Freqüentemente, em belicoso e provocador tom, me é perguntado o equivalente a
“Sr. Hélio, há, em seu site solascriptura-tt.org, artigos de alguns autores com posição um pouquinho diferente de outros autores, sobre música, por isso exijo que o senhor tenha coragem e responda com todas as letras, toda franqueza, Sr. Hélio: Afinal de contas, qual é mesmo a sua posição sobre a música no culto ao Senhor? Mais detalhadamente:
- Quanto às BATERIAS de tambores e quanto outros instrumentos exclusivamente de percussão: você acha que, para se agradar totalmente ao Senhor Deus, ao máximo, nenhum deles pode ser usado, jamais? Ou alguns (quais) deles podem ser usados em certas ocasiões (quais?) e de certas maneiras (quais)?
- Quanto aos INSTRUMENTOS DE MELODIA E HARMONIA: você acha que, para se agradar totalmente ao Senhor Deus, ao máximo, nenhum deles pode ser usado, jamais? Ou alguns (quais) deles podem ser usados em certas ocasiões (quais?) e de certas maneiras (quais)?
- Quanto ao RITMO E ESTILO de música: você acha que, para se agradar totalmente ao Senhor Deus, ao máximo, somente a marcha militar e a valsa sem malícia podem ser usados? Ou alguns (quais) outros das centenas de ritmos e estilos podem ser usados em certas ocasiões (quais?) e de certas maneiras (quais)?”
Eu preparei a seguinte resposta resumo:
1) Grupos só (ou fortemente) de percussão (semelhantes a Olundum) não têm a
menor possibilidade de tocar algo com um mínimo de espiritualidade, de nisto
estar sob o controle do Espírito Santo do Deus Santo.
2) Teoricamente, algumas raras pessoas poderiam tocar pratos ou um bombão, em um
breve momento de raras músicas, e o resultado ainda seria não carnal. Mas, na
atual situação, ao menos para evitarmos riscos e progressão e a aparência do
mal, é melhor evitarmos totalmente baterias, cuícas, reco-recos, chocalhos,
pandeiros, tambores, berimbaus, baixos, guitarras elétricas, e muitos outros
instrumentos associados com o mal; é melhor evitarmos ser identificados com a
carnal escória Gospel, que não dá frutos de real salvação ao teimarem em adotar
(mesmo ferindo consciências mais sensíveis, eles não dão a mínima para isso)
ritmos e estilos fortemente identificados com o Diabo, a carne, o paganismo, o
vodu, etc. De (1) e (2) podemos concluir que hoje é indispensável que tais
instrumentos citados, associados com o mal, completamente inexistam nas boas
igrejas;
3) Mas isto não é suficiente, pois pode ser tocada música carnal somente
com piano (Ray Charles, etc.), ou somente com órgão, ou somente com
qualquer instrumento aceito pelas melhores igrejas de antes do século XX,
ou mesmo somente à capela! É indispensável também evitarmos os ritmos
sincopados (até mesmo à capela), os ritmos capazes de ser dançados, os ritmos
que estimulam a sexualidade e volúpia da carne.
Como eu tenho pouco conhecimento da música ao redor do mundo, só consigo me
lembrar de dois ritmos que nunca fazem isto: a marcha militar (“Já refulge a
glória eterna de Jesus o Rei dos reis, ..”.) em ritmo majestoso e solene e digno
(quer alegre e triunfal, quer mais sereno), e as valsas no estilo alegre ou
solene de Strauss e Souza (“Oh, Mestre, o mar se revolta, as ondas nos dão pavor
...”). Mas talvez haja muitos outros ritmos e estilos tão bons, ao redor do
mundo. Só sei que não presta nenhum ritmo que, direta ou indiretamente, veio das
pagãs tribos africanas ou ameríndias ou orientais, algumas são danças de
preparativos sexuais, outras de adoração a demônios. Jazz, samba, rock de todas
as nuances, blues, rumba, mambo, merengue, calipso, maxixe, chorinho, baião,
aché, lambada, forró, frevo, etc.
Além disso, o canto deve ser “reto”, “plain”, “simples”, sem certos truques tais
como “sculpting” ou “sliding” (esculpindo ou deslizando) com a voz.
4) Eu não teria problemas se tivesse que viver numa igreja batista
super-fundamentalista que só cantasse (sem instrumentos) belos hinos antigos do
cantor cristão e outros hinários antigos, tudo à capela.
5) Mas, após examinar centenas de artigos e livros sobre o assunto e até mesmo
escrever alguns deles e traduzir outros, eu continuo tendendo à posição de que
não é segura a aplicação de João 4:23 à questão da música e dos instrumentos,
pois de modo nenhum isto é garantido pelo contexto. Ora, o que é permitido no
Velho Testamento e não é clara e indisputadamente proibido no Novo Testamento,
deve ser considerado ainda permitido. Por tudo isso, continuo acreditando que
música realmente sacra e tocada à capela é bom e aceitável, mas que também há um
bom modo e um bom estilo de tocar boas músicas sacras em bons instrumentos,
conforme os princípios que podem ser vistos nos muitos artigos em
http://solascriptura-tt.org/LiturgiaMusicaLouvorCulto/
,
particularmente em “A Musica Santa Na Igreja - Helio”, e
em “Musica
- Distinguindo os Estilos Sacro E Contemporaneo
-- DCloud”, e em “Como
Conhecer o Tipo Certo de Música -- Alan Ives”.
Minha posição, quanto a música em si (afora letra de perfeita doutrina,
compositor e cantor de excelentes testemunhos), é:
Música SANTA que indisputadamente vem do Espírito SANTO; “reta”; quer serena ou jubilosa, mas não sensual nem dançável; e sem baterias e sincopados; sem “sculpting” / “sliding” com a voz; sem instrumentos mal afamados e identificados com danças pagãs/ sexuais. |
6) Podem ser postados, no boletim e no site SolaScriptura-TT, artigos defendendo
as posições (4) e (5), desde que em tom de amor e respeito um ao outro.
Hélio, 1997.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.