Se você ainda não leu a parte 1 deste artigo, rogo-lhe que a leia antes de prosseguir, senão há risco de que poderá entender ao contrário algumas coisas que eu quis dizer abaixo. Por favor, leia a parte 1 antes de prosseguir.
Vou contar uma estória que pode ser imaginária, mas que deve refletir estórias
semelhantes, através de todo o mundo: Era uma vez, nos USA, há muitos anos
atrás, um pastor batista fundamentalista que, quando soube que sua cunhada,
crente batista divorciada pelo marido muitos anos antes, se casou, sem o
conhecimento do pastor, com um senhor crente batista que também havia
divorciado sua esposa muitos anos antes, então este pastor se encheu de ira e
viajou para se lançar em uma muito acalorada discussão primeiro com a sua
cunhada (com quem violenta e definitivamente rompeu todas as relações), depois
com os seus sogros, o pastor tentando-os induzir a também violentamente
romperem todas as relações com aquela filha. Como seus sogros não o atenderam,
então o pastor também violenta e definitivamente rompeu todas as relações com
eles, a esposa do pastor imitando o marido. Durante anos, os sogros tentaram de
tudo para fazer as pazes com esta filha e seu marido, o pastor. Um dia, muito
saudosos, os pais viajaram de avião até a longínqua cidade da filha, tomaram um
hotel, de lá telefonaram para o genro e a filha, procurando fazer as pazes e
serem aceitos de volta, mas o pastor terminantemente recusou tudo, e sua esposa
o imitou, isto é, ambos recusaram receber o idoso casal. Estes tiveram que voltar
diretamente do hotel para sua própria casa. Uma certa ocasião, tal pastor
afirmou que, se em sua igreja aparecesse um casal recasado procurando dela ser
membro, então, por melhor e mais achegados e mais dedicados que eles parecessem
ser, por mais arrependimento que eles mostrassem (mas sem se divorciarem e
passarem a viver como eunucos), o pastor lhes diria que não eram muito
bem-vindos na igreja, procurassem outra. Pastor e esposa cortaram relações com
grandes e antigos amigos que, por eles pressionados a se posicionar, não
puderam dizer que os apoiavam 101%, que um certo respeito e amor filial eram
devidos mesmo se pensássemos que nossos pais estavam em erro, etc.
Bem, eu concordo com 99 elos da corrente que este pastor (que pode ser
imaginário mas que deve refletir estórias semelhantes, através de todo o mundo)
tem dentro de si mesmo contra o divórcio, mas discordo no 100o elo,
como vou explicar.
Em muita coisa eu concordo com tais pregadores: Porque a Bíblia o faz, eu sou
decididamente CONTRA divórcio, e eu decididamente aconselho quem se
divorciou e está querendo se casar com outra pessoa (enquanto seu ex-cônjuge
vive), a que NÃO o faça.
Em muita coisa eu concordo com tais pregadores: Suponhamos que, por 10 anos, eu
fosse o "criado de derramar águas sobre as mãos" de um excelente
pastor batista (só-KJV em inglês; só-Bíblia-TT em outros idiomas; independente;
fundamentalista [aguerrido denunciador e combatedor e separatista de todo
pecado e erro de ensino ou de prática, a nível pessoal e a nível de igreja ou
denominação]; dispensacionalista; literalista; pré-milenarista e
pré-tribulacionista; criacionista; não denominacional; anti-carismático;
anti-G12; anti-"igreja com propósito", anti- "música evangélica
dançável ao ritmo de tambores";.anti-arminianismo; anti-liberalismo;
anti-modernismo teológico; etc.) de uma igreja de 1000 membros, e que ele,
somente agora, começou a pregar que recasamento é adultério contínuo, que Deus
nunca irá reconhecer nenhum recasamento, que os recasados devem se separar e
viver como eunucos, etc. Então ocorreria o seguinte, nesses 10 anos:
a) Haveria 1 a 5 casos semelhantes a este: Senhor PARTE-INOCENTE, membro da igreja, diria que quer se divorciar de sua ímpia e infiel e revoltada esposa descrente, porque ela faz anos que não o aceita na cama e o está traindo com o 10o homem nos últimos 10 anos; o pastor diria "perdoe e continue casado, não é isto que o livro de Oséias nos ensina?", repreendendo-o e animando-o pela Bíblia, e eu diria "Amém." Logo no dia seguinte, o pastor iria com sua esposa à casa do casal, os repreenderia pela Bíblia, faria tudo para que a adúltera se arrependesse e convertesse, e para que ambos se perdoassem e vivessem casados e felizes. Mas a mulher rejeitaria tudo e continuaria adulterando ainda mais vergonhosamente, disso dando evidências a todo o bairro. O senhor PARTE-INOCENTE julgaria insuportável tolerar tanta infidelidade e injúria, e iniciaria um processo de divórcio contra sua esposa. O pastor iria com mais testemunhas à casa deles, novamente os repreenderia pela Bíblia, faria tudo para que a adúltera se arrependesse e convertesse, e para que ambos se perdoassem e vivessem casados e felizes. A mulher raivosamente rejeitaria tudo e continuaria adulterando ainda mais publicamente e mais vergonhosamente. O senhor PARTE-INOCENTE realmente se divorciaria de sua esposa. O pastor levaria o caso à igreja, pedindo apenas uma moção de desaprovação à escolha, feita pelo senhor PARTE-INOCENTE, do caminho do divórcio (este caso, de comportamento sexual do cônjuge grosseiramente contra a Bíblia, é o único caso em que divórcio iniciado pela parte inocente é tolerado por Deus, mesmo assim com tristeza) ao invés do caminho preferido por Deus, que Lhe dá mais prazer, o caminho do perdão e do sofrer com paciência e amor. A moção também aconselharia o senhor PARTE-INOCENTE à vida celibatária daqui para a frente, ou o retorno à esposa divorciada. Eu diria "Amém" a todas as palavras e à proposta do pastor, e votaria de acordo com isso. O senhor PARTE-INOCENTE continuaria como membro ativo da igreja. Depois de alguns anos de solidão, nos procuraria aflito por estar tão solitário, e dizendo que acha que agora, sim, encontrou sua "alma feminina gêmea" (uma virgem ou viúva pura), verdadeira crente. Mas o pastor o exortaria a voltar para sua primeira esposa ou continuar sozinho, e eu diria "Amém". Semanas depois, o senhor PARTE-INOCENTE voltaria e diria que viajou até onde sua ex-esposa estava morando, tentou a reconciliação com ela, mas ela o rejeitou completamente, quase atira nele, o expulsou com violência física e grande fúria, e, na verdade já havia se casado com outro homem, até já tinha dado à luz filhos dele. O pastor aconselharia o senhor PARTE-INOCENTE a permanecer como se fosse um eunuco, pelo resto de sua vida, e eu diria "Amém" a todas as palavras do pastor. O senhor PARTE-INOCENTE tentaria mas diria que não conseguia viver sozinho, ele não conseguia seguir os conselhos dados. Meses depois, ele se casaria uma segunda vez, com sua namorada crente (ainda virgem ou viúva pura). (Este casamento teria sido somente perante o juiz, pois o senhor PARTE-INOCENTE bem sabe que o pastor e a igreja recusariam fazer qualquer tipo de festa ou de culto de ação de graças ou de "culto de casamento", a não ser no caso de ambos os nubentes serem virgens ou viúvos puros, e crentes, pelo menos um deles sendo membro da igreja e em perfeita comunhão e status com ela). O pastor levaria o caso à igreja, pedindo apenas uma moção de desaprovação à escolha do caminho do recasamento (neste caso meramente tolerado por Deus, com tristeza) ao invés do caminho preferido por Deus, que Lhe dá mais prazer, o caminho do permanecer como se fosse um eunuco, pelo resto de sua vida. A moção também advertiria o senhor PARTE-INOCENTE de que ele jamais poderia exercer o ofício de pastor ou de diácono; ele e sua segunda esposa também não poderiam exercer nenhum cargo de liderança; mas ele continuaria sendo aceito como membro ativo da igreja, e sua segunda esposa poderia se tornar membro da igreja, nas mesmas condições. Eu diria "Amém" a todas as palavras e proposta do pastor, e votaria de acordo com isso. (Em tudo isto estou assumindo que a ex-esposa do Senhor Parte-Inocente não é membro da mesma igreja: O bom senso indica que, se A divorciou B sem ser por causa de fornicação (e foi disciplinado por isso), depois casou com C (e foi disciplinado por isso), depois se arrependeu e pediu perdão de verdade à igreja, então A+C devem procurar ser membros de igreja diferente da de B.)
b) Haveria 5 a 15 casos semelhantes a este: Senhor PARTE-CULPADA, membro da igreja, diria que quer se divorciar de sua excelente e fidelíssima e dulcíssima esposa crente, somente porque ele não sente mais exatamente a mesma atração física que antes sentia por ela (ou ele daria outro maldito pretexto sem base bíblica); o pastor o repreenderia severamente, o advertiria de que, assim procedendo, ele se transformaria num adúltero (rompedor de pacto feito em casamento), que isto é terribilíssimo, é terrivelmente contra Deus e contra a Bíblia, traria grave punição por Deus e conseqüências terríveis, a começar por severa disciplina pela igreja. Eu diria "Amém, pastor!" O senhor PARTE-CULPADA não atenderia aos conselhos, e iniciaria um processo de divórcio contra sua esposa. O pastor tomaria mais algumas testemunhas e voltaria a ele, o repreenderia e advertiria ainda mais severamente, e eu diria "Amém". O senhor PARTE-CULPADA não atenderia aos conselhos, e realmente se divorciaria de sua esposa. O pastor levaria o caso à igreja pedindo uma moção de forte repúdio ao divórcio, pedindo também a imediata e total suspensão do membro, até que se reconciliasse com e voltasse à sua ex-esposa. Eu diria "Amém" e votaria pela disciplina. O senhor PARTE-CULPADA, depois de alguns poucos meses, começaria a namorar outra mulher, divorciada e descrente. O pastor o procuraria, ainda mais severamente o repreenderia e advertiria de que, assim procedendo, ele se transformaria num adúltero (rompedor de pacto feito em casamento) em grau duplamente maior, e que isto é duplamente terrível, é duplamente terrível contra Deus e a Bíblia, e duplamente traria grave punição por Deus e conseqüências terríveis, a começar por imediata, total e definitiva expulsão da membresia da igreja. O pastor também o exortaria a voltar para sua ex-esposa, e eu diria "Amém" a todas as palavras do pastor. Meses depois, o senhor PARTE-CULPADA se casaria uma segunda vez. O pastor levaria o caso à igreja pedindo a imediata exclusão do senhor PARTE-CULPADA do rol de membros da igreja, e eu diria "Amém" e votaria pela disciplina.
Então, depois desses 10 anos de perfeita concordância com o pastor de quem eu seria criado, surgiria, pela primeira vez, um caso em que eu, no meu coração somente, não concordaria totalmente com o pastor, tal algo semelhante a 1 dos 2 casos abaixo:
a) Depois de alguns anos do mesmo senhor PARTE-CULPADA, acima referido (ex-membro da nossa igreja, dela excluído mas ainda seu freqüentador assíduo), estar casado com sua segunda esposa, enquanto vive a sua ex-esposa, esta sua segunda esposa é verdadeiramente salva e experimenta uma verdadeira transformação de vida. O senhor PARTE-CULPADA também experimenta um verdadeiro reavivamento do Senhor. Ambos choram muito, muito mesmo, sinceramente arrependidos de terem divorciado de seus primeiros (isto é, EX) cônjuges e de terem se casado uma segunda vez, e procuram o pastor, expressando seu profundo arrependimento, sinceramente dizendo-lhe que, mesmo que agora se amem muito e aos filhos que lhes nasceram, mesmo assim, se fosse possível voltar no tempo, não teriam se divorciado e, mesmo se tivessem sido divorciados por iniciativa de seus cônjuges, teriam preferido permanecer sozinhos por toda vida, não se casando um com o outro, nem com ninguém. O pastor leva o caso à igreja, e faz o homem e a mulher, chorando, descreverem todo seu arrependimento, publicamente. Depois o pastor sugere à igreja, e ela aceita, exigir que o senhor PARTE-CULPADA e sua atual esposa se divorciem, dividam entre si os filhos que porventura tiverem tido conjuntamente, se separem para o mais longe possível, fiquem morando em casas separadas (idealmente em países separados) ou (se não tiverem dinheiro para morar em casas separadas), pelo menos passem a dormir em quartos separados, jamais mantendo relações conjugais até o fim das suas vidas, ou até à morte de ambos os seus ex-cônjuges e eles poderem, assim, se casar um com a outra. O pastor e a igreja dizem ao senhor PARTE-CULPADA e à sua atual esposa que Deus nunca irá reconhecer o casamento deles, que eles vivem em contínuo, imundo, porco adultério, e que, se continuarem assim, isso será infalível prova de que nunca foram salvos (!) ou que perderam sua salvação (!), de um ou de um outro modo estando eles inescapavelmente condenados ao inferno eterno, se não pararem com este adultério contínuo, daqui até à morte passando a viver como perfeitos eunucos, sem jamais prevaricarem. Se não fizerem isso, não serão aceitos como membros da igreja, e continuarão sendo pessoas muito reprovadas e indesejadas no meio dela. Eu, somente no meu coração, discordo de tudo isso, pelos motivos que já expliquei em http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ResumoCoy2.6DivorcioRecasamento-HelioNira.htm . Eu sou de posição que, depois da pública e sincera expressão de arrependimento perante toda a igreja, colocada de forma verbal e por escrito, assinada por ambos, a igreja deveria fazer constar todas as palavras de arrependimento na ata da assembleia, e deveria, com amorosa misericórdia, aceitar a volta do irmão ao rol de membros da igreja, exortando a nenhum dos presentes que seguisse o mesmo caminho mau de que PARTE-CULPADA agora se arrependia, e advertindo que ele jamais poderia exercer o ofício de pastor ou de diácono, e que ele e ela jamais poderiam exercer qualquer cargo de liderança. (Em tudo isto estou assumindo que a ex-esposa do Senhor Parte-Inocente não é membro da mesma igreja: O bom senso indica que, se A divorciou B sem ser por causa de fornicação (e foi disciplinado por isso), depois casou com C (e foi disciplinado por isso), depois se arrependeu e pediu perdão de verdade à igreja, então A+C devem procurar ser membros de igreja diferente da de B.)
b) Depois de anos do senhor CASADO-COM-DIVORCIADA (ele é ex-membro da nossa igreja, dela excluído mas ainda seu freqüentador assíduo), estar casado com uma mulher crente que já foi divorciada antes (e da qual seu ex-marido ainda vive), ambos experimentam um verdadeiro reavivamento do Senhor. Ambos choram muito, muito mesmo, sinceramente arrependidos de terem se divorciado e terem se casado, e procuram o pastor, expressando seu profundo arrependimento, dizendo que, mesmo que agora se amem muito e aos filhos que lhes nasceram, mesmo assim, se fosse possível voltar no tempo, ela não teria se divorciado e, se tivesse sido divorciada por iniciativa de seu cônjuge, ela teria preferido permanecer sozinha por toda vida, não se casando com CASADO-COM-DIVORCIADA, nem com ninguém, e ele jamais teria considerado a possibilidade de sequer iniciar namoro com divorciada. O pastor leva o caso à igreja, e faz o homem e a mulher, chorando, descreverem todo seu arrependimento, publicamente. Depois o pastor sugere à igreja, e ela aceita, exigir que o senhor CASADO-COM-DIVORCIADA e sua esposa se divorciem, dividam entre si os filhos que porventura tiverem tido conjuntamente, se separem para o mais longe possível, fiquem morando em casas separadas (idealmente em países separados) ou (se não tiverem dinheiro para morar em casas separadas), pelo menos passem a dormir em quartos separados, jamais mantendo relações conjugais até o fim das suas vidas, ou até à morte do ex-marido da mulher propicie que eles possam se casar um com a outra. O pastor e a igreja dizem ao senhor CASADO-COM-DIVORCIADA e à sua esposa que Deus nunca irá reconhecer o casamento deles, que eles vivem em contínuo, imundo, porco adultério, e que, se continuarem assim, isso será infalível prova de que nunca foram salvos ou que perderam sua salvação, de um ou de um outro modo estando eles inescapavelmente condenados ao inferno eterno, se não pararem com este adultério contínuo, daqui até à morte passando a viver como perfeitos eunucos, sem jamais prevaricarem. Se não fizerem isso, não serão aceitos como membros da igreja, e continuarão sendo pessoas muito reprovadas e indesejadas no meio dela. Eu discordo de tudo isso, pelos motivos que já expliquei em http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ResumoCoy2.6DivorcioRecasamento-HelioNira.htm . Eu, somente no meu coração, sou de posição que, depois da pública e sincera expressão de arrependimento perante toda a igreja, colocada de forma verbal e por escrito, assinada por ambos, a igreja deveria fazer constar todas as palavras de arrependimento na ata da assembleia, e deveria, com amorosa misericórdia, aceitar a volta do irmão ao rol de membros da igreja, exortando a nenhum dos presentes que seguisse o mesmo caminho mau de que CASADO-COM-DIVORCIADA agora se arrependia, e advertindo que ele jamais poderia exercer o ofício de pastor ou de diácono, e que ele e ela jamais poderiam exercer qualquer cargo de liderança. (Em tudo isto estou assumindo que a ex-esposa do Senhor Parte-Inocente não é membro da mesma igreja: O bom senso indica que, se A divorciou B sem ser por causa de fornicação (e foi disciplinado por isso), depois casou com C (e foi disciplinado por isso), depois se arrependeu e pediu perdão de verdade à igreja, então A+C devem procurar ser membros de igreja diferente da de B.)
OBJEÇÃO: Alguns podem objetar, 'Então, você pode alegremente planejar
cometer adultério por se divorciar ou recasar, depois você pode alegre e
realmente cometer tais pecados; finalmente você pode, como planejado, apenas
alegremente correr para Deus e pedir perdão?'
RESPOSTA: "Não. Deus não ouve nem honra pedidos de desculpas insinceros.
Ademais, nenhum pecador voltará as costas a seu pecado até que o Espírito Santo
tenha trazido convicção e a alma exerça arrependimento, reconhecendo o
[terrível, desgraçado] mal do seu caminho [em que está andando] e desejando
voltar as costas ao pecado [anelando e passando a caminhar] em direção a Deus.
Uma alma no calor e paixão do pecado não fará isto. O homem pode [fingidamente,
insinceramente] correr para a presença de Deus e dizer o que quer que ele
deseje, mas isso não significa que Deus lhe concederá perdão." (Vince
Londini, vlondini@bethelbaptist.ca )
Agora, por favor leia todo o artigo http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ResumoCoy2.6DivorcioRecasamento-HelioNira.htm
a vagar, meditando, comparando com as Escrituras. Reproduzo um pequeno trecho
do artigo:
0) Preliminares: definições bíblicas do significado de certas palavras:
- Prostituição é qualquer favor sexual entre um homem e uma mulher sem marido, feito por dinheiro ou por outras recompensas materiais.
- Fornicação, num sentido1, estrito, é qualquer favor sexual entre um homem e uma mulher sem marido, feito consensualmente, sem ser por dinheiro nem por outras recompensas materiais. Fornicação, num sentido2, mais amplo, é qualquer atividade sexual não permitida por Deus, na Bíblia (isto inclui fornicação num sentido restrito, adultério, prostituição, homossexualismo masculino e feminino (lesbianismo), bestialismo, etc.)
- Casamento não é o ato de o homem, quer por estupro ou por fornicação consensual, ter favores sexuais de uma mulher (virgem, ou viúva, ou divorciada, ou prostituta, ou que é fornicária com outros homens). Casamento é a solene promessa (explícita ou tácita, usualmente ante testemunhas e formalmente) mútua de compromisso mútuo, entre um homem e uma mulher, de serem esposo e esposa, formarem um casal, uma família, serem uma só carne, indivisivelmente, até que a morte os separe.
- Adultério é quebra (de uma vez por todas fica quebrada) dos votos de um casamento.
- Adulterar é desrespeitar (de uma ver por todas fica desrespeitado), é infringir (de uma vez por todas fica infringido) o pacto de um casamento.
- Adúltero é quem adulterou (isto é, desrespeitou [de uma ver por todas fica desrespeitado], é quem infringiu [de uma vez por todas fica infringido] o pacto do casamento (seja o casamento do adúltero, ou o da adúltera). Assim, como quem já cometeu um assassinato leva a pecha de assassino até o fim da sua vida, do mesmo modo quem já adulterou uma vez carrega a pecha de adúltero até o fim da sua vida. Assim, como a perda da virgindade (ou a amputação de um braço) é de uma vez para sempre, do mesmo modo o adultério. Adúltero é quem passou do estado de jamais ter adulterado, para o estado de já ter adulterado.
1) Que Diz DEUS a Quem Quer se Divorciar ou Recasar?
Gênesis 2:23,24 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne (a) ; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. (24) Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão UMA só carne.(a)
a) O plano de Deus é o casamento ser indissolúvel. Quem se divorcia sofre como se dilacerasse seu próprio corpo.
Deuteronômio 24:1-4 1 Quando um homem (b) tomar uma mulher e se casar (c) com ela, se ela não achar graça aos seus olhos por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa (d), far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa.
b) Note, em todos os textos deste estudo, e em toda a Bíblia, que Deus nunca expressamente declarou aceitar, mesmo com desgosto, que a mulher (mesmo que “inocente” e o marido culpado) se divorcie!!!... Talvez aceite- com- desgosto, como o faz para com o homem “inocente”, mas ninguém pode ter esta certeza!... A Bíblia também não trás nenhum exemplo de uma mulher crente se divorciando do seu marido, mesmo que mau. Então, sem preceito e sem exemplo bíblicos, o melhor é a mulher realmente crente ir pelo lado da segurança... Isto é, reconhecer que Deus pode nem sequer aceitar- com- desgosto que uma mulher se divorcie, por motivo algum!...
c) Para o judeu, o casamento tinha duas fases: a primeira, já indissolúvel (exceto por pecado sexual da mulher) ia da pública- e- oficial troca de juras de “viverem juntos até a morte”, até o dia de irem morar juntos; a segunda fase ia daí em diante e também era indissolúvel (também exceto por pecado sexual da mulher). Compare Mt 1:18,19 (José e Maria estavam casados, mas não tinham coabitado).
d) Que é esta “coisa vergonhosa”, o ÚNICO motivo expressamente aceito- mesmo- com- desgosto por Deus para o divórcio? (“Tolerado”, não ordenado! “Com desgosto”, não com aprovação e prazer!). Vejamos:- Quanto aos dias de Israel: era um pecado na área moral-sexual, grave, mas bem menor que adultério, lesbianismo, bestialismo, etc., pois estes deviam ser punidos por apedrejamento. Alguns motivos válidos para o divórcio poderiam ser, por exemplo: “brincadeiras sexuais” da mulher com outro homem, antes do casamento; sexo anal ou oral; sadismo ou masoquismo ou qualquer outra perversão; permanente e injustificadamente recusar-se a ter sexo com seu cônjuge; ou exigir pagamento ou impor pesadas condições para isto; exigir posições acrobáticas ou humilhantes; durante o ato conjugal, sussurrar palavras de amor a outra pessoa, ou exprimir repulsa/ zombaria/ insulto, ou gritar imoralidades a plenos pulmões para ser ouvida a quilômetros; viver conversando pornografia, etc.
- Quanto aos dias de hoje, onde não há apedrejamento: não se refere ao homem ter “deixado de vibrar” pela esposa, não se refere à “incompatibilidade de gênios”, nem às dezenas de outras desculpas esfarrapadas e sem- vergonhas de hoje: refere-se a pecado grave na área moral-sexual. Além dos exemplos anteriores, podemos adicionar: adultério, lesbianismo, bestialismo, etc.
- Compare Mt 19:3-9, abaixo.2 Se ela, pois, saindo da casa dele, for e se casar com outro homem,(3) e este também a desprezar e, fazendo-lhe carta de divórcio, lha der na mão, e a despedir de sua casa; ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer;(4) então seu primeiro marido que a despedira, não poderá tornar a tomá-la por mulher, depois que foi contaminada; pois isso é abominação perante o Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança. (e)
e) Este trecho (1-4) é cheio de condicionais, e não está ordenando nem prazerosamente aprovando o divórcio, só está limitando o mal de uma prática da época: SE um homem descobrir “coisa vergonhosa” na sua esposa, SE ele não puder perdoá-la, e SE ele a repudiar, ao menos dê-lhe carta de divórcio, e saiba (aqui está o mandamento!) que, SE ela vier a ser divorciada ou se tornar viúva de casamento posterior, jamais poderá ser aceita por esposo anterior (aqui está o mandamento!).
Oséias 3:1-3 Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, e adúltera (f), como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles se desviem para outros deuses, e amem passas de uvas. (2) Assim eu comprei para mim tal mulher por quinze peças de prata, e um hômer e meio de cevada; (3) e lhe disse: Por muitos dias tu ficarás esperando por mim; não te prostituirás, nem serás mulher de outro homem; assim também eu esperarei por ti. Oséias 2:7, 14-16 Ela irá em seguimento de seus amantes, mas não os alcançará; buscá-los-á, mas não os achará (f); então dirá: Irei, e voltarei a meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora (f) (14) Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. (f) (15) E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor por porta de esperança; e ali responderá, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. (16) E naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal.(f) Oséias 14:8 Efraim dirá: Que mais tenho eu com os ídolos? Eu o tenho ouvido e isso considerarei; eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.(f)f) O ideal de Deus é o cônjuge inocente mostrar graça, perdão, misericórdia, compaixão, amor. Oséias tipificou este amor perdoador da parte de Deus, quando o Senhor o mandou procurar e casar com uma prostituta, ela, depois de certo tempo, começou a traí-lo repetida e nauseantemente, mas ele misericordiosamente cuidou dela nos seus terríveis sofrimentos, pacientemente a esperou e perdoou, até que ela realmente se arrependeu e aprendeu a amá-lo!
Malaquias 2:14-16. Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança.(15) E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente UM? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. (16) Pois eu detesto o divórcio, (g) diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis.g) Esta é a chave de toda a questão: Deus ODEIA o divórcio, a quebra do juramento “até que a morte nos separe”. Como o homem tem o coração duro e não perdoa como Deus nos perdoa, Deus com desgosto DISCIPLINOU o divórcio já praticado pelo homem, para limitar seu mal. Mas amar & perdoar são os ideais perfeitos de Deus para os nossos casamentos, mesmo se nossos cônjuges nos traírem: Deus ODEIA o divórcio! Há algo mais claro do que isto???...
Mat 5:31-32. 31 Também foi dito (h): Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. (32) Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher (b), a não ser por causa de infidelidade (i,k), a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.(i,j)h) Este é dito dos homens, não de Deus, de modo algum: “O homem que quiser, divorcie-se de sua mulher, por qualquer motivo que alegue, desde que lhe dê carta de divórcio, para ela também ficar livre para recasar.”
i) Deus somente expressou aceitar- mesmo- com- desgosto um divórcio iniciado por um homem cuja esposa esteja em grave pecado moral-sexual. Quanto ao recasamento, isto é, casamento após o divórcio:- Somente no caso do homem ser totalmente inocente (como isto é raro!) e a mulher ser culpada de grave pecado moral-sexual, Deus aceita- com- desgosto que a parte inocente volte a se casar (mas não com esposa que ele já divorciou e foi depois de outro homem, ver [e]).
- Deus expressou não tolerar que a mulher culpada volte a se casar.
- Deus não expressou aceitar- mesmo- com- desgosto que a mulher divorciada e totalmente inocente (que coisa rara!) volte a se casar. Talvez aceite- com- desgosto, como para com o homem inocente, mas ninguém pode ter esta certeza. A Bíblia também não trás nenhum exemplo de uma mulher crente, mesmo injustamente divorciada pelo seu marido, voltando a se casar com outro homem. Então, sem preceito e sem exemplo bíblicos, o melhor é a mulher realmente crente ir pelo lado da segurança... Isto é, reconhecer que Deus pode nem sequer aceitar- com- desgosto que uma mulher divorciada se case com outro homem, estando seu ex-marido vivo!... Ademais, há o terrível risco de que Rm 7:3 (abaixo) também se aplique à mulher divorciada (mesmo que seja absolutamente inocente), ninguém tem certeza de que não... Compare também 1 Co 7:39-40, abaixo.
j) Pela construção da frase, vemos que “comete adultério” não expressa algo contínuo {*}, exprime apenas um ponto no tempo, não que o recasamento é um adultério CONTÍNUO. Por isso, não podemos exigir que um recasado, crente ou não, interrompa seu atual casamento. {* Ver nota de 1Jo 3:9, na Bíblia LTT Anotada)
Mateus 19:3-12. 3 Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? (h) (4) Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio [um] homem e [uma] mulher (a), (5) e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois UMA só carne?(6) Assim já não são mais dois, mas UMA só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem (a). (7) Responderam-lhe: Então por que mandou (g,h) Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?(8) Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu (g,h) repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. (9) Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher (b) , a não ser por causa de FORNICAÇÃO (k), e casar com outra, comete ADULTÉRIO; e o que casar com a repudiada também comete adultério. (i3,j). (10) Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. (d) (11) Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado. (12) Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o.
k) “Porneia”, em Grego, abrange qualquer pecado sexual: fornicação (mulher solteira), ou adultério (mulher casada), ou prostituição (mulher paga), etc.
Rom 7:3. De sorte que, enquanto viver o marido (n) , será chamado ADÚLTERA, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido (i3) .
n) Isto se refere a um marido não divorciado dela. Se ele já tivesse se divorciado, não seria mais seu marido, mais sim seu EX-marido. Contrário ao que dizem os romanistas, o divórcio (mesmo sem justificativa, errado, pecaminoso) dissolve o casamento, de modo que, mesmo no V.T., a mulher divorciada casava de novo sem ser considerada adúltera e ser (por iso) apedrejada. Note que Jesus, em João 4, pronuncia que a samaritana tinha tido 5 maridos (fica implícito que através de divórcio de cada um e casamento com o seguinte) e agora vivia com um homem em fornicação, sem casar, portanto Ele reconheceu que as 5 primeiras uniões tinham sido casamentos, casamentos válidos!
I Coríntios 7:10-15, 27, 39-40. Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; (11) se, porém, se apartar (l) , que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. (12) Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. (13) E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele. (m) (14) Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. (15) Mas, se o incrédulo se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; pois Deus nos chamou em paz. (27) Estás ligado a mulher? não procures separação. Estás livre de mulher? não procures casamento. (39) A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. (i3) (40) Será, porém, mais feliz se permanecer como está, segundo o meu parecer, e eu penso que também tenho o Espírito de Deus.
l) Em Grego, o verbo está na voz passiva, devia ser traduzido “for apartada”. Na Bíblia, a mulher pode sofrer a ação do marido dela se apartando, mas nunca pode praticar a ação de se apartar, divorciar-se do marido!
m) Deus não tolera, mesmo com desgosto, que o CRENTE (homem ou mulher), mesmo que casado com descrente, tome a INICIATIVA do divórcio (exceto o marido [inocente] de esposa em grave pecado sexual).
2) Como Tratar um Divorciado? (mesmo que ele tenha, para sua infelicidade, desobedecido todas as instruções do Senhor).
2.1. Com amor.
João 4:10 Respondeu-lhe Jesus [à Samaritana]: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. 1 Tessalonicense 5:14 Exortamo-vos também, irmãos, a que admoesteis os insubordinados, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos. 2 Timóteo 2:24,25 e ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente;(25) corrigindo com mansidão os que resistem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,
2.2. Se ele e seu cônjuge não tiverem feito recasamentos: aconselhá-los a se arrependerem, se perdoarem, reunirem-se.
Provérbios 10:12 O ódio excita contendas; mas o amor cobre todas as transgressões.
Oséias 3:1-3; 2:14-15; 2:16;14:8 (bem acima).
Exortá-los a, além de pôr em 1o. lugar o temor e a glória de Deus, em 2o. as suas felicidades reais e eternas, devem também pensar nos filhos. Não queremos dizer que bons e felizes casais que são também bons pais tenham total garantia de que seus filhos serão salvos, bons e felizes. Mas o pecado tem repercussões até a 3a. e 4a. gerações (Ex 34:7), e TODAS as pessoas que NÓS conhecemos e que são profundamente incapazes de um casamento feliz (ou que são homossexuais, lésbicas, sadoquistas, masoquistas, ou pervertidos em geral), são filhos de um casamento desfeito e profundamente infeliz, são filhos profundamente amargurados e que odeiam ao menos um dos pais. Que aproveita a você, pai ou mãe, ganhar “o mundo inteiro”, e ver seu filho perdido???
2.3. Se ele ou seu cônjuge estiver casado com outra pessoa: aconselhá-los a se perdoarem
Provérbios 10:12 (acima).
e a manterem seus atuais casamentos (Deus nunca ordenou que devam romper ou prejudicar o atual casamento. Em Grego, “comete pecado [contra a repudiada]”, de Mt 5:32 e 19:9 [acima] não está no tempo contínuo. O se recasar do homem culpado [ou da mulher em geral] foi um pecado, sem dúvida, mas manter o atual casamento não é um pecado contínuo!).
2.4. Se o divorciado se arrepender de todos os seus pecados:
a) Pode ser salvo, crendo. João 4:10,18, 42 Respondeu-lhe Jesus [à Samaritana] : Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. (18) porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. (42) e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.
b) Pode ser batizado e ser membro atuante de uma igreja local. Se o divorciado demonstra arrependimento sincero, se não vive de modo que seria disciplinado se fosse membro da nossa igreja local, se foi salvo e aceito por Cristo, por que seria recusado por nós? Atos 8:36,37 E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? (37) E disse Felipe: é lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.Ver 2.3b, acima. (Em tudo isto estou assumindo que a ex-esposa do Senhor Parte-Inocente não é membro da mesma igreja: O bom senso indica que, se A divorciou B sem ser por causa de fornicação (e foi disciplinado por isso), depois casou com C (e foi disciplinado por isso), depois se arrependeu e pediu perdão de verdade à igreja, então A+C devem procurar ser membros de igreja diferente da de B.)
c) Só não pode ser pastor nem diácono. 1 Timóteo 3:2,12.É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; (12) Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.
Em outras palavras
Caso 1: Um homem está tendo problemas no casamento e procura meu conselho: A Bíblia indica que ele deve fazer o máximo para conservar ou restaurar seu casamento. Deve se arrepender dos seus pecados e erros contra sua esposa e casamento, deve se humilhar, confessar e pedir perdão pelos seus erros, deve perdoar todo e qualquer pecado de sua esposa (afinal, quanto Deus já nos perdoou, quantas infidelidades nossas...), deve pacientemente dar a ela provas e tempo para acreditar na sua mudança, deve insistir sinceramente para restaurar seu casamento. Fazer o máximo possível.
Caso 2: Um homem se divorciou mas ainda não se casou com outra mulher, e procura fazer o melhor ante Deus: A Bíblia indica que:
- Primeiramente, ele deve fazer o máximo para refazer seu antigo casamento. Como no caso anterior, ele deve se arrepender, se humilhar, confessar e pedir perdão pelos seus pecados e erros, deve fazer reparação de tudo que puder, deve perdoar sua esposa (afinal, quanto Deus já nos perdoou, quantas infidelidades nossas...), deve pacientemente dar a ela provas e tempo para acreditar na sua mudança, deve insistir sinceramente para restaurar seu casamento. Fazer o máximo possível.
- Se tal restauração do casamento for totalmente impossível porque ele tem coração duro demais para perdoar uma grave infidelidade ou outro grave desvio sexual da esposa, ou porque sua esposa de modo nenhum o quer receber de volta (mesmo que ele, já durante alguns anos, tenha estado sincera e intensamente tentando tal restauração do casamento), então ele estará livre e poderá se casar com outra mulher, sem desagradar a Deus, desde que seja com uma verdadeira crente (solteira ou viúva).
- Em todos os demais casos: ele tem culpa ante Deus; portanto, se ele realmente quer agradar a Deus, deveria considerar a si mesmo como eunuco e não se casar com uma segunda mulher.
Caso 3: Um homem se divorciou, mas não quis realmente obedecer e servir a Deus somente e ao máximo, portanto não fez nada do acima, ao contrário, foi em frente e se casou uma segunda vez, de forma absolutamente dentro das leis do país. Agora, dedicou sua vida a Deus, quer obedecê-Lo e servi-Lo, e nos pergunta que fazer.
Bem, a Bíblia indica que: Ele errou em muito, ao se divorciar e se casar com outra mulher. Ele não mais poderá vir a exercer o ofício de pastor, nem sequer o de diácono, por que não ficar contente em servir a Deus de outras formas? Mas poderá vir a ser salvo, a ser batizado e a tomar a ceia do Senhor. Ademais, seria errado a igreja pressionar ou pedir ou esperar ou tolerar que abandone sua nova e fiel esposa, muito mais que abandone os filhos que ela lhe deu. (Em tudo isto estou assumindo que a ex-esposa do Senhor Parte-Inocente não é membro da mesma igreja: O bom senso indica que, se A divorciou B sem ser por causa de fornicação (e foi disciplinado por isso), depois casou com C (e foi disciplinado por isso), depois se arrependeu e pediu perdão de verdade à igreja, então A+C devem procurar ser membros de igreja diferente da de B.)
Casos 4, 5, 6: Idem aos casos acima, mas agora referentes a uma mulher. A Bíblia silencia quanto à mulher se separar e se divorciar do marido, e se casar com um segundo homem. Se eu fosse uma mulher, penso que seria mais seguro eu ir pelo lado da segurança e tomar o silêncio de Deus como se fosse uma não provisão para eu me separar/divorciar/casar com outro homem. Mas, se a mulher não quiser fazer com eu faria, não quiser ir pelo lado da segurança, então pelo menos não vá além do que a Bíblia indica nos 3 casos acima, para homens.
Leia também, com todo o cuidado, os excelentes (mas um pouco longos, pois são profundo e também abrangentes) artigos:
Divorcio, estudo 1 - as Leis de Deus Contra Ele - V. Londini
Divorcio, estudo 2 - o Perdao De Deus Para Ele - V. Londini
Divorcio, estudo 3 - Pantanais Inrterpretativos sobre Divorcio Ou Recasamento - V. Londini
Hélio de Menezes Silva,
Maio.2007.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.