pedindo sua declaração doutrinária, fazendo
perguntas, etc., procurando uma igreja que tivesse doutrina e prática
exatamente iguais às do Novo Testamento. Fiquei balançando entre a melhor
igreja pentecostal, a melhor presbiteriana semiconservadora, as duas melhores
congregacional conservadora e renovada, e as melhores batistas conservadora e
renovada, falei várias vezes com os presbíteros e pastores mais renovados/
pentecostais, comparei doutrinas e práticas entre todas essas igrejas, fiz
várias rodadas de perguntas entre os pastores, acima de tudo comparei tudo com
a Bíblia, e claramente percebi o triste e perigoso engano em que caem os
pentecostais/ renovados, e logo descartei toda forma e grau de pentecostalismo,
sem nunca ter querido ir aos cultos de portas fechadas para falar línguas.
Mas conheci Pr. José Tadú que tinha saído do engano pentecostal, foi ensinado
corretamente pelo Pr. Otoniel F. Mendes, depois estudou e foi eleito para
pastorear uma Igreja Batista Fundamentalista (e independente) em Recife.
Conheci pela internet um jovem de uma igreja batista renovada, e ele duas vezes
confessou que fingia falar em línguas apenas para ser bem aceito. E,
principalmente, conhecei meia dúzia de pastores que, quando ainda jovens
seminaristas, foram regularmente a igrejas que falavam línguas (não recomendo o
procedimento deles), fizeram gravações e perguntas aqui e acolá, para
examinarem o assunto, e eles me falaram os erros delas, e como era fácil falar
o tipo de línguas delas, e as imitaram.
Agora, me deparei com uns sites que ensinam como é fácil se aprender a falar a
algaravia pentecostal. Vi, por exemplo, a página http://www.jesusvoltara.com.br/ados/pag23.htm
(não estou recomendando o site, parece ser adventista). Fiz um resumo das
regras que dão para se imitar a algaravia pentecostal, e pergunto a eventuais
leitores que saibam mais sobre este assunto da falsificação (consciente ou não)
do dom de línguas, pelos pentecostais:
É tão fácil assim?
Conhecem outras regras?
Seguem-se as regras que tentei ajuntar:
Umas falações, mais simplórias, falam principalmente repetições de 3 palavras:
tabititi, tabititi, tabititi,
maralá, maralá, maralá,
siquiá, siquiá, siquiá,
tabititi, maralá, siquiá,
maralá, siquiá, tabititi,
SIQUIÁ, MARALÁ, TABITITI!
Outras falações, também simplórias, principalmente repetem 2 palavras,
terminando os parágrafos gritando mais alto 3 palavras diferentes das
anteriores:
macaliti, macaliti, macaliti,
izabu, izabu, izabu,
macaliti, izabu, izabu,macaliti, izabu, macaliti,
izabu, macaliti, macaliti, izabu, macaliti, izabu,
izabu, izabu, izabu,
macaliti, macaliti, macaliti:
LAMBANTÃ, PORORÓ, CIQUIDI!
Outros, formam repetições de combinações de sons predominando "aia":
cantaialas, cantaiala, narraias, laia, lanarraias.
Alguns formam repetições de combinações de sons predominando "ba", "la":
shalababalala, babalababala, balabaiam, balabaiam,
balabaiam.
Alguns formam repetições de combinações de sons predominando "sama", "ama":
rakassama, rakassamá,
ramacasama, ramacasamá,
chanduralama, chanduralamá,
uiadolisama, uiadolisama, uiadolisama, Ô UIADOLISAMÁ!
Outros:
i uandalamarrai i chirrai sirraz,
balabarrás,
i ulaissí, ÔH SURRIEI!
Outros:
alabaxú, alabaxú, alabaxaia, alabaxaia, SURILABATAI!
***************************************
Acho que, se um pregador brincalhão escrever atrás de uma caixa de som, de modo
que só ele veja, sha-la, sha-ma, sha-ba, sha-la,
TU caia, e, atrás de outra caixa escrever sha-la, sha-ma, sha-ba, sha-la, SU caia,
então ele fingir olhar para o vazio e pronunciar as palavras da caixa esquerda,
depois fizer o mesmo com a direita, "falará línguas" meia hora e
ninguém notará a enganação. Leia em voz alta, como cantilena, sem nada que faça
parecer o término de uma linha, e veja como parecerá o que eu acho que alguns
pentecostais falam, segundo me dizem:
sha-la sha-ma sha-ba sha-la TU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la SU caia
CHANDURALAMA, CHANDURALAMA!
sha-la sha-ma sha-ba
sha-la ZU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la MU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la DU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la JU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la GU caia
CHANDURALAMA, CHANDURALAMA!
sha-la sha-ma sha-ba sha-la ZU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la BU caia
sha-la sha-ma sha-ba sha-la FU caia
CHANDURALAMA!
Acho que "falará línguas" meia hora e ninguém notará a
enganação...
***************************************
Até aqui, talvez (TALVEZ) seja somente "brincadeira aprendida (consciente
ou inconscientemente) de como se brincar com sons, formando algaravia".
Daqui em diante, não sei se é somente isso, pois dizem que há palavras iguais
ou parecidas com as de alguns cultos diabólicos, quer o falante tenha ou não
consciência disso:
Alguns formam repetições de combinações de sons predominando "la", "ma"
(como predominam nas línguas faladas no candomblé):
lacamachima, lacamachima,
majarumalama, cajarumalama, sajarumalama, tajarumalamá.
Outros:
cantarinamaia, rimaracaxô MANAIOS!
("manaios" significa mata
ou árvore de mata, e é associado a Exu, isto é, a Satanás, no candomblé)
Com tristeza por esse povo tão enganado, fico esperando por
algum crente me confirmar essas regras, ou se sabe de algumas ainda mais
fáceis.
Termino enfatizando que não tenho muita observação direta das algaravias
pentecostais. Mas desde mais ou menos 1976, não mais tarde que 1981 (portanto,
há cerca de 38 e não menos que 33 anos) que eu, quando sou demasiadamente
provocado e agredido pelos pentecostais mais agressivos e que imediata e
totalmente consideram lixo dos lixos quem ainda não falou as línguas deles, sou
forçado a, com toda piedade e amor pelos enganados, convidá-los a um simples, extremamente
simples teste-desafio, e, até agora, só tenho sido xingado e ameaçado (algumas
vezes pessoalmente, dezenas ou centenas de vezes pela internet, da última vez
me disseram que este teste e eu mesmo vínhamos da mais profunda região do
inferno, da mente de Satanás), mas ninguém jamais quis aceitar fazer o
teste. Por favor, veja http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/QuatroCausasLinguas-DesafioTeste-Helio.htm.
Hélio, 2014.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.