Resposta a “Contradições na Bíblia”, Parte 7/10: Mt 25:34 a Mt 27:11


Dave Woetzel

Acusações: http://www.genesispark.com/essays/contradictions/zathras/
Respostas:
http://www.genesispark.com/essays/contradictions/answered/ (Dave Woetzel)



Mt 25:34 O céu foi preparado antes da Ascenção de Jesus.
Jo 14:2-3 Ele foi preparado após a Ascenção de Jesus.
O c
éu foi reservado, planejado e preparado na mente de Deus quando a terra foi criada. As divisões do céu e da terra foram estabelecidas naquele momento. Em João, Cristo especificamente faz referência às mansões (ou [amplas] moradas) DENTRO DO céu, que Ele ainda está preparando agora especificamente para cada um dos Seus seguidores.

Mt 26:6-13, Mc 14:3 A unção de Jesus foi feita em Betânia na casa de Simão o leproso.
Lc 7:36-38 Ela foi feita na casa de um Fariseu na Galileia.
Este é um triste equívoco de contexto. É evidente que são diferentes ocorrências, uma causada por um pecador arrependido no início o ministério de Cristo; a outra foi iniciativa de Maria de Betânia um pouco antes da morte de Cristo.

Mt 26:7, Mc 14:3 O óleo (da unção) foi colocado sobre a cabeça de Jesus.
Lc 7:38, Jo 12:3 Foi colocado sobre os Seus pés.
Lucas 7 foi um incidente separado (ver acima). As outras passagens registram a tradicional unção tanto de cabeça quanto dos pés. Ver o costume discutido em Lucas 7:38, 46. Maria de Betânia foi a única a compreender o aviso de Jesus sobre a proximidade de Sua morte e ressurreição. Ela não estava entre as mulheres que vieram para embalsamar Cristo na tumba.

Mt 26:7, Mc 14:3, Lc 7:37 Uma mulher, cujo nome não é dado, faz a unção.
Jo 12:3 Seu nome é Maria.
Lucas 7 tem uma pecadora cujo nome não é dado. Ela é Maria em todos os outros evangelhos, embora somente João dê o seu nome. Isto não é uma contradição.

Mt 28:6-8 As mulheres saíram da tumba correndo, “com grande alegria.”
Jo 20:1-2 Maria contou a Pedro e aos outros discípulos que o corpo havia sido roubado. (Poderia ela sentir “grande alegria” se ela pensava que o corpo havia sido roubado?)
Cada um dos evangelhos adiciona detalhes que ajudam a concluir a HISTÓRIA DA RESSURREIÇÃO. A ordem parece ser a seguinte: um grande grupo de mulheres já havia observado a crucificação de Jesus (Mateus 27:55), seguida do processo de Seu sepultamento (Lucas 23:55) e, em seguida, foram preparar as especiarias e unguentos para Ele. Elas descansaram no sábado [Hélio crê que, a cada ano, alguns dias de semana outros que o sétimo eram também chamados de sabbath, que significa "dia de cessação de trabalhar", os quais caíam em datas de festas religiosas onde era obrigatória a cessação de trabalho; que a crucificação foi na quarta-feira, a quinta-feira foi um sabbath, a sexta-feira foi dia de trabalho, sábado foi o dia usual de repouso, e a ressurreição foi entre o pôr de sol do sábado e o alvorecer do domingo http://solascriptura-tt.org/Cristologia/00-CristoMorreu4Feira-Helio.htm ], em seguida as mulheres retornaram em dois grupos no domingo (Lucas 24:1). Maria Madalena, e Maria (que provavelmente era a mãe de Tiago e de José), e Salomé iniciaram sua ida enquanto ainda estava escuro (João 20:1), à procura de alguém para rolar a pedra (Marcos 16:3). Elas foram surpreendidos ao verem a pedra tirada e o túmulo vazio. Sem entrar, Maria Madalena correu para dizer aos discípulos que alguém roubou o corpo (João 20:2). As outras duas outras mulheres entraram no túmulo e viram um anjo (Marcos 16:5). O mesmo anjo que tinha aparecido para os guardas e revolveu a pedra agora se dirige a elas (Mateus 28:5-7), instruindo-as de irem contar o ocorrido aos discípulos. Elas fogem para fora do túmulo com grande medo, muito medo de contar aos discípulos (Marcos 16:8). Entretanto, Pedro foi informado por Maria Madalena e corre para ver o sepulcro vazio (Lucas 24:12), seguido por João (João 20:3). Maria Madalena também volta atrás deles e continua chorando depois deles sairem (João 20:11). Dois anjos aparecem para conforta-la e o próprio Jesus se dirige a ela (João 20:12-14 e Marcos 16:9). Mais tarde, ela retorna aos discípulos para compartilhar a notícia (João 20:18). Entretanto Salomé e Maria assustadas reagrupam-se com o resto das mulheres que transportam as especiarias em direção ao túmulo. Encontrando-o vazio, ficam perplexas (Lucas 24:4). Em seguida, dois anjos aparecem a todo o grupo e explicam em maiores detalhes a ressurreição (Lucas 24:4-9). Em seguida, TODAS vão de volta aos discípulos (Lucas 24:10 e Mateus 28:8). No caminho, Jesus encontra-se com elas e as conforta ainda mais (Mateus 28:9-10).
Dado o fato de que cada escritor do evangelho se concentra em uma parte diferente da história (por exemplo, João ignora as outras mulheres e apenas registra a experiência de Maria Madalena), não se pode culpar Zathras de ser surpreendido. No entanto, esta é a razão pela qual este vital pináculo de toda a História é registrado a partir de quatro perspectivas diferentes. Isto nos dá uma imagem muito mais completa sobre o Messias.


Mt 26:8 Os discípulos a reprovaram [à Maria de Betânia].
Mc 14:4 “Alguns” a reprovaram.
Jo 12:4-5 Judas Iscariotes a reprovou.
Judas era aquele que tentava pôr grupo em revolta, em motim … e era um discípulo.

Mt 26:14-25, Mc 14:10-11, Lc 22:3-23 Judas fez a barganha com os principais dos sacerdotes antes da refeição [a última ceia de Cristo].
Jo 13:21-30 [Judas fez a barganha com os principais dos sacerdotes] após a refeição.
[Simplesmente,] João [omite,] não menciona a negociação com os príncipes dos sacerdotes . Mas Jo 13:27 implica que o momento era propício para a malfeitoria ser cometida, momento pelo qual Judas estava esperando (Mateus 26:16). Mas Judas já tinha planejado isso (João 13:2). [NT – Neste momento da ceia, tudo já havia sido negociado antes, entre Judas e os principais dos sacerdotes.]

Mt 26:20-29, Mc 14:17-28, Jo 13:21-30 Jesus prevê sua traição antes do momento da "comunhão" [ou "eucaristia", como dizem os romanistas, onde se come o pão e bebe o fruto da videira, em lembrança] da ceia.
Lc 22:14-23 Após a ceia.
Parece que Cristo falou [ensinando e confortando] durante toda a refeição. Em Lucas 22:15, vemos que Ele fala sobre Seu sofrimento antes da refeição, durante o cálice de antes da refeição (vs 17-18), durante o pão (vs 19) e novamente durante o cálice após a ceia (vs 20-22). O bocado molhado (João 13:26) não foi "comunhão" em qualquer sentido, mas apenas um costume daquela época e que ocorreu após a refeição ter sido concluída (João 13:2). Mateus e Marcos registram a troca de palavras entre Judas e Jesus, DURANTE a refeição. Alguns se maravilham, de que os outros discípulos não entenderam o mandamento de Cristo, e pareciam ter esquecido posteriormente (João 13:22 e Lucas 22:23). Isto demonstra quanto Judas foi um hipócrita dissimulado. Além disso, podemos observar que houve uma conversa paralela onde os discípulos estavam discutindo sobre quem era o maior (Lucas 22:24).

Mt 26:26-29, Mc 14:22-25 A ordem da "comunhão" foi: pão e depois o vinho.
Lc 22:17-20 Foi vinho e depois pão.
A ordem é o cálice [sem ser da "comunhão"] (Lucas 22:17), depois o pão (vs 19), e então o cálice depois da ceia (vs 20.)

Mt 26:34, Lc 22:34, Jo 13:38 ...
antes de [algum] galo cantar, três vezes tu (Pedro) Me negarás.
Mc 14:30 ...
nesta noite, antes que duas vezes [o] galo cante, tu (Pedro) três vezes Me negarás.
Mc 14:66-72
Mc 14:66-72  66 E, estando Pedro no palácio, embaixo, chega uma [] das criadas do sumo sacerdote; 67 E, havendo ela visto Pedro aquentando a si mesmo, havendo ela olhado para ele, diz: "Também *Tu* estavas com aquele nazareno, Jesus!" 68 Ele, porém, negou [a Ele], dizendo: "Não [O] tenho conhecido, nem mesmo entendo o que tu dizes." E foi para fora [dali], para dentro do alpendre; e um galo cantou. 69 E uma  criada, havendo-o visto outra vez, começou a dizer àqueles [homens] ali tendo se postado: "Este, proveniente- de- entre os tais é!"  70 Ele, contudo, outra vez [O] negava. E, pouco depois, outra vez aqueles [homens] ali tendo se postado diziam a Pedro: "Verdadeiramente, proveniente- de- dentro- deles tu és, porque também um galileu tu és, e [a] tua fala é semelhante!" 71 Ele, porém, começou a amaldiçoar, e a jurar, [dizendo] que: "Não tenho conhecido Esse Homem de Quem vós falais!" 72 Então, pela segunda vez, [o] galo cantou. E lembrou-se Pedro da palavra que lhe disse Jesus: "Antes que [o] galo cante duas vezes, Me negarás três vezes". E, havendo refletido  sobre [isso], chorava.  LTT. O galo cantou tanto após a primeira como após a segunda negação.
....
Depois de ter contemplado, de diversos ângulos, eu ainda não consigo ver como Zathras imaginou uma contradição aqui. Se eu predissesse, "Zathras vai morrer quando o relógio da igreja tocar [assinalando as 2:00 h da madrugada]." Em seguida, de repente um motorista perdesse o controle do seu carro e matasse Zathras, uma fração de segundo depois da segunda badalada, isso teria feito a minha previsão falhar somente porque o relógio tocou DUAS VEZES [uma fração de segundo antes dele morrer]? Certamente que não.
If I were to predict, “Zathras will die before I the church clock chimes.”
Then suddenly a driver loses [Nota de Hélio em Mt 26:34 da Bíblia LTT:
Mt 26:34; Mc 14:30; Lc 22:34 referem-se a duas profecias diferentes, e PEDRO NEGOU CRISTO 6 VEZES:
- Em Lc 22:31-34 e Jo 13:36-38, o Cristo, no Cenáculo, adverte Pedro 1ª vez, de que O negaria 3 vezes antes do galo cantar naquela noite.
- Em Mc 14:30 e Mt 26:34, o Cristo, a caminho do Jardim do Getsêmani no Monte das Oliveiras, adverte Pedro 2ª vez, de que O negaria [mais] 3 vezes antes do galo cantar SEGUNDA vez.
- Negações de Pedro:
. 1ª Negação: Jo 18:17 à porteira...
. 2ª Negação: Jo 18:18,25... às pessoas ao seu redor....
. 3ª Negação: Mc 14:66-68... a uma das criadas do sumo sacerdote;... (= Lc 22:54-57)
. 4ª Negação: Mt 26:69-70... a uma criada,... diante de todos,... (2ª vez que a criada, a mesma de Mar 14:66, aborda Pedro) ( = Mar 14:69-70a).
. 5ª Negação: Mt 26:71-72..., a outra criada.... (= Lc 22:58, que parece se referir a um homem seguindo o exemplo desta outra criada)
. 6ª Negação: Mc 14:70b – 72a. aos que ali estavam...
. 6ª Negação (continuação): Jo 18:26 a um dos escravos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha,...]


Mt 26:40-45, Mc 14:37-41 Os discípulos caem no sono três vezes.
Lc 22:45 Os discípulos caem no sono uma vez.
Se Lucas claramente afirmasse, "os discípulos dormiram e foram despertados SOMENTE UMA VEZ pelo Senhor…" Zathras teria um ponto. Lucas, é preciso, mas sua descrição não é exaustiva. Esta situação não é contraditória.
[Lc 22:45 somente diz "
E Ele, havendo-se levantado para longe da [Sua] oração [e] havendo vindo em- direção- aos Seus  discípulos, os achou dormindo por causa de  tristeza." Não diz que isso ocorreu uma única vez]

Mt 26:49-50, Mc 14:44-46 Jesus é traído por Judas com um beijo, sendo preso em seguida.
Lc 22:47-48 Jesus se antecipa ao beijo de Judas. Nenhum beijo efetivamente dado é mencionado.
Jo 18:2-9 Jesus voluntariamente se adianta identificando-se, fazendo completamente desnecessário Judas o identificar. Nenhum beijo é mencionado.
Mateus 26:45-47 indica que os discípulos estavam dormindo quando o grupo de Judas apareceu exatamente quando Cristo começava a lhes despertar. Claramente Jesus destacou-se como uma figura solitária, tornando o beijo desnecessário. Judas tinha previsto que Jesus poderia estar dormindo com os outros. No entanto, ele prossegue com o plano e beija o Senhor assim mesmo. Lucas cita que o beijo acontece. João não o menciona, concentrando-se em vez disso, no breve diálogo.

Mt 26:51, Mc 14:47, Jo 18:10 A orelha de um escravo é cortada fora e deixada assim.
Lc 22:50-51 A orelha do servo é miraculosamente curada por Jesus.
Nenhuma destas passagens diz que a orelha “foi deixada assim.” Mateus, Marcos e João não mencionam a cura, mas isso não equivale a terem dito explicitamente que ela não ocorreu e que o homem ficou para sempre sem orelha.

Mt 26:52 Embainha tua espada; porque todo os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.
LK 22:36-38 Compre uma espada.
Você está muito perdido com o texto de Mateus. Ele diz, "Embainha tua espada …” o mandamento não é eliminar a espada. Há tempo para lutar [como em Lc 22:36-38] e tempo para se render sem luta [como depois disso, em Mt 26:52].

Mt 26:57, Mc 14:53, Lc 22:54 Após sua captura Jesus foi primeiramente levado à Caifás, o sumo sacerdote.
Jo 18:13-24 Primeiro à Anás, o genro de Caifás, em seguida à Caifás.
Você distorce as declarações dos três primeiros Evangelhos para tentar criar uma contradição. Nenhuma das passagens diz que Ele foi primeiramente enviado à Caifás. Apenas é registrado que Ele foi lá. João acrescenta o pormenor de que Jesus parou brevemente na casa Anás antes de ir para o palácio do sumo sacerdote. Talvez a finalidade (João 18:24) foi fazer a interligação entre eles. Nós não sabemos. [Eu chamaria isto de uma narrativa mais detalhada.]

Mt 26:18-20,57-68, 27:1-2, Mc 14:16-18, 53-72, 15:1 O primeiro julgamento de Jesus [por parte dos judeus] foi feito na noite da Páscoa. Na manhã seguinte Ele foi levado à Pilatos.
Lc 22:13-15, 54-66 O julgamento inicial foi feito na manhã da Páscoa.
Jo 18:28, 19:14 O julgamento [por Pilatos] foi feito um dia antes da Páscoa, no Dia da Preparação [para a Páscoa].
A sua declaração sobre os dois primeiros Evangelhos está errada. É evidente que Cristo foi precipitadamente julgado pelo Sinédrio às altas horas da madrugada (Marcos 15:1 e Mateus 27:1) depois de ter sido interrogado no pátio do sumo sacerdote à noite. Os eventos da crucifixão com relação a Páscoa e o Sábado não são claros, contas dos evangelhos e estudiosos da Bíblia têm estado em desacordo com o exato dia de semana em que Cristo foi julgado e, posteriormente, crucificado. O consenso parece ser de que os discípulos celebraram primeiramente a Páscoa e Jesus foi condenado à morte, no Dia da Preparação.
[
NT – Sugiro aos leitores lerem um dos artigos para melhores esclarecimentos sobre estes acontecimentos: http://solascriptura-tt.org/Cristologia/DiaEmQJesusMorreu-CMissler.htm; http://solascriptura-tt.org/Cristologia/00-CristoMorreu4Feira-Helio.htm; http://solascriptura-tt.org/Cristologia/DiaQueMorreuJesus-Guerche.htm e outros no mesmo site.]

[Hélio adiciona um resumo:
o Cristo morreu numa quarta-feira (não na "sexta-feira santa", dos católicos (e dos protestantes desinformados)). Maiores detalhes em http://solascriptura-tt.org/Cristologia/AnoitecerQuartaFeiraTiras.htm.
- É essencial que entendamos: a palavra "Sabbath" só significava "cessação, repouso dos trabalhos" e podia ser aplicada tanto ao sétimo dia da semana (Ex 20:8-11) quanto a um outro dia qualquer que Deus também tivesse ordenado que fosse de cessação dos trabalhos.
Analise a cronologia a seguir, e veja como ela se enquadra natural e perfeitamente com toda a Bíblia:
-- o Cristo morreu às cerca de 18 h da nossa quarta-feira. (Ora, no calendário oficial o dia 15 de Nissan [ou 1o dia da festa dos pães ázimos], que era, portanto, um Sabbath [dia de santa cessação, total, de todos os trabalhos], caiu numa quinta-feira, portanto a quarta-feira pode ser corretamente chamada de véspera do Sabbath).
-- A tumba, após o longo embalsamamento do corpo de o Cristo, foi fechada e lacrada, provavelmente próximo ao raiar do sol da quinta-feira (é exatamente no instante do fechamento da tumba que começaram os 3 dias e 3 noites profetizados em Mt 12:40). Explicação: estar no seio da terra pode significar estar totalmente envolto por ela, profundamente sob ela, fechado por ela, a porta fechada; assim, os 3 períodos de 24 horas somente são contados entre o fechamento da porta e a saída de Jesus ressuscitado); e
-- o Cristo ressuscitou 72 horas depois do fechamento da porta, provavelmente próximo ao raiar o sol do domingo; logo após isto, Ele Se retirou atravessando a pedra do monte ou a porta (sem que ela fosse aberta); só depois a pedra-porta do túmulo foi removida pelo anjo, com um terremoto.]


Mt 26:59-66, Mc 14:55-64 Jesus foi interrogado e julgado em sessão formal de tribunal, por todo o Sinédrio (o sumo sacerdote e todo o conselho.)
Lc 22:66-71 Não houve interrogatório e julgamento em sessão formal de tribunal, mas uma mera apresentação de perguntas pelo Sinédrio.
Jo 18:13-24 Não houve aparição ante o Sinédrio, somente uma audiência privada primeiro ante Anás e depois ante Caifás.
A passagem citada em Lucas é paralela a Mateus 27:1 e Marcos 15:1. Foi uma breve aparição diante de diante do Sinédrio oficialmente reunido, após ter sido interrogado durante a noite, conforme descrito nas primeiras duas outras passagens citadas. João não menciona este breve momento, nem elimina a possibilidade de ele ter ocorrido.

Mt 26:63, Lc 22:70 O sumo sacerdote pergunta à Jesus se ele é O Filho de Deus.
Mc 14:61 Ele pergunta se Jesus é o Filho do Bendito (Deus Bendito.)
Talvez ele tenha perguntado: "você é o Filho do Deus bendito? Você é o próprio Filho de Deus?" Alguém que tenha assistido a uma minuciosa arguição pode compreender [como as que ocorrem em tribunais de hoje], provavelmente foram muitas variações da pergunta (em especial esta que se tornou a base para sua acusação perante Pilatos).

Mt 26:64, Lc 22:70 Jesus responde: “Tu o disseste,” ou palavras com este efeito.
Mc 14:62 Ele respondeu diretamente: “Eu Sou.”
Talvez ele tenha dito, "Tu o disseste…EU SOU!" Apenas Mateus registra a declaração adicional que Ele faz sobre a Sua segunda vinda.

Mt 26:69-70 Pedro faz sua primeira negação a uma criada e “a todos.”
Mc 14:66-68, Lc 22:56-57, Jo 18:17 Ele a faz a uma serva somente.
Mateus diz que ele o negou “DIANTE de todos.” Leia a frase toda, em vez de tentar distorcer o significado [Pedro responde à criada que lhe fez à pergunta diante de todos, e o fez diante de todos. Qual o problema nisso ?]

[Hélio repete sua nota em Mt 26:34 da Bíblia LTT:
Mt 26:34; Mc 14:30; Lc 22:34 referem-se a duas profecias diferentes, e PEDRO NEGOU CRISTO 6 VEZES:
- Em Lc 22:31-34 e Jo 13:36-38, o Cristo, no Cenáculo, adverte Pedro 1ª vez, de que O negaria 3 vezes antes do galo cantar naquela noite.
- Em Mc 14:30 e Mt 26:34, o Cristo, a caminho do Jardim do Getsêmani no Monte das Oliveiras, adverte Pedro 2ª vez, de que O negaria [mais] 3 vezes antes do galo cantar SEGUNDA vez.
- Negações de Pedro:
. 1ª Negação: Jo 18:17 à porteira...
. 2ª Negação: Jo 18:18,25... às pessoas ao seu redor....
. 3ª Negação: Mc 14:66-68... a uma das criadas do sumo sacerdote;... (= Lc 22:54-57)
. 4ª Negação: Mt 26:69-70... a uma criada,... diante de todos,... (2ª vez que a criada, a mesma de Mar 14:66, aborda Pedro) ( = Mar 14:69-70a).
. 5ª Negação: Mt 26:71-72..., a outra criada.... (= Lc 22:58, que parece se referir a um homem seguindo o exemplo desta outra criada)
. 6ª Negação: Mc 14:70b – 72a. aos que ali estavam...
. 6ª Negação (continuação): Jo 18:26 a um dos escravos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha,...]


Mt 26:73-74, Mc 14:70-71 A terceira negação de Pedro é para espectadores (dois ou mais.)
Lc 22:59-60 Para “outro” (um.)
Jo 18:26-27 Para um dos servos.
Lucas e João apenas mencionam que alguém acusa Pedro, mas certamente não afirmam que estas pessoas testemunharam a negação. Na verdade, deve ter ocorrido uma confusão, onde Pedro praguejou e jurou (Marcos 14:70-71) o que, sem dúvida, atraiu o interesse de outros reunidos ao redor da fogueira.
[ver nota de Hélio sobre as 6 negações por Pedro]

Mt 26:74 O galo cantou uma vez.
Mc 14:72 O galo cantou duas vezes.
Provavelmente o galo cantou mais vezes (se ele era um galo típico). Mateus não registra a segunda vez, porém certamente não a elimina.

Mt 27:3-7 Os principais dos sacerdotes compraram o campo.
Act 1:16-19 Judas comprou o campo.
Os príncipes dos sacerdotes “investiam” seu dinheiro por ele. É provável que o campo tenha sido comprado em nome de Judas.
[tradução da LTT:
18 Este (Judas), em verdade, pois, proveniente- de- dentro- do salário da sua iniquidade fez- suprimento- para[- o- pagamento- de] um campo; e, [em] havendo-se precipitado de cabeça para baixo , rebentou pel[o] meio, e foram derramadas para fora todas as suas entranhas;]

Mt 27:5 Judas jogou no chão as peças de prata, então saiu.
At Ele usou as moedas para comprar um campo.
Veja resposta anterior.

Mt 27:5 Judas se enforcou.
At 1:18 Ele precipitou-se, rebentando-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.
Judas foi um derrotado três vezes. Como um homem fraco e ganancioso , ele resolve aderir aos discípulos do Cristo, na esperança de tornar-se grande no reino de Jesus. Quando esta visão se desmoronou, começou a roubar do cofre do dinheiro para as necessidades do grupo e finalmente traiu Cristo por uma soma irrisória. Mas este ato deixou-lhe sentimento de vazio e culpa. Finalmente decidiu cometer o suicídio por enforcamento. Mesmo neste ato final, ele falhou! Talvez a corda ficou durante o tempo suficiente para matá-lo antes dela se quebrar ou talvez quando ele saltou o nó ou corda ou o galho da árvore se rompeu imediatamente. Por ter sido uma queda de grande altura, o corpo de Judas foi despedaçado e espalhado abaixo.

Mt 27:11, Mc 15:2, Lc 23:3 Quando perguntado se Ele era o Rei dos Judeus, Jesus respondeu: “Tu disseste isso,” (ou “Tu dizes” ou "Tu dizes [bem")
Jo 18:33-34 Ele respondeu: “Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-te outros de mim?”
A mesma objeção já foi respondida anteriormente.

Continua …


Fonte:
http://www.genesispark.com/essays/contradictions/answered/
Texto: Dave Woetzel.
Tradução: Cristiano Quaresma da Silva.





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