Hélio de Menezes Silva, 2017.
Por TODOS católicos, batistas, reformados e pentecostais, o padre
Agostinho, um dos mais venerados "santos" católicos, é
reconhecido ser o grande pai, o alicerce 1 do catolicismo romano, o grande
introdutor ou sistematizador daquelas que muitos consideram suas piores
heresias. "Em um
legítimo sentido, Agostinho é o fundador da Igreja Católica Apostólica
Romana (ICAR)", [Benjamim
Warfield, presbiteriano, em "Calvin and Augustine," p. 22].
Por causa das super- heréticas crenças dele, toda igreja e crente que conheço,
batista ou reformado, ao ter hoje contato com um homem com pensamentos
idênticos aos de Agostinho, teria certeza de que ele seria um "católico de
pés roxos", um perdido ainda a caminho do inferno. Então, em compassiva
severidade lhe apresentaria o evangelho e urgiria que ele se arrependesse e cresse,
e lhe negaria batismo e membresia se não fizesse isso.
Mas, incompreensivelmente, TODOS os calvinistas (batistas e reformados) que
conheço reconhecem Agostinho como o grande alicerce por baixo da teologia deles,
particularmente (mas não somente) da teologia TULIP, e 95% consideram tal
consideram super- herege como se fosse irmão salvo (que absurdo!) e, imitando
os católicos, o chamam de "santo" (duplo absurdo) ou mesmo o veneram/
reverenciam/ chamam de "meu pai, pai da minha igreja" (triplo
absurdo), e tremendamente se iram e despejam insultos contra quem questionar
isso (quádruplo absurdo). O próprio Calvino reconheceu que Agostinho foi o
grande alicerce por baixo de toda sua teologia TULIP sobre a "soberania
que Deus tem" ao nos salvar (a pequeníssima diferença de 1% que eu
vejo entre Agostinho e Calvino está na letra U de TULIP, pois Agostinho
ensinava que havia duas eleições, sendo uma para a graça (salvação inicial), e
outra para a glória (salvação final), ao passo que Calvino reuniu as duas em
uma só, de modo que quem fosse eleito para a graça também estava sendo eleito
para a glória).
O próprio Calvino disse: "Se eu estivesse inclinado a compilar um volume inteiro de Agostinho,
eu poderia facilmente mostrar aos meus leitores que não preciso de palavras
senão as deles" [Calvin,
Institutes of the Christian Religion, Book III, chap. 22.]
Somente se contando nas 456 páginas de suas Institutas, Calvino fez 1241
citações (!!!) de Agostinho (quase 3 citações por página! Algumas delas
bastante longas!) [http://www.ajol.info/index.php/actat/article/viewFile/52214/40840
, An Investigation Into Calvin’s Use Of Augustine , S.J. Han, African
Journals Onlin, 2008]
Por tudo isso, todo calvinista (se for honesto) deveria pelo menos
estudar sobre "o lado negro e horripilante" de Agostinho. Que
você se lembre de Tg 3:12 "... Assim, nenhuma fonte [pode] a (ambas)
água salgada e [água] doce
produzir".
Para seu espiritualmente sincero exame temendo e reverenciando somente a Deus,
segue-se, irmão ...
********************
Adaptação e resumo feito por Hélio, de Frank Viola, a partir de http://www.patheos.com/blogs/frankviola/shockingbeliefsofaugustine/
. [não gosto de algumas coisas de Viola, mas, quando estgão
acompanhadas de gravações/ provas, valem as denúncias até mesmo um criminoso
contra outro.]
Veja, naquele site, as palavras do próprio Agostinho, as referências
bibliográficas, e muitos outros detalhes e provas.
1. Agostinho acreditava que O PROPÓSITO DO CASAMENTO É A
PROCRIAÇÃO, e que A LUXÚRIA [leia-se demonstração de prazer] DURANTE O SEXO - MESMO ENTRE OS CRENTES CASADOS - ESTAVA
ERRADA.
"Em suas Confissões, Agostinho
falou abertamente sobre sua batalha perdida com a luxúria sexual, durante sua
juventude. Aos 32 anos, ele se tornou celibatário [para sempre]. Para Agostinho
pessoalmente, ser cristão para ele significava abandonar [para sempre] o
[direito de] casamento. Ele acreditava que todas as relações sexuais, mesmo
dentro dos limites do casamento cristão, envolvem a concupiscência (desejo pecaminoso,
luxúria [leia-se demonstração de prazer]). De qualquer maneira, ele não
desprezava [totalmente] o casamento. Ele acreditava que [o casamento] era
honrado e permissível. Mas, para ele, o celibato era melhor. Por baixo e
sustentando suas opiniões sobre este assunto, estava a crença de Agostinho de
que o propósito do sexo no casamento é [somente] a procriação. Mesmo assim, ele
acreditava que era perdoável se as pessoas casadas desfrutassem de relações
sexuais sem pretender procriação. Mas ele recomendou a abstinência sexual para
casais se eles mutuamente concordassem com isso. Sua visão do sexo e do
casamento tornou-se a base de uma grande parte do ensino oficial católico
romano sobre o assunto." [Viola, aqui, fez fiel resumo de
partes das Confissões (http://www.jknirp.com/aug3.htm)
e de Of the Good of Marriage (De bono coniugali) (http://www.newadvent.org/fathers/1309.htm)]
2.
Agostinho acreditava que O
USO DA CONTRACEPÇÃO PARA PREVENIR [a vinda de] filhos ERA perverter o propósito
do casamento, [era] "cometer
adultério no casamento"
e "TRANSFORMAR A CÂMARA DA
CAMA-matrimonial EM UM BORDEL".
Embora ele estivesse falando no contexto de
uma certa doutrina, considere o que Agostinho diz sobre a prevenção do
nascimento de crianças no casamento (a la contracepção).
"A doutrina de que a produção de crianças é
um mal, diretamente se opõe ao próximo preceito, "Não adulterarás", pois
aqueles que creem nessa doutrina, para que suas esposas não concebam, são
levados a cometer adultério mesmo no casamento. Eles tomam esposas, como a
lei declara, para a procriação de crianças; Mas deste medo errôneo de poluir a
substância da divindade, suas relações com suas esposas não são de caráter
lícito; e a produção de crianças, que é o fim adequado do casamento, eles
procuram evitar. Como o apóstolo há muito previu a respeito de ti, tu, de
fato, proíbes casar, porque tu buscas destruir o propósito do casamento. Tua
doutrina converte o casamento em uma conexão adúltera, e a câmara da cama
[matrimonial] em um bordel". [Against
Faustus, Book XV, 7 in Nicene &
Post-Nicene Fathers Series 1, Vol. IV.]
3.
Agostinho acreditava que SE VOCÊ
[planejar algum dia] ENSINAR A ESCRITURA, VOCÊ TERÁ QUE [antes] TER UM
CONHECIMENTO DO MUNDO NATURAL, MATEMÁTICA, MÚSICA, CIÊNCIA, HISTÓRIA, ARTES
LIBERAIS, E UM DOMÍNIO DA DIALÉTICA (a ciência do debate em disputa).
Isso excluiria a maioria dos pregadores e
professores da Bíblia, hoje. Curiosamente, apesar de sua forte ênfase na
necessidade de dominar assuntos acadêmicos, Agostinho podia ler muito pouco
grego (a língua original do Novo Testamento) e zero hebraico.
4.
Agostinho acreditava que O
BATISMO SACRAMENTAL PRODUZ REGENERAÇÃO E GRAÇA
"É este Espírito [Santo] quem torna
possível a uma criança ser regenerada... Quando a criança é trazida para o
batismo, é através deste Espírito que o bebê assim apresentado é renascido.
Pois não está escrito,« exceto um homem nasça de novo, pela vontade de seus
pais » ou « pela fé daqueles que o apresentam ou lhe ministram,>> mas, Jo
3:5 <<... se algum homem não for nascido proveniente- de- dentro- d[a] água e (, ademais,)
[proveniente- de- dentro- de o] Espírito (Santo),
não pode entrar para o reinar de Deu.>> A água, portanto, manifestando exteriormente o sacramento da
graça, e o Espírito efetuando interiormente o benefício da graça, ambos [em
soma e conjunto] regeneram em um Cristo aquele
o homem que foi gerado em Adão "
[Cartas 98:2 (412 dC)].
"O batismo lava tudo para longe, absolutamente todos os nossos pecados,
sejam eles de ação, palavra ou pensamento, sejam eles o pecado original ou [os
pecados] adicionados, se consciente ou inconscientemente contraídos"
[Contra Duas Cartas dos Pelagianos 3:3:5 (AD 420)]
.
4'.
Agostinho acreditava que O
BATISMO SACRAMENTAL É INDISPENSÁVEL PARA O PERDÃO DOS PECADOS E SALVAÇÃO.
"Há três maneiras pelas quais os pecados
são perdoados: no batismo, na oração e na maior humilhação da penitência;
todavia, Deus não perdoa pecados, exceto aos batizados" (Sermões aos Catecúmenos sobre o Credo 7:15 [395 dC
]).
"[De acordo com] Tradição Apostólica... as
igrejas de Cristo inerentemente esperam que sem batismo e participação
na mesa do Senhor é impossível a qualquer homem alcançar quer o reino de
Deus ou a salvação e a vida eterna. Este também é a o testemunho da
Escritura" (Perdão E Os Justos Desertos Do Pecado, E
O Batismo De Crianças 1:24:34 [412 dC]).
No entanto, ele permite exceções - que ele chamou de batismo de desejo ou de
sangue (o martírio):
"Que o lugar do batismo é por vezes
fornecido pelo sofrimento é suportado por um argumento substancial que o mesmo
bendito Cipriano retira da circunstância de o ladrão, a quem, embora não
batizado, foi dito, 'hoje mesmo estarás comigo,
no paraíso ' [Lucas 23:43]. Considerando isto
repetidas vezes, eu acho que não só o sofrimento pelo nome de Cristo pode
fornecer aquilo que está faltando por meio do batismo, mas até mesmo a fé e a
conversão de coração [ou seja, o batismo de desejo] se, talvez, devido às
circunstâncias do tempo, não se pode ter o recurso para a celebração do
mistério do batismo " (ibid.,
4:22:29).
5.
Agostinho acreditava que ERA
PERMITIDO USAR A FORÇA CONTRA OS HEREGES.
"Agostinho de Hipona não apenas
se absteve de dar uma base dogmática ao que havia se tornado a prática da
Igreja, mas até declarou encontrar validade final à mesma na Escritura: 'é, realmente, melhor que os homens sejam levados a servir a
Deus pela instrução do que pelo medo do castigo, ou pela dor. Mas, como os
primeiros meios são melhores que os últimos, estes, portanto, não devem ser
negligenciados; muitos devem ser levados de volta ao seu Senhor, como servos
maus, pela vara do sofrimento temporal,
porque eles alcançam o mais alto grau do desenvolvimento religioso.... O
próprio Senhor ordena que os convivas sejam antes convidados e em seguida sejam
compelidos à Sua Grande Ceia.' E
Agostinho argumenta que 'se o Estado
não tem o poder de castigar o erro religioso, não poderia punir um crime como
assassinato.' Corretamente diz Neander sobre o ensino de Agostinho
que ele contém o germe de todo o despotismo espiritual, da intolerância e da
perseguição, até mesmo ao tribunal da inquisição' Não foi muito antes, que o último passo foi dado
pela doutrina da perseguição da Igreja. Leão, o Grande, o primeiro dos papas,
num estrito sentido do termo, retirou a inferência lógica das premissas a ele já
providas pelos Pais da Igreja, ao declarar que a
morte é a penalidade apropriada para a heresia" (Vedder,
"Our New Testament", pp. 97/98)
"Por que, portanto, a Igreja não deveria usar a
força para obrigar seus filhos perdidos
a retornar? O próprio Senhor disse: "Sai pelos caminhos e valados, e FORÇA[-OS] a entrar, ..." Portanto, [forçar] é o poder que a Igreja recebeu
[para exercer] através do caráter religioso e da fé dos reis, os instrumentos
pelo quais aqueles que se encontram nos caminhos e valados - isto é, nas
heresias e cismas - são OBRIGADOS a entrar, e que eles não achem mal serem
COMPELIDOS." [Augustine, The Correction of the Donatists,
23]
O historiador alemão Neander escreveu que
Agostinho instigou perseguições [e
isso incluiu assassinatos] contra
crentes donatistas que estavam lutando para manter as igrejas puras após a
era apostólica. Pois ele interpretou Lucas
14:23 ("compele-os a entrar") como
significando que Cristo requeria que a igreja
[católica] usasse a força [e isso incluiu tortura e morte] contra os
que considerasse heréticos. https://www.wayoflife.org/database/church_fathers_a_door_to_rome.html
Uma guerra visando preservar ou restabelecer a unidade da Igreja seria uma
guerra santa e justa, uma "bellum Deo auctore",
uma "guerra ["santa"] cujo
autor seria o próprio Deus".
Ele também descobriu uma espertalhona e velhaca maneira de evitar que o clero
católico recebesse a culpa pelo sangue nas mãos dele [o clero]: dissensão
contra a Igreja Católica passaria a ser considerada dissensão contra o Estado,
de modo que [obrigatoriamente]
qualquer pessoa condenada pela Igreja seria presa, torturada e morta pelo
Estado, sem nenhuma culpa ser lançada sobre a igreja católica !!! (Que monstro! Que patife! Que
diabólico assassino maquiavélico!)
Séculos depois, tais ideias culminariam na atividade da Inquisição,
que também exigia que a autoridade secular executasse as sanguinárias decisões
do Romanismo. É por isso que Agostinho é explicitamente reconhecido, até
mesmo por muitos católicos, como o pai da
Inquisição, já que ele foi responsável pela adoção e introdução de métodos
de tortura de Roma para os fins da Igreja Católica, muitas vezes a fim de
assegurar a uniformidade [eliminação de todos que discordassem da Igreja]
Já em 385 dC, [temos] os primeiros registros de caça,
prisão, tortura e execuções de verdadeiros crentes que, por fidelidade a
Deus e Sua Palavra, não se dobravam ao Romanismo. As caça, prisão, tortura
e execuções foram realizadas sob [a ordem d]o imperador Maximus a pedido dos
bispos espanhóis que acusavam Prisciliano, bispo de Ávila, de feitiçaria,
embora o seu verdadeiro crime parece ter sido concordar com [algumas] opiniões
gnósticas. Juntamente com seus companheiros, Prisciliano foi julgado e
torturado. Eles confessaram [para escapar das terribilíssimas, insuportáveis
torturas] e [logo] foram executados. Agora, a Igreja já tinha precedentes tanto
para caça às bruxas quanto para perseguir os hereges, tudo isto devido ao
desmonte moral fornecido por Santo Agostinho.
É ou não é um fato que Agostinho foi um cruel
promotor de violências, de assassinatos, de torturas, de guerras, tudo isso usando o estado como assassino
alugado pelo Romanismo? É ou não é um fato que Agostinho foi quem montou a
grande base para a Inquisição ?...
5'. Agostinho FOI INSPIRADOR DO ANTISSEMITISMO (mortal ódio aos judeus que, através
de Lutero, chegou a Hitler e ao Holocausto)
Em
"Reply to Faustus the Manichean, book XII, verse 11",
encontramos que seu autor, Agostinho, escreveu:
"...a Igreja [Romana] admite e solenemente
declara que o povo judeu deve ser amaldiçoado, porque, depois de matar
Cristo, os judeus continuaram a cultivar o solo de uma circuncisão terrestre
[na carne], de um sábado terrestre [literal cessação de todos trabalhos, no 7º
dia da semana], de uma páscoa terrestre [sacrifício de cordeiro, animal],
enquanto a oculta força ou virtude de fazer Cristo conhecido, que tal cultivo
[dantes] continha, não [mais] está cedida aos judeus enquanto eles continuam em
impiedade e descrença, pois foi revelada no Novo Testamento. Enquanto eles não
se voltarem para Deus, o véu que está sobre suas mentes na leitura do Velho
Testamento não será tirado … o povo judeu, como Caim, continua arando a terra,
na carnal observação da lei, que não lhe dá o fruto da sua força, porque eles
não percebem nela a graça de Cristo."
Em Confissões 12.14, Agostinho escreveu:
"Quão dignos de todo o meu ódio são os
inimigos da Escritura! Como eu desejo que vós os mateis (aos judeus) com
vossa afiada espada de dois gumes, de modo que ninguém mais exista para se
opor à vossa palavra! Alegremente eu desejaria que eles morressem para si
mesmos e vivessem para vós!"
Em Adversus Judaeos (Contra os Judeus),
Agostinho escreveu:
"A verdadeira imagem de [todo] o hebreu
é Judas Iscariote, que vendeu o Senhor por [30 moedas de] prata. O judeu
nunca poderá entender a Escritura, e para sempre carregará a culpa da morte
de Jesus."
6.
Agostinho acreditava que A
CEIA DO SENHOR (a Eucaristia) ERA INDISPENSÁVEL PARA A SALVAÇÃO.
"De onde, no entanto, isso foi
derivado, senão a partir dessa tradição primitiva, como eu suponho, e
apostólica, pela qual as igrejas de Cristo sustentam que é um princípio
inerente que, sem batismo e participação da ceia do Senhor, é impossível a
qualquer homem atingir o reino de Deus ou a salvação e vida eterna?" [On Forgiveness of Sins and Baptism, 1:34 in Nicene &
Post-Nicene Fathers Series 1, V, 28. E Perdão E Os Justos
Desertos Do Pecado, E O Batismo De Crianças 1:24:34 [412 dC]]
7. Agostinho acreditava que DAR ESMOLAS E PERDOAR OS
OUTROS ERA INDISPENSÁVEL PARA SE RECEBER O PERDÃO DE DEUS.
Agostinho insistiu que a evidência da
graça, [expressa] na doação de esmolas, propiciava [fazia expiação por] uma
pessoa pelos seus pecados passados. Os pecados atuais ou contínuos não
são desculpados pela doação regular de esmolas, mas a doação de esmolas é uma
parte necessária do arrependimento adequado. De acordo com Agostinho, baseado
nessa mesma virtude (Mt 25: 31-36 [o Julgamento das Nações]) Jesus decide quem entrará no Reino. Para Agostinho, a
doação de esmolas é multifacetada. Devemos, de [todo] coração, perdoar aos
outros que pecaram contra nós. Este é o padrão de Jesus para o nosso próprio
perdão, como descrito no Sermão da Montanha (Mt 6:14-15).
"Devemos
ter cuidado, no entanto, para que ninguém venha a supor que crimes
indescritíveis, tais como eles cometem, aqueles que 'não possuirão o Reino de Deus' podem ser perpetrados diariamente e depois diariamente redimidos pela
esmola. Naturalmente, a vida deve ser mudada para melhor, e as esmolas
devem ser oferecidas como propiciação a Deus pelos nossos pecados passados.
Mas ele [Deus] não é de alguma forma a ser comprado por suborno, como se
tivéssemos sempre uma licença para cometer crimes com impunidade. Pois, "não concedeu a ninguém licença carta-branca para pecar" [Eclesiástico ou Sirac 15:20], embora, em sua
misericórdia, ele [Deus] apaga os pecados já cometidos [no
passado], se a devida compensação- indenização por
eles não for negligenciada." [Agostinho, Handbook on Faith, Hope and Love
19]
8.
Agostinho sustentou uma VISÃO
DUALISTA DO MUNDO, A QUAL FOI FORTEMENTE INFLUENCIADA PELA FILOSOFIA PAGÃ.
Tertuliano, o teólogo do terceiro século,
acreditava que a fé e a filosofia humana não tinham pontos de contato. Essa
ideia foi resumida em sua famosa pergunta: "O que Jerusalém tem a ver com
Atenas?"
O trabalho de Agostinho continha uma prolífica resposta.
Agostinho mergulhou fortemente na tradição filosófica clássica do platonismo e
neoplatonismo. Como tal, alguns historiadores disseram que Agostinho moldou a
mente medieval mais do que qualquer outro autor isolado.
De fato, as universidades europeias fundadas no século XII seguiram o mesmo
currículo de ensino descrito no livro de Agostinho sobre a Doutrina Cristã. Em
suma, seus escritos amalgamaram a Bíblia com o aprendizado e a cultura
clássicos.
Nesse contexto, alguns historiadores alegaram que Agostinho desfigurou as
fronteiras entre o cristianismo e o paganismo, casando fé e filosofia e criando
um mundo no qual o paganismo parecia desaparecer. (Alguns argumentaram que o
paganismo realmente não desapareceu, foi apenas batizado em traje cristão.)
Mesmo assim, as visões platônicas de Agostinho ressurgiram através de Tomás de
Aquino, acrescentando a filosofia de Aristóteles à mistura cristã.
Sendo fortemente influenciado pela seita dualista dos Maniqueístas (com quem
passou 9 anos), Agostinho continuou a abraçar um ponto de vista dualista dentro
de sua teologia.
De acordo com Maniqueísmo, [tudo] material é mau, [tudo] espiritual é bom. A
constituição física é inerentemente pecaminosa e impura, o espírito é luz e
vida. Assim, os dois são colocados e colados um contra o outro, em vez de ver
as coisas através de uma mentalidade hebraica, que vê a humanidade e o mundo em
termos de totalidades [absolutos].
O dualismo de Agostinho o provocou a recuar [afastar-se] da sociedade para uma
vida focada na busca do espiritual. (O pensamento dualista é o lugar onde temos
a ideia do secular versus o espiritual.) Esse dualismo também influenciou
algumas das visões teológicas de Agostinho. Particularmente suas visões no
sexo. (Ou seja, que o desejo [e prazer] sexual é [intrinsicamente,
inevitavelmente] pecaminoso, e que a luxúria [o
sentir prazer] sexual na procriação transmite esse
pecado.)
9. Agostinho acreditava que UMA
PESSOA PODE CAIR DA GRAÇA E PERDER SUA SALVAÇÃO. |
Comentário por Hélio:
Enviei a tradução acima a muitos calvinistas, a maioria deles ferrenhos
admiradores de Agostinho, perguntando-lhes:
A tradução do latim para o inglês (de
onde eu traduzi para português) está certa? Está certa mesmo? Chocante! Qual a
diferença disso para o Arminianismo?
O diálogo com único calvinista que me respondeu sem me agredir foi:
Alguém: "Não se está aqui intentando
dizer que o Cristão verdadeiro pode cair,"
Hélio: "Mas como uma pessoa poderá
ter absoluta certeza de que é um cristão <verdadeiro>? Agostinho implica
que absolutamente ninguém pode saber com certeza absoluta se irá mesmo ser
salvo do inferno e irá para o céu eterno: cada e todo crente terá que esperar
para ver se persevera até o fim.
Alguém: "Mas se está alertando a
respeito da possível ‘presunção de salvação’ daqueles que, sem uma base firme
para a fé, se acham salvos. Aqui Agostinho está argumentando que se alguém
abandona a fé antes da morte então, obviamente, este não perseverou, não
recebeu o dom da perseverança. Mas se alguém seguiu até o fim com fé em Cristo
Jesus, então, claramente, este homem que perseverou, perseverou porque recebeu
o dom de Deus para isto."
Hélio: 1) "Você mudou,
'amenizou' as palavras de Agostinho: em Admonition and Grace ele considerou que
o cair era voltar à vida [aos pecados] de antes da regeneração e justificação,
veja o que ele disse "Mas se
alguém já regenerado e justificado recair, de sua própria vontade, em sua VIDA
MÁ, certamente esse homem não pode dizer: 'Eu não recebi [a graça de
Deus]'; Porque ele perdeu a graça que recebeu de Deus, e por sua livre
escolha foi para O MAL," mas
você o cair era negar a fé, deixar de ter fé. Este truque não vale. 2) Mas,
tomando suas palavras, irmão, então, mesmo assim, poderíamos concluir que
Agostinho ensinou que ninguém pode ter certeza de salvação até morrer: se
perseverar até o fim, é porque é um dos eleitos, e recebeu o dom da
perseverança. Se não, apenas teve a indevida ‘presunção de salvação’, pareceu
ser salvo, pensou ser salvo, mas nunca foi um eleito de verdade, nunca recebeu
a vida eterna de verdade, nunca recebeu o dom da perseverança, nunca passou de
um perdido a caminho do inferno eterno. Ora, isto resulta na mesma insegurança
que têm os arminianos.
Há uma diferença entre Agostinho e os melhores dos calvinistas pós-Reforma,
tais como Owen, Spurgeon, etc.
Até mesmo o pastor presbiteriano (portanto, admirador de Agostinho), Henry
Knapp, em sua tese de Ph.D., reconhece (mesmo tentando suavizar as palavras e
dando algumas desculpas) que "A
preocupação de Agostinho com a santidade e seus receios quanto ao mal do
orgulho levaram-no a negar qualquer
possibilidade (à parte da revelação
especial) De Um Crente Ter Recebido SEGURANÇA De Sua Salvação E Inclusão Nos
Eleitos." http://www.monergismo.com/textos/perseveranca/agostinho_owen_perseveranca_knapp.pdf.
Que contraste com a certeza absoluta dada pela
Bíblia aos crentes da dispensação das igrejas locais. Ela me ensina que não
preciso ficar esperando para ver em que estado eu morrerei, se em um estirão de
crença ou em um estirão de desobediência. A Bíblia me ensina que, se eu sei que
***CRI*** de forma bíblica no Cristo da Bíblia, se de verdade e do modo bíblico
eu me arrependi e confessei meus pecados e recebi o Cristo como meu Senhor,
Salvador e Deus, então a transação está consumada e seu resultado (minha
salvação eterna) não pode mudar, e eu, já agora e sempre, posso ter a maior de
todas as certezas de que sou e estarei sempre salvo, porque cri e não porque
perseverei; a maior de todas as certezas, porque Deus persevera, não porque eu
persevero. João 10:28; At 16:30-31; 2Tm 1:12; etc.
O artigo http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/CalvinismoVsArminianismoVsBiblia-Helio-Valdenira.htm
(Uma parábola
harmoniosa com a Bíblia) expõe este grave erro de Agostinho, herdado por uma má redação na Confissão de Westminster
e por uma ainda pior interpretação dela por alguns (não todos) calvinistas.
"E DOU-lhes a vida ETERNA, e NUNCA
hão de perecer, e NINGUÉM as arrebatará da minha mão." (Jo 10:28 ACF)
"30 E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que
eu faça para me salvar? 31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e
serás salvo, tu e a tua casa." (At 16:30-31 ACF)
"Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu
sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu
depósito até àquele dia." (2Tm 1:12 ACF)
10. Agostinho REJEITOU A LEITURA [o entendimento] LITERAL DA HISTÓRIA DA CRIAÇÃO (Gn 1 e 2).
Em seu livro,
The Literal Meaning of Genesis, Agostinho afirmou que os cristãos que viessem a entender
a história da criação literalmente seriam um ridículo objeto de risadas e
apareceriam como idiotas aos olhos dos não-crentes. [St. Augustine Volume 1: The
Literal Meaning of Genesis (Ancient Christian Writers), ed. James H. Taylor.]
Ao falar de uma criação literal em
seis dias, Agostinho escreveu: "É muito vergonhoso e ruinoso, e a
ser muito evitado, que ele [o não-cristão] deva ouvir um cristão falar tão IDIOTAMENTE
sobre estas questões, e como se, de acordo com escritos cristãos, ele [o
não-cristão] poderia dizer que DIFICILMENTE PODERIA DEIXAR DE RIR quando visse
quão totalmente em erro eles [os cristãos] estão. Tendo em vista isso e
mantendo-o constantemente em mente ao lidar com o livro do Gênesis, eu
expliquei em detalhes e estabeleci para consideração os significados das
passagens obscuras, tomando cuidado para alguém não afirmar precipitadamente o
significado- interpretação de alguém em prejuízo do de outra e talvez melhor
explicação."
11.
Agostinho acreditava que
MARIA (MÃE DE JESUS) FOI UMA PERPÉTUA VIRGEM,
Maria "permaneceu
virgem ao conceber seu Filho, virgem ao dar à luz a Ele, uma virgem ao criá-Lo [vê-Lo
crescendo e amadurecendo], virgem ao alimentá-lo em seu
peito, SEMPRE virgem". (Sermão 186)
"Hereges chamados
Antidicomaritas são aqueles que contradizem a virgindade perpétua de Maria, e
afirmam que, depois que Cristo nasceu, ela se ajuntou como um unidade [uma
só carne] com o seu marido" (Heresias56).
12. Agostinho também
acreditava que MARIA JAMAIS COMETEU NENHUM PECADO.
"Temos que fazer exceção [concernente ao pecado original ser universal] quanto à Santa Virgem Maria, relativamente a quem eu gostaria,
para se honrar ao Senhor, de não levantar a questão tocante ao assunto de ela
ter pecado; porque, proveniente dEle, sabemos que abundância da graça para
vencer o pecado em cada detalhe foi conferido sobre ela, que teve o mérito de
concebê-Lo e criá-Lo, Ele, que, sem dúvida, não tinha pecado." (Agostinho, Sobre a Natureza e a
Graça, XXXVI)
13.
Agostinho ACREDITAVA [NO
PURGATÓRIO E] EM ORAR EM BENEFÍCIO DOS MORTOS.
"Que deve haver algum fogo, mesmo após esta
vida [do salvo], não é incrível, e pode ser examinado e [consequentemente a
este exame] então: ou ser descoberto ou ser deixado escondido se alguns dos
fiéis podem ser salvos (alguns mais lentamente e alguns mais rapidamente,
segundo o maior ou menor grau com que amaram as coisas boas que perecem) por
operação de um certo FOGO PURIFICADOR." (Manual de Fé, Esperança e Caridade 18:69 [421 dC]).
"Nós lemos nos livros dos Macabeus [2 Macc.
12:43] que sacrifício foi oferecido em favor dos mortos. Mas mesmo que isso não
fosse encontrado em nenhum lugar dos escritos do Antigo Testamento, a
autoridade da Igreja Católica, que é clara neste ponto, não tem peso pequeno,
onde, nas orações do padre derramadas ao Senhor Deus em Seu altar, o elogio/
louvor/ defesa dos mortos tem o seu lugar" (O cuidado a ser tido em proporção 1:3 Dead [421 dC])
***************************************
CONCLUSÃO POR HÉLIO:
Sinceramente, de verdade, não conheço nenhum crente (calvinista ou não) que:
a) não se afligisse ao máximo ao saber que seu pequeno filhinho, na escola,
estava sendo ensinado por uma pessoa com tão hediondo caráter quando o acima
descrito! Imediatamente retiraria seu filho da escola, o aconselharia a jamais
voltar a andar em companhia do professor, teria certeza de que este era um muito
pernicioso pecador não salvo e a caminho do inferno.
b) não se afligisse ao máximo ao ver o pastor de sua igreja começar a pregar as
terríveis heresias acima, com o mesmo veneno mortal, as mesmas palavras de
Agostinho! Imediatamente se indignaria e, se a igreja toda não se reunisse para
expulsar aquele lobo a serviço de Satanás, ele pediria para sair da membresia
da igreja.
Sinceramente, até posso silenciar ao ver um crente defendendo as doutrinas por
ele chamadas de "Doutrinas da Soberana Graça de Deus", mas sem jamais
usar o nome de Agostinho, sem lhe conceder honras, sem o defender. Mas, por
dentro, angustio-me e choro de tristeza e indignação se o vir usando e
enaltecendo o nome do padre católico Agostinho, que foi quem mais tenazmente criou
ou propagou as 13 horribilíssimas heresias acima.
E, com toda sinceridade, que diferença há entre Agostinho e os padres da Igreja
Católica cujo ensino me levavam ao inferno até que fui salvo, e que, nesses 43
anos depois de salvo, tanto combati em pregações pelas feiras das cidades do
Cariri Paraibano, e em evangelismo de casa em casa? Que diferença há entre os
ensinos de Agostinho e os de Padim Padre Cícero, do Padre Tomás de Torquemada
(o Grande Inquisidor), do Padre José Alves Vilela (inventor da imagem de
Aparecida), etc.? Digam-me, que diferença há?
Eu já disse o bastante. Se você quiser continuar a crer nas chamadas
"Doutrinas da Soberana Graça de Deus", vá em frente. Mas, em nome de
Jesus, rogo que nunca mais reverencia, chame de Santo ou de Padre, elogie,
escreva, fale, nem mesmo aceite ouvir o nome desta peste ser elogiado ou suas
palavras citadas.
Finalmente, rogo que não hesitem em me corrigir se representei
erroneamente o pai do catolicismo e do calvinismo, se citei alguém usando
palavras erradas.
[o amor-caridade] 1Co
13 6 Não regozija (apoiado) sobre a injustiça, juntamente-
regozija, porém, com A VERDADE,
(continua)
Hélio de Menezes Silva, 2017.
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